Olá amigos!
Segue o estudo do Livro Reflexões Espíritas
Tema: Roteirista Sábio
Leitura de harmonização:
46 QUEM ÉS?
“Há só um Legislador e um Juiz que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?” — (TIAGO, capítulo 4, versículo 12.)
Deveria existir, por parte do homem, grande cautela em emitir opiniões relativamente à incorreção alheia. Um parecer inconsciente ou leviano pode gerar desastres muito maiores que o erro dos outros, convertido em objeto de exame. Naturalmente existem determinadas responsabilidades que exigem observações acuradas e pacientes daqueles a quem foram conferidas. Um administrador necessita analisar os elementos de composição humana que lhe integram a máquina de serviços. Um magistrado, pago pelas economias do povo, é obrigado a examinar os problemas da paz ou da saúde sociais, deliberando com serenidade e justiça na defesa do bem coletivo. Entretanto, importa compreender que homens, como esses, entendendo a extensão e a delicadeza dos seus encargos espirituais, muito sofrem, quando compelidos ao serviço de regeneração das peças vivas, desviadas ou enfermiças, encaminhadas à sua responsabilidade. Na estrada comum, no entanto, verifica-se grande excesso de pessoas viciadas na precipitação e na leviandade. Cremos seja útil a cada discípulo, quando assediado pelas considerações insensatas, lembrar o papel exato que está representando no campo da vida presente, interrogando a si próprio, antes de responder às indagações tentadoras: “Será este assunto de meu interesse? Quem sou? Estarei, de fato, em condições de julgar alguém?
Do livro Caminho, Verdade e Vida, de Chico Xavier e Emmanuel
Leitura Principal:
ROTEIRISTA SÁBIO
Mediunismo — mediunidade.
Espiritismo — Doutrina Espírita.
O mediunismo está espalhado por toda parte. Surge aqui e espoca adiante; aparece, agora, retumbante, para desaparecer, logo mais, desorganizado. Cogumelo psíquico, explode em todo lugar, quando se fazem propícias as condições.
A mediunidade espírita, no entanto, resulta do exercício correto do mediunismo sob a diretriz da Doutrina Espírita, como ponte vigorosa por onde transitam os viajores da Erraticidade, em comércio salutar com os homens da Terra. Instrumentos do mediunismo apareceram em todo o Globo desde épocas imemoriais, através dos quais a vida imortal se tem revelado com toda a pujança. Ainda agora, e a cada momento, o mediunismo arrasta multidões de admiradores curiosos em tomo do fenômeno psíquico, confirmando a imortalidade do espírito, produzindo sensação, mas somente isso.
A mediunidade, entretanto, disciplinada pelo esclarecimento do médium e conduzida pelo vigor evangélico, abre perspectivas indimensionais em torno da vida além-do-túmulo, com as consequentes diretivas morais e implicações sociológicas de alcance ilimitado.
Os primeiros são portas abertas de par em par ao abandono.
Os segundos são portas controladas com fechos de segurança. Seus instrumentos são espíritos em prova, conduzindo débitos a resgatar, em forma de promissórias averbadas com datas definidas para regularização. No mediunismo há fenômeno.
Na mediunidade disciplinada há roteiro.
O mediunismo é termo genérico para traduzir toda uma ordem de fenômenos entre encarnados e desencarnados, onde apareçam e como apareçam.
O mediunismo conduz ao Espiritismo ou Doutrina Espírita que “ é a ciência que trata da natureza, origem e destino dos espíritos, bem como das relações existentes entre o mundo corporal e o mundo espiritual”, como bem definiu Allan Kardec.
São as rotas morais e esclarecedoras que, sintetizadas na Codificação, evocam o Cristianismo primitivo, consoante Ele o postulou e o viveu, o qual, e somente ele, o Espiritismo, pode pôr dique às águas revoltas do desequilíbrio e da anarquia, que irrompem, caudalosas, ameaçando a estrutura da sociedade.
O mediunismo gera distúrbios mentais e emocionais de longo curso, porque, desregrado, a mercê da leviandade dos homens da Terra e dos espíritos irresponsáveis do além...
A mediunidade com Jesus é fator de saúde e elevação pelos impositivos que lhe oferecem a Doutrina Espírita e pelas concessões defluentes do Evangelho de inapreciáveis benefícios para o médium e quantos dele se acercam.
O Espiritismo colima os objetivos elevados dos espíritos desencarnados, interessados no despertamento das consciências humanas para uma vida inteiriça de moralidade e sublimação, na qual, berço e túmulo representem apenas as portas de entrada e saída da experiência carnal — como realmente o são — no curso longo da perfeição.
E por esta razão que reverenciamos, em Allan Kardec, na Doutrina Espírita que ele nos ofereceu com sacrifícios incomparáveis, o Consolador, aquele Espírito de Verdade que viria, consoante a promessa de Jesus, esclarecer e guiar os homens , para ficar na Terra até a consumação d os evos.