29/10/2022

 Olá amigos!

Segue nosso estudo da Tarde Fraterna:







Leitura inicial:

 

LIVRO VIDA FELIZ, 149:

 

Deus conhece o teu destino e comanda a tua vida.

O que te ocorre, mereces, a fim de conquistares novas marcas na escala da evolução.

Deus é Pai Misericordioso e vela por ti.

Jamais te consideres desprezado, resvalando pela rebeldia e blasfêmia.

O homem deve treinar coragem e resignação, sem cujos valores permanece criança espiritual.

Deus não tem preferências e nos ama a todos.

Deixa-te conduzir pelas ocorrências que não podes mudar, e altera com amor aquelas que te irão beneficiar.

Desesperar-te? Nunca!

 

PROGRESSÃO DOS ESPÍRITOS:

 

O Livro dos Espíritos > Parte segunda — Do mundo espírita ou mundo dos Espíritos > Capítulo I — Dos Espíritos > Progressão dos Espíritos.

 

114. Os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são os mesmos Espíritos, que se melhoram?

“São os mesmos Espíritos, que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra, mais elevada.”

 

115. Dos Espíritos, uns terão sido criados bons e outros maus?

“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, e para aproximá-los de si. Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe, os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa ao seu destino final. Outros só as suportam murmurando e assim, por sua culpa, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”

 

a) – Segundo o que acabais de dizer, os Espíritos, em sua origem, seriam como as crianças, ignorantes e inexperientes, só adquirindo pouco a pouco os conhecimentos de que carecem com o percorrerem as diferentes fases da vida?

“Sim, a comparação é boa. A criança rebelde se conserva ignorante e imperfeita. Seu aproveitamento depende da sua maior ou menor docilidade. Mas a vida do homem tem termo, ao passo que a dos Espíritos se prolonga ao infinito.”

 

116. Haverá Espíritos que se conservem eternamente nas ordens inferiores?

“Não; todos se tornarão perfeitos. Mudam de ordem, mas demoradamente, porquanto, como já de outra vez dissemos, um pai justo e misericordioso não pode banir seus filhos para sempre. Pretenderias que Deus, tão grande, tão bom, tão justo, fosse pior do que vós mesmos?”

 

117. Depende dos Espíritos o progredirem mais ou menos rapidamente para a perfeição?

“Certamente. Eles a alcançam mais ou menos rápido, conforme o desejo que têm de alcançá-la e a submissão que testemunham à vontade de Deus. Uma criança dócil não se instrui mais depressa do que outra recalcitrante?”

 

118. Podem os Espíritos degenerar?

“Não; à medida que avançam, compreendem o que os distanciava da perfeição. Concluindo uma prova, o Espírito fica com a ciência que daí lhe veio e não a esquece. Pode permanecer estacionário, mas não retrograda.”

 

119. Não podia Deus isentar os Espíritos das provas que lhes cumpre sofrer para chegarem à primeira ordem?

“Se Deus os houvesse criado perfeitos, nenhum mérito teriam para gozar dos benefícios dessa perfeição. Onde estaria o merecimento sem a luta? Ademais, a desigualdade entre eles existente é necessária à sua personalidade. Acresce ainda que as missões que desempenham nos diferentes graus da escala estão nos desígnios da Providência, para a harmonia do universo.”

KARDEC: Pois que, na vida social, todos os homens podem chegar às mais altas funções, seria o caso de perguntar-se por que o soberano de um país não faz de cada um de seus soldados um general; por que todos os empregados subalternos não são funcionários superiores; por que todos os colegiais não são mestres. Ora, entre a vida social e a espiritual há esta diferença: enquanto que a primeira é limitada e nem sempre permite que o homem suba todos os seus degraus, a segunda é indefinida e a todos oferece a possibilidade de se elevarem ao grau supremo.

 

120. Todos os Espíritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem?

“Pela fieira do mal, não; pela fieira da ignorância. ”

 

121. Por que é que alguns Espíritos seguiram o caminho do bem e outros o do mal?

“Não têm eles o livre-arbítrio?

Deus não criou Espíritos maus; criou-os simples e ignorantes, isto é, tendo tanta aptidão para o bem quanta para o mal. Os que são maus, assim se tornaram por vontade própria.”

 

122. Como podem os Espíritos, em sua origem, quando ainda não têm consciência de si mesmos, gozar da liberdade de escolha entre o bem e o mal? Há neles algum princípio, uma tendência qualquer que os encaminhe para uma senda de preferência a outra?

“O livre-arbítrio se desenvolve à medida que o Espírito adquire a consciência de si mesmo. Já não haveria liberdade, se a escolha fosse determinada por uma causa independente da vontade do Espírito. A causa não está nele, está fora dele, nas influências a que cede em virtude da sua livre vontade. É o que se contém na grande figura emblemática da queda do homem e do pecado original: uns cederam à tentação, outros resistiram.”

 

a) – Donde vêm as influências que sobre ele se exercem?

“Dos Espíritos imperfeitos que procuram apoderar-se dele, dominá-lo, e que rejubilam com o fazê-lo sucumbir. Foi isso o que se intentou simbolizar na figura de Satanás.”

 

CONCLUSÃO

• Como um dos princípios fundamentais do Espiritismo, a evolução é para o Espírito uma dádiva de Deus, permitindo o progresso constante da criatura em sua jornada.

• Deus, em sua sabedoria e justiça, criou todos os espíritos simples e ignorantes, isto é, desprovidos dos recursos e conhecimentos, dando a todos idênticas oportunidades de buscarem, por si mesmos, a perfeição.

• As diferenças intelectuais e morais observadas entre os Espíritos são decorrentes da posição evolutiva por eles alcançada.

• Os bons Espíritos o são porque já alcançaram, pelo seu esforço, um degrau mais elevado na escala evolutiva e os inferiores não o são para sempre, estando a estes reservadas a mesma possibilidade de melhoria dos demais.

• Não há privilégios da parte de Deus que concede a todos os Espíritos as mesmas faculdades, as quais poderão ser aprimoradas através das reencarnações.

• Os chamados anjos e demônios não são seres criados à parte, por capricho de Deus, mas sim irmãos nossos. Os primeiros já atingiram condições espirituais muito elevadas e os segundos, por transgressão deliberada às leis divinas, permanecem temporariamente na perversidade.

• Embora estagiando nos mais variados pontos da progressão espiritual, a todos os Espíritos está reservada uma meta maior, conforme nos alerta Jesus: “Sede perfeitos, como perfeito é o Pai que está nos céus”.