15/05/2021

 Olá amigos!

Segue abaixo nosso estudo de sábado

livro Dimensões da Verdade

Caridade antes




Leitura inicial:

O FRACASSO DE PEDRO 

“E Pedro o seguiu, de longe, até ao pátio do sumo-sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados para ver o fim.” — (MATEUS, capítulo 26, versículo 58.) 

O fracasso, como qualquer êxito, tem suas causas positivas. A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do Cristianismo. Enquadrar-se-ia a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis? Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância. O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com as advertências recebidas. Grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo. Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo-sacerdote”, e “assentou-se entre os criados” deste, para “ver o fim”. Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças, por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas; quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assestando binóculos de exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios. Todos os aprendizes, nessas condições, naturalmente fracassarão e chorarão amargamente. 

Trecho do estudo:

Pranto espontâneo brilha em teus olhos ante os pequeninos que passam embrulhados nos panos do miserabilismo. Compunção legítima assinala tua emotividade ao examinar a grande expressão dos enfermos nas casas hospitalares.


Pereira Franco, Divaldo; de Ângelis, Joanna. Dimensões da Verdade . Editora Leal. Edição do Kindle. 

01/05/2021

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de sábado

Livro Dimensões da Verdade 

21. Mortos e Mortos



Leitura inicial:

46 

Na Cruz  

“Ele salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-­se.” (Mateus, 27:42)  

Sim, ele redimira a muitos... Estendera o amor  e a verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e ressuscitara mortos. Entretanto, para ele mesmo erguia­-se a cruz entre ladrões. 

Em verdade, para quem se exaltara tanto, para quem atingira o pináculo, sugerindo indiretamente a própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme... 

Era o Príncipe da Paz e achava-­se vencido pela guerra dos interesses inferiores.

Era o Salvador e não se salvava. 

Era o Justo e padecia a suprema injustiça. 

Jazia o Senhor flagelado e vencido. 

Para o consenso humano era a extrema perda. 

Caíra, todavia, na cruz. Sangrando, mas de pé. Supliciado, mas de braços abertos. 

Relegado ao sofrimento, mas suspenso da Terra. 

Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração içado ao Amor. 

Tombara, vilipendiado e esquecido, mas, no outro dia, transformava a própria dor em glória divina. Pendera-­lhe a fronte, em pastada de sangue, no  madeiro, e ressurgia, à luz do sol, ao hálito de um jardim. Convertia­-se a derrota escura em vitória resplandecente. 

Cobria­-se o lenho  afrontoso de claridades celestiais para a Terra inteira. 

Assim também ocorre no círculo de nossas vidas. 

Não tropeces no fácil triunfo ou na auréola barata dos crucificadores. 

Toda vez que as circunstâncias te compelirem a modificar o roteiro da própria vida, prefere o sacrifício de ti mesmo, transformando a tua dor em auxílio  para muitos, porque todos aqueles que recebem a cruz, em favor dos semelhantes, descobrem o trilho da eterna ressurreição.

Trecho do estudo:

Não importa a condição social em que os encontres. Uns deambulam, ilustres, embora a indumentária carnal, cadaverizados pelo egoísmo. Outros jornadeiam, bem acondicionados, mumificados pelo orgulho. Mais outros passam, superficiais e inermes ante a ação corruptora da impudicícia. Alguns movimentam-se, hipnotizados pelo prazer, a ele entregues. Diversos aparecem inertes, aprisionados na indignidade. Outros tantos escorregam, dominados pelo torpor do gozo animalizante. Vários transitam aligeirados, abrançando a cobiça. Grande número constitui-se de presunçosos, apodrecendo no ócio a que se entregam... Mortos, todos eles, embora estejam no corpo físico. E há aqueles que, considerados mortos, continuam vivos. Mortos que estão levantando as bases morais da sociedade sob o influxo da misericórdia de Jesus Cristo, o Excelso triunfador da morte. Mortos que amam e retomam ao cativeiro da carne para que suas vozes falem sobre a vida. Mortos que sofrem e voltam para anunciar, agônicos, as surpresas que experimentaram depois da travessia... Mortos que trabalham e distendem braços incorpóreos na direção da dor alheia e socorrem. Mortos que dilatam o Reino de Amor e Benignidade nos corações e nos espíritos ao império do clamor da Verdade. Sim, mortos e mortos. Os primeiros estão ao teu lado, em toda parte, e os vês, falam contigo e os escutas. Examina-os de perto, usando as luzes com que a Doutrina Espírita te clareia o discernimento. Os segundos também estão ao teu lado, em toda parte, embora nem sempre os vejas e, falando contigo, não os escutes. Aqueles são os chamados vivos e atuantes, enquanto estes teimosamente são considerados mortos.  

Medita! Considerando a tua própria situação, em face dos ensinos do Espiritismo cristão, examina como vives, como ages, que pretendes. Se, em verdade, és do grupo que vive caminhando para a Vida, não te detenhas no charco das lamentações nem pares no poço escuro da revolta; arrebenta as algemas do erro, aproveita a preciosa gema da oportunidade e faze-te atuante instrumento desses mortos diligentes em quem crês, a quem amas, de quem te fala a mensagem espiritista, oferecendo a contribuição valiosa do teu esforço para que também tu, depois da morte sejas um desses incansáveis mortos...