18/12/2021

 Olá amigos!

Segue nosso estudo da Tarde Fraterna

Construindo o mundo do amanhã


Leitura inicial:

72 

Não as palavras  

“Mas em breve irei ter convosco, se o Senhor quiser, e  então conhecerei, não as palavras dos que andam inchados, mas  a virtude.”  Paulo (I Coríntios, 4:19)  

Cristo e os seus cooperadores não virão ao encontro dos aprendizes para conhecerem as palavras dos que vivem na falsa concepção do destino, mas sim dos que se identificaram com o espírito imperecível da construção evangélica. É indubitável que o Senhor se interessará pelas obras; contudo, toda vez que nos reportamos a obras, geralmente os ouvintes somente se lembram das instituições materiais, visíveis no mundo, ricas ou singelas, simples ou suntuosas. Muita vez, as criaturas menos favorecidas de faculdades orgânicas, qual o  cego ou  o aleijado, acreditam-­se aniquiladas ou  inúteis, ante conceituação dessa natureza. É que, comumente, se esquece o homem das obras de santificação que lhe compete efetuar no próprio espírito. Raros entendem que é necessário  manobrar  pesados instrumentos da vontade a fim de conquistar terreno ao egoísmo; usar enxada de esforço pessoal para o estabelecimento definitivo da harmonia no coração. Poucos se recordam de que possuem idéias frágeis e pequeninas acerca do bem e que é imprescindível manter  recursos íntimos de proteção a esses germens para que frutifiquem mais tarde. É lógico que as palavras dos que não vivem inchados de personalismo serão  objeto das atenções do Mestre, em todos os tempos, mesmo porque o verbo é também força sagrada que esclarece e edifica. Urge, todavia, fugir aos abusos do  palavrório improdutivo que menospreza o tempo na “vaidade das vaidades”. Não olvides, pois, que, antes das obras externas de qualquer  natureza, sempre fáceis e transitórias, tens por fazer  a construção íntima da sabedoria e do  amor, muito difícil de ser realizada, na verdade, mas, por isto mesmo, sublimada e eterna.



Texto do Estudo:

Numa retrospectiva rápida, evocamos as grandes nações do passado, que antecederam ao tempo de Jesus, na Terra.

Recordamos da Índia abençoada pelo Ganges e os missionários que lhe insculpiram o nome na História, graças à inspiração do Alto e às suas consequentes revelações espirituais. Rememoramos a saga dos brâmanes e dos párias, das suas opulências e misérias, lutas e dores, e verificamos que ainda hoje a grandiosa pátria dos contrastes prossegue buscando o progresso e a paz, sob o clamor das massas que lhe padecem as injunções amargas de vária espécie.

Repassamos pela mente a China multimilenária e o seu povo guiado pelo pensamento de Fo-Hi, Lao-Tsé e Confúcio, bem como das suas tradições e as glórias das dinastias que a engrandeceram ou se deixaram submeter aos povos vizinhos ambiciosos, escravizando-a várias vezes.

Evocamos a Assíria e a Babilônia, a Pérsia e os Estados gregos que se celebrizaram pela beleza da filosofia, procurando interpretar os enigmas do Universo, dando lugar às suas lendas, às magníficas narrações sobre deuses e criaturas humanas, os inolvidáveis historiadores, tais Heródoto, Tucídides, Possidônio, os seus escritores ímpares como Homero, Polieno, Plotino, seus filósofos desde Anaxágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, escultores e artistas que atravessaram os milênios.

Destacamos Roma, desde o seu nascimento nos pântanos do Lácio, fosse no monte Palatino e no Quirinal. Não podemos olvidar os seus conquistadores, quais Júlio César e quantos outros; os seus imperadores Augusto, Tibério, Nero, Calígula, temerários e cruéis uns, nobres como Adriano e outros, que deixaram as suas marcas e assinalaram com eloquência o período em que viveram. Mas também seus filósofos Cícero, Adriano de Tiro, Asclepíades, Boécio, a sua herança helenista e os artistas, sua incomparável glória, decadência e destruição mais de uma vez…

Detemo-nos a reflexionar sobre Israel, o seu extraordinário conceito monoteísta, seus profetas, reis e escritores, a grandeza do Velho Testamento, os seus construtores e inspirados missionários que estabeleceram códigos de relevante significação, qual Moisés, Elias, e a nossa imaginação tenta relacionar a sua grandeza com as escravidões a que seu povo esteve submetido várias vezes…

Passa-nos pela mente a grandiosa Lídia, o seu rei poderoso, portador de fortuna incalculável, e a destruição de tudo na batalha em que Ciro a conquistou, reduzindo-a a escombros…

Impérios, aparentemente indestrutíveis, foram devorados pelo tempo e por conquistadores temerosos, hoje reduzidos à penúria e aos destroços que atraem turistas desinteressados no seu passado destino.

Nesse báratro histórico e assinalado pelas calamidades nasceu Jesus, o Rei singular, que mudou os conceitos vigentes, demonstrando a transitoriedade da existência física e a imortalidade do Espírito.

Com palavras jamais enunciadas, renovou o pensamento humano e demonstrou a grandeza do amor, fonte geradora e mantenedora de vida.

Mediante o Seu exemplo de simplicidade e ternura, de compaixão pelo próximo, lecionou a misericórdia e renovou a compreensão em torno dos deveres que a todos nos cabem durante a vilegiatura carnal.

A Sua mensagem, jamais ouvida igual, revolucionou os simples e oprimidos, os pobres e esquecidos, estimulando-os à vivência da solidariedade e do perdão, como normativas ditosas para alcançar-se a felicidade.

Utilizando-se de imagens muito modestas na forma e de conteúdo inigualável, compôs parábolas que sobreviveram a todas as fases do tempo, e mantêm a atualidade, transcorridos dois mil anos desde que enunciadas, como cantos poéticos na paisagem dos corações.

Jamais houve quem O igualasse na dimensão do sacrifício e da beleza viva que apresentou em breve tempo e modificou os rumos da Humanidade.

Seguindo-O, surgiram os mártires da fé, em holocaustos jamais vistos, e, do pó, que foram reduzidas as nações do passado, ergueu-se um mundo novo, anunciando libertação do sofrimento e plenitude existencial.

Nada obstante, em face das imperfeições predominantes em a natureza humana, as lições do Nazareno ímpar foram transformadas em leis de impiedade e subjugação, em poder desnaturado para teólogos e dominadores cruentos, que semearam sombras densas através dos tempos…

Mulheres e homens notáveis, no entanto, desceram ao proscênio terrestre para reacender a chama do amor que foi apagada, a doçura da caridade e da humildade totalmente esquecidas, impedindo o crescimento intelecto-moral das massas que lhes experimentaram a perversidade, padecendo perseguições inomináveis.

Não puderam, mesmo com todas as armas da astúcia e da perversidade, impedir o progresso, que é Lei da Vida, e a sociedade avançou pelas trilhas da Ciência, que abandonou os rumos da Religião, e deu início à era do pensamento e da experimentação, renovando o mundo e a Humanidade.

Permaneceram as guerras, as perseguições e as crueldades, porque o sentido moral da existência não logrou o mesmo desenvolvimento.

Filosofias existencialistas e comportamentos destrutivos tomaram conta das criaturas humanas, que buscavam fugir das circunstâncias afligentes, tombando nas garras do materialismo e do utilitarismo.

As doutrinas religiosas apegadas a interesses sórdidos, havendo olvidado o ser humano em si mesmo, permitiram que a falta de rumo imortalista facultasse o surgimento do individualismo, do sexismo e do consumismo, a que se atirou, estorcegando nas lutas do autoaniquilamento, da loucura, da depressão, do suicídio…

Indubitavelmente, as conquistas da Ciência e da Tecnologia muito vêm contribuindo para tornar o mundo melhor, libertar a Humanidade de pandemias terríveis, proporcionar saúde e longevidade, facultar comunicações com a rapidez antes inimaginável, compreensão de muitos enigmas que fascinaram os antepassados, dirimir dúvidas a respeito de muitas superstições, mas não conseguiram enxugar as lágrimas que nascem no coração.

Graças ao surgimento do Espiritismo, no Século das luzes, foram restauradas as propostas de Jesus, abriram-se os painéis da imortalidade oferecendo dignidade à existência física, surgiram novos labores em favor do próximo, assim como da Natureza, e o mundo do amanhã vem sendo desenhado de forma segura, sem que ocorram a falência dos postulados da Verdade, geradores da paz interior em todos.

Os programas de construção desse Mundo Novo são os mesmos que se encontram estabelecidos no Evangelho de Jesus, e que, aplicados devidamente, operam a dissolução do mal que ainda reside no âmago das criaturas humanas e ensejam a perfeita união entre o pensamento do bem e a sua ação ampla, sem deperecimento.

Os seus fundamentos, estruturados na mais perfeita moral, facultam a fraternidade universal e convidam ao sentimento de amor, que deve ser a regra básica de todas as realizações.

* * *

Notas:
Injunção: Imposição.
Vilegiatura: Temporada que se passa fora da habitação habitual.
Proscênio: Teatro, cena, palco.
Materialismo: Maneira de viver extremamente devotada aos bens, valores e prazeres materiais.
Utilitarismo: Atitude de quem regula a ação unicamente pelo interesse.


* * *

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Livro Dimensões da Verdade 

36. Passes



Leitura inicial:

88 

VELAR COM JESUS 

“E voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos e disse a Pedro: Então, nem uma hora pudeste velar comigo?” — (MATEUS, capítulo 26, versículo 40.)

 Jesus veio à Terra acordar os homens para a vida maior. É interessante lembrar, todavia, que, em sentindo a necessidade de alguém para acompanhá-lo no supremo testemunho, não convidou seguidores tímídos ou beneficiados da véspera e, sim, os discípulos conscientes das próprias obrigações. Entretanto, esses mesmos dormiram, intensificando a solidão do Divino Enviado. É indispensável rememoremos o texto evangélico para considerar que o Mestre continua em esforço incessante e prossegue convocando cooperadores devotados à colaboração necessária. Claro que não confia tarefas de importância fundamental a Espíritos inexperientes ou ignorantes; mas, é imperioso reconhecer o reduzido número daqueles que não adormecem no mundo, enquanto Jesus aguarda resultados da incumbência que lhes foi cometida. Olvidando o mandato de que são portadores, inquietam-se pela execução dos próprios desejos, a observarem em grande conta os dias rápidos que o corpo físico lhes oferece. Esquecem-se de que a vida é a eternidade e que a existência terrestre não passa simbolicamente de “uma hora”. Em vista disso, ao despertarem na realidade espiritual, os obreiros distraídos choram sob o látego da consciência e anseiam pelo reencontro da paz do Salvador, mas ecoam-lhes ao ouvido as palavras endereçadas a Pedro: Então, nem por uma hora pudeste velar comigo? E, em verdade, se ainda não podemos permanecer com o Cristo, ao menos uma hora, como pretendermos a divina união para a eternidade?

04/12/2021

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Sábado, 04/12

Dimensões da Verdade - 35.Campanhas





Leitura inicial

Vinha de Luz - Item 91 - Migalha e multidão

  “E tendo mandado que a multidão se assentasse sobre a  relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos  ao céu, os abençoou e, partindo os pães, deu­ os aos discípulos, e  os discípulos à multidão.”

 (Mateus, 14:19.)  

Ante o quadro da legião de famintos, qualquer homem experimentaria invencível desânimo, considerando a migalha de cinco pães e dois peixes. Mas Jesus emprega o imenso poder da bondade e consegue alimentar a todos, sobejamente. Observemos, contudo, que para isso toma os discípulos por intermediários. O ensinamento do Mestre, nesse passo do Evangelho, é altamente simbólico. Quem identifica a aluvião de males criados por nós mesmos, pelos desvios da vontade, na sucessão de nossas existências sobre a Terra, custa a crer na migalha de bem que possuímos em nós próprios. Aqui, corrói a enfermidade, além, surge o fracasso, acolá, manifestam-­se expressões múltiplas do crime. Como atender às necessidades complexas? Muitos aprendizes recuam ante a extensão da tarefa. Entretanto, se o servidor fiel caminha para o Senhor, a migalha de suas luzes é imediatamente suprida pelo milagre da multiplicação, de vez que Jesus, considerando a oferta espontânea, abençoar-­lhe­-á o patrimônio pequenino, permitindo-­lhe nutrir verdadeiras multidões de necessitados. A massa de nossas imperfeições ainda é inaquilatável. Em toda parte, há moléstias, deficiências, ruínas... É imprescindível, no entanto, não duvidar de nossas possibilidades mínimas no bem. Nossas migalhas de boa­ vontade na disposição de servir santamente, quando conduzidas ao Cristo, valem mais que toda a multidão de males do mundo.

06/11/2021

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livro Dimensões da Verdade



Leitura inicial:


99 

Persiste e segue

  “Portanto,  tornai  a  levantar  as  mãos  cansadas  e  os  joelhos desconjuntados.”  Paulo (Hebreus,12:12) 

 O lavrador desatento quase sempre escuta as sugestões do cansaço. Interrompe o serviço, em razão da tempestade, e a inundação lhe rouba a obra começada e lhe aniquila a coragem incipiente. Descansa, em virtude dos calos que a enxada lhe ofereceu, e os vermes se incumbem de anular-­lhe o serviço. Levanta as mãos, no princípio, mas não sabe tornar  a levantá­-las, na continuidade da tarefa, e perde a colheita. O viajor, por sua vez, quando invigilante, não sabe chegar  convenientemente ao termo da jornada. Queixa­se da canícula e adormece na penumbra de ilusórios abrigos, onde inesperados perigos o surpreendem. De outras vezes, salienta a importância dos pés ensangüentados e deita­-se às margens da senda, transformando-­se em mendigo  comum. Usa os joelhos sadios, não se dispondo, todavia, a mobilizá-­los quando  desconjuntados e feridos, e perde a alegria de alcançar a meta na ocasião prevista. Assim acontece conosco na jornada espiritual. A luta é o meio. O aprimoramento é o fim. A desilusão amarga. A dificuldade complica. A ingratidão dói. A maldade fere. Todavia, se abandonarmos o campo do coração por não sabermos levantar  as mãos, de novo, no esforço persistente, os vermes do  desânimo proliferarão, precipites, no centro de nossas mais caras esperanças, e se não quisermos marchar, de joelhos desconjuntados, é possível sejamos retidos pela sombra de falsos refúgios, durante séculos consecutivos.

Fonte: Livro Fonte Viva, Chico Xavier e Emmanuel


30/10/2021

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Tema Livre


Leitura inicial:

14 - INDICAÇÃO FRATERNA 

“Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu...” -PEDRO. (I Pedro, 4:10.) 

 Este o caminho para o necessário burilamento: trabalhar, aprender, sofrer, dar presença e colaboração na Causa do Bem. O amor encerra em si as leis do Universo e tudo o que fizermos contra o amor é algo que criamos contra nós mesmos. Aceita, desse modo, no sacrifício a mais alta norma de ação. Não fujas dos encargos que a Sabedoria da Vida te entregou. Acima de tudo, promove-te, servindo mais. O suor do trabalho confere experiência. A lágrima da aflição acende a luz espiritual. Quando a dor te visite, reflete-lhe a mensagem. Não há sofrimento sem significação. Não fosse a prova e ninguém conseguiria entesourar compreensão e discernimento. Nos dias de desacerto, ainda quando te reconheças na sombra do fracasso, levanta-te, reinicia a tarefa e contempla, de novo, a benção do Sol, na convicção de que o erro superado nos ensina indulgência, amolecendo-nos o coração, a fim de que venhamos a entender e desculpar as faltas possíveis dos semelhantes. Mesmo nas crises que te estrangulam a sensibilidade, sê fiel ao ideal de servir e não esmoreças. Não espere por descanso eterno, quando não tiveres a paz dentro de ti. Haja o que houver, não te interrompas, na tarefa da execução, para ouvir sarcasmo ou censura. Oferece o melhor de ti aos que te compartilham a estrada, e, conservando a consciência tranqüila, trabalha sempre, lembrando, a cada momento, que, assim como o fruto fala da árvore, o serviço é a testemunha do servidor. 


16/10/2021

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Livro Dimensões da Verdade

Socorro Sempre


33


Ante a bênção do corpo


“Ora, vós sois o corpo do Cristo…” — PAULO (1 Coríntios, 12.27)


1 A pretexto de atingir a virtude não menosprezes o corpo que te auxilia a conquistá-la.

2 O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.

3 Há quem lhe condene as peças enobrecidas à ferrugem destruidora.

São os irmãos que se deixam vencer pelas teias da inércia ou pelo bolor do desânimo.

4 Conhecemos aqueles que lhe relegam a engrenagem à perturbação e à desordem.

São os companheiros que preferem o desequilíbrio e a intemperança para conselheiros de cada dia.

5 Observamos frequentemente os que lhe arrojam as possibilidades ao fogo devorador.

São os amigos, voluntariamente entregues a furiosas paixões que lhes devastam a mente.

6 Anotamos, ainda, aqueles que lhe cedem a direção a malfeitores confessos.

7 Temos nessa imagem todos aqueles que se comprazem com os empreiteiros da delinquência, a desenvolverem lamentáveis processos de obsessão.

8 Preserva o teu corpo à feição do trabalhador responsável e consciente que protege o instrumento de serviço que a vida lhe confiou.

9 Foge ao tormento do excesso, ao azinhavre da preguiça e à excitação da imprudência.

10 Bendizendo o templo de recursos físicos em que te situas passarás sobre a Terra, abençoando e servindo, convertendo as cordas de tua alma em harpa divina para que o Senhor, através delas, possa desferir para o mundo as melodias da beleza, os cânticos do progresso e os poemas do amor, em celeste exaltação da Alegria Imortal.



Emmanuel

Fonte: Livro Ceifa de Luz, mensagem 33, Chico Xavier pelo Espírito Emmanuel

11/10/2021

01/10/2021

Olá amigos

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Dimensões da Verdade - 31.Estímulo




Leitura inicial:

180 

Depois...  

“Depois, sobrevindo tribulação ou perseguição...”  Jesus (Marcos, 4:17)  

Toda a gente conhece a ciência de começar as boas obras. Aceita-se o braço de um benfeitor, com exclamações de júbilo, todavia, depois... quando desaparece a necessidade, cultiva-­se a queixa descabida, no rumo  da ingratidão declarada, afirmando­-se — “ele não é tão bom quanto parece”. Inicia­se a missão de caridade, com entusiasmo santo, contudo, depois... ao  surgirem os primeiros espinhos, proclama-­se a falência da fé, gritando-­se com toda força — “não vale a pena”. Empreende-­se a jornada da virtude e aproveita­-se o estímulo que o Senhor  concede à alma, através de mil recursos diferentes, entretanto, depois... quando a disciplina e o sacrifício cobram o  justo imposto devido à iluminação espiritual, clama­-se com enfado — “assim também, não”. Ajuda-­se a um companheiro da estrada, com extremado carinho, adornando­se-­lhe o coração de flores encomiásticas, no entanto, depois... se a nossa sementeira não corresponde à ternura exigente, abandonamo-­lo aos azares da senda, asseverando com ênfase — “não posso mais”. Todos sabem principiar o ministério do  bem, poucos prosseguem na lide salvadora, raríssimos terminam a tarefa edificante. Entretanto, por outro lado, as perigosas realizações da perturbação e da sombra se concretizam com rapidez. Um companheiro começa a trair os seus compromissos divinos e efetua, sem demora, o que deseja. Outro enceta a plantação do desânimo e, lesto, alcança os fins a que se propõe. Outro, ainda, inicia a discórdia e, sem detença, cria a desarmonia geral. Realmente, é muito difícil perseverar no bem e sempre fácil atingir o mal. Todavia, depois...



25/09/2021

 Tarde Fraterna

Tema Livre: Nossa semelhança com Jesus





Leitura de harmonização:

"Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência."

Fonte: O Evangelho Segundo O Espiritismo, Capítulo IX, item 7 - A paciência


Texto Referência do estudo:

35 - RETIROU-SE, ELE SÓ

"Quando Jesus se fazia acompanhar pela multidão, na manhã rutilante, refletia, amorosamente, consigo mesmo :  

...

Agradecia ao Pai aquelas bênçãos maravilhosas de luz e vida e continuava meditando. - Porque tamanha cegueira espiritual nos seres humanos? não viam, porventura, a condição paradisíaca do mundo? porque se furtavam ao concerto de graças da manhã? Como não se uniam todos ao hino da paz e da gratidão que se evolava de todas as coisas? Ah! toda aquela multidão que o seguia precisava de amor, a fim de que a vida se lhe tornasse mais bela. Ensiná-la-ia a conferir a cada situação o justo valor. Quem era César senão um trabalhador da Providência, sujeito às vicissitudes terrestres, como outro homem qualquer? não mereceria compreensão fraternal o imperador dos romanos, responsável por milhões de criatura? algemado às obrigações sociais e políticas, atento ao superficialismo das coisas, não era razoável que errasse muito, merecendo, por isso mesmo, mais compaixão? E os chefes do Sinédrio? não estavam sufocados pelas orgulhosas tradições da raça? poderiam, acaso, raciocinar sensatamente, se permaneciam fascinados pelo autoritarismo do mundo? Oh! refletia o Mestre – como seria infeliz o dominador romano, a julgar-se efetivamente rei para sempre, distraído da lição dura da morte! Como seria desventurado o Sumo Sacerdote que supunha poder substituir o próprio Deus!... Sim, Jesus ensinaria aos seus seguidores a sublime sabedoria do entendimento fraternal!

...

Durante longas horas, os membros da multidão recriminaram o imperador romano, atacaram patrícios ilustres que nunca haviam visto de perto, condenaram os sacerdotes do Templo, caluniaram autoridades ausentes, feriram reputações, invadiram assuntos que não lhes pertenciam, acusaram companheiros e criticaram acerbamente as condições da vida e os elemento atmosféricos... Por fim, quando muito tempo se havia escoado, alguns discípulos vieram anunciar-lhe a fome que castigava homens, mulheres e crianças. André e Filipe comentaram calorosamente a situação. Jesus fitou-os de modo significativo, e respondeu, melancólico: – Pudera! Há muitas horas não fazem outra coisa senão murmurar inutilmente!

Em seguida, espraiou o olhar através das centenas de pessoas que o acompanhavam, e falou comovidamente: – Tenho para todos o Pão do Céu, mas estão excessivamente preocupados com o estômago para compreender-me. E tomado de profunda piedade, ante a multidão ignorante, valeu-se dos pequenos pães de que dispunha, abençoou-os e multiplicou-os, saciando a fome dos populares aflitos. Enquanto os discípulos recolhiam o sobejo abundante, muitos galileus batiam com a mão direita no ventre e afirmavam: – Agora, sim! estamos satisfeitos! Contemplou-os o Mestre, em silêncio, com angustiada tristeza, e, depois de alguns minutos, entregou o povo aos discípulos e, segundo a narração evangélica, “tornou a retirar-se, ele só, para o monte”. 

Fonte: Livro Lázaro Redivivo, Chico Xavier pelo Espírito Irmão X 


21/09/2021

 Olá amigos!

Segue a palestra comemorativa de 55 anos do Grupo Espírita Auta de Souza



Agradecemos a presença de todos!


18/09/2021

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de hoje

Livro Dimensões da Verdade

30.Antes da Desencarnação



Leitura inicial:

148 –Que espera o homem desencarnado, diretamente, nos seus primeiros tempos da vida de além-túmulo?

 -A alma desencarnada procura naturalmente as atividades que lhe eram prediletas nos círculos da vida material, obedecendo aos laços afins, tal qual se verifica nas sociedades do vosso mundo. As vossas cidades não se encontram repletas de associações, de grêmios, de classes inteiras que se reúnem e se sindicalizam para determinados fins, conjugando idênticos interesses de vários indivíduos? Aí, não se abraçam os agiotas, os políticos, os comerciantes, os sacerdotes, objetivando cada grupo a defesa dos seus interesses próprios? O homem desencarnado procura ansiosamente, no Espaço, as aglomerações afins com o seu pensamento, de modo a continuar o mesmo gênero de vida abandonado na Terra, mas, tratando-se de criaturas apaixonadas e viciosas, a sua mente reencontrará as obsessões de materialidade, quais as do dinheiro, do álcool, etc., obsessões que se tornam o seu martírio moral de cada hora, nas esferas mais próximas da Terra. Daí a necessidade de encararmos todas as nossas atividades no mundo como a tarefa de preparação para a vida espiritual, sendo indispensável à nossa felicidade, além do sepulcro, que tenhamos um coração sempre puro. 

04/09/2021

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de sábado

Livro Dimensões da Verdade

29. Produze tu



Leitura inicial:


12

 Ajude Sempre 

Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.

 * 

Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.

 * 

No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis. 

Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio. 

Não adote a incerteza perante as situações difíceis. Enfrente as com a consciência limpa. Debalde censurará você o espinheiro. Remova-o com bondade.

 * 

Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo. 

Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante. Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram. Ampare o seu irmão com a boa palavra. 

*  É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado. 

28/08/2021

 Olá amigos!

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Propriedade

Livro: Jesus e o Evangelho à Luz da Psicologia Profunda - 22 / Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco


Ev. Cap. XVI - Item 7

(...) Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. Lucas, 16:13

* * *

O homem, na perspectiva da Psicologia Profunda, é um ser real, estruturalmente parafísico, revestido de corpo somático, que lhe permite o processo de construção de valores ético-morais e aquisições espirituais que o tornam pleno, quanto mais conquista e ascende na escala evolutiva com abandono das mazelas que lhe constituem embaraço ao progresso.

Criação do Psiquismo Divino é germe de vida fadado ao desabrochar de mil potencialidades que lhe dormem na essência, que é a sua realidade.

Cada etapa do desenvolvimento emocional e moral rompe-lhe envoltórios grosseiros que resguardam os tesouros-luz que lhe cumpre desvelar.

Qual diamante valioso e desconhecido, oculto em grosseiro revestimento, a lapidação lhe favorece o surgimento da grandeza de que é investido.

A sua emancipação resulta do esforço que empreende para vencer os obstáculos que lhe dificultam o voo no rumo da plenitude que o aguarda. Etapa a etapa, no entanto, adquire força que o propele a vencer os empecilhos e autoencontrar-se ao longo da marcha ascensional.

Mergulhando no corpo, e dele saindo sempre com as conquistas adquiridas, que lhe servem de investimento para experiências mais audaciosas, o Self se desenovela dos impositivos do ego até esplender em magnífico sol de autorrealização.

Depositário de incomparáveis títulos de enobrecimento, perde-se, temporariamente, no báratro do processo iluminativo, demorando-se por ignorância ou teimosia na ilusão em que mergulha e de que se deve libertar, não poucas vezes a sacrifício e abnegação com vistas aos resultados compensadores que lhe advêm.

Por instinto de conservação da vida, apega-se aos recursos que lhe passam pelo caminho: afetivos, emocionais, materiais e, sem as reservas morais suficientes, submete-se-lhes, escravizando-se, para depois vencer, a ingentes lutas, a situação calamitosa a que se atirou.

As experiências não vivenciadas, as circunstâncias ainda não conhecidas constituem-lhe a sombra, que se pode apresentar, também, do nosso ponto de vista, como os insucessos, os abusos, os desgastes a que se entregou, fazendo-a densa, porque necessitada de diluir-se através de outras atitudes compatíveis com as conquistas da inteligência e do sentimento.

A propriedade é conquista antropossocioeconômica que resulta de longas buscas nos relacionamentos humanos, objetivando harmonia e respeito pelos valores indispensáveis às trocas que fomentam o comércio, que nobilitam a existência e que promovem o progresso.

Em grande parte, é resultado da avareza, da ilicitude, da ambição desmedida, de atos ignóbeis, como heranças do primarismo de que ainda não se libertou imenso contingente de seres humanos.

Normalmente, porém, é aquisição digna de cada qual, que envida sacrifício e habilidade, conhecimento e labor a fim de adquiri-la, pensando de forma previdente nos dias difíceis da velhice, da enfermidade, da morte...

A sociedade, de alguma forma, estabelece os seus sistemas nos valores e posses dos grupos afins, das entidades congêneres, das nações e seus recursos, de modo a facilitar o intercâmbio bem como a competitividade de produtos e bens de consumo entre as pessoas e os povos da Terra.

Tem um fim providencial, que é desenvolver a indústria, a ciência, fomentar as artes, facilitar a comodidade e propiciar valores que contribuem para a sobrevivência dos indivíduos e dos grupos humanos.

Entregar-se à sua conquista é dever de todo indivíduo que pensa e constitui célula do organismo da sociedade. A família depende desses recursos, como a própria criatura, trabalhando em favor da harmonia do grupamento no qual se encontra colocada.

Constitui um laço que retém o indivíduo à vida física, estimulando-o ao crescimento intelectual e cultural, para mais facilmente aumentar os haveres.

O risco da posse ou da aquisição da propriedade não está no fato em si mesmo de os conseguir, mas na maneira como isto se dá, além do que representa emocionalmente.

Se é um meio para alcançar-se equilíbrio e bem-estar, torna-se instrumento dignificante; todavia, se se converte em único objetivo existencial, transforma-se em gigante cruel da realidade do ser, que se lhe escraviza e atormenta as demais pessoas que lhe padecem a insegurança e ambição.

Há perigos na posse, que resultam do estágio espiritual daquele que a armazena, deixando-se dominar pelos valores transitórios, a que atribui duração permanente, escorregando na loucura do desregramento que proporcionam, ou das paixões de outra ordem a que se entrega, desejando usufruir além das possibilidades de manter o próprio gozo.

A posse que leva à riqueza, à fortuna, também facilita os desmandos, o exacerbar dos sentimentos vis como o orgulho, o egoísmo, a vaidade desmedida, a alucinação argentária em detrimento do enriquecimento interior, que se consegue por meio da abnegação, da renúncia, do devotamento e, sobretudo, da seleção de valores entre aqueles que são eternos e os efêmeros, que transitam de mãos.

* * *

O Homem-Jesus sabia-o, e esclareceu com vigor que não se pode servir simultaneamente a dois senhores com a mesma dedicação, que podem ser também interpretados como a realidade do Si e o capricho do ego. O primeiro é permanente; o outro, transitório. Enquanto um necessita de previdência e equilíbrio para o engrandecimento e a conquista de mais altos patamares, o outro permanece mesquinho e diminuto, comprazendo-se no imediatismo inseguro de necessidades que se renovam sem cessar.

O ser humano tem o dever de selecionar os objetivos existenciais, colocando-os em ordem de acordo com a qualidade e o significado de todos eles, para empenhar-se em destacar aqueles que são primaciais, exigindo todo o empenho, e aqueloutros que são secundários, podendo ser conduzidos com naturalidade, sem maior sofreguidão.

A propriedade pode tornar-se, em razão do ego, motivo de males incontáveis, como sob a inspiração do Self transformar-se em fonte de inexauríveis bênçãos para aquele que é o seu momentâneo detentor e os outros que se lhe acercam em carência.

Deus faculta a riqueza, proporcionando recursos ao ser humano para desenvolver a consciência e ampliar os sentimentos superiores.

A aquisição de valores propicia e estimula o trabalho incessante, motivando o homem à renovação das forças e aos empreendimentos que se multiplicam em competição justa pelo adquiri-las. E estimulante para a existência física e fator de identificação social no grupo em que se movimenta.

* * *

Jesus compreendia a finalidade superior da propriedade, por isso, valorizou-a, quando conviveu com os homens de bem e aqueles que possuíam recursos, estimulando-os, porém, a buscarem o Reino dos Céus, de que se haviam esquecido.

Quando se reportou aos ricos, aparentemente apresentando palavras duras, não se deteve somente na referência aos detentores de coisas, moedas, minerais preciosos, propriedades, escravos, mas também aos possuidores de exacerbado orgulho, de incomum dureza de sentimentos, de rancor e de ódio, de presunção e de avareza, que também são possuidores de preciosos bens, de que não se dispõem a libertar.

Por outro lado, a inteligência, a saúde, a memória, as aptidões gerais constituem recursos valiosos de que se deve utilizar o Espírito com sabedoria, a fim de dar conta, mais tarde, da aplicação que foi feita.

Não são poucos aqueles que se empenham para conseguir propriedades, que os tornam desditosos, incompletos, mais ambiciosos, enquanto deveriam reflexionar em torno da sua realidade psicológica, dos haveres morais e sentimentais, empenhando-se pela conquista de segurança espiritual, em vez daquela de natureza física, que mil fatores mutilam, alteram ou destroem com facilidade.

Os valores que jamais se perdem, são as conquistas elegidas pela razão e pela emoção, que não se transferem de mãos, não perdem a atualidade, constituindo fonte incessante de enriquecimento interior.

Em um estudo profundo da consciência humana na Sua e em todas as épocas, o Mestre Jesus foi de uma clareza incomparável, estabelecendo que não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon.

* * *

20/08/2021

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Com integridade e consciência





leitura inicial: 

PERFEIÇÃO E APERFEIÇOAMENTO 

Emmanuel 

Todos estamos ainda muito longe da perfeição, contudo, ninguém vive fora do constante aperfeiçoamento. Aceita, em Jesus, o Mestre que te aprimora e aproveita a bênção do tempo, mobilizando sentimento e raciocínio, atenção e boa vontade, par que te faças melhor cada dia. Não podes hoje ostentar a auréola da santidade, mas conseguirás estender, sem entraves, em teu benefício, os recursos da gentileza. Não podes, sem dúvida, revelar de improviso, a resistência do mártir, ante os sofrimentos que te assaltam a vida, no entanto, é justo te consagres, em favor de ti mesmo, ao culto da disciplina. Não sustentarás, de inopino, a atitude superior e espontânea da beneficência simples e pura diante daquele que te apunhala com a lâmina invisível da ofensa, mas podes sorrir, contendo os instintos de reação ao preço do esforço supremo de quem sabe que nada existe oculto para a verdadeira justiça. Realmente, não te será possível a ascensão imediata ao Reino da Luz Eterna, onde a nossa presença decerto nublaria o semblante dos anjos, no entanto, podes ser o apoio firme do lar em que Deus te situa, exercendo aí a bondade e a renúncia, o carinho e o desvelo, o consolo e a paciência incessantes. Não te creias capaz de trair o espírito de seqüência que rege todas as forças e todas as tarefas da natureza. A semente de agora será flor no porvir e a flor de hoje será o fruto amanhã. Disse Jesus: “Sede perfeitos como o Pai Celestial”. Isso não que dizer que já estejamos habilitados para a Glória Divina, mas sim que, em matéria de aperfeiçoamento, é indispensável tenhamos todos a coragem de começar. Não podes paralisar o verbo que fere e vergasta, mas é fácil guardar o próprio espírito em silêncio para somente movimentá-lo na bondade que ajuda, compreende e perdoa.

07/08/2021

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Livro Dimensões da Verdade

27. Transeuntes



Leitura inicial:

144 Em meio de lobos 

 “Ide! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos.”  Jesus (Lucas, 10:3.)  

Naturalmente Jesus, em pronunciando semelhante recomendação, reportava­-se a cordeiros fortes que conseguissem respirar  em plano superior  aos lobos vorazes. Seria razoável enviar ovelhas frágeis a bestas violentas? Seria o mesmo que ajudar a carnificina. O Mestre, indubitavelmente, desejava as qualidades de ternura e magnanimidade dos continuadores, mas não lhes endossaria as vacilações e fraquezas. Aliás, para serviço de tal envergadura, desdobrado em verdadeiras batalhas espirituais, ele necessitava de cooperadores fiéis, bondosos, prudentes, mas valorosos. Enviava os discípulos ao centro de conflito áspero, não no gesto de quem remete carneiros ao matadouro, e sim à gleba de serviço, onde pudessem semear  novos e sublimados dons espirituais, entre os lobos famintos, através da exemplificação no bem incessante. Entretanto, há companheiros, ainda hoje, que se acreditam colaboradores do  Cristo apenas porque levantam aos céus as mãos-­postas, em atitude suplicante. Esquecem-­se de que Jesus afirmou, peremptório: “Ide! eis que vos mando!...” Em tal determinação, vemos claramente que existem trabalhos a efetuar, ações beneméritas a instituir. O mundo é o campo, onde o trabalhador encontrará a sua cota de colaboração. É preciso realmente ir aos lobos. Seria perigoso esperá-­los. Muitos lidadores, porém, reclamam contra a cruz e o martírio, olvidando  que o  Senhor e seus corajosos sucessores neles encontraram a ressurreição e a eternidade através da resistência construtiva contra o mal. Se os madeiros e leões retornassem, deveriam encontrar o trabalhador no  esforço que lhe compete e nunca em atitude de inércia, a distância do ministério que lhe foi confiado. O apelo do Cristo ressoa, ainda agora... É imprescindível caminhar na direção dos lobos, não na condição de fera contra fera, mas na posição de cordeiros­-embaixadores; não por emissários da morte, mas por doadores da vida eterna.

16/07/2021

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26. Sutis e Perigosos



Leitura inicial:

64 - SUBDESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL 

 “Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o não em contendas de disputa.”

 – PAULO. (Romanos, 14:1.) 

 Quando a palavra subdesenvolvimento toma lugar na designação de grupos humanos menos dotados de mais amplos recursos, na ordem material da vida terrestre, não será impróprio referir-nos à outra espécie de carência – a carência de valores do espírito. Isso nos induz a reconhecer a existência de uma retaguarda enorme de criaturas empobrecidas de esperança e coragem, não obstante quase toda ela constituída de companheiros com destaque merecido na cultura e na prosperidade da Terra. Abastece-te de suficiente amor para compreendê-los e auxiliá-los. São amigos chamados a caminhar nas frentes da evolução, com áreas enormes de influência e possibilidade no trabalho do bem de todos, mas detentores de escassos recursos no campo do sentimento para suportarem, com êxito as crises das épocas de mudança. Esse encontrou diferenças de conduta nos descendentes fascinados pelas experiências passageiras de equipes sociais em transição e se marginalizou nas moléstias da inconformidade; aquele traumatizou-se com as provações coletivas em que grupos vários de pessoas se viram defrontadas pela desencarnação em conjunto e se refugiou nas instituições de repouso e tratamento mental; outro observou criaturas queridas a se desgarrarem do lar, para se realizarem livremente nos ideais próprios, e transformou-se em doente complexo; e outros muitos viram a morte dos entes mais caros, arrancados ao corpo nas engrenagens da própria civilização e mergulharam-se na dor que acreditam sem consolo. Se podes enxergar os conflitos impostos ao mundo pelo materialismo que vem desfibrando o ânimo de tantas criaturas enternece-te com os sofrimentos de quantos se encontram nas faixas do subdesenvolvimento espiritual e trabalhemos nas novas construções da fé.


03/07/2021

 Olá!

Segue abaixo o estudo de hoje:

Pessoas, opiniões e nós

Livro Dimensões da Verdade




Leitura inicial:

171 

No campo físico 

 “Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual.”  

Paulo (I Coríntios, 15:44)  

Ninguém menospreze a expressão animal da vida humana, a pretexto de preservar-­se na santidade. A imersão da mente nos fluidos terrestres é uma oportunidade de sublimação que o espírito operoso e desperto transforma em estruturação de valores eternos. A sementeira comum é símbolo perfeito. O gérmen lançado à cova escura sofre a ação dos detritos da terra, afronta a lama, o frio, a resistência do chão, mas em breve se converte em verdura e utilidade na folhagem, em perfume e cor nas flores e em alimento e riqueza nos frutos. Compreendamos, pois, que a semente não estacionou. Rompeu  todos os obstáculos e, sobretudo, obedeceu à influência da luz que a orientava para cima, na direção do Sol. A cova do corpo é também preciosa para a lavoura espiritual, quando nos submetemos à lei que nos induz para o Alto. Toda criatura provisoriamente algemada à matéria pode aproveitar o tempo  na criação de espiritualidade divina. O apóstolo, todavia, é muito claro quando emprega o termo “semeia­-se”. Quem nada planta, quem não trabalha na elevação da própria vida, coagula a atividade mental e rola no tempo à maneira do seixo que avança quase inalterável, a golpes inesperados da natureza. Quem cultiva espinhos, naturalmente alcançará espinheiros. Mas, o coração prevenido que semeia o bem e a luz, no solo de si mesmo, espere, feliz, a colheita da glória espiritual.




19/06/2021

 Olá amigos!

Segue abaixo nosso estudo de hoje

Livro Dimensões da Verdade 

Paz pelo trabalho



Leitura inicial:

11 

Medicação Preventiva 

Pense muito, antes da discussão. O discutidor, por vezes, não passa de estouvado. 

Use a coragem, sem abuso. O corajoso, em muitas ocasiões, é simples imprudente.

 * 

Observe os seus métodos de cultivar a verdade. Muitas pessoas que se presumem verdadeiras, são veículos de perturbação e desânimo. 

*

 Proceda com inteligência em todas as situações. Não se esqueça, porém, de que muitos homens inteligentes são meros velhacos. 

Seja forte na luta de cada dia. Não olvide, contudo, que muitos companheiros valentes são suicidas inconscientes. 

Estime a eficiência. No entanto, a pretexto de rapidez, não adote a precipitação. 

Não enfrente perigos, sem recursos para anulá-los. O que consignamos por desassombro, muita vez é loucura. 

Guarde valor em suas atitudes. Recorde, entretanto, que o valor não consiste em vencer, de qualquer modo, mas em conquistar o adversário no trabalho pacífico. 

Tenha bom ânimo, mas seja comedido em seus empreendimentos. Da audácia ao crime, a distância é de poucos passos. 

Atenda à afabilidade e à doçura em seu caminho. Não perca, porém, o seu tempo em conversas inúteis.


Trecho do Estudo:

A serenidade e doçura das narrativas evangélicas embalam o teu coração com a melodia consoladora da esperança , quando compulsas o repositório dos inesquecíveis ensinos.

Sabedoria e Consciência brilham em tua mente , lenindo ulcerações do sentimento, à medida que travas relações com os conceitos , na codificação Kardequiana.  

Fatos e lições repontam nas experiências mediúnicas de que participas, narrando , em quadros vivos, a vida vitoriosa depois do desgaste celular .

...


As pepitas encontradas nas correntes d'água indicam a mina donde procedem , informando ao garimpeiro onde se encontra o filão que deve ser buscado na intimidade da terra e conquistar .

A árvore altaneira , de constituição resistente, sugere utilidades, que somente após o trabalho árduo preenche a função a que se destina .

O bloco de granito rijo impõe-se , volumoso, para depois de golpeado e vencido por instrumentos hábeis , converter-se em adorno deslumbrante ou base vigorosa .

Não desistas na tarefa de produzir ou acertar no bem, só porque o tóxico do desânimo te envolve ou enfraquece. Recomeça com alegria nova, retempera o ânimo, enxuga o suor, refaze...

...

Diante da turba que , acompanhando o Mestre, a pretexto de absorver-lhe as lições, candidatava-se à ociosidade, o Instrutor Divino explicou , solícito e claro : " Meu Pai até hoje trabalha e Eu também trabalho ", esclarecendo-nos que a vitória sobre nós mesmos é consequência natural do nosso esforço e que a coroa da paz repousa sobre nossa cabeça só depois de muita renúncia e humildade na senda do trabalho.





04/06/2021

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Segue abaixo nosso estudo desse sábado.

Do livro Dimensões da Verdade

23 - Compromisso e Resgate



Leitura Inicial:

14 

Indagação oportuna

  “Disse-­lhes: — Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?” (Atos dos Apóstolos, 19:2)  

A pergunta apostólica vibra ainda em todas as direções, com a maior  oportunidade, nos círculos do Cristianismo. Em toda parte, há pessoas que começam a crer  e que já crêem, nas mais variadas situações. Aqui, alguém aceita aparentemente o Evangelho para ser agradável às relações sociais. Ali, um indagador procura o campo da fé, tentando acertar problemas intelectuais que considera importantes. Além, um enfermo recebe o socorro da caridade e se declara seguidor  da Boa Nova, guiando­-se pelas impressões de alívio físico. Amanhã, todavia, ressurgem tão insatisfeitos e tão desesperados quanto  antes. Nos arraiais do Espiritismo, tais fenômenos são freqüentes. Encontramos grande número de companheiros que se afirmam pessoas de fé, por haverem identificado a sobrevivência de algum parente desencarnado, porque se livraram de alguma dor de cabeça ou  porque obtiveram solução para certos problemas da luta material; contudo, amanhã prosseguem duvidando de amigos espirituais e de médiuns respeitáveis, acolhem novas enfermidades ou se perdem através de novos labirintos do aprendizado humano. A interrogação de Paulo continua cheia de atualidade. Que espécie de espírito recebemos no ato de crer na orientação de Jesus? O da fascinação? O da indolência? O da pesquisa inútil? O da reprovação sistemática às experiências dos outros? Se não abrigamos o espírito de santificação que nos melhore e nos renove para o Cristo, a nossa fé representa frágil candeia, suscetível de apagar­-se ao  primeiro golpe de vento.


Trecho do estudo:


A Terra, estás em reparo.
Retificação íntima com recuperação externa.
Ajustamento pessoal e harmonia generalizada.
Em cada madrugada doirada tens um renascimento e contigo nova oportunidade de servir e renovar-te com irremovível compromisso com a vida.
Todo dia a experiência é lição significativa como bênção que não podes ignorar.
Erro da véspera, aprendizagem para o dia.
Como não é justo gastar o tempo em arrependimento desconcertante ou em arrolamento de erros, também não é justificável ignorar a própria imprevidência a pretexto de indiferença.
O erro ou o que passa como tal, deixado a esmo sem o devido tratamento, pode ser comparado a matéria em decomposição, dominada pela vérmina, exalando miasmas…
Sofrimento e enfermidade em todo lugar e também contigo.
Corrige-te agora e ajusta-te de imediato.
Amanhã o sol será o mesmo mensageiro da luz mas as circunstâncias, pessoas e coisas estarão diferentes… e tu também.

* * *

A vida se desenvolve em ciclos perfeitos e harmoniosos.
Este grão germina dentro de um período.
Esse embrião necessita de uma etapa completa para apresentar-se.
Há ordem no Universo…
O Sol na Via-Láctea, a hemácia na composição do sangue.
Desequilíbrio também é sinônimo de caos.
Peça gasta, implemento a substituir.
Equívoco constatado, reparação próxima.
Desconsideração à ordem pode denominar-se rebeldia passível de punição.
A ferramenta em abandono perde a eficiência.
O instrumento em uso excessivo gasta a precisão.
É indispensável cooperar com o curso do progresso.
Retornar para recompor.
Punição ao crime que é correção ao criminoso.
Lei e justiça.

* * *

Considerando a própria imperfeição firma o compromisso interior de não repetir enganos nem reincidir na criminalidade. Desperto para as paisagens superiores da existência, examina o que pretendes, como pretendes, até onde pretendes ir. Sem decisão bem delineada, as atitudes são sempre oscilantes e fracas.
Quem se encontra interessado na solução dos graves e afligentes problemas que angustiam o homem, resolve avançar, decidido, apagando o passado com o claro sol do trabalho realizador do presente, sem tibieza, porquanto verifica em si mesmo que só a retidão oferece meio seguro para uma consciência tranqüila.

15/05/2021

 Olá amigos!

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livro Dimensões da Verdade

Caridade antes




Leitura inicial:

O FRACASSO DE PEDRO 

“E Pedro o seguiu, de longe, até ao pátio do sumo-sacerdote e, entrando, assentou-se entre os criados para ver o fim.” — (MATEUS, capítulo 26, versículo 58.) 

O fracasso, como qualquer êxito, tem suas causas positivas. A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas comunidades do Cristianismo. Enquadrar-se-ia a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano de fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos tão difíceis? Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância. O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com as advertências recebidas. Grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações, em razão de continuarem desatendendo. Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão Pedro seguia o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo-sacerdote”, e “assentou-se entre os criados” deste, para “ver o fim”. Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos que, ainda hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas aspirações e esperanças, por acompanharem o Cristo a distância, receosos de perderem gratificações imediatistas; quando chamados a testemunho importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre os servos das convenções utilitaristas, assestando binóculos de exame, a fim de observarem como será o fim dos serviços alheios. Todos os aprendizes, nessas condições, naturalmente fracassarão e chorarão amargamente. 

Trecho do estudo:

Pranto espontâneo brilha em teus olhos ante os pequeninos que passam embrulhados nos panos do miserabilismo. Compunção legítima assinala tua emotividade ao examinar a grande expressão dos enfermos nas casas hospitalares.


Pereira Franco, Divaldo; de Ângelis, Joanna. Dimensões da Verdade . Editora Leal. Edição do Kindle. 

01/05/2021

 Olá amigos!

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Livro Dimensões da Verdade 

21. Mortos e Mortos



Leitura inicial:

46 

Na Cruz  

“Ele salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-­se.” (Mateus, 27:42)  

Sim, ele redimira a muitos... Estendera o amor  e a verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e ressuscitara mortos. Entretanto, para ele mesmo erguia­-se a cruz entre ladrões. 

Em verdade, para quem se exaltara tanto, para quem atingira o pináculo, sugerindo indiretamente a própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme... 

Era o Príncipe da Paz e achava-­se vencido pela guerra dos interesses inferiores.

Era o Salvador e não se salvava. 

Era o Justo e padecia a suprema injustiça. 

Jazia o Senhor flagelado e vencido. 

Para o consenso humano era a extrema perda. 

Caíra, todavia, na cruz. Sangrando, mas de pé. Supliciado, mas de braços abertos. 

Relegado ao sofrimento, mas suspenso da Terra. 

Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração içado ao Amor. 

Tombara, vilipendiado e esquecido, mas, no outro dia, transformava a própria dor em glória divina. Pendera-­lhe a fronte, em pastada de sangue, no  madeiro, e ressurgia, à luz do sol, ao hálito de um jardim. Convertia­-se a derrota escura em vitória resplandecente. 

Cobria­-se o lenho  afrontoso de claridades celestiais para a Terra inteira. 

Assim também ocorre no círculo de nossas vidas. 

Não tropeces no fácil triunfo ou na auréola barata dos crucificadores. 

Toda vez que as circunstâncias te compelirem a modificar o roteiro da própria vida, prefere o sacrifício de ti mesmo, transformando a tua dor em auxílio  para muitos, porque todos aqueles que recebem a cruz, em favor dos semelhantes, descobrem o trilho da eterna ressurreição.

Trecho do estudo:

Não importa a condição social em que os encontres. Uns deambulam, ilustres, embora a indumentária carnal, cadaverizados pelo egoísmo. Outros jornadeiam, bem acondicionados, mumificados pelo orgulho. Mais outros passam, superficiais e inermes ante a ação corruptora da impudicícia. Alguns movimentam-se, hipnotizados pelo prazer, a ele entregues. Diversos aparecem inertes, aprisionados na indignidade. Outros tantos escorregam, dominados pelo torpor do gozo animalizante. Vários transitam aligeirados, abrançando a cobiça. Grande número constitui-se de presunçosos, apodrecendo no ócio a que se entregam... Mortos, todos eles, embora estejam no corpo físico. E há aqueles que, considerados mortos, continuam vivos. Mortos que estão levantando as bases morais da sociedade sob o influxo da misericórdia de Jesus Cristo, o Excelso triunfador da morte. Mortos que amam e retomam ao cativeiro da carne para que suas vozes falem sobre a vida. Mortos que sofrem e voltam para anunciar, agônicos, as surpresas que experimentaram depois da travessia... Mortos que trabalham e distendem braços incorpóreos na direção da dor alheia e socorrem. Mortos que dilatam o Reino de Amor e Benignidade nos corações e nos espíritos ao império do clamor da Verdade. Sim, mortos e mortos. Os primeiros estão ao teu lado, em toda parte, e os vês, falam contigo e os escutas. Examina-os de perto, usando as luzes com que a Doutrina Espírita te clareia o discernimento. Os segundos também estão ao teu lado, em toda parte, embora nem sempre os vejas e, falando contigo, não os escutes. Aqueles são os chamados vivos e atuantes, enquanto estes teimosamente são considerados mortos.  

Medita! Considerando a tua própria situação, em face dos ensinos do Espiritismo cristão, examina como vives, como ages, que pretendes. Se, em verdade, és do grupo que vive caminhando para a Vida, não te detenhas no charco das lamentações nem pares no poço escuro da revolta; arrebenta as algemas do erro, aproveita a preciosa gema da oportunidade e faze-te atuante instrumento desses mortos diligentes em quem crês, a quem amas, de quem te fala a mensagem espiritista, oferecendo a contribuição valiosa do teu esforço para que também tu, depois da morte sejas um desses incansáveis mortos...

17/04/2021

 Olá! 

Segue nosso estudo de hoje

Dimensões da Verdade




Leitura inicial:

74 

MÃOS LIMPAS 

 “E  Deus  pelas  mãos  de  Paulo  fazia  maravilhas  extraordinárias.” (ATOS, 19: 11)  

O Evangelho não nos diz que Paulo de Tarso fazia maravilhas, mas que Deus operava maravilhas extraordinárias por intermédio das mãos dele. O Pai fará sempre o mesmo, utilizando todos os filhos que lhe apresentarem mãos limpas. Muitos espíritos, mais convencionalistas que propriamente religiosos, encontraram nessa notícia dos Atos uma informação sobre determinados privilégios que teriam sido concedidos ao Apóstolo. Antes de tudo, porém, é preciso saber que semelhante concessão não é exclusiva. A maioria dos crentes prefere fixar o Paulo santificado sem apreciar  o  trabalhador militante. Quanto custou ao Apóstolo a limpeza das mãos? Raros indagam relativamente a isso. Recordemos que o amigo da gentilidade fora rabino famoso em Jerusalém, movimentara-­se entre elevados encargos públicos, detivera dominadoras situações; no entanto, para que o Todo ­Poderoso lhe utilizasse as mãos, sofreu  todas as humilhações e dispôs­se a todos os sacrifícios pelo bem dos semelhantes. Ensinou o Evangelho sob zombarias e açoites, aflições e pedradas. Apesar  de escrever luminosas epístolas, jamais abandonou o tear humilde até à,velhice do  corpo. Considera as particularidades do assunto e observa que Deus é sempre o  mesmo Pai, que a misericórdia divina não se modificou, mas pede mãos limpas para os serviços edificantes, junto à Humanidade. Tal exigência é lógica e necessária, pois o trabalho do Altíssimo deve resplandecer sobre os caminhos humanos.

Fonte: Livro Caminho Verdade e Vida, Francisco Cândido Xavier, por Emmanuel

Trecho do estudo:

Transitam à margem da consciência com os centros da lucidez nublados, vivendo trágicos espetáculos íntimos que remontam ao passado.

Passam, na vida física, hibernados espiritualmente.

Auto-flagelam-se, apagados para a liberdade.

Estão hipnotizados.

As experiências vividas na Erraticidade imprimiram-se no perispírito vigorosamente, e renasceram sob o império coercitivo das evocações…

Apegam-se às idéias extravagantes que vibram nos centros mentais.

Em semi-transe, enovelam-se, cada dia, mais fortemente nos liames do próprio desequilíbrio.

Mumificam-se em espírito.

São dignos de compaixão.

Estão no lar, nas oficinas de trabalho, nas ruas, em toda parte.

Creram no poder da posse…

Vilipendiaram a justiça, zombando da verdade.

Viveram para si mesmos, esmagando esperanças alheias, trucidando alheias aspirações.

Dormiram, enquanto na carne, na inconsciência da verdade, empedernindo os sentimentos, enregelando o coração.

Renasceram prisioneiros de si mesmos, depois das aflições punitivas vividas antes do berço…

Há, por isso mesmo, mais hipnoses entre desencarnados e encarnados do que pensam, na Terra, os homens.

* * *

Disciplina o querer para conduzires com equilíbrio o que tens.

Corrige o ambicionar a fim de viveres longanimente o que possuis.

Respeita o direito alheio ante o próprio direito.

Medita na transitoriedade do carro carnal que te conduz, aplicando as regras da conduta reta na vida diária, tendo em mente que nada passa ignorado… à consciência individual, que representa a Consciência Divina em nós.

O patrimônio mental registra todos os seus atos, aspirações e cuidados. Enganarás, passando despercebido diante de todos e desnudo ante ti mesmo.

Acomoda o coração, harmoniza o pensamento, aceita a dificuldade, faze o bem que possas, disseminando otimismo e entusiasmo mesmo que chovam sobre a tua cabeça incompreensões e apupos.

Os vivos-mortos não te compreenderão; os hipnotizados não alcançarão teus esforços; os hibernados estarão mentalmente distantes; os atormentados demorarão aquém; os precipitados não darão tempo; muitos quererão esmagar-te na ânsia louca de prosseguir na busca de coisa nenhuma. Prossegue tu, com o espírito alentado, alentando, o coração amante, amando, vivo e atuante para a vida imortal, apesar das sombras e de tudo, banhado e revigorado intimamente pelo Sol do Amor Total.

* * *

Em “A Gênese”, o abençoado Codificador informa que o renascimento na carne não significa “punição para o espírito”, conforme pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de ele progredir; no entanto, aqueles que recomeçam desde o berço sob o entorpecimento moral e mergulham no desalinho mais tarde, vitimados por hipnoses espirituais inferiores, estão sendo punidos pela própria consciência ligada aos débitos que seguem a alma como a “sombra acompanha o corpo” aonde vai.

Vive, pois, mentalmente com elevação e sabedoria, entesourando amor e bondade porquanto se o “reino de Deus”, como apregoou Jesus “está dentro de nós” a manifestação da justiça como corretivo aos nossos crimes demora-se, igualmente, conosco e em nós mesmos.

03/04/2021

 Olá amigos

Segue abaixo o estudo de hoje

Livro Dimensões da Verdade - Terapia Espírita


Leitura inicial:

149 

Escamas  

“E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e  recuperou a vista.” (Atos, 9:18)  

A visita de Ananias a Paulo de Tarso, na aflitiva situação de Damasco, sugere elevadas considerações. Que temos sido nas sombras do pretérito senão criaturas recobertas de escamas pesadas sob todos os pontos de vista? Não somente os olhos se cobriram de semelhantes excrescências. Todas as possibilidades confiadas a nós outros hão sido  eclipsadas pela nossa incúria, através dos séculos. Mãos, pés, língua, ouvidos, todos os poderes da criatura, desde milênios permanecem sob o venenoso revestimento da preguiça, do egoísmo, do orgulho, da idolatria e da insensatez. 

O socorro concedido  a Paulo de Tarso oferece, porém, ensinamento  profundo. Antes de recebê­-lo, o ex­-perseguidor rende­-se incondicionalmente ao  Cristo; penetra a cidade, em obediência à recomendação divina, derrotado e sozinho, revelando extrema renúncia, onde fora aplaudido  triunfador. Acolhido em hospedaria singela, abandonado de todos os companheiros, confiou  em Jesus e recebeu-­lhe a sublime cooperação. 

É importante notar, contudo, que o Senhor, utilizando a instrumentalidade de Ananias, não lhe cura senão os olhos, restituindo­-lhe o dom de ver. Paulo sente que lhe caem escamas dos órgãos visuais e, desde então, oferecendo-­se ao trabalho  do Cristo, entra no caminho do sacrifício, a fim de extrair, por si mesmo, as demais escamas que lhe obscureciam as outras zonas do ser. 

Quanto lutou e sofreu Paulo, a fim de purificar os pés, as mãos, a mente e o  coração? 

Trata­-se de pergunta digna de ser meditada em todos os tempos. 

Não te esqueças, pois, de que na luta diária poderás encontrar os Ananias da fraternidade, em nome do Mestre; aproximar­-se­-ão, compassivos, de tuas necessidades, mas não olvides que o Senhor  apenas permite que te devolvam os olhos, a fim de que, vendo claramente, retifiques a vida por ti mesmo.

Fonte: Livro Vinha de Luz, Francisco Cândido Xavier, por Emmanuel

Trecho do estudo:

Para, no turbilhão que te desequilibra, e medita. Meditação é combustível precioso que mantém o vigor moral.

Emerge das areias movediças e sedutoras das atrações fáceis e medita nas responsabilidades morais que enfeixas nas mãos. 

Meditação é dínamo poderoso que movimenta a máquina da ação. 

Estaciona, no caminho de inquietudes por onde seguem os teus pés, e faze um exame dos teus atos, demorando-te um pouco em meditação. 

Meditação é terapia que oferece paz. 

Esquece sombras e pesadelos e, antes de reiniciares as tarefas que acalentas, deixa-te ficar algum tempo em meditação. 

Meditação é amiga fiel que corrige com bondade e esclarece com humildade. 

Se desejas, realmente, um método eficiente para ser mantido o alto índice de produtividade, evitando insucessos continuados ou erros constantes, elege a meditação como hábito salutar em tua vida.

O cristão, e em particular o espírita, tem necessidade de meditar como de orar, porquanto se a vigilância decorre da meditação, esta é consequência dela. 

Acreditas-te em soledade e por isso sofres. 

Medita e verificarás outros corações mais solitários ao teu lado. 

Levanta-te, visita-os e apresenta-lhes a Mensagem Espírita. Consideras-te enfermo e alquebrado, caminhando sem arrimo. 

Medita e encontrarás, próximos de ti, sofredores mais atormentados, contemplando em ti a felicidade que dizes não possuir. 

Dirige-te a eles e oferece a fraternidade que podes haurir nas Lições Espíritas. 

Aceitas como fato consumado a tua falta de sorte, no que diz respeito às atividades comuns a todos os homens. 

Medita e enxergarás corações vencidos, que te invejam o sorriso e a fortuna que afirmas não ter. Alonga até eles a compreensão espírita. 

Descobrirás, se meditares, que a Terra é um imenso hospital de almas mais sofredoras do que tu e que, com os recursos de terapêutica espírita poderás operar valiosas contribuições em favor delas, constatando a exatidão da máxima evangélica: “Mais se dará àquele que mais der”, porque ao ajudares, sentir-te-ás também ajudado. 

Faze pequeno curso de Espiritismo em casa para ti próprio, estudando a Codificação; aplica passes, oferece água magnetizada; concede palavras de alento; frequenta serviços de desobsessão; desperta para a vida espírita dentro de ti mesmo e, meditando para agir com acerto, desfrutarás a felicidade perfeita que ambicionas, porque meditar no bem é começar a fruir o bem desde agora mesmo.



20/03/2021

 Olá amigos!

Segue abaixo o estudo do livro

Dimensões da Verdade

18. Desespero Injustificável



Leitura Inicial:

72 

Contempla mais longe 

 “Porque  com  a  mesma  medida  com  que  medirdes  também vos medirão.”  Jesus (Lucas, 6:38)  

Para o esquimó, o céu é um continente de gelo, sustentado a focas. 

Para o selvagem da floresta, não há outro paraíso, além da caça abundante. 

Para o homem de religião sectária, a glória de além­ túmulo  pertence exclusivamente a ele e aos que se lhe afeiçoam. 

Para o sábio, este mundo e os círculos celestiais que o rodeiam são  pequeninos departamentos do Universo. 

Transfere a observação para o teu  campo de experiência diária e não  olvides que as situações externas serão retratadas em teu plano interior, segundo o  material de reflexão que acolhes na consciência. 

Se perseverares na cólera, todas as forças em torno te parecerão iradas. 

Se preferes a tristeza, anotarás o desalento, em cada trecho do caminho. 

Se duvidas de ti próprio, ninguém confia em teu esforço. Se te habituaste às perturbações e aos atritos, dificilmente saberás viver em paz contigo mesmo. 

Respirarás na zona superior ou  inferior, torturada ou  tranqüila, em que colocas a própria mente. E, dentro da organização na qual te comprazes, viverás com os gênios que invocas. Se te deténs no repouso, poderás adquiri-­lo em todos os tons e matizes, e, se te fixares no trabalho, encontrarás mil recursos diferentes de servir. 

Em torno de teus passos, a paisagem que te abriga será sempre em tua apreciação aquilo que pensas dela, porque com a mesma medida que aplicares à Natureza, obra viva de Deus, a Natureza igualmente te medirá.

Fonte: Livro Pão Nosso, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Trecho do Estudo:

Pensas: “Aceitei, confiante, a fé, e a luta me parece mais rude. A fadiga me segue e o desespero me cerceia. Tenho a impressão de que forças tiranizantes me amesquinham, comprazendo-se com os meus tormentos.”

Analisas: “Abracei o Cristianismo Redivivo no Espiritismo, guardando a esperança de esclarecido, repousar, e edificado pelo esclarecimento, viver em paz. No entanto, com a dilatação do conhecimento, parece-me que problemas com os quais eu não contava repontam multiplicados e dissabores me assinalam as horas.” 

Comentas: “Que ocorre comigo? Não desejava melhoras econômicas ao aceitar a Doutrina Renovadora, todavia surpreendo-me com tantos insucessos... Não aguardava um paraíso entre os companheiros, mas, por que a animosidade?...” 

Concluis: “Desisto – eis a solução. Talvez, quem sabe? – imaginas – eu esteja deixando consumir-me pelo excesso do ideal... Vejo outros companheiros com ares felizes, bem postos, joviais... Algo, comigo, está errado...” 

Sim, algo está errado: a conclusão a que chegaste. 

Todo compromisso elevado exige esforço no empreendimento, luta na execução, força no ideal.

Quem pretende fruir antes de produzir conserva infantilidade mental.

O homem velho para despojar-se do manto característico não consegue fazê-lo sem uma grande revolução íntima. 

O passado de cada espírito em luta, na Terra, é todo um amontoado de escombros a retirar para reconstruir, reaparelhar. 

Enquanto alguém se demora em charco pestilento, acostuma-se ao rescender da podridão. 

O horizonte visual é maior de quanto mais alto o contemplamos. 

É, pois, compreensível que, desejoso de uma vida melhor, sejam concedidas às tuas possibilidades atuais as lutas redentoras para mais altos voos. 

Com as percepções espirituais desenvolvidas e sintonizadas com as Esferas da Luz, teus inimigos desencarnados, na retaguarda, redobram a vigilância, junto aos teus movimentos e, de paixões açuladas ante a perspectiva de perderem o comensal de antigas loucuras, atiram-se, desordenadamente, “dispostos a tudo...” 

Ora, porfia, estuda e ama. A oração elevar-te-á além das sombras densas. A porfia retemperará as tuas forças. O estudo dilatará a tua faculdade de discernir. E o amor te concederá as láureas da paz, oferecendo-te os tesouros inalienáveis da felicidade sem jaça. 

Em O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, o Embaixador das Cortes Celestes, registrou: “Sob a influência das ideias carnais, o homem, na Terra, só vê das provas o lado penoso...” “(...) Na vida espiritual, porém, compara esses gozos fugazes e grosseiros com a inalterável felicidade que lhe é dado entrever e desde logo nenhuma impressão mais lhe causam os passageiros sofrimentos terrenos...” “(...) Não é possível, no estado de imperfeição em que se encontra, gozar de uma vida isenta de amarguras. Ele o percebe e, precisamente para chegar a fruí-la, é que trata de se melhorar.”




Pereira Franco, Divaldo; de Ângelis, Joanna. Dimensões da Verdade . Editora Leal. Edição do Kindle.