O LIVRO DOS ESPÍRITOS – Allan Kardec
UNIÃO DA ALMA E DO
CORPO
358. Constitui crime a provocação
do aborto, em qualquer período da gestação?
“Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou
quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes
do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria
de instrumento o corpo que se estava formando”.
359. Dado o caso que o nascimento da criança
pusesse em perigo a vida da mãe dela, haverá crime em sacrificar-se a primeira
para salvar a segunda?
“Preferível é se sacrifique o ser que ainda não existe a sacrificar-se
o que já existe”.
"O mal não é uma necessidade fatal para ninguém, e não
parece irresistível senão àqueles que a ele se abandonam com satisfação. Se
temos a vontade de fazê-lo, podemos também a de fazer o bem..." — “O
Evangelho Segundo o Espiritismo” - Allan Kardec.
A este respeito, diz o dr. Di Bernardi: "Cartazes
acusando: "Aborto é crime!" só teriam valor se fossem lidos,
exclusivamente, por quem ainda não tenha cometido nenhum ato desta natureza.
Mas os cartazes estão lá, com finalidade preventiva, como que dizendo: "Se
você não praticou o aborto, não o faça, porque é crime matar bebês não
nascidos!"
Mas... e a quem já tenha abortado? O que dizer àquelas que
já estão nas malhas do remorso, curtindo sufocante sentimento de culpa? O que
dizer às parteiras e médicos aborteiros? O que dizer a quem tenha propiciado a
interrupção de uma gravidez ou tenha induzido outra pessoa ao aborto? Estas, ao
esbarrar em tais cartazes, têm seus sofrimentos muito mais agravados.
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