17/12/2022

 Olá amigos!

Segue nosso estudo do livro Trigo de Deus



Leitura de Harmonização: 

Prece de Paz Senhor 

Jesus! Em teu amor infinito, concede-nos a tua paz. Ensina-nos a viver e a servir em paz. Conserva-nos os corações no caminho da paz. Auxilia-nos a compreender-nos uns aos outros no clima da paz. Senhor! Em tua misericórdia, abençoe-nos com a tua paz, agora e sempre. 

Assim seja. 

EU QUE SOU BRANDO... 

Os astros eram crisântemos luminiferos encrustrados no velário da noite; no entanto, pareciam lanternas mágicas lucilando ao longe... O dia fora especialmente sufocante. À ardência do Sol uniam-se as necessidades que empurraram multidões compactas a Cafarnaum, na busca de consolo e pão, que as mãos generosas do Rabi distribuíram em abundância. Mar humano em agitação, os grupos sucediam-se intérminos, como se todas as dores se houvessem homiziado nos seus corações e o Mestre devesse atendê-las, sem cessar... O aspecto dos infelizes enternecia e chocava. As chagas morais expostas, na maioria, em feridas purulentas, confraternizavam com as perversões que a muitos levaram aos estados de alucinação. Aos magotes, misturavam-se leprosos a crianças em andrajos, e os estropiados conduziam cegos, que blasfemavam. Todos desejavam solução urgente para os desenganos e exulcerações, sem manterem dignidade ante a dor nem tolerância uns em relação aos outros. Engalfinhavam-se em discussões insensatas por motivos nenhuns, demonstrando o atraso moral em que estagiavam, não raro terminando em pugilato vergonhoso. A presença de Jesus magnetizava-os, acalmando-os, já que ficavam na expectativa de serem atendidos. Com incomum compaixão, Ele socorria mediante a ação luarizadora e a palavra de esclarecimento, logrando assim asserenar a maré agitada dos corações. Mal terminava de atender um grupo e outro chegava, repetindo as mesmas paisagens morais. A notícia dos Seus feitos, como um perfume que se espraiara no ar, chegava às regiões mais distantes, e os infelizes acorriam, exaustos, ansiosos, na Sua busca. Ele nunca deixava de os atender, envolto no halo da ternura, da piedade e do amor que O caracterizava. A noite, desse modo, ainda se apresentava morna, quando os ventos brandos começaram a amenizá-la. O Senhor, após o repasto singelo, buscou a praia, e, sentando-se, deixou-se mergulhar em profundas reflexões. Acercando-se com discreto respeito, João, o discípulo amado, assentou-se ao Seu lado e, contemplando-Lhe o perfil recortado no claro-escuro da noite estrelada, embriagou-se de emoção... Percebendo-lhe a presença querida, o Divino Amigo sorriu, esperando que o jovem exteriorizasse os pensamentos. Jesus sempre aguardava. Conhecendo o ser humano desde o seu princípio, nunca se apressava. Deixava-se inquirir. Sentindo-se carinhosamente recebido, o filho de Salomé e Zebedeu externou, medindo as palavras: — Quanta misericórdia do Pai Celeste para conosco! As multidões se renovam e o amor é sempre o mesmo! Semelhante à fonte gentil, quanto mais se lhe retira o líquido, mais parece produzi-lo. E com ênfase, interrogou: 

— De onde procedem tantos males, que aturdem os seres humanos, Senhor? São tão diferenciadas as dores! No entanto, todos aqueles que as sofrem se apresentam desesperados, em rebeldia, vencidos! Por que, Mestre? Compreendendo o interesse do jovem em penetrar na causalidade dos sofrimentos, o Benfeitor olhou a noite em volta, e elucidou: 

— Recordas-te da pergunta que me dirigiram sobre o cego de nascença, os nossos companheiros? Indagaram-me se fora ele ou seus pais quem havia pecado, para que ele nascesse cego. “Quando lhes redargüi que nem um nem os outros, desejei elucidar que, voluntário, o invidente se candidatara a servir de instrumento na dor, para que as obras de meu Pai por mim se realizassem. Ê, face a essa conduta, curei-o...” 

— Mas, Mestre — interrompeu-o, o moço interessado — se ele era cego de nascença, teria pecado antes? Quando isso teria acontecido? 

— João — esclareceu o Mestre — o Espírito tem a sua origem no silêncio dos tempos passados, e avança através de experiências corporais sucessivas. O nascimento na carne é continuação da vida, assim como a morte é prosseguimento em outro nível de vibração. Em cada etapa se adquire conhecimento ou sentimento, avançando sempre, a esforço do amor ou da aflição. “Quando erra e se compromete, retorna à mesma situação para aprender e reparar. O sofrimento é o educandário que o disciplina e corrige, impulsionando-o para a frente, sem solução de continuidade, até quando, depurado, adianta-se sem chaga e deixa que brilhe a luz do bem que em todos jaz.”

 — E por que sofrem os bons, enquanto os maus parecem progredir? — insistiu. 

O Pastor Afável entendeu o questionamento e, sem enfado, explicou: — Aqueles que hoje vemos como bons são as mesmas pessoas que antes exerceram a maldade, quando poderíam ser nobres; que optaram pelo crime e agora recomeçam o caminho, alquebrados pelo sofrimento; que compreendem a necessidade de elevar-se, embora a contributo das aflições... eles serão consolados. Enquanto isto sucede, o Pai Amantíssimo proporciona, aos outros, oportunidades de ação dignificante, que preferem utilizar prejudicialmente, gerando os efeitos tormentosos que advirão no futuro... “O tempo é um suceder infinito de horas, e como não há pressa na evolução, todos se elevarão mediante a escolha pessoal. Eu tenho ensinado o amor, por ser o único processo de viver sem sofrer, sem promover futuras aflições para si mesmo. Todavia, os homens, preferindo ignorar a verdade, desejam a saúde para desperdiçá-la; a alegria para atirá-la fora; a paz para convertê-la em conflito. Na sua insensatez, não se detêm a meditar na realidade transitória da vida física pensando na outra Realidade, a do ser eterno...” 

— Como, porém, mudar essa situação? - indagou, com sincera emoção. 

O Amigo levantou-se e, fitando o mar, agora calmo, salpicado de barcos no lençol das águas, em faina de pesca, concluiu: — A única solução para o encontro da felicidade é não fazer a outrem o que não gostaria que este lhe fizesse... E a alternativa é vir a mim todos os que se encontram cansados e aflitos, tomando sobre os ombros o meu fardo, recebendo o meu jugo, pois só assim eu os consolarei... (*) Não necessitava dizer mais nada. As ânsias da natureza silenciaram na paisagem da noite em festival de estrelas. Distendendo a mão, na direção do amoroso discípulo, em silêncio, Jesus rumou com ele para a intimidade da casa adormecida de Simão.

 (•) Mateus — IX : 28 a 30. (Nota da Autora espiritual)




Olá amigos!
Segue a nossa programação do mês de Dezembro




 

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de sábado

tema: Poema de Isaías 

do livro Trigo de Deus


Leitura Inicial:


20 - FAMILIARES E AMIGOS


No torvelinho das preocupações em torno dos familiares queridos, pausemos, de algum

modo, para enxergá-los, não com os olhos da afeição possessiva, e sim na posição de

criaturas de Deus, como são, tanto quanto nós.

* * *

Queríamos talvez que eles crescessem pelos nossos padrões; no entanto, possuem

caminhos outros pelos quais chegarão às mesmas fontes da fé em que se nos apóia a

existência.

* * *

Desejávamos pensassem pelas ideias que nos orientam a estrada, mas trazem consigo

vocações e tendências, ideal e visão muito diversos daqueles que nos caracterizam a

marcha.

* * *

Aspirávamos a tê-los no mesmo trabalho que mais se nos adapta à maneira de ser;

todavia, nem sempre se destinam a fazer aquilo que nos compete realizar.

* * *

Anelávamos situá-los nos figurinos de felicidade que nos parecem mais justos e

aconselháveis; entretanto, permanecem guiados pelo Governo da Vida para outros tipos

de felicidade que ainda não chegamos a conhecer.

* * *

Às vezes, não nos conformamos ao vê-los sofridos ou inquietos, porém, é forçoso

considerar que, como nos ocorre, estarão carregando débitos e compromissos que, nem

nós e nem eles, resgataremos sem dificuldade ou sem dor.

* * *

Por tudo isso, aprendamos a observar nos entes amados criaturas independentes de nós,

orientadas freqüentemente, noutros rumos e matriculadas em outras classes, na escola

da experiência.

E, acima de tudo, reconhecendo quão importante se faz a liberdade para o desempenho

das obrigações que nos foram assinaladas, saibamos respeitar neles a liberdade que

igualmente desfrutamos, perante as Leis do Universo, a fim de crescerem e se

aperfeiçoarem na condição de livres filhos de Deus.

Fonte: Livro Rumo Certo


Leitura do Estudo:

O Semeador de bênçãos distendia Sua misericórdia por toda parte. Onde chegava, as multidões O cercavam, exibindo-Lhe as misérias que as consumiam e suplicando-Lhe socorro. Compassivo, entendendo a gênese do mal e a necessidade de apoio aos que eram suas vítimas, amparava os sofredores, retirando-lhes as mazelas, por algum tempo, ensinando como erradicá-las depois, mediante o contributo da vontade e do esforço pessoal de cada um. Incompreendido em todo lugar, Ele transferia-se de cidade e de aldeia, sem nunca abandonar o labor misericordioso. Não havia lugar para Ele, e quase que ainda hoje também não há. Mas, indiferente às circunstâncias e reações, que sabia procederem da ignorância, da inferioridade humana, continuava impertérrito, semeando o amor, socorrendo. Luz do mundo, onde se apresentasse era claridade. Pastor sublime, no lugar em que chegava arrebanhava os corações. Agua viva, matava a sede com a Sua simples presença. Pão do céu, nutria com ternura e palavras, esparzindo alimento com as mãos ricas de compaixão. Quem com Ele contatasse uma vez, jamais ficaria indiferente: amava-0 ou perseguia-O, porque Ele penetrava os labirintos do ser, despertando os sentimentos latentes que, bons ou maus, reagiam conforme a sua procedência. Por onde passava, ali se insculpiam estrelas nas paisagens dos corações. Nem todos O seguiam, porque, crianças espirituais, não possuíam entendimento para penetrar-Lhe as lições. Ele sabia que o germinar das Suas palavras aconteceria nos séculos porvindouros, no suceder das reencarnações futuras... Por isso, sem pressa, semeava e regava com amor, deixando que os tempos futuros realizassem o seu mister. Antes, enviara Emissários fiéis, que Lhe anunciaram o advento, aplainaram os caminhos, prepararam os ouvintes. Agora viera Ele próprio, Senhor dos Espíritos e das Vidas. Não O podiam compreender, por enquanto, os homens imediatistas e impulsivos, venais e infantis. Mesmo a maldade de que davam mostras, iracundos e ferozes, resultava mais da ignorância, da inferioridade em que se demoravam, do que da perversidade lúcida. Por assim entender, atendia-os, desculpava-os, sendo enérgico com os desonestos e astutos fariseus, contumazes exploradores do povo e instigadores perversos das massas, que desprezavam, na razão direta que essas lhes eram mais subservientes, submissas. Não obstante demonstrasse a Sua procedência curando enfermidades, expulsando obsessores, difamavam-nO os inimigos e O expulsavam dos lugares em que se encontrava, vítimas inconscientes de Entidades malignas da Erraticidade inferior. Peregrino do amor, Ele seguia adiante, palmilhando as terras crestadas pelo Sol, no verão causticante, ou vencendo o frio cortante, no inverno rigoroso... Andarilho das estrelas, caminhava com os Seus, de lugar em lugar, acendendo luz para o entendimento da Verdade, que logo depois apresentaria. O começo do Seu ministério foram as curas dos corpos estropiados, que os olhos vêem, as emoções sentem e os comentários divulgam. Em muitas ocasiões, porém, pediu que os beneficiários silenciassem os Seus feitos. Não porque temesse os inimigos, mas por desejar poupar dos maus os que se haviam recuperado. As armas dos perversos são infames e, quando não podem alcançar quem pretendem, atingem outras pessoas que são testemunhas, desmoralizando-as, afligindo-as, com a intenção de invalidar os seus depoimentos. Assim ainda são os homens e este é o seu mundo, pequeno mundo de homens-paixões perturbadores. 

★ 

A dor amesquinha os fracos e engrandece os fortes. Arrebenta as resistências dos tímidos e aumenta as dos estóicos. Enlouquece os débeis e sublima os corajosos. Como a grande mole humana é constituída de homens e mulheres em processo de crescimento, sem segurança nem fortaleza de ânimo, os sofrimentos, que os excruciam, tornam-nos alucinados. A alguém com uma cefalalgia, não se ofereçam palavras; antes se lhe dê medicação adequada... Ao faminto e ao sedento, primeiro se lhes resolvam o problema urgente, para depois informá-los de como libertar-se das geratrizes dos males que os afligem. Jesus sabia-o. Por essa razão, atendeu as dores variadas da humanidade. A Sua visão do amor socorria o necessitado, conforme a carência de que ele se fazia portador. A cada um de acordo com o seu grau de compreensão. Agia, portanto, mais do que falava, ante os que falam mais do que agem. 

 Quando, outra vez, resolveu transferir-se de lugar, para que se acalmassem por um pouco os Seus adversários, Ele recomendou aos que havia curado, que não O dessem a conhecer, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Elias: Eis aqui o meu servo que escolhí; O meu amado em quem a minha alma se agrada; Sobre ele porei o meu Espírito, E ele anunciará o juízo aos gentios. Não contenderá, nem clamará, Nem ouvirá alguém a sua voz nas ruas. Não esmagará a cana quebrada, Nem apagará a torcida que fumega, Até que faça triunfar o juízo. Em seu nome esperarão os gentios. (*) Eram gentios todos aqueles que não nasceram •israelitas. O orgulho de raça desprezava todas as raças, por sua vez por todas também desprezada. O ódio, que gera ódio, é a resposta da loucura. O orgulho, que desdenha, é desdenhado pelas suas vítimas. São eles cipoais e espinheirais que aguardam os incautos que lhes transitam pelos caminhos escabrosos. Elias, o Anunciador, já informava que os gentios O aguardavam e fariam triunfar o juízo, a Verdade. Ele a ninguém, nem a nada esmagaria, nem a cana quebrada — o cetro vergonhoso que lhe poriam na mão posteriormente — nem apagaria a torcida que fumega — os ensinos, às vezes arbitrários e absurdos, da Lei moisaica decadente — que seria conduzida pelo azeite do amor. 

★ 

Nesse tumulto e nas convulsões sociais que abalavam Israel — que esperava o Enviado, na suposição falsa de livrar o seu povo da submissão romana — Ele chegou e não foi reconhecido, por ser pacífico e pacificador, não odiento e déspota como desejavam os vingadores, sendo a Luz que liberta as consciências e jamais se apaga. Mesmo perseguido e não aceito, Jesus fez-se o Amanhecer do Novo Dia que nunca mais se entenebrecerá. A sua claridade permanece, mesmo quando as sombras ainda não se dissiparam de todo. (*) Mateus — 12 : 16 a 21. (Nota da Autora espiritual.)

03/12/2022

 Olá amigos! 

Segue nosso estudo deste sábado:

Do Livro Trigo de Deus - Sou eu





Leitura inicial:

Assunto de Liberdade

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais de novo a jugo de servidão.” — PAULO (Gálatas, 5:1)


1 Importante pensar como terá Jesus promovido a nossa libertação.

2 O Divino Mestre não nos conclamou a qualquer reação contra os padrões administrativos na movimentação da comunidade, nem desfraldou qualquer bandeira de reivindicações exteriores.

3 Jesus unicamente obedeceu às Leis Divinas, fazendo o melhor da própria vida e do tempo de que dispunha, em benefício de todos. 4 Terá tido lutas e conflitos no âmbito pessoal das próprias atividades. 5 Afeições incompreensíveis, companheiros frágeis, adversários e perseguidores não lhe faltaram; nada disso, porém, fê-lo voltar-se contra a hierarquia ou contra a segurança da vida comunitária. 6 Por fim, a aceitação da cruz lhe assinalou a obediência suprema às Leis de Deus.

7 Pensa nisto e compreendamos que o Cristo nos ensinou o caminho da libertação de nós mesmos.

8 Dever observado e cumprido mede o nosso direito de agir com independência.

9 Não existe liberdade e respeito sem obrigação e desempenho.

10 Meditemos na lição para não cairmos de novo sob o antigo e pesado jugo de nossas próprias paixões.


Emmanuel