17/04/2021

 Olá! 

Segue nosso estudo de hoje

Dimensões da Verdade




Leitura inicial:

74 

MÃOS LIMPAS 

 “E  Deus  pelas  mãos  de  Paulo  fazia  maravilhas  extraordinárias.” (ATOS, 19: 11)  

O Evangelho não nos diz que Paulo de Tarso fazia maravilhas, mas que Deus operava maravilhas extraordinárias por intermédio das mãos dele. O Pai fará sempre o mesmo, utilizando todos os filhos que lhe apresentarem mãos limpas. Muitos espíritos, mais convencionalistas que propriamente religiosos, encontraram nessa notícia dos Atos uma informação sobre determinados privilégios que teriam sido concedidos ao Apóstolo. Antes de tudo, porém, é preciso saber que semelhante concessão não é exclusiva. A maioria dos crentes prefere fixar o Paulo santificado sem apreciar  o  trabalhador militante. Quanto custou ao Apóstolo a limpeza das mãos? Raros indagam relativamente a isso. Recordemos que o amigo da gentilidade fora rabino famoso em Jerusalém, movimentara-­se entre elevados encargos públicos, detivera dominadoras situações; no entanto, para que o Todo ­Poderoso lhe utilizasse as mãos, sofreu  todas as humilhações e dispôs­se a todos os sacrifícios pelo bem dos semelhantes. Ensinou o Evangelho sob zombarias e açoites, aflições e pedradas. Apesar  de escrever luminosas epístolas, jamais abandonou o tear humilde até à,velhice do  corpo. Considera as particularidades do assunto e observa que Deus é sempre o  mesmo Pai, que a misericórdia divina não se modificou, mas pede mãos limpas para os serviços edificantes, junto à Humanidade. Tal exigência é lógica e necessária, pois o trabalho do Altíssimo deve resplandecer sobre os caminhos humanos.

Fonte: Livro Caminho Verdade e Vida, Francisco Cândido Xavier, por Emmanuel

Trecho do estudo:

Transitam à margem da consciência com os centros da lucidez nublados, vivendo trágicos espetáculos íntimos que remontam ao passado.

Passam, na vida física, hibernados espiritualmente.

Auto-flagelam-se, apagados para a liberdade.

Estão hipnotizados.

As experiências vividas na Erraticidade imprimiram-se no perispírito vigorosamente, e renasceram sob o império coercitivo das evocações…

Apegam-se às idéias extravagantes que vibram nos centros mentais.

Em semi-transe, enovelam-se, cada dia, mais fortemente nos liames do próprio desequilíbrio.

Mumificam-se em espírito.

São dignos de compaixão.

Estão no lar, nas oficinas de trabalho, nas ruas, em toda parte.

Creram no poder da posse…

Vilipendiaram a justiça, zombando da verdade.

Viveram para si mesmos, esmagando esperanças alheias, trucidando alheias aspirações.

Dormiram, enquanto na carne, na inconsciência da verdade, empedernindo os sentimentos, enregelando o coração.

Renasceram prisioneiros de si mesmos, depois das aflições punitivas vividas antes do berço…

Há, por isso mesmo, mais hipnoses entre desencarnados e encarnados do que pensam, na Terra, os homens.

* * *

Disciplina o querer para conduzires com equilíbrio o que tens.

Corrige o ambicionar a fim de viveres longanimente o que possuis.

Respeita o direito alheio ante o próprio direito.

Medita na transitoriedade do carro carnal que te conduz, aplicando as regras da conduta reta na vida diária, tendo em mente que nada passa ignorado… à consciência individual, que representa a Consciência Divina em nós.

O patrimônio mental registra todos os seus atos, aspirações e cuidados. Enganarás, passando despercebido diante de todos e desnudo ante ti mesmo.

Acomoda o coração, harmoniza o pensamento, aceita a dificuldade, faze o bem que possas, disseminando otimismo e entusiasmo mesmo que chovam sobre a tua cabeça incompreensões e apupos.

Os vivos-mortos não te compreenderão; os hipnotizados não alcançarão teus esforços; os hibernados estarão mentalmente distantes; os atormentados demorarão aquém; os precipitados não darão tempo; muitos quererão esmagar-te na ânsia louca de prosseguir na busca de coisa nenhuma. Prossegue tu, com o espírito alentado, alentando, o coração amante, amando, vivo e atuante para a vida imortal, apesar das sombras e de tudo, banhado e revigorado intimamente pelo Sol do Amor Total.

* * *

Em “A Gênese”, o abençoado Codificador informa que o renascimento na carne não significa “punição para o espírito”, conforme pensam alguns, mas uma condição inerente à inferioridade do Espírito e um meio de ele progredir; no entanto, aqueles que recomeçam desde o berço sob o entorpecimento moral e mergulham no desalinho mais tarde, vitimados por hipnoses espirituais inferiores, estão sendo punidos pela própria consciência ligada aos débitos que seguem a alma como a “sombra acompanha o corpo” aonde vai.

Vive, pois, mentalmente com elevação e sabedoria, entesourando amor e bondade porquanto se o “reino de Deus”, como apregoou Jesus “está dentro de nós” a manifestação da justiça como corretivo aos nossos crimes demora-se, igualmente, conosco e em nós mesmos.