17/07/2019


Parábola da Figueira que Secou


8. Quando saíam de Betânia, Ele teve fome; e, vendo ao longe uma figueira, para ela encaminhou-se, a ver se acharia alguma coisa; tendo-se, porém, aproximado, só achou folhas, visto não ser tempo de figos. Então, disse Jesus à figueira: “Que ninguém coma de ti fruto algum.” — o que seus discípulos ouviram.

No dia seguinte, ao passarem pela figueira, viram que secara até a raiz. Pedro, lembrando-se do que dissera Jesus, disse: “Mestre, olha como secou a figueira que Tu amaldiçoaste.” — Jesus, tomando a palavra, lhes disse: “Tende fé em Deus. Digo-vos, em verdade, que aquele que disser a esta montanha: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’, mas sem hesitar no seu coração, crente, ao contrário, firmemente, de que tudo o que houver dito acontecerá, verá que, com efeito, acontece.’” (Marcos, 11:12 a 14 e 20 a 23.)

"O Evangelho segundo o Espiritismo" - Cap. XIX - A Fé transporta montanha.





 * * * * * * 


Revista Espírita - Jornal de estudos psicológicos - 1858 - Junho 

Dissertação moral ditada por São Luis a Srta. Hermance Dufaux



A preguiça.



I


Um homem saiu muito cedo e foi à praça para contratar operários. Ora, ali viu dois homens do povo, sentados e de braços cruzados. Chegou-se a um deles e assim o abordou: “Que fazes aí?” Ao que o mesmo lhe respondeu: “Não tenho trabalho.” Disse então aquele que procurava trabalhadores: “Toma a tua ferramenta e vem ao meu campo, na vertente da colina, onde sopra o vento sul; cortarás as urzes e revolverás o solo até o cair da noite. A tarefa é dura, mas terás um bom salário.” O homem do povo pôs a enxada no ombro, agradecendo-lhe por isso, de todo o coração.
 
Ouvindo isto, o outro operário levantou-se e aproximou-se, dizendo: “Senhor, deixe-me ir também trabalhar no campo.” E, tendo-lhes dito a ambos que o seguissem, marchou à frente, para mostrar o caminho. Depois, quando chegaram à encosta da colina, dividiu o trabalho em dois e se foi. 


Quando ele partiu, o último dos operários contratados pôs fogo no mato da gleba que lhe coube por sorte e revolveu a terra com a enxada. Sob o ardor do sol, o suor porejava-lhe de sua fronte. O outro o imitou, a princípio murmurando, mas em breve parou o trabalho e fincando a enxada no chão sentou-se ao lado, olhando o trabalho do companheiro. 


Ora, ao cair da tarde veio o dono do campo e examinou o trabalho. Chamando o operário diligente, felicitou-o dizendo: “Trabalhaste bem. Eis o teu salário.” E despediu-o, dando-lhe uma moeda de prata. O outro também se aproximou, reclamando o preço de seu salário, mas o dono lhe disse: “Mau trabalhador, meu pão não matará a tua fome, porque tu deixaste inculta a parte de meu campo que te foi confiada. Não é justo que aquele que nada fez seja recompensado como o que trabalhou bem.” E despediu-o sem nada lhe dar.


II

Eu vos digo que a força não foi dada ao homem, nem a inteligência ao seu espírito para que consuma seus dias na ociosidade, mas para ser útil aos seus semelhantes. Ora, aquele cujas mãos estiverem desocupadas e o espírito ocioso será punido e deverá recomeçar a sua tarefa. Em verdade vos digo que sua vida será posta de lado como coisa imprestável, quando seu tempo se cumprir.

Compreendei isto como uma comparação. Qual de vós, possuindo no pomar uma árvore que não dá frutos, não dirá ao servo: “Corte aquela árvore e lance-a no fogo, pois seus ramos são estéreis?”

Ora, assim como aquela árvore será cortada por causa de sua esterilidade, também a vida do preguiçoso será lançada no refugo, por ter sido estéril em boas obras. 



MENSAGEM DO CORAÇÃO - Auta de souza




MENSAGEM DO CORAÇÃO
Auta de Souza



                                   Chamas por Cristo em rogativa ardente
                          E, não longe, a servir, brando e discreto,
                          Acenando-te ao ninho predileto,
                          Eis o Mestre a chamar-te docemente...

                         Enquanto choras em repouso, à frente
                         Ele sangra de dor, no imenso afeto
                         Aos que vivem sem luz, sem pão, sem teta,
                         Na longa retaguarda padecente.

                        Se procuras ouvir o Grande Apelo,
                        Para exaltar-lhe as bênçãos e estendê-lo,
                        Vem e ajuda a aflição gritante e nua...

                        E encontrarás em Cristo, que te espera,
                        A alegria da Eterna Primavera,
                        Reconfortando a dor, maior que a tua...

Psicografia de Francisco Cândido Xavier
                

16/07/2019


O surpreendente caso dos gêmeos que têm pais diferentes


 Publicado em 04 de julho de 2019

Calder e Alexandra são irmãos gêmeos, mas não têm o mesmo pai.


Quando Simon e Graeme Berney-Edwards receberam a notícia de que seriam pais, não conseguiram conter a emoção.

E, como milhões de casais em todo o mundo nessa situação, sentiram as lágrimas escorrer pelo rosto.

O caso deles, no entanto, não se parece com o da maioria.

Para começar, os pais acompanharam o primeiro ultrassom por meio de uma vídeo-chamada feita por Meg Stone, que se ofereceu como barriga de aluguel, diretamente do Canadá.

O casal, que mora no Reino Unido, assistiu a tudo de casa.

"Lembro que sentamos à mesa de jantar por duas horas, indo da euforia às lágrimas", contou Simon durante uma entrevista ao programa da jornalista Victoria Derbyshire, na BBC.

Mas, diferentemente do que acontece com muitos casais homossexuais, Simon e Graeme não tiveram que escolher qual dos dois seria o pai biológico dos bebês, uma vez que Stone gestaria um filho concebido por cada um.

E foi exatamente o que aconteceu: Alexandra é filha de Simon, enquanto Calder é filho de Graeme.

Mas como isso foi possível?

As crianças, agora com 19 meses, vivem no Reino Unido com os pais. Mas o processo para trazê-las ao mundo envolveu muita logística e ciência.

Foram quatro pais, três países e dois bebês.

Quando Simon e Graeme decidiram aumentar a família, foram até uma agência especializada em ajudar casais em procedimentos de fertilização in vitro.

Inicialmente, a ideia era primeiro ter um filho gerado por um deles e, mais tarde, um segundo filho concebido pelo outro.

No entanto, a agência sinalizou que era possível ter as duas crianças ao mesmo tempo e com a mesma mãe.

Depois de hesitar um pouco, o casal decidiu ir adiante com essa estratégia, e conseguiu uma doadora anônima de óvulos nos Estados Unidos.


Eles foram até Las Vegas, onde os óvulos foram coletados e divididos em dois grupos: metade seria fertilizada com o esperma de Simon, e a outra, com o de Graeme.

Os embriões resultantes da fertilização foram congelados até o momento da implantação no útero da mulher que gestaria as crianças.

Barriga de aluguel no Canadá

O casal decidiu procurar a mãe de aluguel no Canadá, porque embora a prática da barriga de aluguel seja permitida no Reino Unido, o arcabouço legal canadense oferecia mais tranquilidade por facilitar a realização de acordos.

Segundo contaram à BBC, eles não estavam confortáveis com o fato de que no Reino Unido as certidões de nascimento seriam emitidas originalmente em nome da gestante, que teria até seis semanas para decidir se ela queria ou não ficar com as crianças.

"Escolhemos o Canadá porque gostamos da estrutura jurídica que eles têm, é muito semelhante ao Reino Unido, no sentido de que é muito altruísta, não é um negócio", disse Simon.

"Para nós, era muito importante ter um bom relacionamento de longo prazo com a mãe de aluguel, porque não podemos ter um vínculo com a doadora de óvulos anônima. Queremos que eles tenham uma relação no futuro, mas a estrutura legal no Canadá é mais clara e oferece mais garantias", acrescentou.

Uma vez que os embriões foram implantados, Simon e Graeme acompanharam a gravidez remotamente e se programaram para ir ao Canadá cerca de seis semanas antes da possível data de nascimento.

Essa antecedência, no entanto, não poupou o casal de levar um susto uma semana antes da viagem, quando houve um alarme falso de trabalho de parto.

"Vocês pensam em ter mais filhos?", perguntou Victoria Derbyshire.

 "Nós sempre dissemos que se tivéssemos a sorte de ter um (filho) de cada um seria suficiente. Não consideraríamos ter quatro, mas nunca digo nunca", afirmou Simon, revelando que ainda tem nove embriões congelados.

Notícia publicada na  BBC Brasil , em 14 de fevereiro de 2019.


Sergio Rodrigues* comenta

O caso em questão é um singular exemplo de como a ciência, com os avanços em seus diversos campos, pode contribuir – e muito – para o progresso da Humanidade e a felicidade geral.

O procedimento necessário a atender o desejo dos pais, que formam um casal homoafetivo, de que nascessem gêmeos, sendo um filho de cada um, não é comum e gerou uma complexa estratégia.

Todo o processo foi acompanhado por eles, que passaram pelas mesmas expectativas e emoções naturais numa gravidez proveniente de um casal heterossexual. Por ora, o caso ainda gera alguma surpresa e, possivelmente, até, preconceito por parte de alguns, que se recusam a aceitar essa realidade. No entanto, a tendência é se tornar uma situação comum, natural, não mais despertando interesse nem comentários preconceituosos.

Jesus ensinou que o mandamento maior da lei de Deus é o amor, e recomendou que amemos o próximo como a nós mesmos. Deixou claro que o amor não deve fazer distinção de sexo, credo, raça nem qualquer circunstância outra da vida corporal. Dois espíritos retornaram à Terra para prosseguirem suas caminhadas evolutivas, vivenciando experiências que somente a vida na matéria pode oferecer, necessárias ao seu aperfeiçoamento. Certamente, foram bem recebidas e serão envolvidas com muito amor pelos pais durante suas vidas. É o que importa. A ciência também vem de Deus e, portanto, está a serviço da Humanidade para fazê-la progredir.

É comum, em casos semelhantes, aflorar o preconceito de natureza religiosa, pois alguns segmentos do tradicionalismo religioso insistem em antigas interpretações ultrapassadas dos textos nos quais se baseiam. Recusam-se a aceitarem a ciência em muitos dos seus aspectos, sustentando pensamentos cristalizados há séculos e que hoje já não são aceitos nem se justificam.

Allan Kardec demonstra que ciência e religião devem caminhar juntas, passo a passo, porque a ciência objetiva o bem do homem, proporcionando-lhe melhor qualidade de vida. A religião, por sua vez, visa melhorar o homem do ponto de vista da moralidade, ensinando a perfeição moral como o caminho reto da felicidade. Ambas tendo a mesma origem, produto que são da mesma Inteligência Suprema, não podem se contrariar, pois Deus não criaria uma para desfazer a outra.

* Sergio Rodrigues é espírita e colaborador do Espiritismo.net


15/07/2019

Preguiça

"682. Sendo uma necessidade para todo aquele que trabalha, o repouso não é também uma lei da Natureza?
"Sem dúvida. O repouso serve para a reparação das forças do corpo e também é necessário para dar um pouco mais de liberdade à inteligência, a fim de que se eleve acima da matéria." O LIVRO DOS ESPÍRITOS
Na sua primeira Epístola à Igreja de Corinto, no capítulo onze, versículo trinta, o Apóstolo Paulo informa: "... há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem".
Em seu zelo incomparável para com o Espírito, o Missionário das Gentes se refere àqueles que não sabem portar-se ante a evocação da Ceia do Senhor... Todavia, em nos reportando aos que "dormem", sugerimos alguns comentários oportunos, em considerando as lides em que nos encontramos empenhados, tendo em vista a nossa redenção espiritual.
O homem inteligente, que descobre através do Espiritismo os objetivos essenciais da reencarnação, facilmente se liberta das superficialidades, aprofundando o interesse pessoal nas questões transcendentais, em que se renova e felicita.
Aproveita ao máximo os tesouros tempo e oportunidade, valorizando o conhecimento pela sua bem dirigida aplicação.
Não se deixa engolfar pelas seduções que o amesquinham nem entesoura paixões que o degradam.
Aprimora os sentimentos e cultiva a mente, a si mesmo permitindo somente os valores ponderáveis e expressivos para a auto-realização.
Procura viver com respeito pela vida, exercitando equilíbrio e sensatez.
Sabe que uma jornada longa, na carne, é uma honra e como aproveitá-la sabiamente é tarefa que lhe compete.
Por análise e dedução compreende que a desencarnação cedo, raras exceções, é punição que se aplicam antigos suicidas, cujos fluidos degenerescentes gastam a harmonia das células, produzindo desajustes incontroláveis, que os perturbam além-túmulo, pelos choques psíquicos que advêm do renascer e logo desencarnar...
Em verdade, na Terra, dorme-se em demasia.
Dorme-se por necessidade de refazimento orgânico, dorme-se por não se "ter o que fazer", dorme-se por dormir...
Uma expressiva maioria dos homens ditos civilizados, na caça de emoções brutalizantes, troca as noites pelos dias e, insensibilizados, dormem.
Outros dormem sob hipnose vigorosa de mentes que intercambiam com suas mentes, impossibilitando-lhes o estudo, a atenção, o trabalho...
Dormem no lar, dormem em reuniões de qualquer natureza, quando edificantes e úteis, dormem no transporte, dormem no trabalho. .. Hibernam-se pela compulsória obsessiva e, mesmo desencarnados permanecem em estado de sono com os centros da consciência lesados.
Enfermidades se desenvolvem facilmente quando a inércia mental lhes concede campo!
Males se agravam naqueles que, tardos, não oferecem resistência às aflições que os visitam.
Autocídios inconscientes se desenvolvem ignorados, nos que mantêm a casa mental vazia de objetivos superiores.
Amolentados, deixam-se arrastar pela preguiça, e esta trabalha a indumentária que mata, por constrição, o corpo de qualquer ideal em desenvolvimento e asfixia toda expressão de luta.
O título universitário conferido sem mérito é adorno ridículo.
O instrumento que reluz, sem utilidade, torna-se incômodo.
O espírito encarnado inoperante é prejuízo na economia social.
Desperta para a vida.
Exercita mente e membros na ação.
Luta contra os vapores entorpecentes que te vencem a lucidez mental. Atua, diligente, onde estejas. Em todo lugar há oportunidades para quem gosta de trabalhar.
O problema que muito se destaca na atualidade é o da preguiça.
Empreguismo, facilidade, repouso, amolentamento moral, prazer são condimentos que temperam a preguiça a funcionar qual ferrugem destruidora nas engrenagens do espírito, corroendo o homem.
O cristão decidido, a exemplo do seu Mestre, é atuante, adversário natural e espontâneo desse corrosivo odiento, no entanto, muito requestado e bem aceito.
Quando sentires, sem motivos procedentes e reais, moleza e avassaladora necessidade de repouso demorado, desperta e produze.
Não durmas senão o necessário.
Vigia e ora.
Jesus no Horto, à hora do testemunho doloroso, mais de uma vez, encontrou-se a sós, apesar dos companheiros ao seu lado... dormindo.
E como a desencarnação advirá agora ou mais tarde, prefere partir cansado ou extenuado produzindo para o bem, a partir radiante de saúde e estuante de força nos braços amolentados da preguiça.

FRANCO, Divaldo Pereira. Espírito e Vida. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL. Capítulo 8.

04/07/2019

Cientistas conseguem reativar cérebros de porcos quatro horas após morte




Publicado em 30 de junho de 2019

James Gallagher

Repórter de saúde e ciência da BBC News


Cientistas americanos ligados à Universidade Yale reativaram parcialmente cérebros de porcos quatro horas depois de os animais terem sido abatidos.


As descobertas devem ampliar o debate sobre a barreira entre a vida e a morte, além de fornecer novas maneiras de pesquisar doenças como a de Alzheimer.

O estudo mostrou que a morte de células cerebrais poderia ser interrompida e que é possível até mesmo restabelecer algumas conexões no cérebro.

Mas não havia sinais do cérebro reativado que indicassem consciência.

As descobertas desafiam a ideia de que o cérebro entra em declínio irreversível poucos minutos depois de interrompido o fornecimento de sangue.

O que os cientistas fizeram?

Foram coletados 32 cérebros de porcos em um matadouro.

Quatro horas depois, os órgãos foram conectados a um sistema feito pela equipe da Universidade Yale, nos Estados Unidos.

Ele bombeava em ritmo pré-determinado, para imitar o pulso, um líquido especialmente projetado em torno do cérebro, que continha um sangue sintético para transportar oxigênio e drogas para retardar ou reverter a morte das células cerebrais.

Os cérebros de porco receberam o coquetel restaurador por seis horas.

O que o estudo mostrou?

O estudo, publicado na revista Nature, mostrou uma redução na morte das células cerebrais, a restauração dos vasos sanguíneos e alguma atividade cerebral.

Os pesquisadores descobriram sinapses em funcionamento - as conexões entre as células do cérebro que permitem a comunicação.

Os cérebros também mostraram uma resposta normal à medicação e consumiram a mesma quantidade de oxigênio que um cérebro normal.

Isso tudo dez horas depois de os porcos serem decapitados.

Um eletroencefalograma, no entanto, não detectou sinais de atividade elétrica, o que sinalizaria consciência ou percepção.

Eles ainda eram, fundamentalmente, cérebros mortos.

O que podemos entender a partir disso?

Essa pesquisa afeta ideias sobre como o cérebro morre, algo que muitos pensavam que acontecia rapidamente e irreversivelmente sem o suprimento de oxigênio.

"A morte celular no cérebro ocorre através de uma janela de tempo mais longa do que pensávamos anteriormente", afirmou Nenad Sestan, professor de Neurociência de Yale.

"O que estamos mostrando é que o processo de morte celular é um processo gradual. E que alguns desses processos podem ser adiados, preservados ou mesmo revertidos."

Esses experimentos são éticos?

Os cérebros dos porcos vieram da indústria de carne suína, logo, os animais não foram criados em laboratório para este experimento.

Mas os cientistas de Yale estavam tão preocupados que os cérebros porcos pudessem recobrar consciência que aplicaram drogas para reduzir qualquer atividade cerebral.

E a equipe monitorava constantemente os cérebros para ver se havia algum sinal de funções cerebrais superiores.

Nesse caso, eles teriam usado anestesia e encerrado o experimento.

Estudiosos de ética defenderam também na Nature que novas diretrizes são necessárias para este campo, porque os animais usados para pesquisa podem acabar em uma "área cinzenta - não viva, mas não completamente morta".

Qual é o objetivo?

O trabalho terá um efeito positivo imediato para os cientistas que estudam o cérebro e doenças com a de Alzheimer.

O órgão é a estrutura mais complexa do universo conhecido, mas técnicas como o congelamento de fatias do cérebro ou o crescimento de colônias de células cerebrais em um prato não permitem que os pesquisadores explorem toda a fiação 3D do cérebro.

A longo prazo, os cientistas esperam encontrar melhores formas de proteger o cérebro após traumas como um AVC.

Mas os pesquisadores dizem que ainda é muito cedo.

"Nós ainda não sabemos se seríamos capazes de restaurar a função cerebral normal", disse Sestan, professor de Neurociência de Yale.

O estudo muda o significado da morte?

Por ora, não, mas alguns especialistas em ética médica dizem que devemos debater o tema agora, pois as pessoas que têm morte cerebral são uma importante fonte de órgãos para transplante.

Dominic Wilkinson, professor de ética médica e consultor neonatologista em Oxford, disse: "Uma vez que alguém tenha sido diagnosticado como morte cerebral, não há como a pessoa se recuperar. A pessoa se foi para sempre."

"Se, no futuro, fosse possível restaurar a função do cérebro após a morte, para trazer de volta a mente e a personalidade de alguém, isso teria, é claro, implicações importantes para nossas definições de morte."

Mas esse não é o caso atualmente.

A professora Tara Spiers-Jones, vice-diretora do Center for Discovery Brain Sciences da Universidade de Edimburgo, disse que o estudo está longe de preservar a função do cérebro humano após a morte.

"É, em vez disso, uma preservação temporária de algumas das funções celulares mais básicas no cérebro dos porcos, e não a preservação do pensamento e da personalidade."

Os cérebros dos porcos poderiam estar conscientes?

Neste experimento, a resposta é claramente não. Os cérebros estavam efetivamente silenciosos.

Mas a pesquisa gera tantas perguntas quanto respostas:

·      Por quanto tempo os pesquisadores podem manter o cérebro?


Os resultados seriam ainda melhores se os pesquisadores não esperassem quatro horas antes de começar?

Além disso, a equipe usou drogas para suprimir a atividade cerebral - os cérebros decapitados teriam ficado conscientes se não tivessem recebido essas substâncias?




Notícia publicada na BBC Brasil, em 17 de abril de 2019.



Breno Henrique de Sousa* comenta



Limites entre a vida e morte

O Espiritismo afirma que após a morte física não há a possibilidade de retorno da alma ao mesmo corpo. Porém, onde está o limite entre a vida e a morte? Essa fronteira não está definida de forma definitiva nem mesmo pela ciência. A própria definição sobre o que é vida tem mudado ao longo do tempo. Na perspectiva espírita, a definição de vida é mais ampla que a vida biológica, é o que queremos dizer quando usamos expressões como “vida após a morte”, que, nesse caso, obviamente não se refere à vida física, mas a continuidade da consciência e individualidade em outro plano de existência.

Inclusive, algumas passagens bíblicas onde Jesus aparentemente ressuscita os mortos trata-se na verdade da reanimação de pessoas que se encontravam em estado cataléptico ou de coma e não definitivamente mortas. É natural que naquela época um cataléptico fosse considerado morto, até porque em alguns casos de catalepsia a pessoa chega a exalar odores cadavéricos, como foi o caso de Lázaro. Porém, um fio de vida ainda existia, de outra maneira Deus estaria derrogando as suas próprias leis estabelecidas na natureza desde a criação do mundo.

O experimento descrito na reportagem levanta questões de cunho espiritualista. É possível trazer um corpo de volta à vida? E, nesse caso, o espírito é trazido de volta ao corpo? Será que o experimento desmente a afirmativa espírita de que não é possível voltar ao mesmo corpo físico após a morte?

De forma alguma o experimento compromete o pensamento espírita, muito pelo contrário. É preciso ler a reportagem com atenção, sobretudo quando o doutor Nenad Sestan afirma: "A morte celular no cérebro ocorre através de uma janela de tempo mais longa do que pensávamos anteriormente", ou seja, as experiências demonstram que a morte é um processo mais lento e gradual do que se imaginava, isso é justamente o que afirma o Espiritismo em O Livro dos Espíritos:

155. Como se opera a separação da alma e do corpo? “Sendo rompidos os elos que a retinham, ela se desprende.”

a) A separação se opera instantaneamente e por uma brusca transição? Há uma linha de demarcação nitidamente traçada entre a vida e a morte? “Não; a alma se desprende gradualmente e não escapa, como um pássaro cativo, restituído, subitamente, à liberdade. Esses dois estados se tocam e se confundem; assim, o Espírito se desprende, pouco a pouco, de seus laços: eles se desatam, não se quebram.”

Obras mediúnicas, como a do espírito André Luiz (psicografia de Chico Xavier), também descrevem a desencarnação como um processo lento e gradual, que é diferente para cada indivíduo, dependendo do seu gênero de morte e de sua condição evolutiva. Outro aspecto sobre o qual o Espiritismo se adiantou é a possibilidade da continuidade, por algum tempo, da vida orgânica após o espírito deixar o corpo, isso acontece, por exemplo, nos casos de morte cerebral:

156. A separação definitiva da alma e do corpo pode acontecer antes da cessação completa da vida orgânica? “Na agonia, a alma, algumas vezes, já deixou o corpo: nada mais há senão a vida orgânica. O homem não tem mais consciência de si mesmo e, todavia, resta-lhe ainda um sopro de vida. O corpo é uma máquina que o coração faz funcionar; ele existe, enquanto o coração faz circular o sangue nas veias, e para isso, não necessita da alma.”

O que vimos na reportagem não foi uma ressurreição, mas sim a possível ampliação dos limites entre a vida e a morte, algo que já afirmava o Espiritismo; além disso, a reanimação parcial das células cerebrais dos porcos utilizados no experimento não significa que eles voltaram a ser seres conscientes, como foi dito pelos próprios cientistas. Os procedimentos apenas reanimaram parcialmente a vida orgânica. O que temos visto até o momento é a confirmação dos postulados espíritas pela Ciência que lentamente amplia seus horizontes, alcançando pouco a pouco a realidade da vida espiritual.


* Breno Henrique de Sousa é paraibano, professor da Universidade Federal da Paraíba nas áreas de Ciências Agrárias e Meio Ambiente. Está no movimento Espírita desde 1994, sendo articulista e expositor. Atualmente faz parte da Federação Espírita Paraibana e atua em diversas instituições na sua região.


Acesse Espiritismo.net


03/07/2019

Francisco Cândido Xavier









Francisco Cândido Xavier   (02.04.1910 - 30.06.2002)



Filho de João Cândido Xavier e Maria João de Deus, nasceu em Pedro Leopoldo (MG). Sua mãe faleceu quando ele tinha apenas 5 anos. Dos nove filhos, seis foram entregues a padrinhos e amigos. Chico sofreu muito em companhia de sua madrinha. Conta ele, que apanhava três vezes
por dia, com vara de marmelo. 

O pai de Chico casou-se novamente; desta feita com Cidália Batista, de cujo casamento advieram mais seis filhos (entre eles João Cândido).


Por essa ocasião, deu-se o seu retorno à companhia do pai, dos irmãos e de sua segunda mãe, dona Cidália, que tratava a todos com muito carinho. Sua escolaridade vai até o curso primário, como se dizia antigamente. Trabalhou a partir dos oito anos de idade. Chico sempre se sustentou com seu modesto salário, não onerando a ninguém. Aposentou-se como datilógrafo subordinado ao Ministério da Agricultura. Jamais se locupletou como médium.

Ganhava, dos mais simples aos mais valorizados presentes (canetas, fazendas, carros), mas, de tudo se desfazia educadamente. Dos quatrocentos e doze livros psicografados, os quais pela lei dos homens lhe pertenciam os direitos autorais, de todos se desfez doando-os a federativas espíritas e a instituições assistenciais beneficentes, num verdadeiro exemplo vivo de cidadania e amor ao próximo.

Católico até o ano de 1927, com a obsessão de uma de suas irmãs, a família teve que recorrer ao casal Perácio, espíritas, que após algumas reuniões e o esforço da família do Chico, viu-se curada. A partir daí, foi mantido o Culto do Evangelho no Lar, e naquele ano de 1927, Chico, respeitosamente, despediu-se do bondoso padre, que lhe desejou amparo e proteção no novo caminho.

No ano de 1927, funda em Pedro Leopoldo, junto com outras pessoas, o Centro Espírita Luiz Gonzaga. Em 8.07.1927 tem contato com Emmanuel pela primeira vez. Em 1959 transferiu-se para Uberaba, onde viveu até seu desencarne.

A obra literária do Chico é bastante diversificada, sendo sua produção em prosa e verso, que nós, na mera condição de leitor, classificamo-la como: reveladora, identificadora, romances, histórico-geográfico, contos, reportagem, infantis, humorísticos, científicos, de mensagens, etc.

Em “Parnaso de Além-Túmulo”, (FEB – edição de 1972) - Chico nos diz:

"A sensação que sempre senti, ao escrevê-las (referindo-se a poesias recebidas mediunicamente), era a de que vigorosa mão impulsionava a minha. Doutras vezes, parecia-me ter em frente um volume imaterial, onde eu as lia e copiava; e, doutras, que alguém mas ditava aos ouvidos, experimentando sempre no braço, ao psicografá-las, a sensação de fluidos elétricos que o envolvessem, acontecendo o mesmo com o cérebro, que se me afigurava invadido por incalculável número de vibrações indefiníveis. Certas vezes, esse estado atingia o auge, e o interessante é que parecia-me haver ficado sem o corpo, não sentindo, por momentos, as menores impressões físicas. É o que experimento, fisicamente, quanto ao fenômeno que se produz frequentemente comigo."
Fonte: Portal www.100anoschicoxavier.com.br




Intercâmbio renovador


Deus cria dois princípios o material, totalmente inerte, e o princípio espiritual, inteligente, evolutivo, individualizável, atingindo a consciência de si, portando razão e vontade, constituindo assim dois mundos, que se interpenetram:

- O Mundo Material, e
- O Mundo Espiritual.

No processo evolutivo do princípio espiritual, o Espírito migra para o Mundo Material, e nele três objetivos poderão estar presentes em sua missão na matéria, no nosso caso na Terra:
- Educador -  quando dizemos que a encarnação é missionária. O Amor é o objetivo maior.

- Reformador – é quando nós estamos nos reajustando com a Lei Natural, por diversas infrações feitas por nós, em existências anteriores. É a Justiça.

- Restaurador – o egoísmo nos leva a promover escolhas equivocadas, cuja repetição sistemática leva a lesões do perispírito, sendo necessária nova existência, com mudanças de hábito, para reparar o que anteriormente lesionamos, é a Caridade.

Digamos que para o Espírito, esta migração ao Mundo material é uma viagem, em que muitas vezes, um misto dos objetivos acima, mais de um, está presente e viagens quase sempre, trazem, saudade, insegurança e medo, por isso, as comunicações mediúnicas, as sessões de desobsessão e os passes são auxílios benditos e renovadores.

Essa é, pois, a finalidade da Mediunidade, nos auxiliar nessa viagem libertadora, através do intercâmbio renovador.

Thales Wagner

Thales Wagner é integrante do Centro Espírita Maria Angélica (CEMA) e expositor da Doutrina Espírita.

01/07/2019

PROGRAMAÇÃO GEAS - JULHO 2019



GRUPO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA



2ª FEIRAS    15h - ESTUDOS E PASSES 
                  
DIA                                    TEMA                                                         EXPOSITOR
1          Ev. Cap. XXIII itens 9 a 18 - Não vim trazer a paz,...               Sérgio Daemon
8          LE q. 107 a 113 - Escala espírita/Segunda e...                        Talhes Wagner
15       Ev. Cap. XXIV itens 1 a 7 - Candeia sob o alqueire                  Roberto Smuk
22       LE q. 114 a 118 - Progressão dos espíritos                               Leila Simões
29       Ev. Cap. XXIV itens 8 a 10 - Não vades ter com...                    Elisete Fischer

4ª FEIRAS    19h - ESTUDO DO LIVRO: “CRISTIANISMO E ESPIRITISMO

DIA                                TEMA                                                              EXPOSITOR
3          IV - A Doutrina Secreta      (até ... do Cristianismo)                  Eliane Barbosa
10       IV - A Doutrina Secreta      (até ... outros novos)                       Gilberto Adamatti
17       Nota Complementar nº 5                                                            Marco Britto
24       V - Relações com os Espíritos dos mortos                                Sérgio Daemon
31       V - Relações com os Espíritos dos mortos                                 Mariza Azevedo

            19:45 h - EVANGELIZAÇÃO INFANTO-JUVENIL

             20h - ESTUDOS E PASSES  
                 
DIA                                   TEMA                                                          EXPOSITOR
3          LE q. 814 a 816 - As provas da riqueza e da miséria              Claudia Barcellos
10       Ev. Cap. XIII itens 9 e 10 - A caridade material e...                  Claudia Amaral
17       LE q. 817 a 822 - Igualdade dos direitos do homem...             Carlos Masello
24       Ev. Cap. XIII itens 11 e 12 - A beneficência                              Sergio Daemon
31       LE q. 823 e 824 - Igualdade perante o túmulo                          Marcos João

6ª FEIRAS    

           19 h – Estudo do livro “AÇÃO E REAÇÃO”

           20h - ESTUDOS E PASSES  
    
DIA                                 TEMA                                                             EXPOSITOR
5          O Livro dos Espíritos - Parte 2ª              Cap. IX                       Gilberto Adamatti
12       O Evangelho segundo o Espiritismo       Cap. XIII                     Glória Alves
19       O Livro dos Espíritos -Parte 2ª                Cap. X                        Marco Britto
26       O Evangelho segundo o Espiritismo       Cap. XIV                     Marcelo Daemon


SÁBADO      10:00 h (Primeiro e terceiro sábado de cada mês)

Livro: “Momentos de Saúde e Consciência” de Joanna de Ângelis (D. P. Franco)

Dia                            TEMA                                                                    FACILITADOR
6          19. Consciência e Mediunidade                                                 Gilberto Adamatti
20       20. Consciência e Plenitude                                                        Glória Alves

DOMINGO    10:30 h -  MANHÃ FRATERNA             

DIA                            TEMA                                                                   EXPOSITOR
28                        TEMA LIVRE                                                              Glória Alves




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Pergunta 320 do livro “O Consolador”


Pergunta: Que ensinamentos nos oferece a negação de Pedro? (Marcos – 14:71)



Resposta: A negação de Pedro serve para significar a fragilidade das almas humanas, perdidas na invigilância e na despreocupação da realidade espiritual, deixando-se conduzir, indiferentemente, aos torvelinhos mais tenebrosos do sofrimento, sem cogitarem de um esforço legítimo e sincero, na definitiva edificação de si mesmas.

Espírito Emmanuel



Extraído de “O Consolador”, Terceira Parte –Religião/Evangelho/Ensinamentos.
Francisco Cândido Xavier - FEB – 15ª edição - 1991