20/02/2021
Olá amigos!
Segue abaixo o estudo de hoje
livro Dimensões da Verdade - Fazendo sol
Leitura inicial:
20 - FAMILIARES E AMIGOS
No torvelinho das preocupações em torno dos familiares queridos, pausemos, de algum modo, para enxergá-los, não com os olhos da afeição possessiva, e sim na posição de criaturas de Deus, como são, tanto quanto nós.
* * *
Queríamos talvez que eles crescessem pelos nossos padrões; no entanto, possuem caminhos outros pelos quais chegarão às mesmas fontes da fé em que se nos apóia a existência.
* * *
Desejávamos pensassem pelas idéias que nos orientam a estrada, mas trazem consigo vocações e tendências, ideal e visão muito diversos daqueles que nos caracterizam a marcha.
* * *
Aspirávamos a tê-los no mesmo trabalho que mais se nos adapta à maneira de ser; todavia, nem sempre se destinam a fazer aquilo que nos compete realizar.
* * *
Anelávamos situá-los nos figurinos de felicidade que nos parecem mais justos e aconselháveis; entretanto, permanecem guiados pelo Governo da Vida para outros tipos de felicidade que ainda não chegamos a conhecer.
* * *
Às vezes, não nos conformamos ao vê-los sofridos ou inquietos, porém, é forçoso considerar que, como nos ocorre, estarão carregando débitos e compromissos que, nem nós e nem eles, resgataremos sem dificuldade ou sem dor.
* * *
Por tudo isso, aprendamos a observar nos entes amados criaturas independentes de nós, orientadas freqüentemente, noutros rumos e matriculadas em outras classes, na escola da experiência. E, acima de tudo, reconhecendo quão importante se faz a liberdade para o desempenho das obrigações que nos foram assinaladas, saibamos respeitar neles a liberdade que igualmente desfrutamos, perante as Leis do Universo, a fim de crescerem e se aperfeiçoarem na condição de livres filhos de Deus.
Fonte: Livro Rumo Certo, Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
Além da cela em que te enclausuras, alimentando as vitórias
dos sofrimentos que crias entre sombras mentais, o trabalho
socorrista espera braços para acionarem a alavanca da oportunidade,
em favor de outros mais necessitados do que tu mesmo, que não podem
parar nos degraus da lamentação.
Ignoras, certamente, a dor de uma mãe viúva e enferma sustentando em braços fracos o filho misérrimo e esfaimado; não sabes o desgosto profundo que experimenta um pai envelhecido que a tirania dos filhos jovens atirou à sarjeta e ao abandono; desconheces o sinal da orfandade, desde as primeiras horas nas ruas do desconforto, em forma de complexos e recalques malsinantes; desconheces os punhais invisíveis das dores morais que despedaçam o coração e mil outros angustiantes golpes com que o pretérito culposo pune no presente os infratores da Lei...
Quantos bens se demoram encurralados em tuas mãos e quantas oportunidades te passam improdutivas?!
Acompanha a viagem da semente em transformações incessantes até uma nova semente.
Segue a jornada de uma moeda perdida na ociosidade do teu cofre e consigna os bens que pode espalhar quando dirigida pelos poderes da caridade.
Aplica o minuto do repouso indébito e desnecessário, edificando algo bom em alguém ou para alguém, e as noites do desassossego fulgirão com os lampejos das estrelas do teu esforço clareando caminhos.
Muitas dores são filhas da ociosidade.
Diversos males descendem da ignorância dos males reais.
Múltiplas enfermidades desenvolvem-se na madre da inutilidade.
Vidas vazias são colunas belas e decoradas sem base nem utilidade, dispensáveis e frágeis.
A auto piedade pode ser comparada à hera constringente que despedaça a frincha em que se apóia...
Lá fora, além da cela do teu isolacionismo, está fazendo sol e Jesus, hoje como outrora, esquecido de si mesmo e das ingratidões dos homens e do mundo está recolhendo corações para a lavoura do amor.
Deixa-te inundar da poderosa mensagem da luz e vencerás as sombras do pessimismo e da nostalgia que te vencem desapiedadamente, fazendo-te entender, porque para quem ama sempre “está fazendo sol.”
15/02/2021
129 - Na Fonte do Bem
Olá amigos!
Segue abaixo o nosso estudo da segunda-feira
livro "Palavras de Vida Eterna"
129 - Na Fonte do Bem
ESE – Cap. XIII – Não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita
O óbolo da viúva
5.
“E, estando Jesus assentado à frente de um gazofilácio1, observava de que
maneira o povo nele jogava o dinheiro, e como os ricos lá colocavam muito.
Vindo, porém, uma pobre viúva, lá colocou apenas duas pequenas moedas no valor
de poucos centavos. Então, tendo Jesus chamado os Seus discípulos, disse-lhes:
Eu vos digo, em verdade, que essa pobre viúva deu mais do que todos os outros
que colocaram dinheiro no gazofilácio, pois todos deram de sua abundância, e
ela deu de sua indigência, talvez tudo o que tinha, todo o seu sustento.”
(Marcos, XII: 41-44; Lucas, XXI:1-4)
Mensagem do livro:
“Palavras de Vida Eterna”
Espírito Emmanuel – Chico Xavier
129 - NA FONTE DO BEM
“Então, enquanto temos tempo, façamos bem a todos...”
PAULO (GÁLATAS, 6:19.)
Muita gente só admite auxílio eficiente,
quando o dinheiro aparece.
Entretanto, há serviços que o ouro não consegue remunerar.
Há vencimentos justos para os encargos do professor; todavia, ninguém pode estabelecer pagamento aos sacrifícios com que ele abraça os misteres da escola.
Existem honorários para as atividades do médico; no entanto, pessoa alguma logrará recompensar em valores amoedados o devotamento a que se entrega o missionário da cura, no socorro aos enfermos.
Não se compra estímulo ao trabalho. Não se vende esperança nos armazéns.
O sorriso fraternal não é matéria de negócio. Gentileza não é artigo de mercado.
Onde a vida te situe, aí recolherás, todo dia, múltiplas ocasiões de fazer o bem.
Nem sempre movimentarás bolsa farta para mitigar a penúria alheia, mas sempre disporás da frase confortadora, da oração providencial, da referência generosa, do gesto amigo.
O Apóstolo Paulo reconhece que, às vezes, atravessamos grandes ou pequenos períodos de inibições e provações, pelo que nos recomenda: “enquanto temos tempo, façamos o bem a todos”; contudo, mesmo nas circunstâncias difíceis, urge endereçar aos outros o melhor ao nosso alcance, porque segundo as leis da vida, aquilo que o homem semeia, isso mesmo colherá.
Muita Paz!
* * *
06/02/2021
Olá amigos!
Segue abaixo nosso estudo de sábado do livro Dimensões da Verdade
Benefício e gratidão
Leitura inicial:
60
Lógica da Providência
“Depois que fostes iluminados, suportastes grande combate de aflições.”
Paulo (Hebreus, 10:32)
Os cultivadores da fé sincera costumam ser indicados, no mundo, à conta de grandes sofredores. Há mesmo quem afirme afastar-se deliberadamente dos círculos religiosos, temendo o contágio de padecimentos espirituais.
Os ímpios, os ignorantes e os fúteis exibem-se, espetacularmente, na vida comum, através de traços bizarros da fantasia exterior; todavia, quando se abeiram das verdades celestes, antes de adquirirem acesso às alegrias permanentes da espiritualidade superior, atravessam grandes túneis de tristeza, abatimento e taciturnidade.
O fenômeno, entretanto, é natural, porquanto haverá sempre ponderação após a loucura e remorso depois do desregramento. O problema, contudo, abrange mais vasto círculo de esclarecimentos.
A misericórdia que se manifesta na Justiça de Deus transcende à compreensão humana.
O Pai confere aos filhos ignorantes e transviados o direito às experiências mais fortes somente depois de serem iluminados. Só após aprenderem a ver com o espírito eterno é que a vida lhes oferece valores diferentes. Nascer-lhe-sá nos corações, daí em diante, a força indispensável ao triunfo no grande combate das aflições.
Os frívolos e oportunistas, não obstante as aparências, são habitualmente almas frágeis, quais galhos secos que se quebram ao primeiro golpe da ventania.
Os espíritos nobres, que suportam as tormentas do caminho terrestre, sabem disto.
Só a luz espiritual garante o êxito nas provações.
Ninguém concede a responsabilidade de um barco, cheio de preocupações e perigos, a simples crianças.
Fonte: Pão Nosso, Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
Deslizando incansável, o rio não cogita de examinar as bênçãos que conduz nem sindica o solo por onde segue.
Bailando no ar, o perfume nada pede além da amplidão para espraiar-se.
Convertendo-se em alimento, não espera o grão outra dádiva da vida senão trituramento.
O sol fecundo não escolhe sítio para visitar com luz, calor e vida.
A chuva fertilizante não tem preferência por onde espalhar vitalidade.
Todos cooperam em nome da Divindade sem exigências e sem reclamações.
São úteis e passam.
Nada esperam, nada impõem.
Aqueles que os podem utilizar beneficiam-se e não recordam sequer dos bens que auferem com eles, mas nem por isso eles deixam de produzir.
Examinando as lições sem palavras com que a Natureza se expressa, pode o homem, com o discernimento, muito favor do próximo e de si mesmo.
Não digas, quando a ingratidão te bater à porta: "Nunca mais ajudarei a ninguém!".
Não exclames, quando a impiedade dos teus beneficiários chegar ao reduto do teu lar: "Para mim, chega!".
Não reclames, quando a soberbia dos teus pupilos queimar tuas mãos generosas com as brasas da maldade que carregam consigo: "E eu que tudo lhes dei!".
Não sofras, dizendo, quando o azorrague daqueles a quem amas te ferir o devotamento: "Arrependo-me de ter ajudado!".
Não retribuas mal por mal, pois que, assim, vitalizarás o próprio mal.
A noite domina quando encontra sombras no roteiro e a enfermidade se alastra quando se agasalha em organismos indefesos.
O bem que se faz a alguém é luz que se acende interiormente.
Gostarias, sim, de recolher gratidão, amizade, compreensão... Todos nós gostaríamos de experimentar os pomos da gratidão.
A árvore, porém, não pergunta a quem lhe colhe o fruto para onde o carrega, que pretende dele. Felicita-se por poder dar e se multiplicar através da semente que, atirada alhures, abençoa o novo solo com outras dádivas de alegria.
Imita-lhe o exemplo.
Teus frutos bons, que produzam bons frutos além...
Tuas nobres tarefas, que se desdobrem em tarefas superiores mais tarde.
A ti a alegria de fazer, doar, e nunca a ideia de colher reconhecimento ou gratidão.
Gratidão pode ser, também, pagamento.
Seja grato o teu coração, mas não esperes pelo reconhecimento de ninguém.
A reencarnação, por impositivo da Lei, aproxima de ti queridos afetos de ontem, adversários do pretérito que te buscam para receber ou para exigir, envergando trajos diferentes e estranhos sobre espíritos conhecidos.
Refaze ou completa a tarefa interrompida, o dever esquecido.
A água do rio harmoniosa que o sol traga em hausto de calor tornará ao solo, ao curso antigo, em chuva dadivosa.
O bem que faças, viajando sem parar em muitos corações, espalhará luz no longo curso e, amanhã - nos caminhos sem fim do futuro - mesmo que não o saibas ou o tenham esquecido, ressurgirá mais além, mais formoso, mais fecundo.