27/10/2010

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Lágrimas
Benditas sejam, torturando embora,
As lágrimas que a vida transfigura
Na fonte generosa, viva e pura
De perfeição e luz para quem chora.

Lírios e estrelas de celeste alvura,
Entre as sombras da mágoa que aprimora,
Rolam do coração, lembrando a aurora
No imenso caos da imensa noite escura!...

Benditas sejam! Lágrimas divinas
Como flores brilhando sobre as ruínas,
Que a provação estende, áspera e franca...

Mas, acima da benção que as alveja,
Ante a glória do amor, bendita seja
A mão da caridade que as estanca

AUTA DE SOUZA (POETISA): Alma Querida

AUTA DE SOUZA (POETISA): Alma Querida

Alma Querida

Alma de caridade, viva e pura,
Que abres a mão fraterna de mansinho,
Jesus recolhe a gota de carinho
Que derramas na chaga da amargura.

Essa doce migalha de ternura
Para quem luta e chora no caminho,
É como a rosa perfumando o espinho
Ou como a estrela para a noite escura.

Como crês?Ninguém sabe...O mundo apenas
Sabe que és luz nas aflições terrenas,
Pela consolação que te abençoa

Seja qual for o templo que te exprime,
Deus te proteja o coração sublime
Alma querida e bela, humilde e boa.

Auta de Souza

(psicografia de Francisco C. Xavier)

21/10/2010

Vida e Obra ...

Nasceu em Macaíba (RN), em 12 de setembro de 1876, filha de Eloy Castriciano de Souza e Henriqueta Leopoldina de Souza e irmã de dois políticos e intelectuais, Henrique Castriciano e Eloy de Souza. Aos 14 anos apareceram os primeiros sinais da tuberculose, obrigando-a a abandonar os estudos e a iniciar uma longa viagem pelo interior em busca de cura.

Auta de Souza deve ser considerada a poetisa norte-rio-grandense que mais ficou conhecida fora do Estado. Sua poesia, de um romantismo ultrapassado e com leves traços simbolistas, circulou nas rodas literárias do país despertando sempre muita emoção e interesse, e foi fartamente incluída nas antologias e manuais de poesia das primeiras décadas. Como a maioria dos escritos femininos, sua obra poética deixou-se contaminar pelas experiências vividas, o que, aliás, não compromete o lirismo e o valor estético de seus versos.

Aos 24 anos, no dia 7 de fevereiro de 1901, Auta de Souza morria tuberculosa. No ano anterior havia publicado seu único livro de poemas sob o título de Horto, com prefácio de Olavo Bilac, que obteve significativa repercussão na crítica nacional. Em 1910 saía a segunda edição, em Paris, e, em 1936, a terceira, no Rio de janeiro, com prefácio de Alceu de Amoroso Lima.