“O Livro dos Médiuns” - Allan Kardec
Cap. XXXI - Dissertações Espíritas - Sobre os Médiuns
XII

As faculdades de que gozam
os médiuns lhes granjeiam os elogios dos homens. As felicitações, as adulações,
eis, para eles, o escolho. Rápido esquecem a anterior incapacidade que lhes
devia estar sempre presente à lembrança.
Fazem mais: o que só devem
a Deus atribuem-no a seus próprios méritos. Que acontece então? Os bons
Espíritos os abandonam, eles se tornam joguete dos maus e ficam sem bússola
para se guiarem. Quanto mais capazes se tornam, mais impelidos são a se
atribuírem um mérito que lhes não pertence, até que Deus os puna, afinal,
retirando-lhes uma faculdade que, desde então, somente fatal lhes pode ser.
Nunca me cansarei de
recomendar-vos que vos confieis ao vosso anjo guardião, para que vos ajude a
estar sempre em guarda contra o vosso mais cruel inimigo, que é o orgulho.
Lembrai-vos bem, vós que
tendes a ventura de ser intérpretes dos Espíritos para os homens, de que
severamente punidos sereis, porque mais favorecidos fostes.
Espero que esta comunicação
produza frutos e desejo que ela possa ajudar os médiuns a se terem em guarda contra
o escolho que os faria naufragar. Esse escolho, já o disse, é o orgulho.
Joana d‘Arc.