27/12/2020

 Olá amigos!

Segue nosso estudo do livro Médiuns e Mediunidades

Cap XI - Problemas da Mediunidade 






Leitura Inicial:

Estás doente?  

“E  a  oração  da  fé  salvará  o  doente,  e  o  Senhor  o  levantará.” 

(Tiago, 5:15)  



Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real. 
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente. 
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração. 
A mente é fonte criadora. 
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas. 
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso? 
De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade. 
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? 
A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-­la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis. 
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói. 
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças? 
Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens? 
Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto. 
Se estás doente, meu amigo.. acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança. 
Desapega-­te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-­te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência. Foge à brutalidade. 
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno. 
Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação. 
Não manches teu caminho. 
Serve sempre.

Trecho do estudo:

11 
Problemas da Mediunidade 

Prognosticam, alarmadas, pessoas que ignoram a excelência do conteúdo da doutrina espírita, que o exercício da mediunidade gera várias desordens emocionais, comprometendo o equilíbrio psicológico do homem. 
Repetem, sem que se dêem conta, velhos chavões que â experiência dos fatos demonstrou ultrapassados, porque destituídos da legitimidade. 
A mediunidade, como qualquer outra faculdade orgânica, exige cuidados específicos para um desempenho eficaz quão tranqüilo. 
Os distúrbios que lhe são atribuídos decorrem das distonias emocionais do seu portador que, espírito endividado, reencama-se enredado no cipoal das próprias imperfeições, das quais derivam seus conflitos, suas perturbações, sua intranqüilidade. Pessoas nervosas apresentam-se inquietas, instáveis em qualquer lugar, não em razão do que fazem, porém, pelo fato de serem enfermas.
Atribuir-se, no entanto, à mediunidade a psicogênese das nevropatias é dar um perigoso e largo passo na área da conceituação equivocada. 
O homem deseducado apresenta-se estúrdio e incorreto onde se encontre. Nada tem a ver essa conduta com a filosofia, a aptidão e o trabalho a que se entrega, porquanto o comportamento resulta dos seus hábitos e não do campo onde se localiza. 
Justificam, os acusadores, que os médiuns sempre se apresentam com episódios de desequilíbrio, de depressão ou exaltação, sem complementarem que os mesmos são inerentes à personalidade humana e não componentes das faculdades psíquicas. 
Outrossim, estabelecem que os médiuns são portadores de personificações arbitrárias, duplas ou várias, liberando-as durante o transe, favorecendo, assim, as catarses psicanalíticas. Se o fora, eis uma salutar terapia liberativa que poderia propiciar benefícios incontáveis aos enfermos mentais. Todavia, dá-se exatamente o contrário: não se tratam de personalidades esdrúxulas do inconsciente as que se apresentam nas comunicações, mas de individualidades independentes que retornam ao convívio humano procedentes do mundo espiritual, demonstrando a sobrevivência à morte e fazendo-se identificar de forma insuspeita, consolando vidas, e, nos casos das obsessões, trazendo valioso contributo às ciências da mente, interessadas na saúde do homem. 
Evidentemente, aparecem manifestações da personalidade ou anímicas que não são confundidas com as de natureza mediúnica, decorrentes das fixações que permanecem no inconsciente do indivíduo. Na área dos fenômenos intelectuais, tanto quanto dos físicos, os dados se acumulam, confirmando a imortalidade do ser, que se despe dos subterfúgios para surgir com tranqüila fisionomia de vida plena. Certamente, ocorrem, no médium, estados oscilantes de comportamento psicológico, o que é perfeitamente compreensível e normal, já que a mediunidade não o libera da sua condição humana e frágil. A interação espírito-matéria, cérebro-mente, sofre influências naturais, inquietantes, quando se lhes associam, psiquicamente, outras mentes, em particular aquelas que se encontram em sofrimento, vitimadas pelo ódio, portadoras de rebeldia, de desequilíbrio. A tempestade vergasta a natureza, que logo se recompõe, passada a ação danosa. Também no médium, cessada a força perturbadora, atuante, desaparecem-lhe os efeitos perniciosos. Isso igualmente acontece entre os indivíduos não dotados de mediunidade ostensiva, em razão dos mecanismos de sintonia psíquica. Na mediunidade, em razão dela mesma, a ocorrência cessa, face aos recursos de que se faz objeto, ensejando um intercâmbio lúcido e um diálogo feliz com o agente causador da desordem transitória. 
O espiritismo é o único antídoto para tais perturbações, pelas orientações que proporciona e por peiletrar na tecedura da faculdade mediúnica, esclarecendo-lhe o mecanismo e, ao mesmo tempo, dando-lhe sentido, direção. Independendo de escola de pensamento, de fé e de credo, a mediunidade, ínsita no homem, merece ser educada pelos métodos espíritas, a fim de atender às nobres finalidades para as quais se destina, como instrumento de elevação do seu portador e de largos benefícios para as demais criaturas. Não há problemas decorrentes do exercício saudável da mediunidade. 
Assim, portanto, não se justificam as acusações que fazem à aplicação das forças mediúnicas, no cotidiano espírita.
O exercício correto da mediunidade, a educação das forças nervosas, a canalização dos valores morais para o bem, brindam o indivíduo com equilíbrio, harmonia, dele fazendo mensageiro da esperança, operário da caridade e agente do amor, onde quer que se encontre, a serviço da própria elevação espiritual. 


26/12/2020

 Segue abaixo, nossa programação de Janeiro.

 Lembrando que apenas nesse mês, os estudos serão virtuais.





25/12/2020

  Olá amigos!

    Boa noite! 

Segue o nosso estudo da noite de 25/12/20  

Estudo baseado em o livro "Dimensões da Verdade" 

Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Franco



 Abandonado mas não a Sós

Livro: Dimensões da Verdade - 56
Por Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

    Tristeza pertinaz teima por dominar os painéis coloridos da tua alma, convertendo aspirações acalentadas anos-a-fio em amargura, fazendo que experimentes ressaibos de profundas nostalgias.

    Desfilam, rapidamente, todos os quadros que te marcaram o espírito com os sulcos vigorosos da decepção.

    Amigos enganados que te enganaram; irmãos insensatos que te ofenderam; bocas irresponsáveis que te atingiram com as farpas da maledicência; corações que pareciam afeiçoados e que seguiram adiante...

    Repassas, emocionado, cenas que se foram mas não esqueceste: promessas ardentes, testemunhos de afeição, olhares incendiados de entusiasmos, emoções explodindo em palavras fáceis que teciam grinaldas de ternura... E perguntas, agora, em soledade, onde estão os amigos de outrora, os coparticipes das tuas horas de triunfo?

    Tens a impressão de que o peso de mil deserções se acumula sobre a tua fragilidade, e temes por ti mesmo.

    Desde há algum tempo a tristeza secunda os teus passos e tange monótona balada que vagarosamente te domina, conduzindo o teu carro de júbilos para o abismo dos desencantos.

    E crês que não resistirás por muito tempo.

    Fraco é o bastão da tua fé, poderosa a força do sítio que te ameaça.

    Levanta, porém, os olhos e dirige-te a Ele, o Grande Ignorado.

    * * *

    Além do que consideras o teu horto, transporta as fronteiras da tua dor, quanta dor!...

    Perdeste amigos e admiradores, fugiram afetos e simpatizantes, mas em verdade nunca os tivestes contigo.

    Eram apenas acompanhantes da oportunidade. Faziam algazarra, comungavam presenças, fora, todavia, da realidade que buscavas.

    E a realidade é esta: solidão com a verdade.

    Tributo valioso exige a liberdade - quantas vidas físicas exige o carro da guerra para doá-la?

    Preço elevado impõe o dever - quantas lágrimas são vertidas no cultivo da gleba onde ele medra?

    Soma ponderável deve ser igualmente oferecida para o consórcio com o amor - único espólio de uma existência modelar.

    Não te descoroçoes, pois.

    Voltarão, mais tarde, os que te deixaram.

    Brilhará novamente o sol dos sorrisos.

    Soarão, vibrantes, depois, as palavras em festival demorado de admiração.

    Será, porém, tarde para eles, porquanto já não te terão ao lado.

    Há doentes cuja gravidade do mal passa despercebida por ignorarem a doença.

    Há aflições que não enlouquecem por ainda desconhecidas dos que as encontrarão logo mais.

    Há delinquentes que conseguem caminhar por teimarem desconsiderar o crime.

    Há solidões escondidas na balbúrdia, que se cercam de fantasias...

    Por mais, porém, que todos desejem ignorar o drama que conduzem consigo, nem por isso mesmo conseguirão passar na romagem evolutiva sem o despertamento para a responsabilidade.

    Mais infelizes são todos esses, cujo amanhã está assinalado por pesadas sombras, aguardando por eles.

    Tu, porém, embora sofrendo e chorando, crês, já travaste contato com a fé e és amigo da esperança.

    Conserva o óleo da certeza no lume do dever e espera o dia, após esta noite demorada.

    * * *

    Ninguém poderia supor que a multidão exaltada que seguiu o Mestre, em Jerusalém, devidamente açulada por vândalos mercenários, seria o coro que o vilipendiaria logo depois a caminho do Calvário.

    Ninguém poderia supor que aqueles que o aclamaram quando viam cegos recuperarem a visão, paralíticos recobrarem os movimentos, surdos recomporem os ouvidos, mudos voltarem a falar e leprosos sararem ao contato daquela voz e daquelas mãos, seriam as mesmas bocas estertoradas que O exortariam com sarcasmo a sair da Cruz.

    Ninguém poderia supor que, embora abandonado na Terra, o Pai Celeste estava com Ele, sem O deixar a sós; nem que depois de uma tarde de tempestade e de uma longa noite, Ele voltaria vitorioso sobre todos e tudo, para continuar o ministério junto aos que O abandonaram...


    Feliz Natal! Paz e bem! 

     

20/12/2020

  Olá amigos!

    Boa noite! 

Segue abaixo a nossa atividade de ontem (19 12 2020) , proferida pela Cláudia Barcellos, em nossa Tarde Fraterna, com o título "Fraternidade", que foi gravada em vídeo  e agora disponibilizada aqui.

Esta "experiência" faz parte dos esforços que têm sido feitos para melhor chegarmos com as atividades doutrinárias a todos.

Finalizando nossa tarde de ontem, tivemos singela confraternização entre os presentes, fazendo assim o registro de mais um ano de atividades de nossa Casa, com esta adaptação de nosso "Lanche Fraterno".

Agradecemos a todos sua participação e colaboração durante este ano que está por expirar e desejar-lhes muita paz em seus corações, não só no Natal e no Ano Novo, mas em todos os nossos dias.

Muita paz!

Que Jesus a todos nos ampare!

19/12/2020

Olá amigos!
Segue abaixo mais um estudo do livro Dimensões da Verdade
Capítulo 12 - Mansos




Leitura inicial:

Quando as dificuldades atingem o apogeu, induzindo os companheiros mais valorosos a desertarem da luta pelo estabelecimento das boas obras, e prossegues sob o peso da responsabilidade que elas acarretam, na convicção de que não nos cabe descrer da vitória final…
Quando os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos, e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras…
Quando a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações ociosas…
Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas…
Quando te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que nenhum esforço é demais em favor do próximo…
Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges…
Então, terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente pode alguém demonstrar conformidade, quando se encontre sob os constrangimentos da provação.
Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.

Fonte: livro Encontro Marcado,  Francisco Candido Xavier, pelo Espírito Emmanuel


Trecho do estudo:

Tristeza pertinaz teima por dominar os painéis coloridos da tua alma, convertendo aspirações acalentadas anos a fio em amargura, fazendo que experimentes ressaibos de profundas nostalgias.

Desfilam, rapidamente, todos os quadros que te marcaram o Espírito com os sulcos vigorosos da decepção. Amigos enganados que te enganaram; irmãos insensatos que te ofenderam; bocas irresponsáveis que te atingiram com as farpas da maledicência; mãos, ditas protetoras, que esbordoaram tua honorabilidade; corações que pareciam afeiçoados e que seguiram adiante... Repassas, emocionado, cenas que se foram, mas não esqueceste: promessas ardentes, testemunhos de afeição, olhares incendiados de entusiasmo, emoções explodindo em palavras fáceis que teciam grinaldas de ternura... E perguntas, agora, em soledade, onde estão os amigos de outrora, os copartícipes das tuas horas de triunfo? Tens a impressão de que o peso de mil deserções se acumula sobre a tua fragilidade, e temes por ti mesmo.

Desde há algum tempo a tristeza secunda os teus passos e tange monótona balada que vagarosamente te domina, conduzindo o teu carro de júbilos para o abismo dos desencantos.

E crês que não resistirás por muito tempo.

Fraco é o bastão da tua fé, poderosa a força do sítio que te ameaça.

Levanta, porém, os olhos e dirige-te a Ele, o Grande Ignorado.

Além do que consideras o teu horto, transporta as fronteiras da tua dor, quanta dor!...

Perdeste amigos e admiradores, fugiram afetos e simpatizantes, mas em verdade nunca os tivestes contigo.

Eram apenas acompanhantes da oportunidade. Faziam algazarra, comungavam presenças, fora, todavia, da realidade que buscavas.

E a realidade é esta: solidão com a verdade.

Tributo valioso exige a liberdade - quantas vidas físicas exige o carro da guerra para doá-la?
Preço elevado impõe o dever - quantas lágrimas são vertidas no cultivo da gleba onde ele medra?
Soma ponderável deve ser igualmente oferecida para o consórcio com o amor - único espólio de uma existência modelar. Não te descoroçoes, pois.

Voltarão, mais tarde, os que te deixaram.

Brilhará novamente o sol dos sorrisos.

Soarão, vibrantes, depois, as palavras em festival demorado de admiração.

Será, porém, tarde para eles, porquanto já não te terão ao lado.

Há doentes cuja gravidade do mal passa despercebida por ignorarem a doença.

Há aflições que não enlouquecem por ainda desconhecidas dos que as encontrarão logo mais.

Há delinqüentes que conseguem caminhar por teimarem desconsiderar o crime.

Há solidões escondidas na balbúrdia, que se cercam de fantasias...

Por mais, porém, que todos desejem ignorar o drama que conduzem consigo, nem por isso mesmo conseguirão passar na romagem evolutiva sem o despertamento para a responsabilidade.

Mais infelizes são todos esses, cujo amanhã está assinalado por pesadas sombras, aguardando por eles.

Tu, porém, embora sofrendo e chorando, crês, já travaste contato com a fé e és amigo da esperança.

Conserva o óleo da certeza no lume do dever e espera o dia, após esta noite demorada.

Ninguém poderia supor que a multidão exaltada que seguiu o Mestre, em Jerusalém, devidamente açulada por vândalos mercenários, seria o coro que o vilipendiaria logo depois a caminho do Calvário.

Ninguém poderia supor que aqueles que o aclamaram quando viam cegos recuperarem a visão, paralíticos recobrarem os movimentos, surdos recomporem os ouvidos, mudos voltarem a falar e leprosos sararem ao contacto daquela voz e daquelas mãos, seriam as mesmas bocas estertoradas que O exortariam com sarcasmo a sair da Cruz.

Ninguém poderia supor que, embora abandonado na Terra, o Pai Celeste estava com Ele, sem O deixar a sós; nem que depois de uma tarde de tempestade e de uma longa noite, Ele voltaria vitorioso sobre todos e tudo, para continuar o ministério junto aos que O abandonaram...





13/12/2020

 Olá amigos!

Segue abaixo o estudo do livro Médiuns e Mediunidades

Capítulo X - Objetivo da mediunidade




Leitura inicial: 

INVESTIMENTOS 

Emmanuel 

 Tema – O valor da Cooperação fraterna. 

 Compreensível o espírito de previdência que induz o homem a se preservar contra a penúria. 

 A formação bancária na garantia comum, os estabelecimentos de segurança pública, as organizações de economia popular sem estímulo à usura e os institutos de proteção recíproca representam aquisições de inegável valor para a comunidade. 

 Ninguém deve menosprezar o ensejo de se resguardar contra a exigência imprevista. Essa realidade, patente no plano material, não é menos tangível no reino do espírito. 

 Urge depositar valores da alma, nas reservas da vida, considerando as nossas necessidades de amanhã. 

 A interdependência guarda força de lei, em todos os domínios do Universo. 

 Caridade é dever, porque, se os outros precisam de nós, também nós precisamos dos outros. Não esperes, porém, pelo poder ou pela fortuna terrestres a fim de cumpri-la. 

Faze os teus investimentos de ordem moral com o que tens e com o que és. 

 Começa agora. 

 Quotas pequeninas de força monetária totalizam grandes créditos. 

 Migalhas de bondade formam largos tesouros de amor. 

Relaciona algumas das possibilidades ao alcance de todos: o minuto de cortesia; o testemunho de gentileza; o momento de tolerância, sem nenhum apelo à crítica; a referência amistosa; a frase encorajadora; a demonstração de entendimento; a desculpa espontânea, sem presunção de superioridade; a conversação edificante; a pequenina prestação de serviço; o auxílio além da obrigação... 

 No capítulo da propriedade, lembra-te da própria alma – a única posse inalienável de que dispões – e, recordando que precisas e precisarás de recursos sempre maiores e sempre novos para evoluir e elevar a própria vida, não te esqueças de que podes, a todo instante, trabalhar e servir, investindo felicidade e cooperação com ela.

Fonte: Livro Encontro Marcado, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Trecho do estudo:

10 Objetivo da Mediunidade 

Qual ocorre com qualquer faculdade orgânica ou intelecto- moral, a mediunidade, desvestida de mitos e tabus, exige cuidados especiais e competente educação. Possivelmente, requer maior soma de zelos e atenções, por proceder do espírito, portadora de requisitos especiais e cuja finalidade elevada impõe providências específicas. 

Possuidora de um campo de ação muito vasto, expande-se na razão direta em que é exercitada com disciplina, quão se apequena e desaparece quando deixada ao abandono, podendo, não raro, transformar-se em veículo de perturbação e prejuízo. 

Instrumento programado para o serviço do amor e do esclarecimento da criatura humana, e, pois, conseqüentemente, da humanidade, faculta o intercâmbio com os seres espirituais que comprovam a sua sobrevivência à morte, fazendo-se identificar, sem margem a dúvidas, propiciando uma revolução ético-comportamental relevante e demonstrando a legitimidade de todas as crenças religiosas no que tange ao futuro espiritual das criaturas. 

Por essa mesma razão, a fim de que possa atingir os objetivos nobres para os quais existe, merece e necessita de atenções contínuas, desde a conduta moral do homem que a possui, como dos recursos que lhe devem ser aplicados, no que diz respeito ao estudo do seu mecanismo, tanto quanto da sua educação e flexibilidade.

Certamente , pode apresentar-se espontânea e generalizada em pessoas boas e más, cultas ou ignorantes, por ser, também, de natureza orgânica, todavia, para tomar-se digna de crédito e respeito, faz-se credora de compreensível educação, graças à qual se lhe desdobram as possibilidades que dormem inatas aguardando ensejo para manifestarem-se. 

A mediunidade é um compromisso grave para o indivíduo, que responderá à consciência pelo uso que lhe conferir, como sucede com as faculdades morais que o credenciam à felicidade ou à desdita, como decorrência da aplicação dos seus valores. 

Despida de atavios e de crendices, a faculdade mediúnica propicia imensa área de serviço iluminativo, conclamando pessoas sérias e interessadas à conscientização dos objetivos da vida. 

A proliferação dos médiuns e a multiplicação de células dedicadas ao exercício das forças mediúnicas têm tornado comuns a aceitação da faculdade, e uma certa faixa de simpatia ora a envolve, permitindo, por outro lado, que a vacuidade e a vulgarização trabalhem em prejuízo dos fins e meios de aplicação de que se reveste. 

Lentamente, a modéstia e a humildade, a discrição e a simplicidade dos médiuns, o recolhimento e o trabalho incessante vão cedendo lugar ao estrelismo e às disputas estéreis por promoção de nomes pessoais e de entidades, num campeonato de insensatez lamentável sob todos os aspectos considerados. 

A pressa pela divulgação pessoal, em detrimento do zelo pelo conteúdo das mensagens, vem transformando núcleos de atividade mediúnica em palcos de exibição, em veículos para atendimento de interesses escusos, de simonia, de frivolidade... 

Os espíritos nobres não se submetem aos caprichos dos médiuns e das pessoas frívolas interessadas nos jogos vazios do personalismo perturbador, cedendo lugar aos vulgares e irresponsáveis quais os próprios medianeiros, realizando fenômenos de sintonia que os candidatam a obsessões sutis a princípio, a caminho de lamentáveis processos irreversíveis e dolorosos... 

Nenhum médium é, em conseqüência, perfeito e irretocá- vel, isento da influenciação dos maus espíritos como dos perturbadores, que povoam a erraticidade e lhes constituem provas ao orgulho e à vaidade, demonstrando a fragilidade humana, que é inerente à qualidade do ser falível em processo de evolução na Terra. 

O exercício consciente e cuidadoso, enobrecido e dirigido para o bem proporciona ao médium os tesouros da alegria interior que decorrem da convivência salutar com os seus guias espirituais interessados no seu progresso e realização. 

Da mesma forma, experimenta crescer o círculo da afetividade além das fronteiras físicas, pelo fato de os espíritos que com ele se comunicam envolverem-no em carinhosa proteção, aumentando o número de entidades que se lhe tomam simpáticas e agradecidas pelo ministério desenvolvido. 

A educação das forças mediúnicas é de demorado curso, porquanto, à medida que a sensibilidade se apura, mais se amplia a capacidade de registro e de percepção extrafísica. 

O médium, desse modo, responsável, no desdobramento das atividades a que se dedica, no setor em que se especializa, vai- se despojando dos grilhões terrenos e projetando-se na direção da Vida Imortal, superando os limites orgânicos e vendo crescer os horizontes iluminados do Mundo Maior que o fascina e enternece. 

A mediunidade, portanto, em breve, na Terra, facultará aos homens a visão segura da sua imortalidade, proporcionando-lhe encarar a morte e o seu destino com naturalidade e paz. 

Oxalá, próximos estejam esses dias e saibamos, espíritos e homens, utilizar-nos corretamente da divina concessão, mediante cujo uso nos tornaremos uma só família, que já o somos, embora aparentemente separados pela cortina vibratória do corpo físico. 

04/12/2020

Olá amigos

Segue abaixo estudo do livro Dimensões da Verdade 

Capítulo 11 - Esquecimento do Pretérito



Leitura inicial:

98 

CAPAS 

“E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus.” 

— (MARCOS, capítulo 10, versículo 50.) 

O Evangelho de Marcos apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó. Para receber a bênção da divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre, alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes. Não residirá nesse ato precioso símbolo? As pessoas humanas exibem no mundo as capas mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século; entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.

fonte: livro Caminho, Verdade e vida, leitura 98, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Trecho do estudo:

Conquanto estejas informado a respeito da ação do passado sobre o presente, deixas-te dominar quase sempre por dúvidas atrozes que espezinham tuas convicções, fazendo-te sofrer.

Conjecturas quanto ao esquecimento que acompanha o espírito na reencarnação, e supões que esse olvido, de certo modo se faz obstáculo ao discernimento entre amigos e adversários da tua felicidade. 

Seria mais justo que, assim pensas, em momentos de rudes provanças, os centros da memória anterior fossem libertados e a censura que frena as recordações deixasse fluir os rios do conhecimento de modo a agires com acerto. 

Confessas intimamente o tormento que te consome por caminhares sem o conhecimento do destino, tendo em vista a ignorância do pretérito, assinalando desolação e dor. 

E concluis, apressado, que a reencarnação, em tais bases, não expressa condignamente o Amor de nosso Pai, afirmando que, em ti mesmo não encontras, na memória, os fundamentos que favoreçam a segurança que gostarias de possuir para levares de vencida a experiência evolutiva. 

Pensas, e, no entanto, desconheces a mecânica do raciocínio a nascer nos centros cerebrais.

Ages sob impulsos desconhecidos e ignoras a razão deles. Vives governado por automatismos fisiológicos que te mantém a harmonia orgânica sem lhes conheceres a procedência... Vês, ouves, sentes, falas, distingues gostos, no que se refere aos débeis órgãos dos sentidos físicos sem indagações, sem exigências e, todavia, deixas-te conduzir tranquilamente. 

Observa a dificuldade que experimenta uma criatura excepcional aprendendo a falar, comer, controlar os movimentos... Entenderás, então, que se não te é lícito recordar o passado, a outros espíritos mais esclarecidos e fortes que o teu é permitido navegar no oceano das recordações com alguma segurança e naturalidade... Ao invés de castigo, o esquecimento das vidas passadas é dádiva celeste.

Desejarias identificar os sicários da tua paz e os cooperadores da tua alegria. 

Examina, no entanto, as afinidades, considera as emoções junto aos que te cercam, medita e conclui com o auxílio do tempo. Abre, todavia, os braços, a quantos se acercam de ti, procurando envolvê-los nas vibrações do entendimento e da cordialidade, para fruíres afeição e simpatia. 

Encontras obstáculos afetivos no lar entre os membros da família e experimentas, não raro, asco senão revolta por aqueles a quem deverias amar nas amarras do sangue. Reações indomáveis a se manifestarem como animosidade, alquebram o teu ânimo em casa, levando-te a desesperos e a atritos lamentáveis. Acalentas ou és vítima de idiossincrasias, senão aversões, por filhos ou irmãos, lutando tenazmente

por vencer a força negativa que te assoma na presença deles, sem resultados positivos. 

A estada na intimidade doméstica se constitui penoso período, encontrando, todavia, motivos de júbilos sob tetos alheios... (...) E desejarias recordar o ontem!... 

Se em ignorância quanto ao mal que te hajam feito eles, os teus familiares, te sentes incapaz de fitá-los, entendê-los, ajudá-los e amá-los, oferecendo-lhes compreensão e simpatia, como te portarias se, na filha revel identificasses antiga companheira que o adultério arrastou, no irmão consanguíneo o destruidor do antigo ninho de venturas que o tempo não consumiu, no pai ou mãe, no filho ou noutro parente o arquiteto da tua ruína ou a vítima da tua sandice? Esquecer o mal para agir com acerto é luz de amor na lâmpada da oportunidade.

Ignorar os maus para ajudá-los significa ensejar-lhes, com igualdade de condições, ocasião de repararem os males que tenham praticado. Lutar contra a antipatia, procurando ignorar as causas da aversão representa valioso esforço de libertação íntima. 

Considerando a pequenez e a inferioridade moral de quantos se encontram na Terra, o abençoado Hospital-Escola para os recalcitrantes, os excelsos promotores dos renascimentos fazem que a mente espiritual mergulhe no olvido, a fim de que as lembranças dos atos infelizes não os enlouqueçam e as evocações abençoadas não os paralisem em recordação insensata ou improfícua. 

Jesus, o Egrégio Coordenador da vida no Orbe, lecionando sobre a necessidade do bem atuante, não poucas vezes exortou ao amor puro e simples com o esquecimento do mal, para que este não se corporificasse em sombra tenebrosa, acompanhando nossa consciência. 

E desejando imprimir com sulcos profundos o ensino sublime, conclamou os que O seguissem a duplicar a bondade em relação aos que nos peçam algo, mandando oferecer a outra face ao agressor para que não fôssemos os promotores do mal ou vitalizadores da impiedade. E assim o fez por conhecer o abismo que a ignorância da verdade representa e a baliza de luz que significa o amor no caminho da evolução, amor que nos faz esquecer o mal para somente nos lembrarmos do bem...



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Segue a nossa programação de dezembro