CAMPANHA PERMANENTE DO QUILO
Estamos arrecadando alimentos não perecíveis, tais
como:
Leite em pó Óleo
Feijão Arroz
Açúcar Sal
Macarrão Fubá
Colabore!
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PAGAR ATÉ O ÚLTIMO CEITIL
-“Digo-te que dali não sairás enquanto
não tiverdes pago até o último ceitil! ”
O Mestre reportava-se a resgates
dolorosos, a difíceis prestações de contas e a consequências desastrosas de
atos irrefletidos, quando assim falou.
Entretanto, essas mesmas palavras se
aplicam também ao recebimento de verdadeiras recompensas pelos bons atos, à
prestação de contas com juros, até no campo do bem e com vistas a prêmios
concedidos a trabalhadores dignos.
É isso que faz com que os nossos
corações exultem de alegria e felicidade em meditar que agora somos um
pouquinho mais esclarecidos na faceta do amor que tempera a justiça.
Bem sabeis que, primitivamente, a
palavra justiça inspirava temor, evocava castigo e até mesmo o inferno
considerado sem fim.
Entretanto, agora que a luz da
Terceira Revelação ilumina toda a Terra, quando não seja claramente em livros
ou palestras, pelo menos no íntimo das consciências que aos poucos despertarão
para a realidade da vida e da possibilidade da comunicação entre os dois
planos.
Em nossa época, repetimos, é imenso
o nosso regozijo, porque vemos quão blasfema era a ideia de um castigo sem
remissão e como a justiça se ocupava quase que exclusivamente em maltratar e
punir.
Hoje, porém, temos os olhos mais
abertos para o amor de Deus.
Como não cessa Ele de distribuir
prêmios, bênçãos e alegria, vos pedimos que confieis nessa justiça imensa e
nesse amor infinito, que não deixa passar a menor ação sem conduzir para o
caminho reto, quando se trata de ação d’Ele desviada.
Elevemos o coração ao Pai com
gratidão imensa e peçamos para que todos que não compreendem a divina Justiça,
venham a fazê-lo em breve tempo.
Assim seja!
Bezerra
de Menezes
Do livro Visão Nova, psicografia de F. C.
Xavier; editora IDE – 1ª edição (1997) - Capítulo 16
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Firmeza da fé
E os que estão sobre a pedra, estes são
os que, ouvindo a palavra,
a recebem com alegria; mas como não tem
raiz, apenas creem
por algum tempo, e na época da tentação
se desviam. - Jesus
Lucas, 8:13
A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar
rigidez e impedimento; no entanto convém não esquecer que Jesus, de vez em
quando, a ela recorria para significar firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre,
certa vez, a “rocha viva da fé”.
O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre
pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz,
caem, fatalmente, na época das tentações.
Não são poucos os que estranham essa promessa de
tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências
imprescindíveis.
Na organização doméstica, os pais cuidarão
excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria
no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.
O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com
paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.
Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas
experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza
espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas,
provavelmente está tranquilo, mas se não possui raízes de segurança em si
mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces
alheios.
Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento
e iluminação.
Respeitemos a firmeza da fé, onde ela existir, mas não
olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.
Emmanuel
Do livro Caminho, Verdade e Vida, psicografia
de F. C. Xavier; editora FEB (2015) - Capítulo 124
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AUTOCONHECIMENTO
“O Livro dos Espíritos” (questões 919 e 919a)
Desde a Antiguidade, o autoconhecimento é apresentado como
valioso método de aprimoramento pessoal, contribuindo igualmente para a
conquista da felicidade a que todos almejamos.
Não deixa de ser surpreendente, à primeira vista, essa
recomendação, pois sugere que a individualidade – ou seja, o próprio centro que
registra e elabora percepções e conceitos – não esteja consciente quanto a si
própria, sua natureza e características, o que, no entanto, é o que ocorre com
a grande maioria, que dirige seu poder de observação e capacidade de avaliação para fora, para os acontecimentos
externos e seus agentes e só muito raramente para si mesma, suas ações, emoções
e motivações.
Os beneficiários dessa auto-observação são evidentes, pois
dispondo, já há muito tempo, da possibilidade de apreciar ocorrências e
atitudes alheias sob o ponto de vista moral, consoante os seus efeitos e até as
intenções de seus responsáveis, é claro que podemos fazer o mesmo com nosso
próprio ser, cujos traços, bons ou maus, nos aparecerão com maior clareza, o
que, por si só, já constitui fator predisponente à melhoria, de vez que, por
inclinação natural, apreciamos o bem que nos fazem e até mesmo aquele que
dirigimos aos outros e deploramos os prejuízos que nos são impostos bem como o
mal que praticamos, cuja lembrança nos incomoda e procuramos evitar.
Perceber
com maior nitidez nossa realidade íntima já é, assim, um recurso de mudança
para melhor, a ser sistematicamente empregado com o auxílio de nossa vontade.
Sabemos, por outro lado, que algumas dificuldades, todas de caráter pessoal, se
opõem à obtenção dessa imagem mais precisa, pois o orgulho, a superficialidade
e a vaidade tendem a mascarar nossas motivações, colorindo nossos atos com
justificativas diversas, em geral inconsistentes, de vez que habitualmente não
são as que aceitamos quando no julgamento de atos alheios.
O autoexame, associado ao propósito de melhoria,
constitui, segundo as entidades venerandas responsáveis pela Codificação, o
recurso mais eficaz para o nosso progresso, lembrando ainda aqueles benfeitores
que poderemos sempre, com essa finalidade, rogar auxílio aos nossos protetores
espirituais, que jamais deixarão de apoiar nossos esforços, oferecendo-nos
sugestões, suplementando nossas forças e até articulando condições para a
efetivação das mudanças que nos melhorem e facilitem.
É oportuno frisar,
contudo, a importância, decisiva, de nossa vontade nesse processo, pois aqueles
amigos, apesar de todo o desejo de nos ajudarem, não podem nos substituir na
tomada de decisões e jamais nos impõem qualquer atitude pois têm absoluto
respeito pela nossa liberdade.
Convidando-nos a adotar aquela prática, a Doutrina Espírita
nos descortina aspectos novos acerca dela, mostrando sua efetividade como fator
de progresso, que é uma Lei Divina e constitui o objetivo essencial de nossa
vinda ao plano material, sendo oportuno, assim, finalizarmos com a observação
que a respeito, nos deixou Santo Agostinho em “O Livro dos Espíritos”: “Fazei o
que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha
consciência, passava em revista o que havia feito e perguntava a mim mesmo se
não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo de se queixar de mim. Foi
assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma.
Aquele que, todas as noites, recordasse todas as ações que praticara durante o
dia e perguntasse a si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e
ao seu anjo da guarda que o esclarecessem, adquiriria grande força para se
aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria.
Danilo
Villela
Extraído
do livro “Enfoques Doutrinários 3” de Danilo C. Villela – Mensagem 46 – Ed.
Lorenz
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JORGE ANDRÉA,
HOMEM MÚLTIPLO
orge
Andréa é um homem múltiplo. Humildade, modéstia, elegância de atitudes, ética,
zelo, perseverança, fidelidade, coragem moral, simplicidade, são alguns dos
atributos que ornam a sua pessoa. Tais palavras brotam sem nenhum esforço,
quando o seu nome é aventado. Ao lado de todos esses aspectos da sua maneira de
ser, avultam o bom humor permanente, a paciência capaz de repetir mil vezes até
que a gente entenda o que dita sua mente privilegiada, seu saber imenso. Sua
cultura permite mergulhos profundos que nos levam à verdadeira sabedoria.
Estar
com Jorge é como estar próximo a um poço sagrado, como diziam os hindus
antigos: a periferia é de cultura moderna, atual, avançada, mas a proximidade
permite um mergulho nas profundezas de uma sabedoria que sua bondade nos
oferece, embora nem sempre nossa percepção alcance.
É
um homem raro, verdadeira inspiração de vida. Ele prova que é possível ser
nobre e justo, idealista e voltado para o mundo melhor. Com sua vida, ele
demonstra que uma boa história do mundo, pode ser escrita não por generais e
conquistadores cheios de violência e de armas nas mãos. Uma boa história do
mundo pode ser escrita por um modesto major médico reformado da aeronáutica,
que só muitos anos depois de aposentado descobriu que teria alguns direitos que
jamais usou.
Mas usou o seu tempo para produzir material que é hoje referência
para pesquisas em várias partes do mundo. A boa história do mundo somente será
escrita pelos apóstolos e heróis da virtude e da verdade, do amor e da paz.
Jorge é um deles.
Sim,
é um homem múltiplo. Há cerca de três anos houve um incêndio na casa geriátrica
onde reside. Impossível sair pela porta. Ele então montou uma “teresa”, lençóis
amarrados pelas pontas, formando uma espécie de corda. Amarrou uma das pontas
num ponto fixo do quarto, jogou a “corda” pela janela do primeiro andar, passou
a perna pelo batente, agarrou a corda com as duas mãos e lançou o corpo.
Equilibrou-se com a outra perna, respirou fundo e começou a descer tão
rapidamente quanto possível. Quando estava bem próximo do solo, a corda
improvisada não resistiu e ele caiu no chão. Não quebrou nenhum osso.
Levantou-se fez rápida avaliação da musculatura, olhou para a janela aonde as
labaredas já chegavam.
Agradeceu mentalmente ao Pai, sorriu
e andou em direção à portaria como se regressasse de um passeio comum, pronto
para ajudar a apagar o incêndio. Estava com 94 anos e hoje, aos noventa a nove,
usa apenas uma bengala que o ajuda a caminhar... às vezes. Um homem múltiplo,
fazer uma corda com lençóis, descer pela janela, naquela idade, tarefa de
gigante.
Jorge
é um gigante do amor. Estivemos juntos no Congresso Espírita Mundial, realizado
em Lisboa, em 1998. Observei a reverência dos espíritas do mundo inteiro.
Quando se aproximavam dele, havia uma admiração explicita e uma busca
interminável de autógrafos nos seus livros, ao lado de um permanente esforço
seu para mostrar que era um homem comum. É um gigante do pensamento, uma luz
para muitos seres que estudam o que ele produziu.
Presidente
de honra do ICEB, fundador do Lar Fabiano de Cristo, é absolutamente fiel à
Doutrina Espírita. Para nós é uma honra e um privilégio conviver com ele, que
nos lembra do passado dos grandes pioneiros, como Deolindo, e aponta o futuro
que será sempre reservado ao encontro da Ciência com a Filosofia e a Religião,
que ele promove tão bem, em nosso Instituto.
A
multiplicidade da Doutrina Espírita exige homens múltiplos, Jorge Andréa talvez
seja, hoje, o maior exemplo vivo dessa multiplicidade do bem.
César Soares dos Reis
Diretor Presidente do
Instituto de Cultura Espírita do Brasil
Extraído do apêndice de “Do outro lado da matéria. Enigma da vida” de Jorge Andréa dos Santos
ICEB Edições - 1ª edição – 2016
REGISTRO
Este ano, em agosto, o Dr. Jorge Andréa dos
Santos completaria 101 anos.
Seu desencarne ocorreu no último dia 1º de
fevereiro.
Livros mais recentes:
- Do Outro Lado da Matéria. Enigma da Vida
1ª edição (Comemorativa do Centenário de J. Andréa) – ICEB Edições –
2016
- Retalhos Psicológicos
2ª edição (Comemorativa dos 99 anos de J. Andréa) – ICEB Edições - 2015
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