Olá amigos!
Segue nosso estudo da Tarde Fraterna:
Leitura inicial:
LIVRO VIDA FELIZ, 149:
Deus conhece o teu destino e comanda a tua vida.
O que te ocorre, mereces, a fim de conquistares novas marcas
na escala da evolução.
Deus é Pai Misericordioso e vela por ti.
Jamais te consideres desprezado, resvalando pela rebeldia e
blasfêmia.
O homem deve treinar coragem e resignação, sem cujos valores
permanece criança espiritual.
Deus não tem preferências e nos ama a todos.
Deixa-te conduzir pelas ocorrências que não podes mudar, e
altera com amor aquelas que te irão beneficiar.
Desesperar-te? Nunca!
PROGRESSÃO
DOS ESPÍRITOS:
O Livro dos
Espíritos > Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos >
Capítulo I — Dos Espíritos > Progressão dos Espíritos.
114. Os
Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são os mesmos Espíritos, que se
melhoram?
“São os
mesmos Espíritos, que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem
inferior para outra, mais elevada.”
115. Dos Espíritos,
uns terão sido criados bons e outros maus?
“Deus criou
todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu
determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar
progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, e para aproximá-los
de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade.
Passando pelas provas que Deus lhes impõe, os Espíritos adquirem aquele
conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa ao seu
destino final. Outros só as suportam murmurando e assim, por sua culpa,
permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”
a) – Segundo
o que acabais de dizer, os Espíritos, em sua origem, seriam como as crianças,
ignorantes e inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos de que
carecem com o percorrerem as diferentes fases da vida?
“Sim, a
comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita. Seu
aproveitamento depende da sua maior ou menor docilidade. Mas a vida do homem
tem termo, ao passo que a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”
116. Haverá
Espíritos que se conservem eternamente nas ordens inferiores?
“Não; todos
se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já de
outra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos
para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior
do que vós mesmos?”
117. Depende
dos Espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente para a perfeição?
“Certamente.
Eles a alcançam mais ou menos rápido, conforme o desejo que têm de alcançá-la e
a submissão que testemunham à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui
mais depressa do que outra recalcitrante?”
118. Podem
os Espíritos degenerar?
“Não; à
medida que avançam, compreendem o que os distanciava da perfeição. Concluindo
uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode
permanecer estacionário, mas não retrograda.”
119. Não
podia Deus isentar os Espíritos das provas que lhes cumpre sofrer para chegarem
à primeira ordem?
“Se Deus os
houvesse criado perfeitos, nenhum mérito teriam para gozar dos benefícios dessa
perfeição. Onde estaria o merecimento sem a luta? Ademais, a desigualdade entre
eles existente é necessária à sua personalidade. Acresce ainda que as missões
que desempenham nos diferentes graus da escala estão nos desígnios da
Providência, para a harmonia do universo.”
KARDEC: Pois que, na vida social, todos os homens
podem chegar às mais altas funções, seria o caso de perguntar-se por que o
soberano de um país não faz de cada um de seus soldados um general; por que
todos os empregados subalternos não são funcionários superiores; por que todos
os colegiais não são mestres. Ora, entre a vida social e a espiritual há esta
diferença: enquanto que a primeira é limitada e nem sempre permite que o homem
suba todos os seus degraus, a segunda é indefinida e a todos oferece a
possibilidade de se elevarem ao grau supremo.
120. Todos
os Espíritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem?
“Pela fieira
do mal, não; pela fieira da ignorância. ”
121. Por que
é que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?
“Não têm
eles o livre-arbítrio?
Deus não
criou Espíritos maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta
aptidão para o bem quanta para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por
vontade própria.”
122. Como
podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si
mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles algum
princípio, uma tendência qualquer que os encaminhe para uma senda de
preferência a outra?
“O
livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de
si mesmo. Já não haveria liberdade, se a escolha fosse determinada por uma
causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora
dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se
contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns
cederam à tentação, outros resistiram.”
a) – Donde
vêm as influências que sobre ele se exercem?
“Dos
Espíritos imperfeitos que procuram apoderar-se dele, dominá-lo, e que rejubilam
com o fazê-lo sucumbir. Foi isso o que se intentou simbolizar na figura de
Satanás.”
CONCLUSÃO
• Como um
dos princípios fundamentais do Espiritismo, a evolução é para o Espírito uma
dádiva de Deus, permitindo o progresso constante da criatura em sua jornada.
• Deus, em
sua sabedoria e justiça, criou todos os espíritos simples e ignorantes, isto é,
desprovidos dos recursos e conhecimentos, dando a todos idênticas oportunidades
de buscarem, por si mesmos, a perfeição.
• As
diferenças intelectuais e morais observadas entre os Espíritos são decorrentes
da posição evolutiva por eles alcançada.
• Os bons
Espíritos o são porque já alcançaram, pelo seu esforço, um degrau mais elevado
na escala evolutiva e os inferiores não o são para sempre, estando a estes
reservadas a mesma possibilidade de melhoria dos demais.
• Não há
privilégios da parte de Deus que concede a todos os Espíritos as mesmas
faculdades, as quais poderão ser aprimoradas através das reencarnações.
• Os
chamados anjos e demônios não são seres criados à parte, por capricho de Deus,
mas sim irmãos nossos. Os primeiros já atingiram condições espirituais muito
elevadas e os segundos, por transgressão deliberada às leis divinas, permanecem
temporariamente na perversidade.
• Embora
estagiando nos mais variados pontos da progressão espiritual, a todos os
Espíritos está reservada uma meta maior, conforme nos alerta Jesus: “Sede
perfeitos, como perfeito é o Pai que está nos céus”.