18/05/2024

Olá amigos!

Segue nosso estudo do livro Reflexões Espíritas
Tema: Viajor do Infinito



 Leitura inicial:

Lição 85, do Livro Vida Feliz

Enquanto disponhas de recursos cultiva solidariedade. És um ser social...


Leitura Principal:

Quando funcionando com saúde, o corpo é constituído de equipamentos harmônicos que contribuem com parcelas exatas a fim de que a ordem se encarregue de preservar-lhe a estrutura. 
Não obstante organizado para um ministério de curto prazo, a sua efemeridade abre-lhe ensejo para as transformações a que está sujeito pela própria condição de instrumento e não de causa. 
À semelhança de uma orquestra sinfônica, todos os componentes cooperam com eficiência para a sublimidade das melodias que devem executar. 
A sua morte decorre da violência que lhe irrompe nos diversos departamentos, sob a invasão microbiana deletéria que procede de inumeráveis fatores, oriundos da inarmonia, dos traumatismos ou da debilidade das funções que se desconcertam, gerando problemas que lhe facultam a degeneração. 
Podemos afirmar que a saúde é atendida pelas virtudes que a irrigam de energias vitalizadoras para as suas funções, enquanto o desajuste é efeito da predominância do erro, antes chamado pecado, que lhe envilece as fibras e desarticula os mecanismos delicados responsáveis pela sua manutenção. 
Certamente que há exceções respeitáveis a considerar. 
A ingestão emocional dos vapores morbíficos desses erros, ou violências contra os seus equipamentos, encarrega-se de perturbar-lhe as elevadas funções, favorecendo as transformações que apressam o estado de cadaverização em que se consome e se altera... O clima idealista superior fortalece-lhe os arquipélagos celulares, contribuindo para a sustentação das finalidades a que se destina. Da mesma forma, a vida do espírito depende da vitalidade dos pensamentos que são elaborados e mantidos. Quando positivos, produzem energias que percorrem os seus campos vitais e preservam-lhe as forças que devem ser aplicadas em favor das metas eternas que persegue. 
Se, por outro lado, irradia vibrações mentais destrutivas, desajusta-se, entorpecendo os núcleos vitais e passando a um estado de morte, que lhe constitui lamentável quão desnecessário padecimento, que somente supera à imposição de reencarnações aflitivas, ao largo do tempo. 
Dínamo gerador de força para a movimentação do corpo, o espírito é o agente da vida pensante, que permanece o mesmo, quando se alteram e transformam os mecanismos da organização fisiológica. 
O corpo reflete as ocorrências do ser espiritual que o comanda. 
Conscientizar-se, deve o homem, da transitoriedade de um, como da perenidade do outro, abrindo espaço para a reflexão ponderada sobre a vida e a alta significação da sua atual presença na Terra no veículo físico. 
Fadado à felicidade, à perfeição que lhe será uma plenitude dinâmica, pode realizar o cometimento de um só jato, empenhando a vontade e o esforço ou demorando- se nas incoerentes experiências do erro e do acerto, das provas e expiações que o depuram, não se podendo evadir, porém, dessa destinação gloriosa que é a própria vida estuante, em cujo oceano se encontra mergulhado. 
O espírito é, pois, a fonte da vida, e o corpo é-lhe o instrumento de temporária manifestação no mundo sensorial. 
Aquele passa e vive sem o último, o mesmo não ocorrendo com este, sem a presença do outro. Mergulhando o pensamento nas reflexões e análises da sua existência, dar-se-á conta, o homem lúcido, que tudo deve empenhar a fim de crescer intimamente e conquistar os ideais que, por enquanto, apenas fulgem na área dos sentimentos, engrandecendo-se com as sublimes claridades do conhecimento, sob a sustentação santificante do amor. 
O corpo — esse conjunto de vidas a serviço da vida — merece respeito e zelo, dedicação e cuidados, de modo que tenha prolongados os seus dias de realização, vitalizado com as emanações do bem, a fluir incessantemente da usina mental que sedia o espírito, este viajor do tempo que ruma na direção do Infinito.