GRUPO ESPÍRITA AUTA DE SOUZA
Informativo nº 173
- Ano 15 - janeiro de 2018
Rua Almirante João
Cândido Brasil, 335 - Maracanã – Rio de Janeiro - RJ
Telefone:
(21) 2571-3998
Caráter da revelação
espírita
Assim como a Ciência propriamente
dita tem por objeto o estudo das leis do princípio material, o objeto especial
do Espiritismo é o conhecimento das leis do princípio espiritual. Ora, como
este último princípio é uma das forças da natureza, a reagir incessantemente
sobre o princípio material e reciprocamente, segue-se que o conhecimento de um
não pode estar completo sem o conhecimento do outro.
O Espiritismo e a Ciência se completam reciprocamente; a Ciência
sem o Espiritismo, se acha na impossibilidade de explicar certos fenômenos só
pelas leis da matéria; ao Espiritismo sem a Ciência, faltariam apoio e
comprovação. O estudo das leis da matéria tinha de preceder o da
espiritualidade, porque a matéria é que primeiro fere os sentidos. Se o
Espiritismo tivesse vindo antes das descobertas científicas, teria abortado,
como tudo quanto surge antes do tempo.
O Espiritismo, tendo por objeto o
estudo de um dos elementos constitutivos do universo, toca forçosamente na
maior parte das ciências; só podia, portanto, vir depois da elaboração delas;
nasceu pela força mesma das coisas, pela impossibilidade de tudo explicar com o
auxílio apenas das leis da matéria.
Acusam-no de parentesco com a magia
e a feitiçaria; porém esquecem que a Astronomia tem por irmã mais velha a Astrologia
judiciária, ainda não muito distante de nós; que a Química é filha da Alquimia,
com a qual nenhum homem sensato ousaria hoje ocupar-se. Ninguém nega,
entretanto, que na Astrologia e na Alquimia estivesse o gérmen das verdades de
que saíram as ciências atuais. Apesar das suas ridículas fórmulas a Alquimia encaminhou
a descoberta dos corpos simples e da lei das afinidades.
A Astrologia se
apoiava na posição e movimento dos astros, que ela estudara; mas na ignorância
das verdadeiras leis que regem o mecanismo do universo, os astros eram, para o
vulgo, seres misteriosos aos quais a superstição atribuía uma influência moral
e um sentido revelador. Quando Galileu, Newton e Kepler tornaram conhecidas
essas leis, quando o telescópio rasgou o véu e mergulhou nas profundezas do
espaço um olhar que algumas cri aturas
acharam indiscreto, os planetas apareceram como simples mundos semelhantes ao
nosso e todo o castelo do maravilhoso desmoronou.
O mesmo se dá com o Espiritismo,
relativamente à magia e à feitiçaria, que se apoiavam também na manifestação
dos Espíritos, como a Astrologia no movimento dos astros; mas, ignorantes das
leis que regem o mundo espiritual, a magia e a feitiçaria misturavam nessas
relações espirituais práticas e crenças ridículas, com as quais o moderno
Espiritismo, fruto da experiência e da observação, acabou.
Certamente, a
distância que separa o Espiritismo da magia e da feitiçaria é maior do que a
que existe entre a Astronomia e a Astrologia, a Química e a Alquimia.
Confundi-las é provar que de nenhuma se sabe patavina.
A Gênese, os milagres e as predições segundo o
Espiritismo – A Gênese segundo o Espiritismo - Capítulo I (trechos selecionados)
– Allan Kardec – FEB – 53ª edição (2013)
Do livro Caminho, Verdade e Vida,
psicografia de F. C. Xavier; editora FEB – 29ª edição – 2015
O Espírito e sua forma
Ciência e amor
A ciência
incha, mas o amor edifica – Paulo (I
Coríntios, 8:1)
A ciência pode estar cheia de poder, mas
só o amor beneficia. A ciência em todas as épocas, conseguiu inúmeras
expressões evolutivas. Vemo-la no mundo, exibindo realizações que pareciam
quase inatingíveis. Máquinas enormes cruzam os ares e o fundo dos oceanos. A
palavra é transmitida, sem fios, a longas distâncias. A imprensa difunde
raciocínios mundiais. Mas, para esta mesma ciência pouco lhe importa que o
homem lhe use os frutos para o bem ou para o mal. Não compreende o
desinteresse, nem as finalidades santas.
O amor, porém, aproxima-se de seus
labores e retifica-os, conferindo-lhe a consciência do bem. Ensina que cada
máquina deve servir como utilidade divina, no caminho dos homens para Deus, que
somente se deveria transmitir a palavra edificante como dádiva do Altíssimo,
que apenas seria justa a publicação dos raciocínios elevados para o esforço
redentor das criaturas.
Se a ciência descobre explosivos,
esclarece o amor quanto à utilização deles na abertura de estradas que ligam os
povos; se a primeira confecciona um livro, ensina o segundo como gravar a
verdade consoladora. A ciência pode concretizar muitas obras úteis, mas só o
amor institui as obras mais altas. Não duvidamos que a primeira, bem
interpretada, possa dotar o homem de um coração corajoso; entretanto, somente o
segundo pode dar um coração iluminado.
O mundo permanece em obscuridade e
sofrimento, porque a ciência foi assalariada pelo ódio, que aniquila e
perverte, e só alcançará o porto de segurança quando se render plenamente ao
amor de Jesus Cristo.
Emmanuel
“Em todos os lugares, muitos ensinam com as palavras,
entretanto, raros atendem ao espírito eterno. ”
Veneranda
Do livro “Coletânea do Além”, psicografia de F. C.
Xavier - FEB
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O Espírito e sua forma
Léon Denis
Em todo homem vive um espírito.
Por espírito deve-se entender a alma revestida de seu envoltório fluídico, que tem a forma do corpo físico e participa da imortalidade da alma, de que é inseparável.
Da essência da alma apenas sabemos uma coisa: que, sendo indivisível, é imperecível. A alma se revela por seus pensamentos, e também por seus atos; para que possa, porém, agir e nos impressionar os sentidos físicos, preciso lhe é um intermediário semimaterial, sem o qual nos pareceria incompreensível a sua ação. É o perispírito, nome dado ao invólucro fluídico, imponderável, invisível. Em sua intervenção é que se pode encontrar a chave explicativa dos fenômenos espíritas.
O corpo fluídico, que possui o homem, é o transmissor de nossas impressões, sensações e lembranças. Anterior à vida atual, inacessível à destruição pela morte, é o admirável instrumento que para si mesma a alma constrói e que aperfeiçoa através dos tempos; é o resultado de seu longo passado. Nele se conservam os instintos, se acumulam as forças, se fixam as aquisições de nossas múltiplas existências, os frutos de nossa lenta e penosa evolução.
A substância do perispírito é extremamente sutil, é a matéria em seu estado mais quintessenciado, é mais rarefeita que o éter; suas vibrações, seus movimentos, ultrapassam em rapidez e penetração os das mais ativas substâncias. Daí a facilidade de os Espíritos atravessarem os corpos opacos, os obstáculos materiais e transporem consideráveis distâncias com a rapidez do pensamento.
Insensível às causas de desagregação e destruição que afetam o corpo físico, o perispírito assegura a estabilidade da vida em meio da contínua renovação das células. É o modelo invisível através do qual passam e se sucedem as partículas orgânicas, obedecendo a linhas de força, reconhecido por Claude Bernard como necessário para manter a forma humana em meio a constantes modificações e da renovação dos átomos.
Continua no informativo do GEAS de março de 2018
Do livro No Invisível, de Léon Denis – Primeira Parte-Capítulo III; FEB – 7ª edição – 1973
Eis que o semeador saiu a
semear. Mateus, 13:3
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