08/08/2017

GEAS - PROGRAMAÇÃO AGOSTO

GRUPO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA   -   PROGRAMAÇÃO AGOSTO de 2017

2ª FEIRAS            15h - ESTUDOS E PASSES                           
DIA                                        TEMA                                                              EXPOSITOR
  7        LE q. 960 a 962 – Intuição das penas e gozos futuros     Marcus Juwer
14        Ev.Cap.XVI item 7 – Utilidade providencial da riqueza     Wilma Vianna
21        LE q. 963 e 964 – Intervenção de Deus nas penas...       Sérgio Daemon
28        Ev. Cap. XVI item 8 – Desigualdade das riquezas           Ondina Magalhães

4ª FEIRAS            19h - ESTUDO DO LIVRO: “O CONSOLADOR”                      
DIA                                    TEMA                                                                  EXPOSITOR
  2        Questões 246 e 247      (Evolução-Provação)                   Marcos João
  9        Questões 248 e 249      (Evolução-Provação)                   Adriana Braga
16        Questões 250 e 251      (Evolução-Provação)                   João Maurício
23        Questão 252                 (Evolução-Provação)                    Sérgio Daemon
30        Questão 253                 (Evolução-Virtude)                        Eliane Barbosa

                               19:45 h - EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL
                                              
                               20h - ESTUDOS E PASSES                           
DIA                                       TEMA                                                            EXPOSITOR
  2        LE q. 611 a 613 - Metempsicose                                        Glória Alves
  9        Ev. Cap. VII itens 7 a 10 – Mistérios ocultos aos...             Luiz F. Paulo
16        LE q. 614 a 618 – Caracteres da lei Natural                       João Polido
23        Ev. Cap. VII itens 11 e 12 – o orgulho e a humildade         Sérgio Daemon
30        LE q. 619 a 628 – Conhecimento da Lei Natural                Marcelo Aleixo

6ª FEIRAS            19 h – Estudo do livro “NOS DOMÍNIOS DA MEDIUNIDADE”

20h - ESTUDOS E PASSES           
DIA                                     TEMA                                                                EXPOSITOR
  4        LE q. 941 e 942 – Temor da morte                                      João Maurício
            Ev. Cap. XVI item 4 – Jesus em casa de Zaqueu               Marcos João        
11        LE q. 943 a 946 – Desgosto da Vida - Suicídio                   Adriana Braga
            Ev. Cap. XVI item 5 – Parábola do mau rico                       Marcelo Daemon        
18        LE q. 947 a 950 – Desgosto da vida – Suicídio                  Glória Alves
            Ev. Cap. XVI item 6 – Parábola dos talentos                      Carlos Paulo
25        LE q. 951 a 954 – Desgosto da vida - Suicídio                   Paulo Netto
            Ev. Cap. XVI item 7 – Utilidade providencial da . . .            Gilberto Adamatti

SÁBADO              10:00 h (Primeiro e terceiro sábado de cada mês)
Livro: “Plenitude” de Joanna de Ângelis (D. P. Franco)
Dia                              TEMA                                                                     FACILITADOR
  5        Capítulo XIII – Sofrimento no além-túmulo                         Glória Alves
19        Capítulo XIV – Libertação do Sofrimento                           Glória Alves

DOMINGO            10:30 h -  MANHÃ FRATERNA                      
DIA                               TEMA                                                                   EXPOSITOR
27                          Tema Livre                                                       Thales Wagner

INFORMATIVO GEAS 168 - AGOSTO 2017

GRUPO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA

Informativo nº 168 - Ano 14 -   agosto de 2017
Rua Almirante João Cândido Brasil, 335 – Maracanã – Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (+55 21) 2571-3998                http://autapoetisa.blogspot.com.br



Bem e mal sofrer

Quando o Cristo disse: “Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence”, não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! Poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcional às forças como a recompensa o será à resignação e à coragem. Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.
O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo das batalhas, mas nos amargores da vida, onde às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei de vós para convosco, cheio de satisfação: “Fui o mais forte”.
            Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso.

Lacordaire (Havre, 1863)
  

O Evangelho segundo o Espiritismo – Capítulo V (Bem-aventurados os aflitos) – item 18

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               CAMPANHA PERMANENTE DO QUILO

                   Estamos arrecadando alimentos não perecíveis, tais como:
   
  Leite em pó             Óleo
   Feijão                   Arroz
Açúcar                   Sal
Macarrão              Fubá
     Colabore!

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PAGAR ATÉ O ÚLTIMO CEITIL

-“Digo-te que dali não sairás enquanto não tiverdes pago até o último ceitil! ”

O Mestre reportava-se a resgates dolorosos, a difíceis prestações de contas e a consequências desastrosas de atos irrefletidos, quando assim falou.

Entretanto, essas mesmas palavras se aplicam também ao recebimento de verdadeiras recompensas pelos bons atos, à prestação de contas com juros, até no campo do bem e com vistas a prêmios concedidos a trabalhadores dignos.

            É isso que faz com que os nossos corações exultem de alegria e felicidade em meditar que agora somos um pouquinho mais esclarecidos na faceta do amor que tempera a justiça.

            Bem sabeis que, primitivamente, a palavra justiça inspirava temor, evocava castigo e até mesmo o inferno considerado sem fim.

            Entretanto, agora que a luz da Terceira Revelação ilumina toda a Terra, quando não seja claramente em livros ou palestras, pelo menos no íntimo das consciências que aos poucos despertarão para a realidade da vida e da possibilidade da comunicação entre os dois planos.

            Em nossa época, repetimos, é imenso o nosso regozijo, porque vemos quão blasfema era a ideia de um castigo sem remissão e como a justiça se ocupava quase que exclusivamente em maltratar e punir.

            Hoje, porém, temos os olhos mais abertos para o amor de Deus.

            Como não cessa Ele de distribuir prêmios, bênçãos e alegria, vos pedimos que confieis nessa justiça imensa e nesse amor infinito, que não deixa passar a menor ação sem conduzir para o caminho reto, quando se trata de ação d’Ele desviada.

            Elevemos o coração ao Pai com gratidão imensa e peçamos para que todos que não compreendem a divina Justiça, venham a fazê-lo em breve tempo.

            Assim seja!
Bezerra de Menezes

Do livro Visão Nova, psicografia de F. C. Xavier; editora IDE – 1ª edição (1997) - Capítulo 16

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Firmeza da fé

E os que estão sobre a pedra, estes são os que, ouvindo a palavra,
a recebem com alegria; mas como não tem raiz, apenas creem
por algum tempo, e na época da tentação se desviam. - Jesus
Lucas, 8:13

A palavra “pedra”, entre nós, costuma simbolizar rigidez e impedimento; no entanto convém não esquecer que Jesus, de vez em quando, a ela recorria para significar firmeza. Pedro foi chamado pelo Mestre, certa vez, a “rocha viva da fé”.

O Evangelho de Lucas fala-nos daqueles que estão sobre pedra, os quais receberão a palavra com alegria, mas que, por ausência de raiz, caem, fatalmente, na época das tentações.

Não são poucos os que estranham essa promessa de tentações, que, aliás, devem ser consideradas como experiências imprescindíveis.

Na organização doméstica, os pais cuidarão excessivamente dos filhos, em pequeninos, mas a demasia de ternura é imprópria no tempo em que necessitam demonstrar o esforço de si mesmos.
O chefe de serviço ensinará os auxiliares novos com paciência e, depois, exigirá, com justiça, expressões de trabalho próprio.

Reconhecemos, assim, pelo apontamento de Lucas, que nas experiências religiosas não é aconselhável repousar alguém sobre a firmeza espiritual dos outros; enquanto o imprevidente descansa em bases estranhas, provavelmente está tranquilo, mas se não possui raízes de segurança em si mesmo, desviar-se-á nas épocas difíceis, com a finalidade de procurar alicerces alheios.

Tudo convida o homem ao trabalho de seu aperfeiçoamento e iluminação.

Respeitemos a firmeza da fé, onde ela existir, mas não olvidemos a edificação da nossa, para a vitória estável.
 Emmanuel

 Do livro Caminho, Verdade e Vida, psicografia de F. C. Xavier; editora FEB (2015) - Capítulo 124


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AUTOCONHECIMENTO


“O Livro dos Espíritos” (questões 919 e 919a)

Desde a Antiguidade, o autoconhecimento é apresentado como valioso método de aprimoramento pessoal, contribuindo igualmente para a conquista da felicidade a que todos almejamos.


Não deixa de ser surpreendente, à primeira vista, essa recomendação, pois sugere que a individualidade – ou seja, o próprio centro que registra e elabora percepções e conceitos – não esteja consciente quanto a si própria, sua natureza e características, o que, no entanto, é o que ocorre com a grande maioria, que dirige seu poder de observação e capacidade de avaliação para fora, para os acontecimentos externos e seus agentes e só muito raramente para si mesma, suas ações, emoções e motivações.

Os beneficiários dessa auto-observação são evidentes, pois dispondo, já há muito tempo, da possibilidade de apreciar ocorrências e atitudes alheias sob o ponto de vista moral, consoante os seus efeitos e até as intenções de seus responsáveis, é claro que podemos fazer o mesmo com nosso próprio ser, cujos traços, bons ou maus, nos aparecerão com maior clareza, o que, por si só, já constitui fator predisponente à melhoria, de vez que, por inclinação natural, apreciamos o bem que nos fazem e até mesmo aquele que dirigimos aos outros e deploramos os prejuízos que nos são impostos bem como o mal que praticamos, cuja lembrança nos incomoda e procuramos evitar. 

Perceber com maior nitidez nossa realidade íntima já é, assim, um recurso de mudança para melhor, a ser sistematicamente empregado com o auxílio de nossa vontade. Sabemos, por outro lado, que algumas dificuldades, todas de caráter pessoal, se opõem à obtenção dessa imagem mais precisa, pois o orgulho, a superficialidade e a vaidade tendem a mascarar nossas motivações, colorindo nossos atos com justificativas diversas, em geral inconsistentes, de vez que habitualmente não são as que aceitamos quando no julgamento de atos alheios.


       O autoexame, associado ao propósito de melhoria, constitui, segundo as entidades venerandas responsáveis pela Codificação, o recurso mais eficaz para o nosso progresso, lembrando ainda aqueles benfeitores que poderemos sempre, com essa finalidade, rogar auxílio aos nossos protetores espirituais, que jamais deixarão de apoiar nossos esforços, oferecendo-nos sugestões, suplementando nossas forças e até articulando condições para a efetivação das mudanças que nos melhorem e facilitem. 

         É oportuno frisar, contudo, a importância, decisiva, de nossa vontade nesse processo, pois aqueles amigos, apesar de todo o desejo de nos ajudarem, não podem nos substituir na tomada de decisões e jamais nos impõem qualquer atitude pois têm absoluto respeito pela nossa liberdade.

 Convidando-nos a adotar aquela prática, a Doutrina Espírita nos descortina aspectos novos acerca dela, mostrando sua efetividade como fator de progresso, que é uma Lei Divina e constitui o objetivo essencial de nossa vinda ao plano material, sendo oportuno, assim, finalizarmos com a observação que a respeito, nos deixou Santo Agostinho em “O Livro dos Espíritos”: “Fazei o que eu fazia quando vivi na Terra: ao fim do dia, interrogava a minha consciência, passava em revista o que havia feito e perguntava a mim mesmo se não faltara a algum dever, se ninguém tivera motivo de se queixar de mim. Foi assim que cheguei a me conhecer e a ver o que em mim precisava de reforma. 

Aquele que, todas as noites, recordasse todas as ações que praticara durante o dia e perguntasse a si mesmo o bem ou o mal que houvera feito, rogando a Deus e ao seu anjo da guarda que o esclarecessem, adquiriria grande força para se aperfeiçoar, porque, crede-me, Deus o assistiria.

Danilo Villela

Extraído do livro “Enfoques Doutrinários 3” de Danilo C. Villela – Mensagem 46 – Ed. Lorenz



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JORGE ANDRÉA, HOMEM MÚLTIPLO

J
orge Andréa é um homem múltiplo. Humildade, modéstia, elegância de atitudes, ética, zelo, perseverança, fidelidade, coragem moral, simplicidade, são alguns dos atributos que ornam a sua pessoa. Tais palavras brotam sem nenhum esforço, quando o seu nome é aventado. Ao lado de todos esses aspectos da sua maneira de ser, avultam o bom humor permanente, a paciência capaz de repetir mil vezes até que a gente entenda o que dita sua mente privilegiada, seu saber imenso. Sua cultura permite mergulhos profundos que nos levam à verdadeira sabedoria. 

Estar com Jorge é como estar próximo a um poço sagrado, como diziam os hindus antigos: a periferia é de cultura moderna, atual, avançada, mas a proximidade permite um mergulho nas profundezas de uma sabedoria que sua bondade nos oferece, embora nem sempre nossa percepção alcance.

         É um homem raro, verdadeira inspiração de vida. Ele prova que é possível ser nobre e justo, idealista e voltado para o mundo melhor. Com sua vida, ele demonstra que uma boa história do mundo, pode ser escrita não por generais e conquistadores cheios de violência e de armas nas mãos. Uma boa história do mundo pode ser escrita por um modesto major médico reformado da aeronáutica, que só muitos anos depois de aposentado descobriu que teria alguns direitos que jamais usou. 

Mas usou o seu tempo para produzir material que é hoje referência para pesquisas em várias partes do mundo. A boa história do mundo somente será escrita pelos apóstolos e heróis da virtude e da verdade, do amor e da paz. Jorge é um deles.

         Sim, é um homem múltiplo. Há cerca de três anos houve um incêndio na casa geriátrica onde reside. Impossível sair pela porta. Ele então montou uma “teresa”, lençóis amarrados pelas pontas, formando uma espécie de corda. Amarrou uma das pontas num ponto fixo do quarto, jogou a “corda” pela janela do primeiro andar, passou a perna pelo batente, agarrou a corda com as duas mãos e lançou o corpo. Equilibrou-se com a outra perna, respirou fundo e começou a descer tão rapidamente quanto possível. Quando estava bem próximo do solo, a corda improvisada não resistiu e ele caiu no chão. Não quebrou nenhum osso. Levantou-se fez rápida avaliação da musculatura, olhou para a janela aonde as labaredas já chegavam. 

Agradeceu mentalmente ao Pai, sorriu e andou em direção à portaria como se regressasse de um passeio comum, pronto para ajudar a apagar o incêndio. Estava com 94 anos e hoje, aos noventa a nove, usa apenas uma bengala que o ajuda a caminhar... às vezes. Um homem múltiplo, fazer uma corda com lençóis, descer pela janela, naquela idade, tarefa de gigante.

         Jorge é um gigante do amor. Estivemos juntos no Congresso Espírita Mundial, realizado em Lisboa, em 1998. Observei a reverência dos espíritas do mundo inteiro. Quando se aproximavam dele, havia uma admiração explicita e uma busca interminável de autógrafos nos seus livros, ao lado de um permanente esforço seu para mostrar que era um homem comum. É um gigante do pensamento, uma luz para muitos seres que estudam o que ele produziu.

         Presidente de honra do ICEB, fundador do Lar Fabiano de Cristo, é absolutamente fiel à Doutrina Espírita. Para nós é uma honra e um privilégio conviver com ele, que nos lembra do passado dos grandes pioneiros, como Deolindo, e aponta o futuro que será sempre reservado ao encontro da Ciência com a Filosofia e a Religião, que ele promove tão bem, em nosso Instituto.

         A multiplicidade da Doutrina Espírita exige homens múltiplos, Jorge Andréa talvez seja, hoje, o maior exemplo vivo dessa multiplicidade do bem.
 César Soares dos Reis
Diretor Presidente do Instituto de Cultura Espírita do Brasil



Extraído do apêndice de “Do outro lado da matéria. Enigma da vida” de Jorge Andréa dos Santos
ICEB Edições - 1ª edição – 2016


REGISTRO

  Este ano, em agosto, o Dr. Jorge Andréa dos Santos completaria 101 anos. 

  Seu desencarne ocorreu no último dia 1º de fevereiro.

Livros mais recentes:

- Do Outro Lado da Matéria. Enigma da Vida
1ª edição (Comemorativa do Centenário de J. Andréa) – ICEB Edições – 2016

- Retalhos Psicológicos
2ª edição (Comemorativa dos 99 anos de J. Andréa) – ICEB Edições - 2015