18/08/2023

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de sábado 



Leitura de harmonização :

VIDA FELIZ - XLII

No tumulto que toma conta do mundo e das pessoas, reserva-te alguns momentos de silêncio, que se transformem em quietude interior.

A agitação, a balbúrdia, o falatório, desarmonizam os centros emocionais do equilíbrio.

Cala mais do que fala.

Reflexiona antes de expender a tua opinião.

Ouve a zoada e alija-te do burburinho, preservando-te em paz.

Este comportamento é salutar para todos os momentos da tua vida.


Reflexões espíritas - 12 - EXAME DE ATUALIDADE

Nas raízes históricas do Cristianismo, que se encontram fixadas nas palavras e ações do Mestre e dos seus primeiros discípulos, serão encontradas as melhores técnicas de comportamento doutrinário para a ampliação dos horizontes espirituais da Humanidade em nossos dias.

Sem dúvida que o Cristianismo, nas bases atuais e por inúmeros séculos passados, encontra-se distanciado daquela autêntica mensagem de amor e de libertação que objetivava a integral felicidade do espírito ante a Consciência Cósmica.

A medida que se foram introduzindo os dogmas violadores da liberdade de pensamento, bem como a preocupação pela uniformização dos ensinos numa tentativa de evitar-se a espontaneidade—de certo modo, igualmente perigosa — a enxertia das interpretações feitas pelos teólogos e o formalismo disso decorrente substituíram a preocupação de viver-se o conteúdo, a benefício daquelas vãs interpretações e aparências de comportamento.

Os apóstolos de Jesus, que Lhe seguiram as pegadas, e aqueles primitivos discípulos que, dos lábios desses, ouviram as narrativas, usavam a técnica da lealdade para com a fé, fundamentados, sobretudo, na certeza da sobrevivência à morte, da qual dera testemunho o Rabi, quando retomou ao convívio daqueles que haviam ficado receosos e assustados, substituindo esse estado, a partir de então, por uma atitude de dignidade doutrinária e de altivez moral que nenhum flagício submetia ou atemorizava.

Certamente que, mediante a evocação do estoicismo daqueles eminentes pregadores e apóstolos da Era Nova, não pretendemos impor fórmula equivalente de conduta para os nossos dias.

Outros eram, então, a época, a cultura, as circunstâncias, os fenômenos históricos e técnicos. Não obstante, merece ser recordado que era apresentada uma doutrina vigorosa para substituir, nas mentes e nos corações, as facécias e prazeres do Paganismo, com os seus equívocos, lendas e mitos.

Na atualidade, fato equivalente ocorre, quando o Cristianismo descaracterizado cede lugar a um neopaganismo, no qual predominam os cultos ao dinheiro, ao poder, ao sexo, à violência, às drogas...

À falência moral do dogma, sucede o descrédito dos homens aturdidos, que se atiram às novas fórmulas simplistas do utilitarismo, empenhando a alma, no jogo arbitrário das ilusões e conveniências imediatas.

O cepticismo, que então governa o mundo interior das criaturas, vê, em Jesus, o homem histórico, revolucionário e sacrificado, na condição de um líder qualquer da Humanidade, quando não Lhe nega a existência, pura e simplesmente.

Seu código de ética moral, colocado à margem, como página de literatura oriental formosa, serve apenas para os duelos verbalistas e discursos ricos de florilégios comovedores, sem a seiva da vivência que o torna regra segura de paz e equilíbrio emocional no tumulto que a quase todos avassala.

Tentativas repetidas de volver-se à pureza primitiva da fé assinalaram a história, seja na manutenção da Didaqué — Doutrina do Senhor através dos doze apóstolos, ou simplesmente Doutrina dos Apóstolos — seja pelos vultos que, de tempos a tempos, assinalaram o pensamento com a exuberância da sua voz e da sua vida abnegada.

Francisco de Assis e Teresa de Ávila, entre outros, lançaram-se à ingente tarefa, buscando atualizar o comportamento moral dos seus respectivos tempos com a conduta do Cristo, sem conseguirem quanto esperavam.

Posteriormente, João Wiclif tentaria arrebentar as algemas da dominação, iluminando, entre outros, a mente de Jan Huss que pagaria com a vida a audácia de pregar o livre exame das escrituras, delegando, a Jerônimo de Praga, a incumbência de porfiar no bom combate, sucedendo-lhe, também, a imolação em holocausto...

A seguir, Martinho Lutero ameaça a estrutura férrea da Igreja da época, facultando a quem o queira, o conhecimento da Bíblia, por consequência, do Evangelho, e um certo ar de renovação varre a Alemanha dividida e atribulada.

João Calvino, em Genebra, segue-lhe os passos, acreditando-se, mais tarde, em condições de reformar alguns conceitos, e estabelece regras rígidas que irão abrir campo para lutas ásperas no futuro.

Jòhn Wesley, em Oxford, informou haver sonhado com Jesus è tomou o bastão da verdade com o seu irmão, iniciando a Igreja Wesleyana — que se desdobrara em novos campos, quais o metodismo, o anglicanismo, e, mais recentemente, as Testemunhas de Jeová — levantaram-se para disputar os 144.000 lugares no “ reino dos céus”, ressuscitando assim, fanatismos medievais lamentáveis.

Nesse comenos, quantas insurreições, lutas fratricidas, inglórias cruzadas, perseguições de lado a lado, Santos Ofícios, Inquisições e Index Êxpurgatoriusl...

Veio, por fim, Allan Kardec, na época em que a Ciência dispunha de recursos para comprovar a imortalidade da alma e a reencarnação, oferecéndo a chave para uma perfeita interpretação do Evangelho, que é o Espiritismo, sem o qual se perde o conteúdo primoroso e atual da mensagem do Cristo.

Todavia, as dificuldades já repontam. Allan Kardec, porém, diferindo dos seus antecessores, é claro e acessível, destituído das complexidades da linguagem que dificultam o entendimento da Doutrina; é lógico e estruturado na razão decorrente da experimentação dos fatos, não necessitando de novos teólogos para o interpretarem — dando cor pessoal è emoção cultural, afo paladar de qualquer paixão seitista—permitindo a cada interessado permear-se da sua filosofia e vivê-la na fidelidade ético- moral que deflui da fonte evangélica na qual se Origina.

O estudo do Espiritismo é livre, Sem dúvida mais prático quando sistematizado por um método de aprendizagem específico, dispensando novos próceres da verdade, que a ergueríam como arma de acusação e a esgrimem em defesa deste ou daquele seu “ ponto de vista”. A verdade, pelo seu próprio valor intrínseco, dispensa os seus defensores, por impor-se de imediàto ou posteriormente. É este um momento de reunir e ajudar, espargindo a luz sem as artimanhas da ignorância, impondo com argumentos lógicos, sem as agressões que demonstrem a fragilidade da tese, no apoio da violência...

Desse modo, é indiscutível a necessidade de retomar- se a Kardec, na divulgação do Espiritismo, que veio aos homens no momento em que o Cristianismo se materializara e se perdera em linhas de comportamento alienado, evitando-se o surgimento de correntes e escolas que, por mais respeitáveis nos seus propósitos, não podem fugir às regras da conduta do Codificador, que enfrentou o cepticismo, a desconfiança, as lutas acerbas e a indiferença da época, sem fugir, em momento algum, à diretriz preconizada pela Doutrina que apresentou e viveu com nobreza, tomando-se digno do respeito dos próprios adversários.

Meditar nas lições do passado, a fim de agir bem no presente, com vista aos melhores e mais lúcidos métodos de divulgação para o futuro. O Cristianismo, portanto, na fórmula que foi legado à posteridade, sem o Espiritismo, não atinge as metas às quais se destina. Da mesma forma, o Espiritismo sem as raízes do Cristianismo, pode transformar-se em monumental corpo de doutrina científica e filosófica, do qual, no entanto, a alma do amor e da fé cristã foi exilada.



ESTOICISMO: doutrina fundada por Zenão de Cício (335-264 aC), e desenvolvida por várias gerações de filósofos, que se caracteriza por uma ética em que a imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade [O estoicismo exerceu profunda influência na ética cristã.].


05/08/2023

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de sábado Do livro

Reflexões Espíritas 



01/08/2023

 Olá amigos!

Segue nosso estudo da Tarde Fraterna


Leitura inicial:

Capítulo VI - O Cristo Consolador - item 3

Tema: a Capa de Santo