20/12/2024

 Olá amigos!

Segue nosso estudo de sexta-feira, dia 20 de dezembro , às 19 hs

do Livro Sementes de Vida Eterna

Paz no Natal

PAZ NO NATAL

Livro: Sementes de Vida Eterna
Joanna de Angelis & Divaldo P. Franco

    O Império Romano, que dominava sobranceiro o mundo conhecido, exigia o tributo dos povos arbitrariamente submetidos.

    O recenseamento estabelecido desde os dias de Sérvio Túlio se fazia impositivo natural, como ocorrera com outros povos.

    De certo modo as tubas guerreiras cessaram suas vozes aparvalhantes nos campos de batalhas devastadoras na Africa, na Espanha, na Alemanha...

    Em Roma, a literatura, a escultura e as demais musas se expressavam através dos seus embaixadores, corporificados na condição de inspirados dos deuses.

    O santuário de Jano tinha fechadas as portas. O Império se encontrava em paz e a deusa Vitória repousava...

    Na Palestina, homens e animais, haveres e valores deveriam ser anotados nas fontes de suas origens.

    Aqueles eram dias de atividade, de desagrado, também de festa e bulício.

    O burgo de Belém, nos cimos das montanhas de Nazaré, regurgitava.

    Desde as vésperas haviam acorrido, precipites, os viajantes que se vinham submeter à convocação da lei.

    Nem todos, porém, encontrariam agasalho nas limitadas hospedarias.

    Nessa atmosfera de expectativas e contradições Jesus nasceu. Não houve lugar para Ele, senão entre os animais humildes, na manjedoura singela.

    Sob o olhar das estrelas e ante o cicio da brisa ligeira, Ele veio ter com os homens, em plena noite do solstício do inverno.

    Desde então, não encontraria pousada nas paradoxais paisagens da alma humana.

    Somente a dor e a necessidade iriam ao Seu encontro, às quais Ele distenderia mãos protetoras e atenção socorrista.

    Toda a Sua vida se desenrolaria entre auto-doações e renúncias.

    Em momento algum reivindicaria apoio, consideração, ou destaque entre os que O cercavam.

    Excelente Filho de Deus fez-se o menor de todos os que d'Ele se aproximavam, vivendo a lição do serviço infatigável, sem qualquer reclamação. Não obstante dedicar-se totalmente ao amor, não conheceu a gratidão, não fruiu a fidelidade sequer dos próprios amigos...

    Traído e negado foi posto numa Cruz entre o sarcasmo dos que receberam benefícios das Suas mãos generosas e a mordacidade da soldadesca leviana. A ninguém acusou, nem solicitou solidariedade de quem quer que fosse.

    Partiu, a sós, diante do coração despedaçado de Sua mãe, da ternura de um jovem, das lágrimas de uma mulher arrependida das próprias loucuras, de alguns poucos Espíritos sensibilizados e a indiferença de todo um povo... Estava, porém, com Deus.

    * * *

    Nunca te esqueças de Jesus.

    O Natal é tua oportunidade de exercitar a fraternidade em nome d'Ele.

    Pára e escuta a balada dos sofrimentos, a cantilena triste da orfandade, da viuvez, da enfermidade...

    Sai do teu casulo de egoísmo e vai até aos que sofrem, em memória d'Ele.

    Se estás a padecer, esquece-te da própria dor e distende a esperança, o pão e o auxílio entre os que estão em maiores provas que as tuas, sem o lenitivo da fé que possuis.

    Se não tiveres o que ofertar, porque te escasseiam valores amoedados, ora, dá uma parcela dos sentimentos nobres que vigem no teu íntimo e celebra, na noite evocativa da Natividade, uma diferente, profunda e perfeita comunhão com Jesus, participando ativamente do abençoado programa de minorar as dores dos teus irmãos.

    Compreenderás, então, porque o cântico dos anjos glorifica o Pai nas alturas, exalta e promete a paz às criaturas de boa vontade na Terra.

    Joanna de Angelis