06/02/2021

 Olá amigos!

Segue abaixo nosso estudo de sábado do livro Dimensões da Verdade

Benefício e gratidão



Leitura inicial:

60 

Lógica da Providência 

 “Depois  que  fostes  iluminados,  suportastes  grande  combate de aflições.” 

Paulo (Hebreus, 10:32)  

Os cultivadores da fé sincera costumam ser indicados, no mundo, à conta de grandes sofredores. Há mesmo quem afirme afastar-se deliberadamente dos círculos religiosos, temendo o contágio de padecimentos espirituais. 

Os ímpios, os ignorantes e os fúteis exibem-­se, espetacularmente, na vida comum, através de traços bizarros da fantasia exterior; todavia, quando se abeiram das verdades celestes, antes de adquirirem acesso às alegrias permanentes da espiritualidade superior, atravessam grandes túneis de tristeza, abatimento e taciturnidade. 

O fenômeno, entretanto, é natural, porquanto haverá sempre ponderação após a loucura e remorso depois do desregramento. O problema, contudo, abrange mais vasto círculo de esclarecimentos. 

A misericórdia que se manifesta na Justiça de Deus transcende à compreensão humana. 

O Pai confere aos filhos ignorantes e transviados o direito às experiências mais fortes somente depois de serem iluminados. Só após aprenderem a ver com o  espírito eterno é que a vida lhes oferece valores diferentes. Nascer-­lhe-s­á nos corações, daí em diante, a força indispensável ao triunfo no grande combate das aflições. 

Os frívolos e oportunistas, não obstante as aparências, são habitualmente almas frágeis, quais galhos secos que se quebram ao primeiro golpe da ventania. 

Os espíritos nobres, que suportam as tormentas do caminho terrestre, sabem disto. 

Só a luz espiritual garante o êxito nas provações. 

Ninguém concede a responsabilidade de um barco, cheio de preocupações e perigos, a simples crianças.

Fonte: Pão Nosso, Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel


Trecho do estudo:


Benefício e Gratidão




Deslizando incansável, o rio não cogita de examinar as bênçãos que conduz nem sindica o solo por onde segue.
Bailando no ar, o perfume nada pede além da amplidão para espraiar-se.

Convertendo-se em alimento, não espera o grão outra dádiva da vida senão trituramento.

O sol fecundo não escolhe sítio para visitar com luz, calor e vida.

A chuva fertilizante não tem preferência por onde espalhar vitalidade.

Todos cooperam em nome da Divindade sem exigências e sem reclamações.

São úteis e passam.

Nada esperam, nada impõem.

Aqueles que os podem utilizar beneficiam-se e não recordam sequer dos bens que auferem com eles, mas nem por isso eles deixam de produzir.

Examinando as lições sem palavras com que a Natureza se expressa, pode o homem, com o discernimento, muito favor do próximo e de si mesmo.

Não digas, quando a ingratidão te bater à porta: "Nunca mais ajudarei a ninguém!".

Não exclames, quando a impiedade dos teus beneficiários chegar ao reduto do teu lar: "Para mim, chega!".

Não reclames, quando a soberbia dos teus pupilos queimar tuas mãos generosas com as brasas da maldade que carregam consigo: "E eu que tudo lhes dei!".

Não sofras, dizendo, quando o azorrague daqueles a quem amas te ferir o devotamento: "Arrependo-me de ter ajudado!".

Não retribuas mal por mal, pois que, assim, vitalizarás o próprio mal.

A noite domina quando encontra sombras no roteiro e a enfermidade se alastra quando se agasalha em organismos indefesos.

O bem que se faz a alguém é luz que se acende interiormente.

Gostarias, sim, de recolher gratidão, amizade, compreensão... Todos nós gostaríamos de experimentar os pomos da gratidão.

A árvore, porém, não pergunta a quem lhe colhe o fruto para onde o carrega, que pretende dele. Felicita-se por poder dar e se multiplicar através da semente que, atirada alhures, abençoa o novo solo com outras dádivas de alegria.

Imita-lhe o exemplo.

Teus frutos bons, que produzam bons frutos além...

Tuas nobres tarefas, que se desdobrem em tarefas superiores mais tarde.

A ti a alegria de fazer, doar, e nunca a ideia de colher reconhecimento ou gratidão.

Gratidão pode ser, também, pagamento.

Seja grato o teu coração, mas não esperes pelo reconhecimento de ninguém.

A reencarnação, por impositivo da Lei, aproxima de ti queridos afetos de ontem, adversários do pretérito que te buscam para receber ou para exigir, envergando trajos diferentes e estranhos sobre espíritos conhecidos.

Refaze ou completa a tarefa interrompida, o dever esquecido.

A água do rio harmoniosa que o sol traga em hausto de calor tornará ao solo, ao curso antigo, em chuva dadivosa.

O bem que faças, viajando sem parar em muitos corações, espalhará luz no longo curso e, amanhã - nos caminhos sem fim do futuro - mesmo que não o saibas ou o tenham esquecido, ressurgirá mais além, mais formoso, mais fecundo.