17/12/2022

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de sábado

tema: Poema de Isaías 

do livro Trigo de Deus


Leitura Inicial:


20 - FAMILIARES E AMIGOS


No torvelinho das preocupações em torno dos familiares queridos, pausemos, de algum

modo, para enxergá-los, não com os olhos da afeição possessiva, e sim na posição de

criaturas de Deus, como são, tanto quanto nós.

* * *

Queríamos talvez que eles crescessem pelos nossos padrões; no entanto, possuem

caminhos outros pelos quais chegarão às mesmas fontes da fé em que se nos apóia a

existência.

* * *

Desejávamos pensassem pelas ideias que nos orientam a estrada, mas trazem consigo

vocações e tendências, ideal e visão muito diversos daqueles que nos caracterizam a

marcha.

* * *

Aspirávamos a tê-los no mesmo trabalho que mais se nos adapta à maneira de ser;

todavia, nem sempre se destinam a fazer aquilo que nos compete realizar.

* * *

Anelávamos situá-los nos figurinos de felicidade que nos parecem mais justos e

aconselháveis; entretanto, permanecem guiados pelo Governo da Vida para outros tipos

de felicidade que ainda não chegamos a conhecer.

* * *

Às vezes, não nos conformamos ao vê-los sofridos ou inquietos, porém, é forçoso

considerar que, como nos ocorre, estarão carregando débitos e compromissos que, nem

nós e nem eles, resgataremos sem dificuldade ou sem dor.

* * *

Por tudo isso, aprendamos a observar nos entes amados criaturas independentes de nós,

orientadas freqüentemente, noutros rumos e matriculadas em outras classes, na escola

da experiência.

E, acima de tudo, reconhecendo quão importante se faz a liberdade para o desempenho

das obrigações que nos foram assinaladas, saibamos respeitar neles a liberdade que

igualmente desfrutamos, perante as Leis do Universo, a fim de crescerem e se

aperfeiçoarem na condição de livres filhos de Deus.

Fonte: Livro Rumo Certo


Leitura do Estudo:

O Semeador de bênçãos distendia Sua misericórdia por toda parte. Onde chegava, as multidões O cercavam, exibindo-Lhe as misérias que as consumiam e suplicando-Lhe socorro. Compassivo, entendendo a gênese do mal e a necessidade de apoio aos que eram suas vítimas, amparava os sofredores, retirando-lhes as mazelas, por algum tempo, ensinando como erradicá-las depois, mediante o contributo da vontade e do esforço pessoal de cada um. Incompreendido em todo lugar, Ele transferia-se de cidade e de aldeia, sem nunca abandonar o labor misericordioso. Não havia lugar para Ele, e quase que ainda hoje também não há. Mas, indiferente às circunstâncias e reações, que sabia procederem da ignorância, da inferioridade humana, continuava impertérrito, semeando o amor, socorrendo. Luz do mundo, onde se apresentasse era claridade. Pastor sublime, no lugar em que chegava arrebanhava os corações. Agua viva, matava a sede com a Sua simples presença. Pão do céu, nutria com ternura e palavras, esparzindo alimento com as mãos ricas de compaixão. Quem com Ele contatasse uma vez, jamais ficaria indiferente: amava-0 ou perseguia-O, porque Ele penetrava os labirintos do ser, despertando os sentimentos latentes que, bons ou maus, reagiam conforme a sua procedência. Por onde passava, ali se insculpiam estrelas nas paisagens dos corações. Nem todos O seguiam, porque, crianças espirituais, não possuíam entendimento para penetrar-Lhe as lições. Ele sabia que o germinar das Suas palavras aconteceria nos séculos porvindouros, no suceder das reencarnações futuras... Por isso, sem pressa, semeava e regava com amor, deixando que os tempos futuros realizassem o seu mister. Antes, enviara Emissários fiéis, que Lhe anunciaram o advento, aplainaram os caminhos, prepararam os ouvintes. Agora viera Ele próprio, Senhor dos Espíritos e das Vidas. Não O podiam compreender, por enquanto, os homens imediatistas e impulsivos, venais e infantis. Mesmo a maldade de que davam mostras, iracundos e ferozes, resultava mais da ignorância, da inferioridade em que se demoravam, do que da perversidade lúcida. Por assim entender, atendia-os, desculpava-os, sendo enérgico com os desonestos e astutos fariseus, contumazes exploradores do povo e instigadores perversos das massas, que desprezavam, na razão direta que essas lhes eram mais subservientes, submissas. Não obstante demonstrasse a Sua procedência curando enfermidades, expulsando obsessores, difamavam-nO os inimigos e O expulsavam dos lugares em que se encontrava, vítimas inconscientes de Entidades malignas da Erraticidade inferior. Peregrino do amor, Ele seguia adiante, palmilhando as terras crestadas pelo Sol, no verão causticante, ou vencendo o frio cortante, no inverno rigoroso... Andarilho das estrelas, caminhava com os Seus, de lugar em lugar, acendendo luz para o entendimento da Verdade, que logo depois apresentaria. O começo do Seu ministério foram as curas dos corpos estropiados, que os olhos vêem, as emoções sentem e os comentários divulgam. Em muitas ocasiões, porém, pediu que os beneficiários silenciassem os Seus feitos. Não porque temesse os inimigos, mas por desejar poupar dos maus os que se haviam recuperado. As armas dos perversos são infames e, quando não podem alcançar quem pretendem, atingem outras pessoas que são testemunhas, desmoralizando-as, afligindo-as, com a intenção de invalidar os seus depoimentos. Assim ainda são os homens e este é o seu mundo, pequeno mundo de homens-paixões perturbadores. 

★ 

A dor amesquinha os fracos e engrandece os fortes. Arrebenta as resistências dos tímidos e aumenta as dos estóicos. Enlouquece os débeis e sublima os corajosos. Como a grande mole humana é constituída de homens e mulheres em processo de crescimento, sem segurança nem fortaleza de ânimo, os sofrimentos, que os excruciam, tornam-nos alucinados. A alguém com uma cefalalgia, não se ofereçam palavras; antes se lhe dê medicação adequada... Ao faminto e ao sedento, primeiro se lhes resolvam o problema urgente, para depois informá-los de como libertar-se das geratrizes dos males que os afligem. Jesus sabia-o. Por essa razão, atendeu as dores variadas da humanidade. A Sua visão do amor socorria o necessitado, conforme a carência de que ele se fazia portador. A cada um de acordo com o seu grau de compreensão. Agia, portanto, mais do que falava, ante os que falam mais do que agem. 

 Quando, outra vez, resolveu transferir-se de lugar, para que se acalmassem por um pouco os Seus adversários, Ele recomendou aos que havia curado, que não O dessem a conhecer, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Elias: Eis aqui o meu servo que escolhí; O meu amado em quem a minha alma se agrada; Sobre ele porei o meu Espírito, E ele anunciará o juízo aos gentios. Não contenderá, nem clamará, Nem ouvirá alguém a sua voz nas ruas. Não esmagará a cana quebrada, Nem apagará a torcida que fumega, Até que faça triunfar o juízo. Em seu nome esperarão os gentios. (*) Eram gentios todos aqueles que não nasceram •israelitas. O orgulho de raça desprezava todas as raças, por sua vez por todas também desprezada. O ódio, que gera ódio, é a resposta da loucura. O orgulho, que desdenha, é desdenhado pelas suas vítimas. São eles cipoais e espinheirais que aguardam os incautos que lhes transitam pelos caminhos escabrosos. Elias, o Anunciador, já informava que os gentios O aguardavam e fariam triunfar o juízo, a Verdade. Ele a ninguém, nem a nada esmagaria, nem a cana quebrada — o cetro vergonhoso que lhe poriam na mão posteriormente — nem apagaria a torcida que fumega — os ensinos, às vezes arbitrários e absurdos, da Lei moisaica decadente — que seria conduzida pelo azeite do amor. 

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Nesse tumulto e nas convulsões sociais que abalavam Israel — que esperava o Enviado, na suposição falsa de livrar o seu povo da submissão romana — Ele chegou e não foi reconhecido, por ser pacífico e pacificador, não odiento e déspota como desejavam os vingadores, sendo a Luz que liberta as consciências e jamais se apaga. Mesmo perseguido e não aceito, Jesus fez-se o Amanhecer do Novo Dia que nunca mais se entenebrecerá. A sua claridade permanece, mesmo quando as sombras ainda não se dissiparam de todo. (*) Mateus — 12 : 16 a 21. (Nota da Autora espiritual.)