Grupo Espírita Auta de Souza (GEAS)
1966 . Seja bem-vindo!
15/05/2021
Olá amigos!
Segue abaixo nosso estudo de sábado
livro Dimensões da Verdade
Caridade antes
Leitura inicial:
O FRACASSO DE PEDRO
“E Pedro o seguiu, de longe, até ao pátio do sumo-sacerdote e,
entrando, assentou-se entre os criados para ver o fim.” — (MATEUS,
capítulo 26, versículo 58.)
O fracasso, como qualquer êxito, tem suas causas positivas.
A negação de Pedro sempre constitui assunto de palpitante interesse nas
comunidades do Cristianismo.
Enquadrar-se-ia a queda moral do generoso amigo do Mestre num plano
de fatalidade? Por que se negaria Simão a cooperar com o Senhor em minutos
tão difíceis?
Útil, nesse particular, é o exame de sua invigilância.
O fracasso do amoroso pescador reside aí dentro, na desatenção para com
as advertências recebidas.
Grande número de discípulos modernos participam das mesmas negações,
em razão de continuarem desatendendo.
Informa o Evangelho que, naquela hora de trabalhos supremos, Simão
Pedro seguia o Mestre “de longe”, ficou no “pátio do sumo-sacerdote”, e
“assentou-se entre os criados” deste, para “ver o fim”.
Leitura cuidadosa do texto esclarece-nos o entendimento e reconhecemos
que, ainda hoje, muitos amigos do Evangelho prosseguem caindo em suas
aspirações e esperanças, por acompanharem o Cristo a distância, receosos de
perderem gratificações imediatistas; quando chamados a testemunho
importante, demoram-se nas vizinhanças da arena de lutas redentoras, entre
os servos das convenções utilitaristas, assestando binóculos de exame, a fim
de observarem como será o fim dos serviços alheios.
Todos os aprendizes, nessas condições, naturalmente fracassarão e
chorarão amargamente.
Trecho do estudo:
Pranto espontâneo brilha em teus olhos ante os pequeninos que passam embrulhados nos panos do miserabilismo. Compunção legítima assinala tua emotividade ao examinar a grande expressão dos enfermos nas casas hospitalares.
Pereira Franco, Divaldo; de Ângelis, Joanna. Dimensões da Verdade . Editora Leal. Edição do Kindle.
01/05/2021
Olá amigos!
Segue nosso estudo de sábado
Livro Dimensões da Verdade
21. Mortos e Mortos
Leitura inicial:
46
Na Cruz
“Ele salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-se.”
(Mateus, 27:42)
Sim, ele redimira a muitos... Estendera o amor e a verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e
ressuscitara mortos. Entretanto, para ele mesmo erguia-se a cruz entre ladrões.
Em verdade, para quem se exaltara tanto, para quem atingira o pináculo, sugerindo indiretamente a própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme...
Era o Príncipe da Paz e achava-se vencido pela guerra dos interesses
inferiores.
Era o Salvador e não se salvava.
Era o Justo e padecia a suprema injustiça.
Jazia o Senhor flagelado e vencido.
Para o consenso humano era a extrema perda.
Caíra, todavia, na cruz. Sangrando, mas de pé. Supliciado, mas de braços abertos.
Relegado ao sofrimento, mas suspenso da Terra.
Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração içado ao Amor.
Tombara, vilipendiado e esquecido, mas, no outro dia, transformava a
própria dor em glória divina. Pendera-lhe a fronte, em pastada de sangue, no
madeiro, e ressurgia, à luz do sol, ao hálito de um jardim. Convertia-se a derrota escura em vitória resplandecente.
Cobria-se o lenho
afrontoso de claridades celestiais para a Terra inteira.
Assim também ocorre no círculo de nossas vidas.
Não tropeces no fácil triunfo ou na auréola barata dos crucificadores.
Toda vez que as circunstâncias te compelirem a modificar o roteiro da
própria vida, prefere o sacrifício de ti mesmo, transformando a tua dor em auxílio
para muitos, porque todos aqueles que recebem a cruz, em favor dos semelhantes, descobrem o trilho da eterna ressurreição.
Trecho do estudo:
Não importa a condição social em que os encontres.
Uns deambulam, ilustres, embora a indumentária carnal, cadaverizados pelo egoísmo.
Outros jornadeiam, bem acondicionados, mumificados pelo
orgulho.
Mais outros passam, superficiais e inermes ante a ação corruptora da impudicícia.
Alguns movimentam-se, hipnotizados pelo prazer, a ele entregues.
Diversos aparecem inertes, aprisionados na indignidade.
Outros tantos escorregam, dominados pelo torpor do gozo animalizante.
Vários transitam aligeirados, abrançando a cobiça.
Grande número constitui-se de presunçosos, apodrecendo no
ócio a que se entregam...
Mortos, todos eles, embora estejam no corpo físico.
E há aqueles que, considerados mortos, continuam vivos. Mortos que estão levantando as bases morais da sociedade sob
o influxo da misericórdia de Jesus Cristo, o Excelso triunfador da
morte. Mortos que amam e retomam ao cativeiro da carne para que
suas vozes falem sobre a vida. Mortos que sofrem e voltam para anunciar, agônicos, as surpresas que experimentaram depois da travessia... Mortos que trabalham e distendem braços incorpóreos na direção da dor alheia e socorrem. Mortos que dilatam o Reino de Amor e Benignidade nos corações e nos espíritos ao império do clamor da Verdade.
Sim, mortos e mortos.
Os primeiros estão ao teu lado, em toda parte, e os vês, falam
contigo e os escutas. Examina-os de perto, usando as luzes com
que a Doutrina Espírita te clareia o discernimento.
Os segundos também estão ao teu lado, em toda parte, embora
nem sempre os vejas e, falando contigo, não os escutes.
Aqueles são os chamados vivos e atuantes, enquanto estes teimosamente são considerados mortos.
Medita!
Considerando a tua própria situação, em face dos ensinos do Espiritismo cristão, examina como vives, como ages, que pretendes.
Se, em verdade, és do grupo que vive caminhando para a Vida, não te
detenhas no charco das lamentações nem pares no poço escuro da revolta;
arrebenta as algemas do erro, aproveita a preciosa gema da oportunidade
e faze-te atuante instrumento desses mortos diligentes em quem crês, a
quem amas, de quem te fala a mensagem espiritista, oferecendo a contribuição valiosa do teu esforço para que também tu, depois da morte sejas
um desses incansáveis mortos...