Continuando com os esclarecimentos sobre a Arte trazidos por Emmanuel, no livro O Consolador:
163 – Pode alguém se fazer artista tão-só pela educação especializada em uma
existência?
A perfeição técnica, individual de um artista, bem como as suas mais notáveis
características, não constituem a resultantes das atividades de uma vida, mas
de experiências seculares na Terra e na esfera espiritual, porquanto o gênio, em
qualquer sentido, nas manifestações artísticas mais diversas, é a síntese
profunda de vidas numerosas, em que a perseverança e o esforço se casaram
para as mais brilhantes florações da espontaneidade.
164 – Como devemos compreender o gênio?
O gênio constitui a súmula dos mais longos esforços em múltiplas existências de
abnegação e de trabalho, na conquista dos valores espirituais.
Entendendo a vida pelo seu prisma real, muita vez desatende ao círculo
estreito da vida terrestre, no que se refere às suas fórmulas convencionais e
aos seus preconceitos, tornando-se um estranho ao seu próprio meio, por suas
qualidades superiores e inconfundíveis.
Esse é o motivo por que a ciência terrestre, encarcerada nos cânones do
convencionalismo, presume observar no gênio uma psicose condenável,
tratando-o, quase sempre, como a célula enferma do organismo social, para
glorifica-lo, muitas vezes, depois da morte, tão logo possa aprender a grandeza
da sua visão espiritual na paisagem do futuro.
Continua...
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