31/08/2018

Estudo de o livro: “Momentos de Saúde e de Consciência”

   
SÁBADOS          


10:00 h (Primeiro e terceiro sábado de cada mês)

                Estudo de o livro: “Momentos de Saúde e de Consciência” 
                                              Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Franco


Dia                            TEMA                                                                          FACILITADOR
  1        Momentos de Consciência – Prefácio                                    Glória Alves
15        1. Aquisição da Consciência                                                  Gilberto Adamatti














29/08/2018

Mensagem do Espírito Bezerra de Menezes no CFN 2017


Mensagem do Espírito Bezerra de Menezes por intermédio de Divaldo Franco no encerramento da reunião do CFN 2017:
VIGILÂNCIA E FIDELIDADE DA ÚLTIMA HORA
 Filhos, filhas, todos da alma!
Metamorfoseando-se, o materialismo penetra em todos os ramos do conhecimento humano e as religiões não escapam da sua habilidade camaleônica, permitindo-se os métodos perturbadores das necessidades corporais do ser humano no seu processo de evolução.
Indispensável a vigilância para não nos deixarmos engambelar pelas sereias sedutoras nos seus cânticos que fascinam, entorpecem e aniquilam a esperança.
Jesus, não poucas vezes, teve que enfrentar a argúcia do materialismo disfarçado, das manifestações farisaicas que se apresentavam vestidas de traje impecável quais sepulcros de branco caiados, ocultando cadáveres em decomposição.
Allan Kardec, não poucas vezes, viu-se sitiado pelas manobras maniqueístas do Mundo Espiritual inferior através de companheiros da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, sendo, no entanto, fiel aos postulados do Espírito de Verdade.
Na atualidade, de sofreguidão e de tormento, o ser humano procura uma forma de escapar das provações necessárias ao seu processo evolutivo, e não raro são atraídas essas almas para as propostas equivocadas do deus Mamon, e Mamon deísta que fascina, embriaga os invigilantes e os precipitados.
Indispensável a nossa fidelidade aos postulados espíritas conforme exarados na Codificação. O mundo estertora, não pela primeira vez. Periodicamente, conjugam-se fatores cósmicos que se tornam sociológicos e ético-morais, sacudindo as civilizações e empurrando-as para o aniquilamento, para logo surgir um período de esperança e de paz.
Às vésperas da grande transição planetária já iniciada desde há muito, atingimos o clímax que nos pede sacrifício e honradez. Quantos desertam na hora do testemunho! Quantas almas fragilizadas pela sua constituição emocional e espiritual, atraídas pela doçura do Homem das Bem-Aventuranças, mas que não suportam o ferrete do padecimento humano e optam pela desistência mais uma vez!
Somos alguns deles que retornamos, ouvindo o convite de Jesus para a mansuetude, para a misericórdia, para a autoiluminação e tendo baqueado ontem, encontramo-nos necessitados da redenção, tropeçando nas próprias mazelas, correndo o risco da desistência perigosa. Tenhamos cuidado para que os encantos rápidos do mundo não nos distraiam tanto.
Algo temos que fazer e o Mestre Incomparável pede-nos fidelidade da última hora. A noite desce e a treva não se faz total porque as estrelas do amor brilham no cosmo das reencarnações.
Este é momento grave, filhas e filhos do coração, e vós tendes a oportunidade de O servir como dantes não lograstes.
Tornai-vos fortes ante a debilidade das forças. Sede fiéis diante das facilidades do comportamento. Por mais longa seja a existência física, ela se interrompe e o ser volta à realidade, à Casa Paterna, com os valores que acumulou durante a trajetória física.
Bendireis amanhã as dificuldades de hoje, as noites, quiçá indormidas, de preocupações e de zelo, porque o pastor se preocupa especialmente com as ovelhas que tresmalham e deveis estar atentos  para essas ou para aquelas que são lobos travestidos de cordeiros em nosso meio, ameaçando a estabilidade do rebanho.
Jesus recomendou-nos a vigilância para, depois, a oração. Sede prudentes como as serpentes, sábios como as pombas, parafraseando o Evangelho, e estai vigilantes, porque amigos vossos de ontem, que se encontram conduzindo as leiras do Espiritismo com Jesus abrem as portas imensas da Imortalidade para que as atravesseis em triunfo e em glória.
Bendizei, portanto, as dificuldades que também experimentamos quando estávamos na indumentária carnal. Ninguém em caráter de exceção. Quantas vezes choramos convosco, abraçando-vos e dizendo-vos: “bom ânimo, crede e perseverai”, recordando-nos de Paulo, sob as ruinas da acrópole antiga em Atenas, renovada, ouvindo as vozes espirituais depois do insucesso da sua pregação aos gregos que ele tanto amava. E ele soube esperar, trabalhar, insistir e amar, fazendo que depois Atenas recebesse o divino pábulo do Evangelho e o legado sublime de Jesus.
Estamos em uma nova Atenas, que teima em não nos aceitar, em substituir Jesus pela tradição dos velhos deuses de Dionísio a Momo, de Baco às expressões mais vis do humano comportamento.
O triunfo, sem dúvida, é de Jesus. Ide e pregai com o exemplo, vivendo o Evangelho a qualquer preço, não conforme as teologias, mas de acordo com a ética moral de que se utilizou Allan Kardec para perpetuar esse modelo e guia da Humanidade que nos conduz!
Ide, amados! Antes, servos e, agora, irmãos do Mestre em triunfo, na Era de Luz que se iniciará em madrugada próxima, logo seja terminada a noite de trevas.
Mantende-vos em paz e amai, ajudando-vos uns aos outros nas suas debilidades e fraquezas, pois que são eles que precisam do vosso auxílio para também atingirem a meta.
O Senhor da Vida irá conosco.
Muita Paz, filhos do coração e filhas da ternura!
São os votos dos espíritos-espíritas, por intermédio do servidor humílimo e paternal de sempre,
Bezerra.
(Mensagem psicofônica ditada pelo Espírito Bezerra de Menezes ao médium Divaldo Pereira Franco, no encerramento da Reunião Ordinária do Conselho Federativo Nacional, realizada em Brasília, em 12 de novembro de 2017. Texto revisado pelo autor espiritual.)

28/08/2018

GEAS - Programação Setembro


GRUPO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA
Informativo nº 181 - Ano 16 - setembro de 2018
Rua Almirante João Cândido Brasil, 335 - Maracanã – Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 2571-3998
http://autapoetisa.blogspot.com.br/

2ª FEIRAS         

15h - ESTUDOS E PASSES
                       
DIA                                        TEMA                                                              EXPOSITOR
  3        LE q. 5 a 9 – Prova da existência de Deus                              Sérgio Daemon
10        Ev. Cap. XIX item 12 – A fé humana e a divina                         Mª Imaculada Bastos
17        LE q. 10 a 13 – Atributos da divindade                                  Ondina Magalhães
24        Ev. Cap. XX item 1 – Os trabalhadores da última hora              Edna Paz


4ª FEIRAS         

19h - ESTUDO DO LIVRO: “O CONSOLADOR” - Espírito Emmanuel - Chico Xavier   

DIA                                    TEMA                                                                   EXPOSITOR
  5        Questões 342 e 343      (Amor - Fraternidade)                         Marcos João
12        Questão   344               (Amor - Fraternidade)                         Carlos Paulo
19        Questões 345 e 346      (Amor - Fraternidade)                         Sérgio Daemon
26        Questões 347 e 348      (Amor - Fraternidade)                         Gilberto Adamatti


19h:45 - EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL
20h - ESTUDOS E PASSES                

DIA                                       TEMA                                                                EXPOSITOR
  5        Ev. Cap. XI itens 1 a 4 - O mandamento maior                        Manoel Messias
12        LE q. 737 a 741 – Flagelos destruidores                                  Suely Cordeiro
19        Ev. Cap. XI itens 5 a 7 – Dai a César o que é de César                Sérgio Daemon
26        LE q. 742 a 745 – Guerras                                                        Denise Duarte


6ª FEIRAS      

19h – Estudo do livro “NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE” - Espírito André Luiz - Chico Xavier
20h - ESTUDOS E PASSES           

DIA                                     TEMA                                                                 EXPOSITOR
  7        LE Introdução XVII                                                                 Paulo Netto
            Ev. Cap. XXIV itens 17 e 18 – Carregar sua cruz                   Adriana Braga
14        LE Prolegômenos                                                                     João Maurício
            Ev. Cap. XXV itens 1 a 5 – Ajuda-te a ti mesmo...                  Marcelo Daemon
21        LE q. 1 a 3 – Deus e o infinito                                                 Gilberto Adamatti
            Ev. Cap. XXV itens 6 a 8 – Observai os pássaros do céu             Carlos Paulo
28        LE q. 4 a 6 – Provas da existência de Deus                              Marcos João
            Ev. Cap. XXV itens 9 a 11 – Não vos afadigueis pela...               Glória Alves


SÁBADO            

10:00 h (Primeiro e terceiro sábado de cada mês)

                Livro: “Momentos de Saúde e de consciência” - Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Franco

Dia                            TEMA                                                                          FACILITADOR
  1        Momentos de Consciência – Prefácio                                    Glória Alves
15        1. Aquisição da Consciência                                                  Gilberto Adamatti


           
COMEMORAÇÃO 52º ANIVERSÁRIO DO GEAS - 16h

DIA                                TEMA                                                              EXPOSITOR
15                           Tema Livre                                                  Marcos João

DOMINGO         

10:30 h -  MANHÃ FRATERNA            

DIA                                TEMA                                                                        EXPOSITOR
30                             L I V R E                                                              Thales Wagner


Robert Dale Owen


Robert Dale Owen          (07.11.1801 - 24.06.1877)

Filho do socialista galês Robert Owen, um reformador social de grande renome, que se devotou à educação da juventude, à melhoria das condições de vida dos pobres e é considerado o pai do movimento de cooperativas.

Emigrou para os Estados Unidos em 1825 e ajudou seu pai a criar uma comunidade - New Harmony - em Indiana organizada segundo seus ideais socialistas. O empreendimento não teve sucesso e, após um breve período na Europa, Dale Owen se estabeleceu em Nova Iorque onde dirigiu o jornal "Free Enquirer" (1828-1832).

Em 1833 retornou para Indiana e a partir de 1835 começou sua atuação política pelo partido Democrata. A relação apresentada pelo Diretório Biográfico do Congresso Americano dá uma ideia da carreira política de Dale Owen:

  • Indiana House of representatives 1835-1838 (o equivalente a deputado estadual);
  • Deputado pelo partido Democrata no Congresso Americano (1843-1847)
  • Indiana Constitutional Convention (equivalente a uma assembleia constituinte estatual) em 1850.
  • Indiana House of representatives em 1851.
  • Embaixador dos Estados Unidos em Nápoles (na época capital do Reino das Duas Sicílias) de 1853 a 1858.
Dedicou-se ao Estudo do Espiritismo visando provar a seu pai o grave erro em que ele incorria ao se interessar pelos fenômenos supranormais. E o resultado de suas investigações foi render-se à evidência dos fatos por ele verificados.

Robert Dale Owen devotou sua vida à expansão dos postulados da Doutrina Espírita dentro dos Estados Unidos, como um espiritualista convicto e de grande integridade.

No início de 1875 escreveu artigo para o jornal Atlantic Monthly sobre as sessões de materialização do espírito Katie King (famoso pelos estudos realizados entre 1871 e 1874 pelo cientista inglês Willian Crookes com o auxílio da médium Florence Cook)

Publicou várias obras nas quais declara sua convicção na sobrevivência do espírito após a morte do corpo físico, sendo a mais importante o livro intitulado “Região em Litígio Entre este Mundo e o Outro” publicado na Filadélfia, em 1877.


Carta de Alfred Russel Wallace ao editor do “Times”

Carta de Alfred Russel Wallace ao editor do “Times”



           “Senhor. Apontado por muitos de vossos correspondentes como um dos homens de ciência que creem no Espiritismo, seja-me permitido estabelecer, ligeiramente, as provas sobre que se funda minha crença.

                “Comecei minhas investigações há cerca de oito anos, e considero circunstância feliz para mim que os fenômenos maravilhosos fossem, nessa época, menos comuns e muito menos acessíveis que hoje; isto me levou a experimentá-los em larga escala, na minha casa e em companhia de amigos, nos quais podia confiar.
                “Tive, assim, a satisfação de demonstrar, com o auxílio de grande variedade de experiências rigorosas, a existência de ruídos e movimentos que não podem ser explicados por nenhuma causa física conhecida ou concebível.

                “Assim, familiarizado com esses fenômenos, cuja realidade não deixa a menor dúvida, estive em condições de compará-los com as mais poderosas manifestações de médiuns de profissão e pude reconhecer a identidade de causa entre uns e outros, em vista de semelhanças não muito numerosas, mas bastante características.

                “Consegui igualmente obter, graças a paciente observação, provas certas da realidade de alguns fenômenos dos mais curiosos, que me pareceram e ainda me parecem dos mais concludentes. Os pormenores dessas experiências exigiriam um volume, mas talvez me fosse permitido descrever sucintamente uma delas, pelas notas tomadas no momento, a fim de mostrar, por um exemplo, como é possível evitar as fraudes de que o observador paciente é vítima, muitas vezes, sem o suspeitar.

                “Uma senhora que nunca vira um desses fenômenos, pediu-nos, a minha irmã e a mim, que a acompanhássemos a um médium de profissão, bem conhecido. Lá fomos um dia de verão. Depois de grande número de movimentos e pancadas, como de hábito, nossa amiga perguntou se o nome da pessoa falecida, com quem desejava comunicar-se, podia ser soletrado. Sendo afirmativa a resposta, a senhora apontou, sucessivamente, as letras de um alfabeto impresso, enquanto eu anotava as que correspondiam às três pancadas afirmativas.

                “Nem minha irmã nem eu conhecíamos o nome que nossa amiga desejava saber, como ignorávamos o de seus defuntos pais; não pronunciara ela o próprio nome e nunca havia visto o médium antes.

                “Descreverei exatamente o que se passou, alterando, apenas o nome da família, por não ter autorização para publicá-lo.

“As letras que notei foram: Y, R, N, E, H, N, O, S, P, M, O, H, T.

“Pronunciadas as três primeiras letras, Y, R, N, disse minha amiga: é contrassenso, seria melhor recomeçar. Justo nesse instante, seu lápis estava na letra E, e as pancadas foram dadas. Veio-me uma ideia (tinha lido um fato semelhante, sem ter sido nunca testemunha), e disse: - “Peço que continue; penso saber o que isto quer dizer. ”

                “Quando minha amiga acabou de soletrar, apresentei-lhe o papel; que ela não viu sentido nenhum. Fiz uma divisão depois da primeira letra H, e pedi à senhora que lesse as duas partes, às avessas. Com grande espanto seu, surgiu, corretamente escrito, o nome Henry Thompson, que era o de seu filho morto e de quem ela queria informações. Justamente, por essa época, eu ouvira falar, à saciedade, da destreza maravilhosa da médium no apanhar as letras do nome que os visitantes enganados esperavam, apesar do cuidado que tinham em passar o lápis nas mesmas, com perfeita regularidade.

                “Essa experiência (de que garanto a exata descrição feita no relato precedente), era e é a meu ver a refutação completa de todas as explicações apresentadas até aqui sobre os meios empregados para indicar, por pancadas, os nomes das pessoas falecidas.

                “Sem dúvida, não espero que os céticos, quer se ocupem ou não de ciência, aceitem tais fatos, de que poderia, aliás, citar grande número de minha própria experiência, mas também, por seu lado, não devem eles esperar que eu ou milhares de homens inteligentes, a quem foram dadas provas assim irrecusáveis, lhes adotemos o curto e fácil modo de explicação. ”

                “Permiti que faça, ainda, algumas observações sobre as ideias falsas que grande número de homens de ciência conceberam, no que toca à natureza destas pesquisas. Tomarei como exemplo as cartas de vosso correspondente Dircks.

                “Parece ele considerar como argumento contra a realidade dessas manifestações, a impossibilidade de produzi-las e mostra-las à vontade; outro argumento é o de que não podem ser explicadas por nenhuma lei conhecida. Mas, nem a catalepsia, nem a queda das pedras meteóricas, nem a hidrofobia podem ser produzidas quando se quer; entretanto, são fatos. O primeiro foi algumas vezes simulado, o segundo negado outrora e os sintomas do terceiro grandemente exagerados; por isso nenhum desses fatos foi definitivamente admitido no domínio da ciência, e entretanto ninguém se servirá desse argumento para recusar-se a deles ocupar-se.1

                “Além disso, é estranho que um homem de ciência motive sua recusa em examinar o Espiritismo, no estar este em oposição a todas as leis naturais conhecidas, especialmente a da gravitação, e em contradição aberta com a química, a fisiologia humana e a mecânica. Ora, os fatos, se são reais, dependem de uma ou de muitas causas, capazes de dominar ou contrariar o efeito daquelas diferentes forças, exatamente como elas contrariam ou dominam outras. Deveria ser isto forte estímulo para levar um homem de ciência a examinar o caso.

                Não pretendo o título de verdadeiro homem de ciência; há muitos, entretanto, que merecem esse nome e que não foram absolutamente considerados especialistas pelo vosso correspondente. Julgo como tais o finado dr. Robert Chambers, o professor William Gregory, de Edimburgo e o professor Hare, de Filadélfia, infelizmente mortos, bem como o Dr. Guilly de Malvern, sábio médico, e o juiz Edmonds, um dos melhores jurisconsultos da América, os quais fizeram as mais amplas pesquisas no assunto. Todos esses vultos estavam não só convencidos da realidade dos fatos maravilhosos, senão ainda que aceitavam a teoria do Espiritismo moderno, como a única que poderia englobar todos os fenômenos e explica-los. Conheço também um fisiologista vivo, de elevada posição, que é ao mesmo tempo hábil investigador e fervoroso crente.

                “Para concluir (aviso a Bersot), posso dizer que, apesar de ter ouvido falar em grande número de embustes, nunca os descobri; e se a maior parte dos fenômenos extraordinários são burlas, só podem ser produzidos por máquinas e aparelhos engenhosos, e estes ainda não foram descobertos. Não exagero declarando que os principais fatos estão agora bem esclarecidos e são tão fáceis de estudar como qualquer outro fenômeno excepcional da natureza, cuja lei ainda não se conhece.

                “São fatos de grande importância estes para a interpretação da História, cheia de casos semelhantes, assim como para estudo do princípio da vida e da inteligência sobre o qual as ciências físicas lançam fraca e incerta luz. Creio firme, convincentemente, que cada ramo da filosofia deve ser permitido, até que seja escrupulosamente examinado e tratado como constituindo parte essencial dos fenômenos da natureza humana.   


“Seu muito respeitador Alfredo R. Wallace. ”


1Isso foi escrito no século XIX; hoje todos esses fatos são do domínio da Ciência.

Do livro O Espiritismo perante a Ciência, de Gabriel Delanne
Terceira Parte - Capítulo II - FEB – 5ª edição 

Poesias e Sonetos - Auta de Souza


DIVIDE

Auta de Souza

Não somes simplesmente os bens da vida. . .
Deus reparte a bondade com grandeza.
O próprio pão que te enriquece a mesa
É mensagem da terra dividida.

Fita a glória solar fremindo acesa,
A fonte que ao repouso te convida
E as flores que se entregam sem medida,
No coração de luz da Natureza. . .

Divide assim também do que te sobre.
O celeiro do bem nunca está pobre,
Inda que a singeleza nele brade.

A prece, o bolo, o caldo, o leito e a veste
São dividendos para o Lar Celeste,
No tesouro de amor da eternidade. . .

Livro Antologia dos Imortais, psicografia de F.C.Xavier e Waldo Vieira - FEB - 4ª edição - 2002

SONETO

Auta de Souza

Tudo o que é puro, santo e resplendente,
Neste mundo cruel de desenganos,
Toda a ventura dos primeiros anos
Num’alma que desabrocha sorridente;

Tudo que ainda vemos de potente
Na vastidão sem fim dos oceanos,
É da terra nos prantos soberanos
Trazidos pela aurora refulgente;

Tudo o que desce do infinito ousado;
O sol, a brisa, o orvalho prateado,
A luz do amor, do bem, das esperanças;

Tudo, afinal, que vem do Céu dourado
A despertar o coração magoado,
- Deus encerrou nos olhos das crianças!

Livro Horto, outros poemas e ressonâncias de Auta de Souza – EDUFRN – 1ª edição - 2009


De Emmanuel


De Emmanuel

Abstém-te de fixar as deficiências do companheiro e procura destacar-lhe as qualidades nobres, nas quais se caracterizem de alguma forma.

Examina o bem, louva o bem e estende o bem quanto puderes.

A paz pode passar a residir hoje mesmo em nosso campo íntimo. Basta lhe ofereçamos o refúgio da compreensão e isso depende unicamente de nós.

Se te encontras na condição de peça na engrenagem de hoje, a que se acolhem tantas criaturas aflitas, não te entregues ao luxo do desânimo e, sim, trabalha servindo sempre.

É preciso aprender a suportar os reveses do mundo, sem perder a própria segurança.

Haja o que houver, trabalha na edificação do bem e segue adiante.

Dor, na maioria das vezes, é o tributo que se paga ao aperfeiçoamento espiritual.

Dificuldade mede eficiência.

Ofensa avalia a compreensão.

A própria morte é nova forma de vida.

Resiste aos movimentos que tendam a desfibrar-te a coragem e mantém-te de pé na tarefa a que a vida te buscou.

Recorda que tudo se altera para o bem.

Livro Caminho Iluminado, Emmanuel (espírito), F. C. Xavier (médium) - CEU – 1ª edição – 1998

Gênese orgânica



Gênese orgânica

Tempo houve em que não existiam animais; logo, eles tiveram começo. Cada espécie foi aparecendo, à proporção que o globo adquiria as condições necessárias à existência delas. Isto é positivo. Como se formaram os primeiros indivíduos de cada espécie? Compreende-se que, existindo um primeiro casal, os indivíduos se multiplicaram. Mas, esse primeiro casal, donde saiu? É um desses mistérios que entendem com o princípio das coisas e sobre os quais apenas se podem formular hipóteses. A Ciência ainda não pode resolver o problema; pode, entretanto, pelo menos, encaminhá-lo para a solução.

É esta a questão primordial que se apresenta: cada espécie animal saiu de um casal primitivo ou de muitos casais criados, ou, se o preferirem, germinados simultaneamente em diversos lugares? Tudo, pois, concorre a provar que houve criação simultânea e múltipla dos primeiros casais de cada espécie animal e vegetal.

Sem falar do princípio inteligente, que é questão à parte, há, na matéria orgânica, um princípio especial, inapreensível e que ainda não pode ser definido: o princípio vital. Ativo no ser vivente, esse princípio se acha extinto no ser morto; mas nem por isso deixa de dar à substância propriedades que a distinguem das substâncias inorgânicas. A Química, que decompõe e recompõe a maior parte dos corpos inorgânicos, também conseguiu decompor os corpos orgânicos, porém, jamais chegou a reconstituir, sequer, uma folha morta, prova evidente de que há nestes últimos o que quer que seja, inexistente nos outros.

A atividade do princípio vital é alimentada durante a vida pela ação do funcionamento dos órgãos, do mesmo modo que o calor, pelo movimento de rotação de uma roda. Cessada aquela ação, por motivo da morte, o princípio vital se extingue, como o calor, quando a roda deixa de girar. Mas o efeito produzido por esse princípio sobre o estado molecular do corpo subsiste, mesmo depois dele extinto, como a carbonização da madeira subsiste à extinção do calor. Na análise dos corpos orgânicos, a Química encontra os elementos que os constituem: oxigênio, hidrogênio, azoto e carbono; mas não pode reconstituir aqueles corpos, porque, já não existindo a causa, não lhe é possível reproduzir o efeito, ao passo que possível lhe é reconstituir uma pedra.

Entre o reino vegetal e o reino animal, nenhuma delimitação há nitidamente marcada. Nos confins dos dois reinos estão os zoófitos ou animais-plantas, cujo nome indica que eles participam de um e outro: serve-lhes de traço de união.

Se se considerarem apenas os dois pontos extremos da cadeia, nenhuma analogia aparente haverá; mas, se se passar de um anel a outro sem solução de continuidade, chega-se, sem transição brusca, da planta aos animais vertebrados. Compreende-se então a possibilidade de que os animais de organização complexa não sejam mais do que uma transformação, ou, se quiserem, um desenvolvimento gradual, a princípio insensível, da espécie imediatamente inferior e, assim, sucessivamente, até o primitivo ser elementar. Ora, se a glande encerra em latência os elementos próprios à formação de uma árvore gigantesca, por que não se daria o mesmo do ácaro ao elefante?

Do ponto de vista corpóreo e puramente anatômico, o homem pertence à classe dos mamíferos, dos quais unicamente difere por alguns matizes na forma exterior. Quanto ao mais, a mesma composição de todos os animais, os mesmos órgãos, as mesmas funções e os mesmos modos de nutrição, de respiração, de secreção, de reprodução.

Ele nasce, vive e morre nas mesmas condições e, quando morre, seu corpo se decompõe, como tudo o que vive. Não há, em seu sangue, na sua carne, em seus ossos, um átomo diferente dos que se encontram no corpo dos animais. Como estes, ao morrer, o homem restitui à terra o oxigênio, o hidrogênio, o azoto e o carbono que se haviam combinado para formá-lo; e esses elementos, por meio de novas combinações, vão formar outros corpos minerais, vegetais e animais. É tão grande a analogia que suas funções orgânicas são estudadas em certos animais, quando as experiências não podem ser feitas nele próprio.

Ainda que isso lhe fira o orgulho, tem o homem que se resignar a não ver no seu corpo material mais do que o último anel da animalidade na Terra. Aí está o inexorável argumento dos fatos, contra o qual seria inútil protestar.

Todavia, quanto mais o corpo diminui de valor aos seus olhos, tanto mais cresce de importância o princípio espiritual. Se o primeiro o nivela ao bruto, o segundo o eleva a incomensurável altura. Vemos o limite extremo do animal: não vemos o limite a que chegará o espírito do homem.

O materialismo pode por aí ver que o Espiritismo, longe de temer as descobertas da Ciência e o seu positivismo, lhe vai ao encontro e os provoca, por possuir a certeza de que o princípio espiritual, que tem existência própria, em nada pode com elas sofrer.

Pois bem! o Espiritismo, a loucura do século XIX, segundo os que se obstinam em permanecer na margem terrena, nos patenteia todo um mundo, mundo bem mais importante para o homem, do que a América, porquanto nem todos os homens vão à América, ao passo que todos, sem exceção de nenhum, vão ao dos Espíritos, fazendo incessantes travessias de um para o outro.

Galgado o ponto em que nos achamos com relação à Gênese, o materialismo se detém, enquanto o Espiritismo prossegue em suas pesquisas no domínio da Gênese espiritual.

A Gênese, os milagres e as predições segundo o Espiritismo – A Gênese segundo o Espiritismo - Capítulo X (trechos escolhidos) – Allan Kardec – FEB – 53ª edição (2013)