27/12/2020

 Olá amigos!

Segue nosso estudo do livro Médiuns e Mediunidades

Cap XI - Problemas da Mediunidade 






Leitura Inicial:

Estás doente?  

“E  a  oração  da  fé  salvará  o  doente,  e  o  Senhor  o  levantará.” 

(Tiago, 5:15)  



Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real. 
Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente. 
O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração. 
A mente é fonte criadora. 
A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas. 
De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso? 
De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade. 
Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? 
A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-­la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis. 
O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói. 
E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças? 
Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens? 
Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto. 
Se estás doente, meu amigo.. acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança. 
Desapega-­te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-­te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência. Foge à brutalidade. 
Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno. 
Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação. 
Não manches teu caminho. 
Serve sempre.

Trecho do estudo:

11 
Problemas da Mediunidade 

Prognosticam, alarmadas, pessoas que ignoram a excelência do conteúdo da doutrina espírita, que o exercício da mediunidade gera várias desordens emocionais, comprometendo o equilíbrio psicológico do homem. 
Repetem, sem que se dêem conta, velhos chavões que â experiência dos fatos demonstrou ultrapassados, porque destituídos da legitimidade. 
A mediunidade, como qualquer outra faculdade orgânica, exige cuidados específicos para um desempenho eficaz quão tranqüilo. 
Os distúrbios que lhe são atribuídos decorrem das distonias emocionais do seu portador que, espírito endividado, reencama-se enredado no cipoal das próprias imperfeições, das quais derivam seus conflitos, suas perturbações, sua intranqüilidade. Pessoas nervosas apresentam-se inquietas, instáveis em qualquer lugar, não em razão do que fazem, porém, pelo fato de serem enfermas.
Atribuir-se, no entanto, à mediunidade a psicogênese das nevropatias é dar um perigoso e largo passo na área da conceituação equivocada. 
O homem deseducado apresenta-se estúrdio e incorreto onde se encontre. Nada tem a ver essa conduta com a filosofia, a aptidão e o trabalho a que se entrega, porquanto o comportamento resulta dos seus hábitos e não do campo onde se localiza. 
Justificam, os acusadores, que os médiuns sempre se apresentam com episódios de desequilíbrio, de depressão ou exaltação, sem complementarem que os mesmos são inerentes à personalidade humana e não componentes das faculdades psíquicas. 
Outrossim, estabelecem que os médiuns são portadores de personificações arbitrárias, duplas ou várias, liberando-as durante o transe, favorecendo, assim, as catarses psicanalíticas. Se o fora, eis uma salutar terapia liberativa que poderia propiciar benefícios incontáveis aos enfermos mentais. Todavia, dá-se exatamente o contrário: não se tratam de personalidades esdrúxulas do inconsciente as que se apresentam nas comunicações, mas de individualidades independentes que retornam ao convívio humano procedentes do mundo espiritual, demonstrando a sobrevivência à morte e fazendo-se identificar de forma insuspeita, consolando vidas, e, nos casos das obsessões, trazendo valioso contributo às ciências da mente, interessadas na saúde do homem. 
Evidentemente, aparecem manifestações da personalidade ou anímicas que não são confundidas com as de natureza mediúnica, decorrentes das fixações que permanecem no inconsciente do indivíduo. Na área dos fenômenos intelectuais, tanto quanto dos físicos, os dados se acumulam, confirmando a imortalidade do ser, que se despe dos subterfúgios para surgir com tranqüila fisionomia de vida plena. Certamente, ocorrem, no médium, estados oscilantes de comportamento psicológico, o que é perfeitamente compreensível e normal, já que a mediunidade não o libera da sua condição humana e frágil. A interação espírito-matéria, cérebro-mente, sofre influências naturais, inquietantes, quando se lhes associam, psiquicamente, outras mentes, em particular aquelas que se encontram em sofrimento, vitimadas pelo ódio, portadoras de rebeldia, de desequilíbrio. A tempestade vergasta a natureza, que logo se recompõe, passada a ação danosa. Também no médium, cessada a força perturbadora, atuante, desaparecem-lhe os efeitos perniciosos. Isso igualmente acontece entre os indivíduos não dotados de mediunidade ostensiva, em razão dos mecanismos de sintonia psíquica. Na mediunidade, em razão dela mesma, a ocorrência cessa, face aos recursos de que se faz objeto, ensejando um intercâmbio lúcido e um diálogo feliz com o agente causador da desordem transitória. 
O espiritismo é o único antídoto para tais perturbações, pelas orientações que proporciona e por peiletrar na tecedura da faculdade mediúnica, esclarecendo-lhe o mecanismo e, ao mesmo tempo, dando-lhe sentido, direção. Independendo de escola de pensamento, de fé e de credo, a mediunidade, ínsita no homem, merece ser educada pelos métodos espíritas, a fim de atender às nobres finalidades para as quais se destina, como instrumento de elevação do seu portador e de largos benefícios para as demais criaturas. Não há problemas decorrentes do exercício saudável da mediunidade. 
Assim, portanto, não se justificam as acusações que fazem à aplicação das forças mediúnicas, no cotidiano espírita.
O exercício correto da mediunidade, a educação das forças nervosas, a canalização dos valores morais para o bem, brindam o indivíduo com equilíbrio, harmonia, dele fazendo mensageiro da esperança, operário da caridade e agente do amor, onde quer que se encontre, a serviço da própria elevação espiritual. 


26/12/2020

 Segue abaixo, nossa programação de Janeiro.

 Lembrando que apenas nesse mês, os estudos serão virtuais.





25/12/2020

  Olá amigos!

    Boa noite! 

Segue o nosso estudo da noite de 25/12/20  

Estudo baseado em o livro "Dimensões da Verdade" 

Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Franco



 Abandonado mas não a Sós

Livro: Dimensões da Verdade - 56
Por Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

    Tristeza pertinaz teima por dominar os painéis coloridos da tua alma, convertendo aspirações acalentadas anos-a-fio em amargura, fazendo que experimentes ressaibos de profundas nostalgias.

    Desfilam, rapidamente, todos os quadros que te marcaram o espírito com os sulcos vigorosos da decepção.

    Amigos enganados que te enganaram; irmãos insensatos que te ofenderam; bocas irresponsáveis que te atingiram com as farpas da maledicência; corações que pareciam afeiçoados e que seguiram adiante...

    Repassas, emocionado, cenas que se foram mas não esqueceste: promessas ardentes, testemunhos de afeição, olhares incendiados de entusiasmos, emoções explodindo em palavras fáceis que teciam grinaldas de ternura... E perguntas, agora, em soledade, onde estão os amigos de outrora, os coparticipes das tuas horas de triunfo?

    Tens a impressão de que o peso de mil deserções se acumula sobre a tua fragilidade, e temes por ti mesmo.

    Desde há algum tempo a tristeza secunda os teus passos e tange monótona balada que vagarosamente te domina, conduzindo o teu carro de júbilos para o abismo dos desencantos.

    E crês que não resistirás por muito tempo.

    Fraco é o bastão da tua fé, poderosa a força do sítio que te ameaça.

    Levanta, porém, os olhos e dirige-te a Ele, o Grande Ignorado.

    * * *

    Além do que consideras o teu horto, transporta as fronteiras da tua dor, quanta dor!...

    Perdeste amigos e admiradores, fugiram afetos e simpatizantes, mas em verdade nunca os tivestes contigo.

    Eram apenas acompanhantes da oportunidade. Faziam algazarra, comungavam presenças, fora, todavia, da realidade que buscavas.

    E a realidade é esta: solidão com a verdade.

    Tributo valioso exige a liberdade - quantas vidas físicas exige o carro da guerra para doá-la?

    Preço elevado impõe o dever - quantas lágrimas são vertidas no cultivo da gleba onde ele medra?

    Soma ponderável deve ser igualmente oferecida para o consórcio com o amor - único espólio de uma existência modelar.

    Não te descoroçoes, pois.

    Voltarão, mais tarde, os que te deixaram.

    Brilhará novamente o sol dos sorrisos.

    Soarão, vibrantes, depois, as palavras em festival demorado de admiração.

    Será, porém, tarde para eles, porquanto já não te terão ao lado.

    Há doentes cuja gravidade do mal passa despercebida por ignorarem a doença.

    Há aflições que não enlouquecem por ainda desconhecidas dos que as encontrarão logo mais.

    Há delinquentes que conseguem caminhar por teimarem desconsiderar o crime.

    Há solidões escondidas na balbúrdia, que se cercam de fantasias...

    Por mais, porém, que todos desejem ignorar o drama que conduzem consigo, nem por isso mesmo conseguirão passar na romagem evolutiva sem o despertamento para a responsabilidade.

    Mais infelizes são todos esses, cujo amanhã está assinalado por pesadas sombras, aguardando por eles.

    Tu, porém, embora sofrendo e chorando, crês, já travaste contato com a fé e és amigo da esperança.

    Conserva o óleo da certeza no lume do dever e espera o dia, após esta noite demorada.

    * * *

    Ninguém poderia supor que a multidão exaltada que seguiu o Mestre, em Jerusalém, devidamente açulada por vândalos mercenários, seria o coro que o vilipendiaria logo depois a caminho do Calvário.

    Ninguém poderia supor que aqueles que o aclamaram quando viam cegos recuperarem a visão, paralíticos recobrarem os movimentos, surdos recomporem os ouvidos, mudos voltarem a falar e leprosos sararem ao contato daquela voz e daquelas mãos, seriam as mesmas bocas estertoradas que O exortariam com sarcasmo a sair da Cruz.

    Ninguém poderia supor que, embora abandonado na Terra, o Pai Celeste estava com Ele, sem O deixar a sós; nem que depois de uma tarde de tempestade e de uma longa noite, Ele voltaria vitorioso sobre todos e tudo, para continuar o ministério junto aos que O abandonaram...


    Feliz Natal! Paz e bem! 

     

20/12/2020

  Olá amigos!

    Boa noite! 

Segue abaixo a nossa atividade de ontem (19 12 2020) , proferida pela Cláudia Barcellos, em nossa Tarde Fraterna, com o título "Fraternidade", que foi gravada em vídeo  e agora disponibilizada aqui.

Esta "experiência" faz parte dos esforços que têm sido feitos para melhor chegarmos com as atividades doutrinárias a todos.

Finalizando nossa tarde de ontem, tivemos singela confraternização entre os presentes, fazendo assim o registro de mais um ano de atividades de nossa Casa, com esta adaptação de nosso "Lanche Fraterno".

Agradecemos a todos sua participação e colaboração durante este ano que está por expirar e desejar-lhes muita paz em seus corações, não só no Natal e no Ano Novo, mas em todos os nossos dias.

Muita paz!

Que Jesus a todos nos ampare!

19/12/2020

Olá amigos!
Segue abaixo mais um estudo do livro Dimensões da Verdade
Capítulo 12 - Mansos




Leitura inicial:

Quando as dificuldades atingem o apogeu, induzindo os companheiros mais valorosos a desertarem da luta pelo estabelecimento das boas obras, e prossegues sob o peso da responsabilidade que elas acarretam, na convicção de que não nos cabe descrer da vitória final…
Quando os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos, e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras…
Quando a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações ociosas…
Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas…
Quando te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que nenhum esforço é demais em favor do próximo…
Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges…
Então, terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente pode alguém demonstrar conformidade, quando se encontre sob os constrangimentos da provação.
Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e prosseguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.

Fonte: livro Encontro Marcado,  Francisco Candido Xavier, pelo Espírito Emmanuel


Trecho do estudo:

Tristeza pertinaz teima por dominar os painéis coloridos da tua alma, convertendo aspirações acalentadas anos a fio em amargura, fazendo que experimentes ressaibos de profundas nostalgias.

Desfilam, rapidamente, todos os quadros que te marcaram o Espírito com os sulcos vigorosos da decepção. Amigos enganados que te enganaram; irmãos insensatos que te ofenderam; bocas irresponsáveis que te atingiram com as farpas da maledicência; mãos, ditas protetoras, que esbordoaram tua honorabilidade; corações que pareciam afeiçoados e que seguiram adiante... Repassas, emocionado, cenas que se foram, mas não esqueceste: promessas ardentes, testemunhos de afeição, olhares incendiados de entusiasmo, emoções explodindo em palavras fáceis que teciam grinaldas de ternura... E perguntas, agora, em soledade, onde estão os amigos de outrora, os copartícipes das tuas horas de triunfo? Tens a impressão de que o peso de mil deserções se acumula sobre a tua fragilidade, e temes por ti mesmo.

Desde há algum tempo a tristeza secunda os teus passos e tange monótona balada que vagarosamente te domina, conduzindo o teu carro de júbilos para o abismo dos desencantos.

E crês que não resistirás por muito tempo.

Fraco é o bastão da tua fé, poderosa a força do sítio que te ameaça.

Levanta, porém, os olhos e dirige-te a Ele, o Grande Ignorado.

Além do que consideras o teu horto, transporta as fronteiras da tua dor, quanta dor!...

Perdeste amigos e admiradores, fugiram afetos e simpatizantes, mas em verdade nunca os tivestes contigo.

Eram apenas acompanhantes da oportunidade. Faziam algazarra, comungavam presenças, fora, todavia, da realidade que buscavas.

E a realidade é esta: solidão com a verdade.

Tributo valioso exige a liberdade - quantas vidas físicas exige o carro da guerra para doá-la?
Preço elevado impõe o dever - quantas lágrimas são vertidas no cultivo da gleba onde ele medra?
Soma ponderável deve ser igualmente oferecida para o consórcio com o amor - único espólio de uma existência modelar. Não te descoroçoes, pois.

Voltarão, mais tarde, os que te deixaram.

Brilhará novamente o sol dos sorrisos.

Soarão, vibrantes, depois, as palavras em festival demorado de admiração.

Será, porém, tarde para eles, porquanto já não te terão ao lado.

Há doentes cuja gravidade do mal passa despercebida por ignorarem a doença.

Há aflições que não enlouquecem por ainda desconhecidas dos que as encontrarão logo mais.

Há delinqüentes que conseguem caminhar por teimarem desconsiderar o crime.

Há solidões escondidas na balbúrdia, que se cercam de fantasias...

Por mais, porém, que todos desejem ignorar o drama que conduzem consigo, nem por isso mesmo conseguirão passar na romagem evolutiva sem o despertamento para a responsabilidade.

Mais infelizes são todos esses, cujo amanhã está assinalado por pesadas sombras, aguardando por eles.

Tu, porém, embora sofrendo e chorando, crês, já travaste contato com a fé e és amigo da esperança.

Conserva o óleo da certeza no lume do dever e espera o dia, após esta noite demorada.

Ninguém poderia supor que a multidão exaltada que seguiu o Mestre, em Jerusalém, devidamente açulada por vândalos mercenários, seria o coro que o vilipendiaria logo depois a caminho do Calvário.

Ninguém poderia supor que aqueles que o aclamaram quando viam cegos recuperarem a visão, paralíticos recobrarem os movimentos, surdos recomporem os ouvidos, mudos voltarem a falar e leprosos sararem ao contacto daquela voz e daquelas mãos, seriam as mesmas bocas estertoradas que O exortariam com sarcasmo a sair da Cruz.

Ninguém poderia supor que, embora abandonado na Terra, o Pai Celeste estava com Ele, sem O deixar a sós; nem que depois de uma tarde de tempestade e de uma longa noite, Ele voltaria vitorioso sobre todos e tudo, para continuar o ministério junto aos que O abandonaram...





13/12/2020

 Olá amigos!

Segue abaixo o estudo do livro Médiuns e Mediunidades

Capítulo X - Objetivo da mediunidade




Leitura inicial: 

INVESTIMENTOS 

Emmanuel 

 Tema – O valor da Cooperação fraterna. 

 Compreensível o espírito de previdência que induz o homem a se preservar contra a penúria. 

 A formação bancária na garantia comum, os estabelecimentos de segurança pública, as organizações de economia popular sem estímulo à usura e os institutos de proteção recíproca representam aquisições de inegável valor para a comunidade. 

 Ninguém deve menosprezar o ensejo de se resguardar contra a exigência imprevista. Essa realidade, patente no plano material, não é menos tangível no reino do espírito. 

 Urge depositar valores da alma, nas reservas da vida, considerando as nossas necessidades de amanhã. 

 A interdependência guarda força de lei, em todos os domínios do Universo. 

 Caridade é dever, porque, se os outros precisam de nós, também nós precisamos dos outros. Não esperes, porém, pelo poder ou pela fortuna terrestres a fim de cumpri-la. 

Faze os teus investimentos de ordem moral com o que tens e com o que és. 

 Começa agora. 

 Quotas pequeninas de força monetária totalizam grandes créditos. 

 Migalhas de bondade formam largos tesouros de amor. 

Relaciona algumas das possibilidades ao alcance de todos: o minuto de cortesia; o testemunho de gentileza; o momento de tolerância, sem nenhum apelo à crítica; a referência amistosa; a frase encorajadora; a demonstração de entendimento; a desculpa espontânea, sem presunção de superioridade; a conversação edificante; a pequenina prestação de serviço; o auxílio além da obrigação... 

 No capítulo da propriedade, lembra-te da própria alma – a única posse inalienável de que dispões – e, recordando que precisas e precisarás de recursos sempre maiores e sempre novos para evoluir e elevar a própria vida, não te esqueças de que podes, a todo instante, trabalhar e servir, investindo felicidade e cooperação com ela.

Fonte: Livro Encontro Marcado, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Trecho do estudo:

10 Objetivo da Mediunidade 

Qual ocorre com qualquer faculdade orgânica ou intelecto- moral, a mediunidade, desvestida de mitos e tabus, exige cuidados especiais e competente educação. Possivelmente, requer maior soma de zelos e atenções, por proceder do espírito, portadora de requisitos especiais e cuja finalidade elevada impõe providências específicas. 

Possuidora de um campo de ação muito vasto, expande-se na razão direta em que é exercitada com disciplina, quão se apequena e desaparece quando deixada ao abandono, podendo, não raro, transformar-se em veículo de perturbação e prejuízo. 

Instrumento programado para o serviço do amor e do esclarecimento da criatura humana, e, pois, conseqüentemente, da humanidade, faculta o intercâmbio com os seres espirituais que comprovam a sua sobrevivência à morte, fazendo-se identificar, sem margem a dúvidas, propiciando uma revolução ético-comportamental relevante e demonstrando a legitimidade de todas as crenças religiosas no que tange ao futuro espiritual das criaturas. 

Por essa mesma razão, a fim de que possa atingir os objetivos nobres para os quais existe, merece e necessita de atenções contínuas, desde a conduta moral do homem que a possui, como dos recursos que lhe devem ser aplicados, no que diz respeito ao estudo do seu mecanismo, tanto quanto da sua educação e flexibilidade.

Certamente , pode apresentar-se espontânea e generalizada em pessoas boas e más, cultas ou ignorantes, por ser, também, de natureza orgânica, todavia, para tomar-se digna de crédito e respeito, faz-se credora de compreensível educação, graças à qual se lhe desdobram as possibilidades que dormem inatas aguardando ensejo para manifestarem-se. 

A mediunidade é um compromisso grave para o indivíduo, que responderá à consciência pelo uso que lhe conferir, como sucede com as faculdades morais que o credenciam à felicidade ou à desdita, como decorrência da aplicação dos seus valores. 

Despida de atavios e de crendices, a faculdade mediúnica propicia imensa área de serviço iluminativo, conclamando pessoas sérias e interessadas à conscientização dos objetivos da vida. 

A proliferação dos médiuns e a multiplicação de células dedicadas ao exercício das forças mediúnicas têm tornado comuns a aceitação da faculdade, e uma certa faixa de simpatia ora a envolve, permitindo, por outro lado, que a vacuidade e a vulgarização trabalhem em prejuízo dos fins e meios de aplicação de que se reveste. 

Lentamente, a modéstia e a humildade, a discrição e a simplicidade dos médiuns, o recolhimento e o trabalho incessante vão cedendo lugar ao estrelismo e às disputas estéreis por promoção de nomes pessoais e de entidades, num campeonato de insensatez lamentável sob todos os aspectos considerados. 

A pressa pela divulgação pessoal, em detrimento do zelo pelo conteúdo das mensagens, vem transformando núcleos de atividade mediúnica em palcos de exibição, em veículos para atendimento de interesses escusos, de simonia, de frivolidade... 

Os espíritos nobres não se submetem aos caprichos dos médiuns e das pessoas frívolas interessadas nos jogos vazios do personalismo perturbador, cedendo lugar aos vulgares e irresponsáveis quais os próprios medianeiros, realizando fenômenos de sintonia que os candidatam a obsessões sutis a princípio, a caminho de lamentáveis processos irreversíveis e dolorosos... 

Nenhum médium é, em conseqüência, perfeito e irretocá- vel, isento da influenciação dos maus espíritos como dos perturbadores, que povoam a erraticidade e lhes constituem provas ao orgulho e à vaidade, demonstrando a fragilidade humana, que é inerente à qualidade do ser falível em processo de evolução na Terra. 

O exercício consciente e cuidadoso, enobrecido e dirigido para o bem proporciona ao médium os tesouros da alegria interior que decorrem da convivência salutar com os seus guias espirituais interessados no seu progresso e realização. 

Da mesma forma, experimenta crescer o círculo da afetividade além das fronteiras físicas, pelo fato de os espíritos que com ele se comunicam envolverem-no em carinhosa proteção, aumentando o número de entidades que se lhe tomam simpáticas e agradecidas pelo ministério desenvolvido. 

A educação das forças mediúnicas é de demorado curso, porquanto, à medida que a sensibilidade se apura, mais se amplia a capacidade de registro e de percepção extrafísica. 

O médium, desse modo, responsável, no desdobramento das atividades a que se dedica, no setor em que se especializa, vai- se despojando dos grilhões terrenos e projetando-se na direção da Vida Imortal, superando os limites orgânicos e vendo crescer os horizontes iluminados do Mundo Maior que o fascina e enternece. 

A mediunidade, portanto, em breve, na Terra, facultará aos homens a visão segura da sua imortalidade, proporcionando-lhe encarar a morte e o seu destino com naturalidade e paz. 

Oxalá, próximos estejam esses dias e saibamos, espíritos e homens, utilizar-nos corretamente da divina concessão, mediante cujo uso nos tornaremos uma só família, que já o somos, embora aparentemente separados pela cortina vibratória do corpo físico. 

04/12/2020

Olá amigos

Segue abaixo estudo do livro Dimensões da Verdade 

Capítulo 11 - Esquecimento do Pretérito



Leitura inicial:

98 

CAPAS 

“E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus.” 

— (MARCOS, capítulo 10, versículo 50.) 

O Evangelho de Marcos apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó. Para receber a bênção da divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre, alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes. Não residirá nesse ato precioso símbolo? As pessoas humanas exibem no mundo as capas mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século; entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.

fonte: livro Caminho, Verdade e vida, leitura 98, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Trecho do estudo:

Conquanto estejas informado a respeito da ação do passado sobre o presente, deixas-te dominar quase sempre por dúvidas atrozes que espezinham tuas convicções, fazendo-te sofrer.

Conjecturas quanto ao esquecimento que acompanha o espírito na reencarnação, e supões que esse olvido, de certo modo se faz obstáculo ao discernimento entre amigos e adversários da tua felicidade. 

Seria mais justo que, assim pensas, em momentos de rudes provanças, os centros da memória anterior fossem libertados e a censura que frena as recordações deixasse fluir os rios do conhecimento de modo a agires com acerto. 

Confessas intimamente o tormento que te consome por caminhares sem o conhecimento do destino, tendo em vista a ignorância do pretérito, assinalando desolação e dor. 

E concluis, apressado, que a reencarnação, em tais bases, não expressa condignamente o Amor de nosso Pai, afirmando que, em ti mesmo não encontras, na memória, os fundamentos que favoreçam a segurança que gostarias de possuir para levares de vencida a experiência evolutiva. 

Pensas, e, no entanto, desconheces a mecânica do raciocínio a nascer nos centros cerebrais.

Ages sob impulsos desconhecidos e ignoras a razão deles. Vives governado por automatismos fisiológicos que te mantém a harmonia orgânica sem lhes conheceres a procedência... Vês, ouves, sentes, falas, distingues gostos, no que se refere aos débeis órgãos dos sentidos físicos sem indagações, sem exigências e, todavia, deixas-te conduzir tranquilamente. 

Observa a dificuldade que experimenta uma criatura excepcional aprendendo a falar, comer, controlar os movimentos... Entenderás, então, que se não te é lícito recordar o passado, a outros espíritos mais esclarecidos e fortes que o teu é permitido navegar no oceano das recordações com alguma segurança e naturalidade... Ao invés de castigo, o esquecimento das vidas passadas é dádiva celeste.

Desejarias identificar os sicários da tua paz e os cooperadores da tua alegria. 

Examina, no entanto, as afinidades, considera as emoções junto aos que te cercam, medita e conclui com o auxílio do tempo. Abre, todavia, os braços, a quantos se acercam de ti, procurando envolvê-los nas vibrações do entendimento e da cordialidade, para fruíres afeição e simpatia. 

Encontras obstáculos afetivos no lar entre os membros da família e experimentas, não raro, asco senão revolta por aqueles a quem deverias amar nas amarras do sangue. Reações indomáveis a se manifestarem como animosidade, alquebram o teu ânimo em casa, levando-te a desesperos e a atritos lamentáveis. Acalentas ou és vítima de idiossincrasias, senão aversões, por filhos ou irmãos, lutando tenazmente

por vencer a força negativa que te assoma na presença deles, sem resultados positivos. 

A estada na intimidade doméstica se constitui penoso período, encontrando, todavia, motivos de júbilos sob tetos alheios... (...) E desejarias recordar o ontem!... 

Se em ignorância quanto ao mal que te hajam feito eles, os teus familiares, te sentes incapaz de fitá-los, entendê-los, ajudá-los e amá-los, oferecendo-lhes compreensão e simpatia, como te portarias se, na filha revel identificasses antiga companheira que o adultério arrastou, no irmão consanguíneo o destruidor do antigo ninho de venturas que o tempo não consumiu, no pai ou mãe, no filho ou noutro parente o arquiteto da tua ruína ou a vítima da tua sandice? Esquecer o mal para agir com acerto é luz de amor na lâmpada da oportunidade.

Ignorar os maus para ajudá-los significa ensejar-lhes, com igualdade de condições, ocasião de repararem os males que tenham praticado. Lutar contra a antipatia, procurando ignorar as causas da aversão representa valioso esforço de libertação íntima. 

Considerando a pequenez e a inferioridade moral de quantos se encontram na Terra, o abençoado Hospital-Escola para os recalcitrantes, os excelsos promotores dos renascimentos fazem que a mente espiritual mergulhe no olvido, a fim de que as lembranças dos atos infelizes não os enlouqueçam e as evocações abençoadas não os paralisem em recordação insensata ou improfícua. 

Jesus, o Egrégio Coordenador da vida no Orbe, lecionando sobre a necessidade do bem atuante, não poucas vezes exortou ao amor puro e simples com o esquecimento do mal, para que este não se corporificasse em sombra tenebrosa, acompanhando nossa consciência. 

E desejando imprimir com sulcos profundos o ensino sublime, conclamou os que O seguissem a duplicar a bondade em relação aos que nos peçam algo, mandando oferecer a outra face ao agressor para que não fôssemos os promotores do mal ou vitalizadores da impiedade. E assim o fez por conhecer o abismo que a ignorância da verdade representa e a baliza de luz que significa o amor no caminho da evolução, amor que nos faz esquecer o mal para somente nos lembrarmos do bem...



 Olá amigos!

Segue a nossa programação de dezembro






23/11/2020

 Olá amigos!

Ouçam agora o estudo do livro Médiuns e Mediunidades

Capítulo XVII - Médiuns em desconcerto




Leitura inicial:

71

Em nosso trabalho  

“Porque  toda  casa  é  edificada  por  alguém, mas  o  que  edificou todas as coisas é Deus.”  

Paulo (Hebreus, 3:4)  

O Supremo Senhor criou  o Universo, entretanto, cada criatura organiza o  seu mundo particular. 

O Arquiteto Divino é o possuidor de todas as edificações, todavia, cada Espírito constrói a habitação que lhe é própria. 

O Doador dos Infinitos Bens espalha valores ilimitados na Criação, contudo, cada um de nós outros deverá criar valores que nos sejam inerentes à personalidade. 

A natureza maternal, rica de bênçãos, em toda parte constitui a representação do patrimônio imensurável do Poder Divino e, em todo lugar, onde exista alguém, aí palpita a vontade igualmente criadora do homem, que é o herdeiro  de Deus. 

Pai levanta fundamentos e estabelece leis. 

Os filhos contribuem na construção das obras e operam interferências. É compreensível, portanto, que empenhemos todo o cuidado  em nosso  esforço individualista, nas edificações do mundo, convictos de que responderemos pela nossa atuação pessoal, em todos os quadros da vida. 

Colaboremos no bem com o entusiasmo de quem reconhece a utilidade da própria ação, nos círculos do serviço, mas sem paixões destruidoras que nos amarrem às ilhas do isolacionismo. 

Apresentemos nosso trabalho ao Senhor, diariamente, e peçamos a Ele destrua as particularidades em desacordo com os seus propósitos soberanos e justos, rogando-­Lhe visão e entendimento. 

Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio. 

No desdobramento desse serviço, porém, jamais nos esqueçamos de que todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.

Fonte: Livro Vinha de Luz, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Trecho do estudo:

Sem qualquer dúvida, conforme acentuou Allan Kardec, o egrégio codificador do Espiritismo, o maior adversário da mediunidade é a obsessão, e os seus antídotos eficazes são o conhecimento e a prática sadia da Doutrina incorporada ao cotidiano, conforme já nos referimos anteriormente. 

A obsessão, porém, somente ocorre porque o adversário espiritual encontra naquele a quem persegue os plugues de fixação perniciosa, procedentes de experiências pretéritas ou decorrentes da conduta incorreta na atualidade. 

Quanto às vicissitudes defluentes do passado, o homem dispõe da atual conjuntura corpórea para redimir-se, assinalando a existência com valores positivos que o capacitam para adquirir bênçãos, disciplinando-se e produzindo valorosamente em favor dos objetivos elevados da vida. 

Conscientizando-se do significado da sua reencarnação, nela investe todos os recursos morais e intelectuais a fim de aprimorar-se, limando as arestas que representam as viciações e defeitos que contribuíram para a sua queda na desdita. 

Dá-se conta de que, em cada momento bem utilizado, pode remover obstáculos que permanecem dificultando-lhe a marcha, ao mesmo tempo auxiliando as demais pessoas à sua volta, sejam aquelas que o crivam de aflições, ou aqueloutras que o impelem para o fracasso; ou, ainda, as que cooperam fraternalmente em favor do seu reequilíbrio, a todas oferecendo a luz da fé libertadora e o calor da amizade pura. 

Neste sentido, o da ascensão, a mediunidade se lhe apresenta como excelente instrumento de elevação pelos benefícios que pode proporcionar, já que tem como objetivo a demonstração da sobrevivência da alma, e, por consequência, é porta de ação caridosa, tendo-se em vista o crescente número de sofredores que pululam em toda parte.

Aqui, no entanto, reside o ponto de alta responsabilidade mediúnica, que reflete a conduta do intermediário. Conforme seja esta, apresentar-se-á aquela. 

A Lei de Afinidades e de Semelhanças funciona com automatismo, atraindo para a órbita da ação do medianeiro os Espíritos que lhe são equivalentes em propósitos e aspirações, comportamentos e interesses. 

Verdadeiros fantasmas, todavia, rondam o médium, em forma de companhias que, por sua invigilância, terminam por dominá-lo, levando a mediunidade a lamentáveis desconcertos. 

A presunção, que se deriva do orgulho, é um dos inimigos mais vigorosos, por sugerir ao médium certa invulnerabilidade às forças negativas, tornando-o, desde então, vítima da burla e das mistificações dos Espíritos ociosos e perversos.

Além dessa imperfeição, a conduta reprochável envolve-o em vibrações vis que o intoxicam, desarticulando os delicados mecanismos psíquicos encarregados dos registros superiores, sintonizados conforme então se encontram com as faixas mais grosseiras da esfera inferior. 

O complexo mecanismo da mediunidade exige um tratamento cuidadoso que o sensitivo deve administrar com zelo e carinho especiais, de forma a estar em harmonia constante, porquanto a função mediúnica é permanente, não se restringindo a espaços adrede estabelecidos. 

A vida mental enriquecida de imagens otimistas e de ressonâncias superiores, que se derivam da oração e da vivência saudável, funciona como lubrificante oportuno e indispensável na aparelhagem sensível e muito sofisticada da sua paranormalidade.

O ácido da revolta cultivada, a ferrugem do constante mau humor, o salitre da ambição e os venenos emanados pela exorbitância das paixões servis tornam-se corrosão nos implementos que constituem os equipamentos nobres, que se destinam a fins libertadores. 

Em face do mau uso, quando se apresentam os desconcertos mediúnicos, sejam por indução obsessiva ou decorram da indisciplina moral do intermediário, a marcha na direção do abismo é lamentável e quase sempre irreversível. 

Médiuns, pois, que vivem em situações psíquicas de altibaixos, no exercício do ministério a que se aprestam, destrambelham a faculdade abençoada que deveriam dignificar, porque, sem exceção, pediram-na antes do renascimento por saberem que o seu uso correto lhes concederia a palma da vitória, num retorno à Pátria em paz, o que, em face da leviandade e da loucura de que se deixam possuir, não se dará, impondo-lhes futuras experiências no corpo sob o açodar de dores inomináveis, que agora poderiam evitar.



21/11/2020

 Olá amigos!

Ouçam abaixo o estudo do livro

Dimensões da Verdade - Capítulo 10 - Auxílio Agora




Leitura inicial:

128

 É porque ignoram 

 “E isto vos farão, porque não conhecem ao Pai nem a mim.”  Jesus. (João, 16:3)  

Dolorosas perplexidades não raro assaltam os discípulos, inspirando-­lhes interrogações. 

Por que a desarmonia, em torno do esforço fraterno?

A jornada do bem encontra barreiras sombrias. 

Tenta-­se o estabelecimento da luz, mas a treva penetra as estradas. 

Formulam-­se projetos simples para a caridade que a má­-fé procura perturbar ao primeiro impulso de realização. 

Quase sempre, a demonstração destrutiva parte de homens assinalados pela posição de evidência, indicados pela força das circunstâncias para exercer a função  de orientadores do pensamento  geral. 

São esses que, na maioria das ocasiões, se arvoram em expositores de imposições e exigências descabidas. 

O aprendiz sincero de Jesus, todavia, não deve perder tempo  com interrogações e ansiedades que se não justificam. 

O Mestre Divino esclareceu esse grande problema por antecipação. 

A ignorância é a fonte comum do desequilíbrio. 

E se esse ou aquele grupo  de criaturas busca impedir as manifestações do bem, é que desconhece, por  enquanto, as bênçãos do Céu. 

Nada mais que isto. 

É necessário, pois, esquecer as sombras que ainda dominam a maior parte dos setores terrestres, vivendo cada discípulo na luz que palpita no serviço do  Senhor.

Fonte: Livro Pão Nosso, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel


Trecho do estudo:

Viste muitos deles, possivelmente, enquanto se encontravam mergulhados nas roupagens carnais, experimentando rudes provas, e não os distinguiste com uma palavra sequer de misericórdia.

Agora te apiadas e sofres por eles.

Encontraste-os nos dias que se foram, perdidos na névoa das paixões, em sofrimentos atrozes; no entanto, receaste falar com eles a respeito da vida verdadeira.

Hoje, dominado por forte compaixão, exoras ao Senhor em favor deles. 

Defrontaste-os, enquanto se demoravam no corpo denso, carregados de aflições; todavia, temeste que eles não te respeitassem os ideais, desconsiderando as tuas intenções. 

Atualmente solicitas auxílio aos Numes Tutelares para que eles se recuperem e tenham paz.

Transitavam lado a lado contigo no caminho humano, dominado pela ignorância, mas pensaste que não te competia despertá-los do sono quimérico no qual vitalizavam ilusões. 

Neste momento compreendes quanto eles sofrem, e oras, emocionado, guardando a certeza de que a tua vibração os atingirá.

O que puderes fazer por eles, os nossos irmãos desencarnados em sofrimento, faze-o. 

Unge-te de contrição e amor e derrama do cálice dos teus sentimentos as vibrações puras que, em os alcançando, abrandarão as suas ansiedades, lenirão suas feridas, diminuirão suas dores... 

Oferece ao intercâmbio socorrista as tuas possibilidades medianímicas a fim de que sejam assistidos e medicados. 

Ora por eles. 

Pensa neles com carinho, considerando também o imperativo do teu retorno ao Mundo Espiritual onde agora se encontram.

*

Não te esqueças, porém, daqueles que estão na Terra reencarnados com necessidades imperiosas.

Uns renteiam contigo no lar, como verdugos da tua paz, obrigando-te a silêncios e renúncias em prol da harmonia doméstica. 

Outros se encontram na oficina de trabalho como chefes ou subalternos, exigindo-te valiosos atestados de humildade. 

Alguns estão ao lado dos teus amores, tratando-te com escárnio e zombaria, ferindo com estiletes de bem planejada impiedade os teus sentimentos nobres. 

Diversos atropelam-te nas ruas, insidiosos e perturbados, malsinando tuas horas. 

Vários distendem as mãos na tua direção, mendigando piedade... 

Pensa nestes, os irmãos da caminhada física, necessitados do pão do teu exemplo e da lâmpada acesa da tua paciência.

Oferece-lhes a mensagem de esperança e alento com que a fé espírita te sustenta, com abnegação e sincero desejo de que sejam felizes, mesmo que eles não desejem seguir contigo nas linhas renovadoras por onde rumas. 

Considera que necessitam de alguém que os ame no estado em que se encontram... 

São nossos irmãos de retaguarda, que tiveram horas de amargura por culpa nossa e que o Senhor consentiu recomeçassem a experiência evolutiva ao nosso lado, a benefício nosso e em favor deles próprios. 

Não esperes que desencarnem para que os ames ou ores por eles. 

Ajuda-os desde já. Possivelmente não te compreenderão nem deves esperar que te compreendam.

Aprendes, nas experiências socorristas mediante o concurso da mediunidade, que os náufragos de hoje no Além-Túmulo já se encontravam perdidos desde antes de seguirem... 

*

É verdade que Jesus atendeu os perseguidores do homem de Gadara com amor e severidade; socorreu, benigno, os obsessores do jovem epiléptico e, quanto possível, alongou Sua mensagem aos atormentados que a morte colheu. Todavia, o Seu ministério de amor entre as criaturas da Terra foi exercido principalmente para aqueles considerados irmãos difíceis que terminaram por crucificá-lO, instigados embora por verdugos do Mundo Espiritual. No entanto, mesmo na Cruz, foi para esses, os perseguidores e difíceis, que Ele ofereceu a Sua mensagem de perdão como a ensinar-nos que as tarefas de redenção e amor começam hoje e agora em nós e em torno de nós, no lar e em toda parte, ampliando-as até aqueles que partiram sem que saibamos onde e quando terminarão, porque espera Ele nos transformemos em “cartas vivas” do Seu Evangelho Redentor.





07/11/2020

 Olá! 

Ouçam abaixo o estudo do livro Médiuns e Mediunidades

Capítulo XVI - Obsessão na Mediunidade




Leitura Inicial:

A palavra do Senhor está sempre estruturada em luminosa beleza que não  podemos perder de vista. 

No capítulo da esmola, a recomendação do Mestre, dentro da narrativa de Lucas, merece apontamentos especiais. 

"Dai antes esmola do que tiverdes."  Dar o que temos é diferente de dar o que detemos, A caridade é sublime em todos os aspectos sob os quais se nos revele e em circunstância alguma devemos esquecer a abnegação admirável daqueles que distribuem pão e agasalho, remédio e socorro para o corpo, aprendendo a solidariedade e ensinando-­a. 

É justo, porém, salientar que a fortuna ou  a autoridade são bens que detemos provisoriamente na marcha comum e que, nos fundamentos substanciais da vida, não nos pertencem. 

O Dono de todo o poder e de toda a riqueza no Universo é Deus, nosso  Criador e Pai, que empresta recursos aos homens, segundo os méritos ou  as necessidades de cada um. 

Não olvidemos, assim, as doações de nossa esfera íntima e perguntemos a nós mesmos:

Que temos de nós próprios para dar? 

Que espécie de emoção estamos comunicando aos outros? 

Que reações provocamos no próximo? 

Que distribuímos com os nossos companheiros de luta diária? 

Qual é o estoque de nossos sentimentos? 

Que tipo de vibrações espalhamos? 

Para difundir a bondade, ninguém precisa cultivar riso estridente ou sorrisos baratos, mas, para não darmos pedras de indiferença aos corações famintos de pão  da fraternidade, é indispensável amealhar  em nosso espírito as reservas da boa compreensão, emitindo o  tesouro de amizade e entendimento que o  Mestre nos confiou em serviço ao bem de quantos nos rodeiam, perto ou longe. 

É sempre reduzida a caridade que alimenta o estômago, mas que não  esquece a ofensa, que não se dispõe a servir diretamente ou que não acende luz para a ignorância. 

O aviso do Instrutor Divino nas anotações de Lucas significa: — daí esmola de vossa vida íntima, ajudai por vós mesmos, espalhai alegria e bom ânimo, oportunidade de crescimento e elevação com os vossos semelhantes, sede irmãos dedicados ao próximo, porque, em verdade, o amor que se irradia em bênçãos de felicidade e trabalho, paz e confiança, é sempre a dádiva maior de todas.

Trecho do estudo:

Escolho à educação e ao exercício da mediunidade, mediunidade, a obsessão é vérmina a corroer o organismo emocional e físico da criatura humana. 

Somente ocorre a parasitose obsessiva quando existe o devedor que se lhe torna maleável, na área da consciência culpada, que sente necessidade de recuperação. 

Conservando a matriz da inferioridade moral no cerne do ser, o Espírito devedor faculta a vinculação psíquica da sua antiga vítima, que se lhe torna, então, cruel cobrador, passando à posição de verdugo alucinado. 

Estabelecida a sintonia, o vingador ensandecido passa a administrar, por usurpação, as energias que absorve e lhe sustentam o campo vibratório no qual se movimenta. 

A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante, em face da instabilidade e insegurança de que se faz portadora.

A síndrome obsessiva, no entanto, revela a presença da faculdade mediúnica naquele que sofre o constrangimento espiritual dos maus Espíritos, pois estes somente a exercem como expressão da ignorância e loucura de que se fazem objeto, infelizes que também o são nos propósitos que alimentam e nas ações que executam. 

A desorientação mediúnica, em razão de uma prática irregular, faculta obsessões por fascinação e subjugação em longo prazo, de recuperação difícil, quando não irreversível...

Nesse sentido, a parasitose obsessiva pode, após demorado curso, dar lugar à distonia nervosa, o que facilita a instalação da loucura em suas variadas manifestações. 

No princípio, a obsessão pode ser confundida com alguma dessas manifestações psicopatológicas, tais a neurose, a psicose, e, às vezes, a esquizofrenia...

É necessário muito cuidado para uma diagnose exata nessa área, pois que a fronteira entre uma dessas perturbações mentais e a interferência espiritual deletéria é muito sutil. Não é, porém, a mediunidade que responde pela eclosão do fenômeno obsessivo. 

Aliás, por meio do cultivo correto das faculdades mediúnicas é que se dispõe de um dos antídotos eficazes para esse flagelo, porquanto por meio delas se manifestam os perseguidores desencarnados, que se desvelam e vêm esgrimir as falsas razões nas quais se apoiam, buscando justificar a insânia. 

Será, todavia, a transformação pessoal e moral do paciente que lhe concederá a recuperação da saúde mental, libertando-o do cobrador desnaturado. 

O processo de reequilíbrio, porém, é lento, exigindo altas doses de paciência e de amor por parte do enfermo, como daqueles que lhe compartilham a experiência afetiva, social, familiar. 

Sujeita a recidivas, como é compreensível, gera desconforto e desânimo, levando, desse modo, os que nela se encontram incursos, ao abandono da terapia refazente, à desistência da luta, entregando-se, sem qualquer resistência, e deixando-se consumir. 

Não se manifesta, entretanto, a alienação por obsessão exclusivamente no exercício da mediunidade, sendo comum a sua ocorrência em pessoas totalmente desinformadas e desconhecedoras dos mecanismos da sensibilidade psíquica... Iniciando-se o processo com sutileza ou irrompendo com violência, torna-se o indivíduo, depois de corrigida a desarmonia, portador de faculdades mediúnicas que jaziam em latência, graças às quais aquela se pôde manifestar.

Seja, porém, qual for o processo por meio de cujo mecanismo se apresente, a obsessão resulta da identificação moral de litigantes que se encontram na mesma faixa vibratória, necessitados de reeducação, amor e elevação. 

A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos, quando exercida religiosamente, isto é, com unção, com espírito de caridade, voltada para a edificação do “Reino de Deus” nas mentes e nos corações. 

Nenhum médium, todavia, ou melhor dizendo, pessoa alguma está indene a padecer de agressões obsessivas, cabendo a todos a manutenção dos hábitos salutares, da vigilância moral e da oração mediante as ações enobrecidas, graças aos quais se adquirem resistências e defesas para o enfrentamento com as mentes doentias e perversas que pululam na erraticidade inferior e se opõem ao progresso do homem, portanto, da Humanidade.

Esse comércio psíquico pernicioso, o da obsessão, é muito mais expressivo entre os homens e os Espíritos desencarnados doentes do que se supõe, merecendo o estudo e a atenção daqueles que se interessam por equacionar os graves problemas que perturbam a economia emocional e moral da sociedade. 

A obsessão, no exercício da mediunidade, é alerta que não pode ser desconhecido, constituindo chamamento à responsabilidade e ao dever. 

Mesmo Jesus, o Médium Superior e Irretocável, viu-se a braços com obsessores, obsidiados e tentações promovidas por mentes perversas do Além-túmulo, para os quais a Sua foi sempre a atitude de amor, energia e caridade, encaminhando-os ao Pai, de Quem procedem todas as mercês e dádivas.



Olá amigos!

Ouçam abaixo o estudo do livro Dimensões da Verdade

Capítulo 9  - Cansaço




Leitura inicial:

Confiando Sempre 

Peçamos ao Senhor que nos sustente as forças na desincumbência dos compromissos assumidos e que prossigamos adiante no campo de nossas abençoadas lutas, com a certeza de que o Divino Benfeitor jamais nos abandona.

Fonte : Livro Migalha, Francisco Cândido Xavier , pelo Espírito Emmanuel

Trecho do estudo:

Estás fatigado. O cansaço, qual fluido deletério, vence tuas resistências, assenhoreando-se do aparelho físico e mental que acionas com dificuldade. Tantas têm sido as aflições, as lutas que, desencorajado, te entregas à indiferença quanto ao futuro sob tormentos que te dominaram a capacidade de lutar. Tens a impressão de que o entusiasmo calou a voz da sua emoção no teu sentimento encarcerado na dor, e sentes o coração como se fosse um diamante bruto a esfacelar-se dentro do peito, golpeado por vigorosas tenazes que o despedaçam... 

Tudo se te afigura sombrio e a luz, que se emboscava na gota d’água aprisionada diante dos teus olhos, agora a vês transformada em lama, no pó, qual a tua antemanhã de sonhos convertida em noite tempestuosa de pavor. 

Lutaste, é certo. 

Reuniste as energias, qual comandante afervorado a batalhas violentas, colocando-as em defensivas até a exaustão. Mas tantas foram as agressões e tão continuado o cerco que desejarias bater em retirada, deixando livre o campo para que se multiplicassem os maus. 

No íntimo conservas um travo de fel que o sofrimento deixou e como miasma em crescimento sentes o espírito envenenado, com a amargura em todas as horas. 

Uns companheiros fitam teu sorriso e creem que o caráter não é um dos teus dotes mais representativos. 

Outros contemplam tua tristeza e comentam que é débil a tua fé. 

Alguns falam contigo e identificam expressões que deprimem teus sentimentos. 

Amigos discretamente afirmam que foste vencido por forças negativas do Mundo Espiritual. 

Confrades rigorosos negam-te o concurso da amizade deles.

Irmãos acendem a chama da idiossincrasia e separam aqueles que o teu esforço infatigável reuniu. 

Colaboradores fendem as bases do serviço que desdobras, abnegado, desejando amesquinhar-te.

Assim crês, assim vês, assim é... Porque estás cansado. 

*

 Quem observa dificuldades somente encontra obstáculos. Aquele que se prepara para um dia de calor tem pretexto para a canícula inexistente. Olhos acostumados aos detalhes negativos descobrem insignificâncias que enfeiam qualquer paisagem feliz. As estrelas que fulgem além da névoa são ignoradas por quantos se contentam com sombras. As mãos que preferem espinhos perdem a sensibilidade para as débeis violetas. No entanto, além do que registras, há beleza, harmonia, vida.

O veneno que o ofídio injeta e com o qual mata, o homem consegue transformar em medicamento salvador. A ofensa de que se utilizam os infelizes para ultrajar ajuda na ascensão aos que sabem transformar vinditas em bênçãos. A pedra que fere também adorna. O lodo pestilento devidamente atendido converte-se em perfume delicado na intimidade da flor. Transforma cansaço e tristeza em seiva de vida eterna. Renasceste, na Terra, para elaborar a felicidade própria e intransferível. Rogaste a dádiva do resgate com as moedas do testemunho e do silêncio. Esquece-te, desse modo, de ti mesmo e persevera.

Perdoa, enquanto podes. 

O perdão é luz que arremessas na direção da vida e que voltará à fonte donde procede. 

O conceito que os outros fazem a teu respeito vale o que valorizas. 

As dificuldades que te impõem obstaculam quanto supões. 

O sarcasmo e a perseguição representam o que consideras. 

A dor é o que se deseja que valha. 

Levanta o espírito e combate. 

Não deixes que os braços das sombras apaguem com mãos de trevas os painéis da tela das tuas aspirações. 

Aprofunda a mente na pesquisa da verdade e detém-te a examinar a história dos homens fortes. Não nasceram fortes: fortificaram-se na luta.

O vento enrija a fibra da sequoia e a tormenta lhe dá vigor. 

A chuva que chafurda o regato aumenta-lhe o volume d’água. 

Deixa-te conduzir pelos testemunhos naturais da experiência carnal e experimenta perseverar, insistir, continuar... 

A grandeza de Jesus afirmada no atroz sacrifício da cruz teve seu início na escolha de singelo berço para continuar nas aparentes mil nonadas da carpintaria humilde, dos contatos com as gentes simples e pouco esclarecidas, com os enfermos exigentes, os amigos ingratos, os legisladores e religiosos desonestos, para culminar na cobardia de alguns discípulos obsidiados com intermitências que O atraiçoaram, esquecendo o Seu amor para fugirem.

No entanto, uma vez única sequer deixou-se Ele vencer pelo cansaço e, por isso, não reclamou, não desistiu, não censurou, não se deteve a examinar o lado infeliz de ninguém, dedicando-se incansavelmente à construção do bem excelso em favor de todos, a todos amando e perdoando, apesar de tudo.




25/10/2020



Olá!
Ouçam abaixo o estudo do livro
Médiuns e Mediunidades - Capítulo XV - 
Rivalidade entre os Médiuns e Mediunidades




Leitura inicial:

130 
Amai­vos  

“Não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras  e em verdade.”  
João (I João, 3:18)  

Por norma de fraternidade pura e sincera, recomenda a Palavra Divina: “Amai-­vos uns aos outros.” Não determina seleções. Não exalta conveniências. Não impõe condicionais. Não desfavorece os infelizes. Não menoscaba os fracos. Não faz privilégios. Não pede o afastamento dos maus. Não desconsidera os filhos do lar alheio. Não destaca a parentela consangüínea. Não menospreza os adversários. E o apóstolo acrescenta: “Não amemos de palavra, mas através das obras, com todo o fervor do coração.” O Universo é o nosso domicílio. A Humanidade é a nossa família. Aproximemo-­nos dos piores, para ajudar. Aproxime-mo-­nos dos melhores, para aprender. Amarmo-­nos, servindo uns aos outros, não de boca, mas de coração, constitui para nós todos o glorioso caminho de ascensão.

Fonte: Livro Vinha de Luz, por Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel

Trecho do estudo:

Remanescente dos instintos agressivos, a rivalidade é presença negativa no caráter humano, humano, que a criatura deve superar.
Se a competição saudável é estimuladora para desenvolver os valores humanos, potenciais, momentaneamente adormecidos, a rivalidade decorre do primarismo animal, que atira as criaturas umas contra as outras. 
O rival é antagonista apaixonado, a um passo da violência, na qual derrapa facilmente, facultando-se a explosão de danos graves para si mesmo, bem como para os outros. 
Infelizmente, perturbando a sociedade, na luta pela predominância do egoísmo, a rivalidade entre os homens leva-os aos estados belicosos, quando a solidariedade os engrandeceria, propiciando bênçãos a toda a comunidade. 
É natural que, também entre os médiuns, o morbo das rivalidades injustificáveis irrompa, virulento, enfermando quantos lhe permitem o contágio. 
Invigilantes, olvidam-se da terapia do amor e deixam-se infelicitar, asfixiados pela inveja, pela mágoa, pelo ciúme, contribuindo para as lutas inglórias que, lamentavelmente, se instalam nos grupos, nos quais estes se encontram a serviço. 
No contubémio que se estabelece, a rede da insensatez divide os membros do trabalho, que passam a antagonizar-se, embora abraçando os ideais da liberdade, da tolerância, do amor, da caridade. 
Tais rivalidades têm sido responsáveis pelo malogro de empreendimentos significativos, elaborados com carinho através dos anos, e que se desgastam e se desorganizam com facilidade, tornando-se redutos de decepções e amarguras. 
A rivalidade é um mal que aguarda solução, combate de urgência. 
Surge de forma sutil; instala-se com suavidade, qual erva parasita em tronco generoso, e passa a roubar a energia de que se nutre, terminando por prejudicar o hospedeiro que lhe dá guarida. 
O médium deve ser um servidor da Vida, a benefício de todas as vidas.
A sua há que tomar-se a luta pelo auto-aprimoramento, observando as mazelas e estudando as deficiências, a fim de mais crescer na escala dos valores morais, de modo a sintonizar com as entidades venerandas, nem sempre as que se tomaram famosas no mundo, mas que construíram as bases da felicidade pelo amanho do solo dos corações na execução do bem. 
A ele cabe disputar a honra de servir e não a de aparecer; de ceder e nunca a de impor; de amar e jamais a de fruir, apagando- se, para que resplandeça a luz da verdade imortal de que se faz instrumento. 
Como do homem de bem se esperam a preservação e vivência dos valores éticos, do instrumento mediúnico se aguarda o perfeito entrosamento emocional e existencial entre o de que se faz portador e o comportamento cotidiano. 
O médium espírita é simples, sem afetação, desprovido do tormento de provar a sua honestidade aos outros, porque sabe que, no mundo, somente se experimentam aflições, conforme ensinou Jesus. Ademais, ele reconhece que está a serviço do bem, ao qual lhe cumpre atender com naturalidade e paz. Médiuns rivais são antagonistas em justas infelizes, buscando vitória em nome das vaidades que corrompem o coração e envenenam a razão. 
Se alguém se apresenta mais aquinhoado para o serviço mediúnico, mais endividado certamente o será, porquanto a mediunidade a serviço do bem é via de acesso e de redenção para o espírito, e não moldura brilhante para as fulgurações terrestres. 
Ao invés de rivalidade competitiva, fomentemos a oração e o auxílio fraternal entre todos, a fim de que o êxito se apresente, não pelo aplauso humano, porém pela abnegação e largo trabalho de edificação do bem entre os homens. 




16/10/2020

                                                                                     Olá!

Segue nosso estudo de sábado às 10 h
A sós com os outros




Leitura inicial:

Não sejas um deles 

BEZERRA DE MENEZES 

Um dos aspectos marcantes na vida do companheiro de fé, ainda encarnado, é a formação do ambiente espírita. O seguidor do Espiritismo não pode existir isolado; à face disso, o meio doutrinário para ele se revela importantíssimo, por indispensável. 
Nesse meio há-de necessariamente granjear a euforia cristã e a oportunidade de servir, com o devido apoio espiritual na defesa de si próprio. 
Há elevado número de irmãos relegados à margem das tarefas do bem, por ainda não haverem conquistado ambiente fraterno onde desabotoar o coração; paralisa-os a timidez, detêm-nos variadas inibições e a ausência de comunicabilidade lhes fre-na, lamentavelmente, o impulso criativo. Não sejas um deles. 
De maneira invariável, é óbvio que partilhamos verdadeira eficiência em serviço tão só no grupo humano em que nos integramos, segundo os princípios da afinidade; urge, no entanto, fazer concessões de nossa parte. Nada nos fará deparar com cenáculos de anjos na Terra, mas seremos indubitavelmente atraídos para os ninhos de todos aqueles cujos pensamentos sintonizam com os nossos. 
Do mesmo modo que os Espíritos evoluem e se aprimoram em falanges entrelaçadas pela semelhança de gostos, tendências, idéias e princípios, o homem, pela própria condição da existência terrestre, vê-se obrigado a pertencer a certo clã social, e o espírita, por sua vez, é impelido para determinado círculo doutrinário. Entretanto, não nos é lícito imitar a tartaruga na carapaça.. . 
Somos convidados a sair de nós próprios, a compreender, a edificar, a extravasarmo-nos nas boas obras... Por essa razão, guardemos o júbilo espontâneo de expandir-nos na fraternidade para a descoberta incessante de novas luzes; cultivemos amizades por tesouros da alma; concretizemos as próprias convicções na vida prática. Quem se isola furta-se de cooperar no rendimento da vida; além disso, faz-se órfão de alegria, na posição de tutelado constante do sofrimento. 
Observa, pois, se já constituíste o teu ambiente doutrinário. 
Analisa a ti mesmo, repara se desfrutas euforia natural nesse ambiente, se te reconfortas dentro dele e esforça-te para desenvolver com eficiência a parte de serviço que te compete na equipe de ação redentora a que pertences. Habitua-te, desde agora, a trabalhar em conjunto na condição de peça útil e essencial no mecanismo do bem, porque somente assim alcançarás, um dia, o ingresso venturoso à Vida Espiritual, como Obreiro do Bem, ante os sóis do Infinito. 

Fonte: livro Seareiros de Volta, Waldo Vieira, por Espíritos Diversos

Trecho do estudo:

Não te creias a sós, embrulhando os sonhos que acalentavas nos pesados tecidos da revolta.
Há tantos solitários que não se resolvem a arrebentar as amarras do egoísmo para serem úteis a alguém!...
Sê tu quem consiga esse fanal.
O lago plácido e sonhador, que reflete o céu de astros pulverizado qual espelho precioso, desfaz-se ante o batráquio que nele se arremessa, apagando a ilusão da beleza. Desejarias felicidade contemplativa cercado de carinhos, inútil, refletindo sonhos impossíveis. 
No entanto, enquanto te crês solitário e triste, frustrado nos anseios que acalentavas, perdes os olhos nas tintas carregadas do pessimismo e não vês aqueles olhos que te fitam inquietos, desejando acercar-se de ti, sem oportunidade de fazê-lo. 
A semente que se sente desventurada numa arca de mogno e bronze valiosos, desdobra-se em bênçãos para muitos, quando acolhida pelo solo que lhe oferece destino. 
A água morta entre sombras alimenta a vida, se vai depurada. 
O monturo desprezível enriquece-se de perfume, quando agasalha os bulbos do lírio.
O coração ao teu lado, na vida diária, é a sublime meta da tua oportunidade no corpo. Mata a solidão, asfixiando-a nos tecidos leves da cordialidade para com os outros. 
Não creias que haja um abismo entre ti e os outros. 
Se o vês ou o sentes, lança a ponte da afabilidade e atapeta-a de doçura. 
Escorregarão muitos seres imersos no personalismo atormentado das vacuidades da Terra, que se aconchegarão ao país da tua alma, sedentos, necessitados e amigos teus, dando carinho também. Compreenderás que o receber é efeito do dar, tanto quanto o colher é o resultado do plantar. 
A lagarta que teme a metamorfose jamais plainará como borboleta leve no azul do ar. 
A flor que receia o desgaste nunca atingirá a semente que a perpetua.
O amor que se enclausura não amadurecerá em dádivas renovadoras. 


Aparecendo à pecadora de Magdala, após a Ressurreição, o Mestre premiou o esforço de quem tanto deu à causa da Mensagem Viva da Fé, a ponto de, vencendo-se a si mesma, oferecer-se entre tormentos íntimos de paixões sem nome que sublimou para renascer dos escombros qual Circe de luz... E Maria o mereceu, pois que, esquecida do próprio eu, cindiu a casca da autopiedade e da falsa solidão a que muitos a si se impõem para atirar-se à glória do serviço ao próximo sem fronteira nem limite por amor a Ele.





12/10/2020

                                                                                   Olá!

Segue nosso estudo de segunda-feira às 16:30 h.
Médiuns e mediunidades
Capítulo XIV
Mistificações na Mediunidade




Leitura inicial:

75 Murmurações 

 “Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas.” 

Paulo (Filipenses, 2:14)  

Nunca se viu contenda que não fosse precedida de murmurações inferiores. É hábito antigo da leviandade procurar a ingratidão, a miséria moral, o orgulho, a vaidade e todos os flagelos que arruínam almas neste mundo para organizar as palestras da sombra, onde o bem, o amor e a verdade são focalizados com malícia. 
Quando alguém comece a encontrar motivos fáceis para muitas queixas, é justo proceder a rigoroso auto­exame, de modo a verificar se não está padecendo da terrível enfermidade das murmurações. Os que cumprem seus deveres, na pauta das atividades justas, certamente não poderão cultivar ensejo a reclamações. 
É indispensável conservar-­se o discípulo em guarda contra esses acumuladores de energias destrutivas, porque, de maneira geral, sua influência perniciosa invade quase todos os lugares de luta do Planeta. 
É fácil identificá-­los. Para eles, tudo está errado, nada serve, não se deve esperar algo de melhor em coisa alguma. Seu  verbo  é irritação permanente, suas observações são injustas e desanimam. Lutemos, quanto estiver em nossas forças, contra essas humilhantes atitudes mentais.
Confiados em Deus, dilatemos todas as nossas esperanças, certos de que, conforme asseveram os velhos Provérbios, o coração otimista é medicamento de paz e de alegria.

Livro: Pão Nosso, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel


Trecho do estudo:

O exercício da mediunidade correta impõe disciplinas que não podem ser desconsideradas,
seriedade e honradez que lhe conferem firmeza de propósitos com elevada qualidade para o ministério.

Porque independe dos requisitos morais do intermediário, este há de elevar-se espiritualmente, a fim de atrair as entidades respeitáveis que o podem promover, auxiliando-o na execução do delicado programa a que se deve ajustar.

Pelo fato de radicar-se no organismo, o seu uso há que ser controlado e posto em regime de regularidade, evitando-se o abuso da função, que lhe desgasta as forças mantenedoras, como a ausência da ação, que lhe obstrui mais amplas aptidões que somente se desenvolvem mediante equilibrada aplicação.

Em face da sintonia psíquica responsável pela atração daqueles que se comunicam, a questão da moralidade do médium é de relevante importância, preponderando, inclusive, sobre os requisitos culturais, porquanto estes últimos podem constituir-lhe uma provação, jamais um impedimento, enquanto a primeira favorece a união com os Espíritos de igual nível evolutivo.

Embora os cuidados que o exercício da mediunidade exige, nenhum sensitivo está isento de ser veículo de burla, de mistificação. Esta pode, portanto, ter várias procedências: a) dos Espíritos que se comunicam, denunciando a sua inferioridade e demonstrando falhas no comportamento do medianeiro, que lhes ensejou a farsa; às vezes, apesar das qualidades morais relevantes do médium, este pode ser vítima de embuste, que é permitido pelos seus instrutores desencarnados com o fim de pôr-lhe à prova a humildade, a vigilância e o equilíbrio; b) involuntariamente, quando o próprio Espírito do médium não logra ser um fiel intérprete da mensagem, por se encontrar em aturdimento, com estafa, desgaste e desajustado emocionalmente; c) inconscientemente, em razão da liberação dos arquivos da memória – animismo – ou por captação telepática direta ou indireta; d) por fim, quando se sentindo sem a presença dos comunicantes e sem valor moral para explicar a ocorrência, apela para a mistificação consciente e infeliz, derrapando no gravame moral significativo.

Eis por que o médium se deve preservar dos abusos, não exorbitando das energias que lhe permitem a ação da faculdade, porquanto esta, à semelhança de outra qualquer, sofre as alternâncias do cansaço e do repouso, da boa ou da má utilização.

A prática mediúnica impõe, como condições ético-morais, o idealismo e a dedicação desinteressada de quaisquer recompensas, pois que o mercantilismo e a simonia transformam-na em campo de exploração perniciosa. Não se beneficiando com as retribuições que são encaminhadas aos médiuns, os Espíritos nobres os deixam à própria sorte, sendo assim substituídos pelos interesseiros e vãos, que passam ao comércio das forças psíquicas em processo de vampirismo cruel, terminando por apropriar-se da casa mental do irresponsável em conúbio danoso. Outras vezes, sentindo-se obrigado a atender o consulente que lhe compra o horário, o sensitivo assume a responsabilidade da mensagem, mistificando em consciência, na crença de que ao outro está enganando, sem se dar conta das consequências funestas que o gesto lhe acarreta e que se apresentarão no momento próprio.

A venda, porém, da mediunidade, não se dá, exclusivamente, mediante a moeda de contado, mas, também, por meio dos presentes de alto preço, da bajulação chula, do destaque vão com que se busca distinguir os médiuns, exaltando-lhes o orgulho e a vaidade.

É austera e irretocável a recomendação de Jesus quanto ao “dar de graça o que de graça se recebe”, valorizando-se o conteúdo da concessão superior, honrando-a com carinho e respeito, em razão da sua procedência, quanto do seu destino.

A mistificação mediúnica de qualquer natureza tem muito a ver com o caráter moral do médium, que, consciente ou não, é responsável pelas ocorrências normais e paranormais da sua existência.


A mediunidade é para ser exercida com responsabilidade e pureza de sentimentos, não se lhe permitindo macular com as enganosas paixões inferiores da condição humana das criaturas.

Com a sua vulgarização e a multiplicação dos médiuns, estes, desejando valorizar-se e dar brilho especial às suas faculdades, apelam para superstições e exotismos do agrado das pessoas frívolas e ignorantes, que os incorporam às suas ações, caindo, desse modo, em mistificações da forma, mediante os processos escusos com os quais visam a impressionar os incautos.

A prática mediúnica dispensa todo e qualquer rito, indumentária, práxis, condição, por estribar-se em valores metafísicos que as formas exteriores não podem alcançar.

O mau uso da faculdade mediúnica pode entorpecê-la e até mesmo fazê-la desaparecer, tornando-se, para o seu portador, um verdadeiro prejuízo, uma rude provação.


Algumas vezes, como advertência, interrompe-se-lhe o fluxo medianímico, e os Espíritos superiores, por afeição ao médium, permitem que ele o perceba, a fim de mais se adestrar, buscando descobrir a falha que propiciou a suspensão e restaurando o equilíbrio; outras vezes, é-lhe concedida com o objetivo de facultar-lhe algum repouso e refazimento.


A mistificação é um dos graves escolhos à mediunidade, todavia, fácil de se evitar, como de se identificar.

A convivência com o médium dará ao observador a dimensão dos seus valores morais, e será por estes que se poderá medir a qualidade e as resistências mediúnicas do mesmo, a possibilidade dele ser vítima ou responsável por mistificações.