20/09/2024

 Olá amigos! Segue nosso estudo de sexta-feira,  dia 20 de setembro: 



ANTE OS MORTOS

Livro: Canais da Vida - por Emmanuel & Francisco Cândido Xavier

É verdade que te martirizas, à frente da morte, na Terra, mormente quando a morte surge, a ceifar-te os entes caros.

Aflitiva é a contemplação dos que partem do mundo, em nossos braços, quando nos achamos no mundo, muita vez a nos endereçarem angustioso olhar, como a pedir-nos mais vida no corpo físico, sem que nos possamos arredar da impossibilidade de faze-lo.

Profundamente constrangedora é a mágoa de sentir-lhes as mãos desfalecentes em nossas mãos ansiosas, na despedida.

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Entretanto, pensa neles, os companheiros que partem, na condição de viajores amados que te deixam provavelmente carregando consigo indagações muito mais agudas do que aquelas que se te estacam no coração.

Reflete nisso e não lhes agraves a dor.

Muitos deles se afastam marcados por impositivos urgentes de reajuste.

Compelidos a se arrancarem de hábitos longamente estabelecidos, quase sempre oscilam ante os chamamentos da rotina terrestre e as exigências de renovação da Vida Espiritual. E isso lhes custa empeços e problemas para as readaptações necessárias.

Mentaliza-os na condição de criaturas queridas, em refazimento para que se afeiçoem, sem maiores delongas, aos encargos novos que os aguardam.

Abençoa-os com as tuas melhores recordações, porque as lembranças ou as palavras alcançam a todos eles, com endereço exato.

Compacede-te dos supostos mortos e abstenha-te de sobretaxa-lhes as preocupações com o pranto da angústia.

Ao invés disso, dá-lhes a cobertura afetiva, cumprindo, tanto quanto possível, os deveres que estimariam ainda continuar a satisfazer.

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Eles estão em outras faixas de vivência, mas não irremediavelmente distantes.

São amigos que te antecederam na inevitável viagem para a Vida Maior, a te rogarem auxílio, a fim de se retornarem no próprio equilíbrio, ante o desempenho das novas tarefas que abracem.

Não olvides: converte a saudade em oração de esperança e enviam-lhes os teus pensamentos de compreensão e de paz.

Ampara-os agora para que te amparem depois.

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36 - PERANTE A DESENCARNAÇÃO

Resignar-se ante a desencarnação inesperada do parente ou do amigo, vendo nisso a manifestação da Sábia Vontade que nos comanda os destinos.

Maior resignação, maior prova de confiança e entendimento.

Dispensar aparatos, pompas e encenações nos funerais de pessoas pelas quais se responsabilize, abolir o uso de velas e coroas, crepes e imagens, e conferir ao cadáver o tempo preciso de preparação para o enterramento ou a cremação.

Nem todo Espírito se desliga prontamente do corpo.

Emitir para os companheiros desencarnados, sem exceção, pensamentos de respeito, paz e carinho, seja qual for a sua condição.

A caridade é dever para todo clima.

Proceder corretamente nos velórios, calando anedotário e galhofa em torno da pessoa desencarnada, tanto quanto cochichos impróprios ao pé do corpo inerte.

O companheiro recém-desencarnado pede, sem palavras, a caridade da prece ou do silêncio que o ajudem a refazer-se.

Desterrar de si quaisquer conversações ociosas, tratos comerciais ou comentários impróprios nos enterros a que comparecer.

A solenidade mortuária é ato de respeito e dignidade humana.

Transformar o culto da saudade, comumente expresso no oferecimento de coroas e flores, em donativos às instituições assistenciais, sem espírito sectário, fazendo o mesmo nas comemorações e homenagens a desencarnados, sejam elas pessoais ou gerais.

A saudade somente constrói quando associada ao labor do bem.

Ajuizar detidamente as questões referentes a testamentos, resoluções e votos, antes da desencarnação, para não experimentar choques prováveis, ante inesperadas incompreensões de parentes e companheiros.

O corpo que morre não se refaz.

Aproveitar a oportunidade do sepultamento para orar, ou discorrer sem afetação, quando chamado a isso, sobre a imortalidade da alma e sobre o valor da existência humana.

A morte exprime realidade quase totalmente incompreendida na Terra.

"Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte." - Jesus. (JOÃO, 8:51.).

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Livro CONDUTA ESPÍRITA, cap. 36, por André Luiz e Waldo Vieira