28/08/2016

Autodescobrimento (Revisão Cap. 3) - Luzia Mathias







A palestra de Luzia Mathias nos remete ao "Conhece-te a ti mesmo", de Sócrates, e que a Doutrina Espírita esclarece através de Santo Agostinho nas questões 919 e 919 (a). 

"Como nos tempos mais recuados das civilizações mortas, temos de reafirmar que a maior necessidade da criatura humana ainda é a do conhecimento de si mesma". (1)

"E em todas as vias reconhecemos o impositivo do conhecimento e do autoconhecimento, para que o erro ou o desequilíbrio não nos compliquem a romagem ou atrasem a marcha". (2)

"A finalidade divina do Espiritismo é a iluminação dos sentimentos, na sagrada melhoria das do homem". (3)


*****


"O Livro dos Espíritos" - Allan Kardec
Capítulo X I I - Da perfeição moral

Conhecimento de  si mesmo


919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?

“Um sábio da antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”

a) — Conhecemos toda a sabedoria desta máxima, porém a dificuldade está precisamente em cada um conhecer-se a si mesmo. Qual o meio de consegui-lo?

“Fazei o que eu fazia, quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava revista ao que fizera e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo para de mim se queixar. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma.

Aquele que, todas as noites, evocasse todas as ações que praticara durante o dia e inquirisse de si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo-de-guarda que o esclarecessem, grande força adquiriria para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria.

Dirigi, pois, a vós mesmos perguntas, interrogai-vos sobre o que tendes feito e com que objetivo procedestes em tal ou tal circunstância, sobre se fizestes alguma coisa que, feita por outrem, censuraríeis, sobre se obrastes alguma ação que não ousaríeis confessar.

Perguntai ainda mais: ‘Se aprouvesse a Deus chamar-me neste momento, teria que temer o olhar de alguém, ao entrar de novo no mundo dos Espíritos, onde nada pode ser ocultado?’

“Examinai o que pudestes ter obrado contra Deus, depois contra o vosso próximo e, finalmente, contra vós mesmos. As respostas vos darão, ou o descanso para a vossa consciência, ou a indicação de um mal que precise ser curado.


“O conhecimento de si mesmo é, portanto, a chave do progresso individual. Mas, direis, como há de alguém julgar-se a si mesmo? Não está aí a ilusão do amor-próprio para atenuar as faltas e torná-las desculpáveis? O avarento se considera apenas econômico e previdente; o orgulhoso julga que em si só há dignidade. Isto é muito real, mas tendes um meio de verificação que não pode iludir-vos.

Quando estiverdes indecisos sobre o valor de uma de vossas ações, inquiri como a qualificaríeis, se praticada por outra pessoa. Se a censurais noutrem, não na podereis ter por legítima quando fordes o seu autor, pois que Deus não usa de duas medidas na aplicação de sua justiça.

Procurai também saber o que dela pensam os vossos semelhantes e não desprezeis a opinião dos vossos inimigos, porquanto esses nenhum interesse têm em mascarar a verdade e Deus muitas vezes os coloca ao vosso lado como um espelho, a fim de que sejais advertidos com mais franqueza do que o faria um amigo.

Perscrute, conseguintemente, a sua consciência aquele que se sinta possuído do desejo sério de melhorar-se, a fim de extirpar de si os maus pendores, como do seu jardim arranca as ervas daninhas; dê balanço no seu dia moral para, a exemplo do comerciante, avaliar suas perdas e seus lucros e eu vos asseguro que a conta destes será mais avultada que a daquelas. Se puder dizer que foi bom o seu dia, poderá dormir em paz e aguardar sem receio o despertar na outra vida.

“Formulai, pois, de vós para convosco, questões nítidas e precisas e não temais multiplicá-las. Justo é que se gastem alguns minutos para conquistar uma felicidade eterna. Não trabalhais todos os dias com o fito de juntar haveres que vos garantam repouso na velhice?

Não constitui esse repouso o objeto de todos os vossos desejos, o fim que vos faz suportar fadigas e privações temporárias? Pois bem! que é esse descanso de alguns dias, turbado sempre pelas enfermidades do corpo, em comparação com o que espera o homem de bem? Não valerá este outro a pena de alguns esforços? Sei haver muitos que dizem ser positivo o presente e incerto o futuro.

Ora, esta exatamente a ideia que estamos encarregados de eliminar do vosso íntimo, visto desejarmos fazer que compreendais esse futuro, de modo a não restar nenhuma dúvida em vossa alma. Por isso foi que primeiro chamamos a vossa atenção por meio de fenômenos capazes de ferir-vos os sentidos e que agora vos damos instruções, que cada um de vós se acha encarregado de espalhar. Com este objetivo é que ditamos O Livro dos Espíritos.” 

Santo Agostinho
                                                              * * * * * * * 

Muitas faltas que cometemos nos passam despercebidas. Se, efetivamente, seguindo o conselho de Santo Agostinho, interrogássemos mais amiúde a nossa consciência, veríamos quantas vezes falimos sem que o suspeitemos, unicamente por não perscrutarmos a natureza e o móvel dos nossos atos. A forma interrogativa tem alguma coisa de mais preciso do que qualquer máxima, que muitas vezes deixamos de aplicar a nós mesmos. 

Aquela exige respostas categóricas, por um sim ou um não, que não abrem lugar para qualquer alternativa e que não outros tantos argumentos pessoais. E, pela soma que derem as respostas, poderemos computar a soma de bem ou de mal que existe em nós.
Allan Kardec



(1) “Palavras de Emanuel” - Francisco Cândido Xavier – Espírito Emanuel
(2) “Rumo Certo” - Francisco Cândido Xavier – Espírito Emanuel
(3) “O Consolador” - Francisco Cândido Xavier – Espírito Emmanuel





23/08/2016

PROGRAMA TERCEIRA REVELAÇÃO



71 - EMOÇÕES PERTURBADORAS - YASMIN MADEIRA


  * * * * * * * * * * 

Sobre as emoções perturbadoras, escreve Joanna de Ângelis, Espírito, através da psicografia de Divaldo Pereira Franco, em o livro "Momentos de Felicidade", no capítulo 18, que:

O homem que se candidata a uma existência feliz, tem a obrigação de vigiar as suas emoções perturbadoras, a fim de evitar-se desarmonias perfeitamente dispensáveis, na economia do seu processo de evolução. 

As emoções perturbadoras decorrem do excesso de autoestima, do apego aos bens materiais e às pessoas, e do orgulho, entre outros fatores negativos.

O excesso de consideração que o indivíduo se concede, leva-o à irritação, ao ciúme, à agressividade, toda vez que os acontecimentos se dão diferentes do que ele espera e supõe merecer.
O apego responde-lhe pela instabilidade emocional, trabalhando-lhe a ganância, a soberba e a ilusão da posse, que concede a falsa impressão de situar-se acima do seu próximo.
O orgulho intoxica-o, levando-o à pressuposição de credenciado pela vida a ocupar uma situação privilegiada e ser alguém especial, merecedor de homenagens e honrarias, em detrimento dos demais.
Qualquer ocorrência que se apresente contraditória a esses engodos gerados pelo ego insano, e as emoções perturbadoras se lhe instalam, proporcionando desequilíbrios de largo porte, exceto se ele se resolve por digerir a situação e mudar de paisagem mental.
Superar tais emoções que têm raízes no seu passado espiritual, eis o grande desafio.
Assim, cumpre que ele envide todos os esforços para o autodescartamento e a aplicação das energias em combater a inferioridade que predomina em a sua natureza.
*
"Não há nada a que o homem não se acostume com o tempo", afirma um velho brocardo popular.
A liberação das emoções perturbadoras é resultado dos hábitos insalubres de entregar-se-lhe sem resistência.
Tão comum se faz ao indivíduo a liberação dos instintos perniciosos geradores deles, que este se não dá conta do desequilíbrio em que vive.
Adaptando-se ao autocontrole, eliminará, a pouco e pouco, a explosão dessas emoções perturbadoras.
Mediante pequeno código de conduta, torna-se fácil a assimilação de outros hábitos que são saudáveis e felicitam:
considera a própria fragilidade que te não faz diferente das demais pessoas;
observa o esforço do teu próximo e valoriza-o;
treina a paciência ante as ocorrências desagradáveis;
reflexiona quanto à transitoriedade da posse;
medita sobre a necessidade de ser solidário;
propõe-te a adaptação ao dever, por mais desagradável se te apresente;
aprende a repartir, mesmo quando a escassez caracterizar as tuas horas...
Um treinamento íntimo criará novos condicionamentos, que te ajudarão na formação de uma conduta ditosa e tranquila.
*
Foram as emoções perturbadoras que levaram Pedro, temeroso, a negar o Amigo, e Judas, o ambicioso, a vendê-lo aos inimigos da Verdade.
O controle delas, sob a luz da humildade e da fé, proporcionou à Humanidade o estoicismo de Estevão, a dedicação até o sacrifício de Paulo - que as venceram - e toda a saga de amor e grandeza do homem abnegado de todos os tempos.

18/08/2016

Charles Richet



Conhecido como o fundador da Metapsíquica, Charles Richet (1850-1935) desempenhou um papel fundamental no processo de desvendar o desconhecido mundo dos fenômenos anímicos. Em 1905, então presidente da Sociedade de Investigações Psíquicas - Londres propôs o nome de Metapsíquica a este conjunto de conhecimentos. Sua obra mais famosa, Tratado de Metapsíquica, é um verdadeiro arcabouço de fatos e descrições pormenorizadas de experiências psíquicas, descrições históricas e classificatórias que muito colaboraram para o seu desenvolvimento. 

A sua maior contribuição, sem sombra de dúvida, foi o estudo do ectoplasma, substância responsável pela viabilidade dos fenômenos ditos objetivos. Foi ele quem, pela primeira vez, denominou a substância que emanava dos médiuns de efeitos físicos de ectoplasma, naquele momento referindo-se aos fluidos que emanavam de Eusápia Paladino (uma das maiores médiuns da história do Espiritismo): “são as formações difusas que eu chamo de ectoplasmas; porque elas parecem sair do próprio corpo de Eusápia”.

Numa experiência transcorrida com a médium Marthe Béraud, Charles Richet e Gabriel Delanne fizeram com que a “materialização” soprasse o ar de seus pulmões através de uma solução aquosa de barita, usando um pequeno tubo. O resultado foi o turvamento do líquido, revelando a presença do gás carbônico, fenômeno peculiar dos organismos vivos normais. 

A Metapsíquica de Richet era composta pela composição dos seguintes fenômenos: a Criptestesia, a telecinesia e a ectoplasmia. Para ele, a Metapsíquica estava na flor d’água de uma nova psicologia. No seu Tratado, Richet classificou a história da fenomenologia metapsíquica em quatro períodos: 

1°) Período Mítico, que vai das origens históricas até Mesmer, (1776);
2°) Período Magnético, que vai de Mesmer às irmãs Fox, ( 1847);
3°) Período Espirítico, que vai das irmãs Fox, passando por Allan Kardec, a William Crookes (1872);
4°) Período Científico, que vai de Crookes até agora.

Charles Richet classificou os fenômenos metapsíquicos em dois grupos gerais: Fenômenos Subjetivos, que ocorrem exclusivamente na área psíquica, sem nenhuma ação dinâmica sobre os objetos materiais (anos antes, a estes fenômenos Allan Kardec denominou Inteligentes). 

E Fenômenos Objetivos, cuja manifestação envolve ação física sobre os objetos materiais (na linguagem espírita, Fenômenos Físicos). Esta classificação é utilizada até os dias de hoje. Charles Richet nunca se declarou espírita, mas sim, um estudioso dos fenômenos metapsíquicos. 

Não podemos, portanto, classificar Charles Richet como um continuador da obra de Allan Kardec, já que na verdade Richet reserva um espaço de duas páginas em um Tratado de mais 700 àquele que poderia ter sido um de seus mestres.

Desvendou um caminho distinto, sem evidentemente desconhecê-lo tanto, e que o classifica na categoria de iniciador romântico da Metapsíquica, reconhecendo em Kardec, a quem se refere como Dr. H. Rivail, algum apreço pela investigação científica, mas que, no entanto, se levou demais a acreditar que as comunicações dos Espíritos através dos médiuns eram destituídas de erros, desde que as mesmas emanassem de bons Espíritos. 

Esta crítica, a nosso ver, não é muito justa, porém se assemelha à feita por Arthur Conan Doyle em seu A História do Espiritualismo, fazendo-nos, pelo menos, pensar que conhecemos hoje bem melhor a obra de Kardec do que os quase contemporâneos vizinhos e conterrâneos.




















17/08/2016



Variações da Mediunidade

Livro: Mais Vida
Leandro Gomes de Barros & Francisco Cândido Xavier

Médium de muita cultura 
Que vive de lero-lero 
Ou fica em zero estaca 
Ou retoma à estaca zero. 

Mediunidade, a rigor, 
Sobre a Terra, onde se estira, 
É um talento que o Senhor 
Empresta, aumenta ou retira. 

Médium que deixa o serviço, 
Falando em luta na estrada, 
Entra em novo compromisso 
E acha luta mais pesada. 

Muito médium que começa 
Estourando fantasias 
Acaba sempre em promessa 
Na brasa de poucos dias. 

De minha longa jornada 
Tenho esta nota do bem: 
Mediunidade guardada 
Não auxilia a ninguém. 

O médium desenvolvido 
Largando o arado que é seu, 
Deixa o mundo, antes da hora, 
No tempo que recebeu. 

O médium que anda-à-toa 
E de si próprio envaideça 
Pode ser boa pessoa 
Mas tem mosca na cabeça. 

Médium que sempre duvida, 
Vacilando a vida inteira 
Parece gangorra viva 
Na folha de bananeira. 

Médium que nunca se apronta, 
Para servir por amor, 
Um dia, fica por conta 
De espírito obsessor. 

O médium sem disciplina 
Que vive sempre em recreio 
Tem pinta de caminhão 
Quando está no desenfreio. 

Grandes médiuns que conheço 
Ao defini-los, não erro, 
São cofres fartos de ouro 
Com grandes trancas de ferro. 

No intercâmbio entre os dois mundos, 
Médium que não se degrade 
Parece uma vela acesa. 
Nas sombras da Humanidade.

O Amor e a agressividade - Vídeo em destaque


Um vídeo que vale a pena assistir.

Neste vídeo, O amor pede Passagem, o médico psicoterapeuta Alberto Almeida conduz o tema o amor e a agressividade. Almeida lamenta a existência da agressividade nas guerras e a grande necessidade de amor que há entre estes povos.

 Acesse O amor e a agressividade - FEBtv e assista ao vídeo.




Curtindo as Efemérides de Agosto


15/08/2016

Programação GEAS - Agosto

GRUPO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA
AGOSTO 2016


2ª FEIRAS
15:00 h - ESTUDOS E PASSES

DIA                               TEMA                         EXPOSITOR
1 LE q. 856 a 861 – Fatalidade – Gilberto Adamatti
8 Ev. Cap. XIII itens 7 e 8 - Dar sem esperar retribuição -  Sérgio Daemon
15 LE q. 862 a 867 – Fatalidade – Leila Simões
22 Ev. Cap. XIII itens 9 e 10 - A caridade material e a caridade espiritual – Marcos João
29 LE q. 868 a 871 - Conhecimento do Futuro – Claudia Galves

4ª FEIRAS
19:00 h - ESTUDO DO LIVRO: O CONSOLADOR

DIA                              TEMA                         EXPOSITOR

3 Questões 153 e 154 (Vida - Transição) - Maurício Almeida
10 Questões 155 a 157 (Vida - Transição) - Sérgio Daemon
17 Questões 158 e 159 (Vida - Transição) - Glória Alves
24 Questões 160 (Vida - Transição) - Marcos João
31 Questões 161 e 162 (Sentimento - Arte) - João Polido

19:45 h - EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL

20:00 h - ESTUDOS E PASSES

DIA                              TEMA                            EXPOSITOR
03 LE q. 455 - Resumo teórico do sonambulismo, do êxtase e da dupla...– Marcos João
10 Ev. Cap. V item 3 - Justiça das aflições - Sérgio Daemon
17 LE q. 456 a 458 - Faculdade que têm os espíritos de penetrar os nossos ... - Miriam Guimarães
24 Ev. Cap. V itens 4 e 5 - Causas atuais das aflições – Manoel Messias
31 LE q. 459 a 466 - Influência oculta dos Espíritos em nossos pensamentos e atos - João Polido

6ª FEIRAS
19:00 h – Estudo da Série André Luiz 
Nos Domínios da Mediunidade - Espírito André Luiz – Francisco Cândido Xavier

20:00 h - ESTUDOS E PASSES

DIA                             TEMA                                 EXPOSITOR
5 LE q. 769 a 772 - Vida de insulamento. Voto de silêncio - Gilberto Adamatti
Ev. Cap. X item 17 - A indulgência - Paulo Netto

12 LE q. 773 a 775 - Laços de família - Glória Alves
Ev. Cap. X item 18 - A indulgência - Sérgio Daemon

19 LE q. 776 a 778 - Estado de natureza - Paulo Netto
Ev. Cap. X item 19 - É permitido repreender os outros? - João Maurício

26 LE q. 779 a 781 - Marcha do progresso - Adriana Braga
Ev. Cap. X item 20 - É permitido notar as imperfeições dos outros? - Carlos Paulo

SÁBADOS

SÁBADOS ENRIQUECEDORES -  10:00 h (Primeiro e terceiro sábado de cada mês)
Livro: “Plenitude” – Espírito Joanna de Ângelis – Divaldo Franco

DIA                           TEMA                                      FACILITADOR
6 -  Cessação do sofrimento (1ª Parte) Educação do pensamento e da mente... – Claudia Magalhaes
20 - Cessação do sofrimento (2ª Parte) - O perdão – Adamatti

DOMINGOS
10:30 h - MANHÃ FRATERNA

DIA            TEMA                     EXPOSITOR
28     TEMA  LIVRE      Liliane Moisés