07/12/2024

Olá amigos! 

Segue o estudo de sábado, dia 07

Livro Sementes de Vida Eterna


LEIS DE AFINIDADES

Livro: Sementes de Vida Eterna
João Cleófas & Divaldo P. Franco

 

Há quem estranhe as informações espíritas a respeito das colônias de sofredores na Erraticidade.

Alega-se que a Divindade, na sua expressão magnânima, não permitiria que se adensassem os sítios de dor punitiva e de sofrimento reparador conforme a realidade o demonstra.

No entanto, basta um pouco de siso, para que se chegue a uma conclusão bem diversa.

São simpáticas entre si as pessoas viciadas, que, através de um processo de sintonia de gostos, se aglutinam conforme as características do próprio desequilíbrio, formando na Terra grupos e colônias de afins.

Nenhum governo democrático, mesmo o que se estabelece sobre bases da mais alta compreensão humana, e, por isso mesmo, se opõe à livre escolha dos que preferem o estado desafortunado de desequilíbrio interior, no qual busca fruir ao máximo o que atribui ser de melhor para a sua felicidade, desde que não afete os direitos alheios nem atente contra as regras da comunidade em que vive.

No momento atual, multiplicam-se na Terra as colônias e agremiações de portadores de feridas morais muito graves, que se proclamam o direito de prosseguir no cultivo das aberrações e dos vexames próprios em nome do direito de viver conforme lhes apraz...

Natural, portanto, que em desencarnando esses seres atormentados, por um processo decorrente do peso específico das suas elaborações psíquicas, voltem a constituir as mesmas organizações em sítios onde possam dar vazão às aptidões negativas, continuando o comércio vil das sensações grosseiras decorrentes da animalidade em que se locupletavam...

Compreensivelmente, a misericórdia divina, preservando para o espírito o direito de livre escolha, que é um dos atributos base da individualidade espiritual, propicia que o tempo seja o abençoado mestre de quantos assim preferem viver, até que, exauridos nas suas forças e sedentos de harmonia, anelem por libertação e felicidade.

Sucede, sem embargo, que em processos de tal monta, vampirizações recíprocas pelos cômpares dos jogos do prazer se fixam em matrizes profundas na individualidade espiritual, produzindo alienações de longo porte, que nem mesmo a reencarnação e uma nova desencarnação, conseguem extinguir.

Para que o homem se candidate às regiões da plenitude espiritual, é imprescindível que aprenda a abandonar os baixos padrões vibratórios em que situa pensamentos e desejos, emergindo na busca do ideal de santificação, de modo que, ao ser surpreen dido pelo decesso celular, possa plainar acima das vicissitudes è dos limites escravocratas a que se vinculava.

Nesse sentido, a tarefa de desobsessão é um ministério de alto porte, que deve ser encarada com propriedade e conduzida com muita consideração, porquanto, o de que o homem não se consiga libertar, no mundo terrestre, levará consigo, sendo indispensável retornar ao carreiro da aflição em que se comprometeu a fim de saldar com a consciência a dívida perpetrada.

Justos e necessários, portanto, os núcleos de aflição coletiva e corretora, as agremiações e os sítios de padecimentos gerais em que os trânsfugas do dever e os levianos se aglutinam, para darem prosseguimento à problemática da infelicidade a que se afervoram...

Envolvamos os que assim procedem, os que ainda se mantêm em tal comportamento, em nossas melhores vibrações e rogativas ao Senhor, na certeza de que o Senhor os atenderá, atendendo-nos também a nós, necessitados que reconhecemos ser.

João Cleófas