Olá amigos!
Segue nosso estudo do livro Médiuns e Mediunidades
Cap XI - Problemas da Mediunidade
Leitura Inicial:
Estás doente?
“E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.”
(Tiago, 5:15)
Olá amigos!
Segue nosso estudo do livro Médiuns e Mediunidades
Cap XI - Problemas da Mediunidade
Leitura Inicial:
Estás doente?
“E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará.”
(Tiago, 5:15)
Olá amigos!
Boa noite!
Segue o nosso estudo da noite de 25/12/20
Estudo baseado em o livro "Dimensões da Verdade"
Espírito Joanna de Ângelis - Divaldo Franco
Abandonado mas não a Sós
Livro: Dimensões da Verdade - 56
Por Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco
Tristeza pertinaz teima por dominar os painéis coloridos da tua alma, convertendo aspirações acalentadas anos-a-fio em amargura, fazendo que experimentes ressaibos de profundas nostalgias.
Desfilam, rapidamente, todos os quadros que te marcaram o espírito com os sulcos vigorosos da decepção.
Amigos enganados que te enganaram; irmãos insensatos que te ofenderam; bocas irresponsáveis que te atingiram com as farpas da maledicência; corações que pareciam afeiçoados e que seguiram adiante...
Repassas, emocionado, cenas que se foram mas não esqueceste: promessas ardentes, testemunhos de afeição, olhares incendiados de entusiasmos, emoções explodindo em palavras fáceis que teciam grinaldas de ternura... E perguntas, agora, em soledade, onde estão os amigos de outrora, os coparticipes das tuas horas de triunfo?
Tens a impressão de que o peso de mil deserções se acumula sobre a tua fragilidade, e temes por ti mesmo.
Desde há algum tempo a tristeza secunda os teus passos e tange monótona balada que vagarosamente te domina, conduzindo o teu carro de júbilos para o abismo dos desencantos.
E crês que não resistirás por muito tempo.
Fraco é o bastão da tua fé, poderosa a força do sítio que te ameaça.
Levanta, porém, os olhos e dirige-te a Ele, o Grande Ignorado.
* * *
Além do que consideras o teu horto, transporta as fronteiras da tua dor, quanta dor!...
Perdeste amigos e admiradores, fugiram afetos e simpatizantes, mas em verdade nunca os tivestes contigo.
Eram apenas acompanhantes da oportunidade. Faziam algazarra, comungavam presenças, fora, todavia, da realidade que buscavas.
E a realidade é esta: solidão com a verdade.
Tributo valioso exige a liberdade - quantas vidas físicas exige o carro da guerra para doá-la?
Preço elevado impõe o dever - quantas lágrimas são vertidas no cultivo da gleba onde ele medra?
Soma ponderável deve ser igualmente oferecida para o consórcio com o amor - único espólio de uma existência modelar.
Não te descoroçoes, pois.
Voltarão, mais tarde, os que te deixaram.
Brilhará novamente o sol dos sorrisos.
Soarão, vibrantes, depois, as palavras em festival demorado de admiração.
Será, porém, tarde para eles, porquanto já não te terão ao lado.
Há doentes cuja gravidade do mal passa despercebida por ignorarem a doença.
Há aflições que não enlouquecem por ainda desconhecidas dos que as encontrarão logo mais.
Há delinquentes que conseguem caminhar por teimarem desconsiderar o crime.
Há solidões escondidas na balbúrdia, que se cercam de fantasias...
Por mais, porém, que todos desejem ignorar o drama que conduzem consigo, nem por isso mesmo conseguirão passar na romagem evolutiva sem o despertamento para a responsabilidade.
Mais infelizes são todos esses, cujo amanhã está assinalado por pesadas sombras, aguardando por eles.
Tu, porém, embora sofrendo e chorando, crês, já travaste contato com a fé e és amigo da esperança.
Conserva o óleo da certeza no lume do dever e espera o dia, após esta noite demorada.
* * *
Ninguém poderia supor que a multidão exaltada que seguiu o Mestre, em Jerusalém, devidamente açulada por vândalos mercenários, seria o coro que o vilipendiaria logo depois a caminho do Calvário.
Ninguém poderia supor que aqueles que o aclamaram quando viam cegos recuperarem a visão, paralíticos recobrarem os movimentos, surdos recomporem os ouvidos, mudos voltarem a falar e leprosos sararem ao contato daquela voz e daquelas mãos, seriam as mesmas bocas estertoradas que O exortariam com sarcasmo a sair da Cruz.
Ninguém poderia supor que, embora abandonado na Terra, o Pai Celeste estava com Ele, sem O deixar a sós; nem que depois de uma tarde de tempestade e de uma longa noite, Ele voltaria vitorioso sobre todos e tudo, para continuar o ministério junto aos que O abandonaram...
Feliz Natal! Paz e bem!
Olá amigos!
Boa noite!
Segue abaixo a nossa atividade de ontem (19 12 2020) , proferida pela Cláudia Barcellos, em nossa Tarde Fraterna, com o título "Fraternidade", que foi gravada em vídeo e agora disponibilizada aqui.
Esta "experiência" faz parte dos esforços que têm sido feitos para melhor chegarmos com as atividades doutrinárias a todos.
Finalizando nossa tarde de ontem, tivemos singela confraternização entre os presentes, fazendo assim o registro de mais um ano de atividades de nossa Casa, com esta adaptação de nosso "Lanche Fraterno".
Agradecemos a todos sua participação e colaboração durante este ano que está por expirar e desejar-lhes muita paz em seus corações, não só no Natal e no Ano Novo, mas em todos os nossos dias.
Muita paz!
Que Jesus a todos nos ampare!
Olá amigos!
Segue abaixo o estudo do livro Médiuns e Mediunidades
Capítulo X - Objetivo da mediunidade
Leitura inicial:
INVESTIMENTOS
Emmanuel
Tema – O valor da Cooperação fraterna.
Compreensível o espírito de previdência que induz o homem a se preservar contra a penúria.
A formação bancária na garantia comum, os estabelecimentos de segurança pública, as organizações de economia popular sem estímulo à usura e os institutos de proteção recíproca representam aquisições de inegável valor para a comunidade.
Ninguém deve menosprezar o ensejo de se resguardar contra a exigência imprevista. Essa realidade, patente no plano material, não é menos tangível no reino do espírito.
Urge depositar valores da alma, nas reservas da vida, considerando as nossas necessidades de amanhã.
A interdependência guarda força de lei, em todos os domínios do Universo.
Caridade é dever, porque, se os outros precisam de nós, também nós precisamos dos outros. Não esperes, porém, pelo poder ou pela fortuna terrestres a fim de cumpri-la.
Faze os teus investimentos de ordem moral com o que tens e com o que és.
Começa agora.
Quotas pequeninas de força monetária totalizam grandes créditos.
Migalhas de bondade formam largos tesouros de amor.
Relaciona algumas das possibilidades ao alcance de todos: o minuto de cortesia; o testemunho de gentileza; o momento de tolerância, sem nenhum apelo à crítica; a referência amistosa; a frase encorajadora; a demonstração de entendimento; a desculpa espontânea, sem presunção de superioridade; a conversação edificante; a pequenina prestação de serviço; o auxílio além da obrigação...
No capítulo da propriedade, lembra-te da própria alma – a única posse inalienável de que dispões – e, recordando que precisas e precisarás de recursos sempre maiores e sempre novos para evoluir e elevar a própria vida, não te esqueças de que podes, a todo instante, trabalhar e servir, investindo felicidade e cooperação com ela.
Fonte: Livro Encontro Marcado, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
10 Objetivo da Mediunidade
Qual ocorre com qualquer faculdade orgânica ou intelecto- moral, a mediunidade, desvestida de mitos e tabus, exige cuidados especiais e competente educação. Possivelmente, requer maior soma de zelos e atenções, por proceder do espírito, portadora de requisitos especiais e cuja finalidade elevada impõe providências específicas.
Possuidora de um campo de ação muito vasto, expande-se na razão direta em que é exercitada com disciplina, quão se apequena e desaparece quando deixada ao abandono, podendo, não raro, transformar-se em veículo de perturbação e prejuízo.
Instrumento programado para o serviço do amor e do esclarecimento da criatura humana, e, pois, conseqüentemente, da humanidade, faculta o intercâmbio com os seres espirituais que comprovam a sua sobrevivência à morte, fazendo-se identificar, sem margem a dúvidas, propiciando uma revolução ético-comportamental relevante e demonstrando a legitimidade de todas as crenças religiosas no que tange ao futuro espiritual das criaturas.
Por essa mesma razão, a fim de que possa atingir os objetivos nobres para os quais existe, merece e necessita de atenções contínuas, desde a conduta moral do homem que a possui, como dos recursos que lhe devem ser aplicados, no que diz respeito ao estudo do seu mecanismo, tanto quanto da sua educação e flexibilidade.
Certamente , pode apresentar-se espontânea e generalizada em pessoas boas e más, cultas ou ignorantes, por ser, também, de natureza orgânica, todavia, para tomar-se digna de crédito e respeito, faz-se credora de compreensível educação, graças à qual se lhe desdobram as possibilidades que dormem inatas aguardando ensejo para manifestarem-se.
A mediunidade é um compromisso grave para o indivíduo, que responderá à consciência pelo uso que lhe conferir, como sucede com as faculdades morais que o credenciam à felicidade ou à desdita, como decorrência da aplicação dos seus valores.
Despida de atavios e de crendices, a faculdade mediúnica propicia imensa área de serviço iluminativo, conclamando pessoas sérias e interessadas à conscientização dos objetivos da vida.
A proliferação dos médiuns e a multiplicação de células dedicadas ao exercício das forças mediúnicas têm tornado comuns a aceitação da faculdade, e uma certa faixa de simpatia ora a envolve, permitindo, por outro lado, que a vacuidade e a vulgarização trabalhem em prejuízo dos fins e meios de aplicação de que se reveste.
Lentamente, a modéstia e a humildade, a discrição e a simplicidade dos médiuns, o recolhimento e o trabalho incessante vão cedendo lugar ao estrelismo e às disputas estéreis por promoção de nomes pessoais e de entidades, num campeonato de insensatez lamentável sob todos os aspectos considerados.
A pressa pela divulgação pessoal, em detrimento do zelo pelo conteúdo das mensagens, vem transformando núcleos de atividade mediúnica em palcos de exibição, em veículos para atendimento de interesses escusos, de simonia, de frivolidade...
Os espíritos nobres não se submetem aos caprichos dos médiuns e das pessoas frívolas interessadas nos jogos vazios do personalismo perturbador, cedendo lugar aos vulgares e irresponsáveis quais os próprios medianeiros, realizando fenômenos de sintonia que os candidatam a obsessões sutis a princípio, a caminho de lamentáveis processos irreversíveis e dolorosos...
Nenhum médium é, em conseqüência, perfeito e irretocá- vel, isento da influenciação dos maus espíritos como dos perturbadores, que povoam a erraticidade e lhes constituem provas ao orgulho e à vaidade, demonstrando a fragilidade humana, que é inerente à qualidade do ser falível em processo de evolução na Terra.
O exercício consciente e cuidadoso, enobrecido e dirigido para o bem proporciona ao médium os tesouros da alegria interior que decorrem da convivência salutar com os seus guias espirituais interessados no seu progresso e realização.
Da mesma forma, experimenta crescer o círculo da afetividade além das fronteiras físicas, pelo fato de os espíritos que com ele se comunicam envolverem-no em carinhosa proteção, aumentando o número de entidades que se lhe tomam simpáticas e agradecidas pelo ministério desenvolvido.
A educação das forças mediúnicas é de demorado curso, porquanto, à medida que a sensibilidade se apura, mais se amplia a capacidade de registro e de percepção extrafísica.
O médium, desse modo, responsável, no desdobramento das atividades a que se dedica, no setor em que se especializa, vai- se despojando dos grilhões terrenos e projetando-se na direção da Vida Imortal, superando os limites orgânicos e vendo crescer os horizontes iluminados do Mundo Maior que o fascina e enternece.
A mediunidade, portanto, em breve, na Terra, facultará aos homens a visão segura da sua imortalidade, proporcionando-lhe encarar a morte e o seu destino com naturalidade e paz.
Oxalá, próximos estejam esses dias e saibamos, espíritos e homens, utilizar-nos corretamente da divina concessão, mediante cujo uso nos tornaremos uma só família, que já o somos, embora aparentemente separados pela cortina vibratória do corpo físico.
Olá amigos
Segue abaixo estudo do livro Dimensões da Verdade
Capítulo 11 - Esquecimento do Pretérito
Leitura inicial:
98
CAPAS
“E ele, lançando de si a sua capa, levantou-se e foi ter com Jesus.”
— (MARCOS, capítulo 10, versículo 50.)
O Evangelho de Marcos apresenta interessante notícia sobre a cura de Bartimeu, o cego de Jericó. Para receber a bênção da divina aproximação, lança fora de si a capa, correndo ao encontro do Mestre, alcançando novamente a visão para os olhos apagados e tristes. Não residirá nesse ato precioso símbolo? As pessoas humanas exibem no mundo as capas mais diversas. Existem mantos de reis e de mendigos. Há muitos amigos do crime que dão preferência a “capas de santos”. Raros os que não colam ao rosto a máscara da própria conveniência. Alega-se que a luta humana permanece repleta de requisições variadas, que é imprescindível atender à movimentação do século; entretanto, se alguém deseja sinceramente a aproximação de Jesus, para a recepção de benefícios duradouros, lance fora de si a capa do mundo transitório e apresente-se ao Senhor, tal qual é, sem a ruinosa preocupação de manter a pretensa intangibilidade dos títulos efêmeros, sejam os da fortuna material ou os da exagerada noção de sofrimento. A manutenção de falsas aparências, diante do Cristo ou de seus mensageiros, complica a situação de quem necessita. Nada peças ao Senhor com exigências ou alegações descabidas. Despe a tua capa mundana e apresenta-te a Ele, sem mais nem menos.
fonte: livro Caminho, Verdade e vida, leitura 98, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
Conquanto estejas informado a respeito da ação do passado sobre o presente, deixas-te dominar quase sempre por dúvidas atrozes que espezinham tuas convicções, fazendo-te sofrer.
Conjecturas quanto ao esquecimento que acompanha o espírito na reencarnação, e supões que esse olvido, de certo modo se faz obstáculo ao discernimento entre amigos e adversários da tua felicidade.
Seria mais justo que, assim pensas, em momentos de rudes provanças, os centros da memória anterior fossem libertados e a censura que frena as recordações deixasse fluir os rios do conhecimento de modo a agires com acerto.
Confessas intimamente o tormento que te consome por caminhares sem o conhecimento do destino, tendo em vista a ignorância do pretérito, assinalando desolação e dor.
E concluis, apressado, que a reencarnação, em tais bases, não expressa condignamente o Amor de nosso Pai, afirmando que, em ti mesmo não encontras, na memória, os fundamentos que favoreçam a segurança que gostarias de possuir para levares de vencida a experiência evolutiva.
Pensas, e, no entanto, desconheces a mecânica do raciocínio a nascer nos centros cerebrais.
Ages sob impulsos desconhecidos e ignoras a razão deles. Vives governado por automatismos fisiológicos que te mantém a harmonia orgânica sem lhes conheceres a procedência... Vês, ouves, sentes, falas, distingues gostos, no que se refere aos débeis órgãos dos sentidos físicos sem indagações, sem exigências e, todavia, deixas-te conduzir tranquilamente.
Observa a dificuldade que experimenta uma criatura excepcional aprendendo a falar, comer, controlar os movimentos... Entenderás, então, que se não te é lícito recordar o passado, a outros espíritos mais esclarecidos e fortes que o teu é permitido navegar no oceano das recordações com alguma segurança e naturalidade... Ao invés de castigo, o esquecimento das vidas passadas é dádiva celeste.
Desejarias identificar os sicários da tua paz e os cooperadores da tua alegria.
Examina, no entanto, as afinidades, considera as emoções junto aos que te cercam, medita e conclui com o auxílio do tempo. Abre, todavia, os braços, a quantos se acercam de ti, procurando envolvê-los nas vibrações do entendimento e da cordialidade, para fruíres afeição e simpatia.
*
Encontras obstáculos afetivos no lar entre os membros da família e experimentas, não raro, asco senão revolta por aqueles a quem deverias amar nas amarras do sangue. Reações indomáveis a se manifestarem como animosidade, alquebram o teu ânimo em casa, levando-te a desesperos e a atritos lamentáveis. Acalentas ou és vítima de idiossincrasias, senão aversões, por filhos ou irmãos, lutando tenazmente
por vencer a força negativa que te assoma na presença deles, sem resultados positivos.
A estada na intimidade doméstica se constitui penoso período, encontrando, todavia, motivos de júbilos sob tetos alheios... (...) E desejarias recordar o ontem!...
Se em ignorância quanto ao mal que te hajam feito eles, os teus familiares, te sentes incapaz de fitá-los, entendê-los, ajudá-los e amá-los, oferecendo-lhes compreensão e simpatia, como te portarias se, na filha revel identificasses antiga companheira que o adultério arrastou, no irmão consanguíneo o destruidor do antigo ninho de venturas que o tempo não consumiu, no pai ou mãe, no filho ou noutro parente o arquiteto da tua ruína ou a vítima da tua sandice? Esquecer o mal para agir com acerto é luz de amor na lâmpada da oportunidade.
Ignorar os maus para ajudá-los significa ensejar-lhes, com igualdade de condições, ocasião de repararem os males que tenham praticado. Lutar contra a antipatia, procurando ignorar as causas da aversão representa valioso esforço de libertação íntima.
Considerando a pequenez e a inferioridade moral de quantos se encontram na Terra, o abençoado Hospital-Escola para os recalcitrantes, os excelsos promotores dos renascimentos fazem que a mente espiritual mergulhe no olvido, a fim de que as lembranças dos atos infelizes não os enlouqueçam e as evocações abençoadas não os paralisem em recordação insensata ou improfícua.
*
Jesus, o Egrégio Coordenador da vida no Orbe, lecionando sobre a necessidade do bem atuante, não poucas vezes exortou ao amor puro e simples com o esquecimento do mal, para que este não se corporificasse em sombra tenebrosa, acompanhando nossa consciência.
E desejando imprimir com sulcos profundos o ensino sublime, conclamou os que O seguissem a duplicar a bondade em relação aos que nos peçam algo, mandando oferecer a outra face ao agressor para que não fôssemos os promotores do mal ou vitalizadores da impiedade. E assim o fez por conhecer o abismo que a ignorância da verdade representa e a baliza de luz que significa o amor no caminho da evolução, amor que nos faz esquecer o mal para somente nos lembrarmos do bem...
Olá amigos!
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Capítulo XVII - Médiuns em desconcerto
Leitura inicial:
71
Em nosso trabalho
“Porque toda casa é edificada por alguém, mas o que edificou todas as coisas é Deus.”
Paulo (Hebreus, 3:4)
O Supremo Senhor criou o Universo, entretanto, cada criatura organiza o seu mundo particular.
O Arquiteto Divino é o possuidor de todas as edificações, todavia, cada Espírito constrói a habitação que lhe é própria.
O Doador dos Infinitos Bens espalha valores ilimitados na Criação, contudo, cada um de nós outros deverá criar valores que nos sejam inerentes à personalidade.
A natureza maternal, rica de bênçãos, em toda parte constitui a representação do patrimônio imensurável do Poder Divino e, em todo lugar, onde exista alguém, aí palpita a vontade igualmente criadora do homem, que é o herdeiro de Deus.
Pai levanta fundamentos e estabelece leis.
Os filhos contribuem na construção das obras e operam interferências. É compreensível, portanto, que empenhemos todo o cuidado em nosso esforço individualista, nas edificações do mundo, convictos de que responderemos pela nossa atuação pessoal, em todos os quadros da vida.
Colaboremos no bem com o entusiasmo de quem reconhece a utilidade da própria ação, nos círculos do serviço, mas sem paixões destruidoras que nos amarrem às ilhas do isolacionismo.
Apresentemos nosso trabalho ao Senhor, diariamente, e peçamos a Ele destrua as particularidades em desacordo com os seus propósitos soberanos e justos, rogando-Lhe visão e entendimento.
Seremos compelidos a formar o campo mental de nós mesmos, a erguer a casa de nossa elevação e a construir o santuário que nos seja próprio.
No desdobramento desse serviço, porém, jamais nos esqueçamos de que todos os patrimônios da vida pertencem a Deus.
Fonte: Livro Vinha de Luz, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
Sem qualquer dúvida, conforme acentuou Allan Kardec, o egrégio codificador do Espiritismo, o maior adversário da mediunidade é a obsessão, e os seus antídotos eficazes são o conhecimento e a prática sadia da Doutrina incorporada ao cotidiano, conforme já nos referimos anteriormente.
A obsessão, porém, somente ocorre porque o adversário espiritual encontra naquele a quem persegue os plugues de fixação perniciosa, procedentes de experiências pretéritas ou decorrentes da conduta incorreta na atualidade.
Quanto às vicissitudes defluentes do passado, o homem dispõe da atual conjuntura corpórea para redimir-se, assinalando a existência com valores positivos que o capacitam para adquirir bênçãos, disciplinando-se e produzindo valorosamente em favor dos objetivos elevados da vida.
Conscientizando-se do significado da sua reencarnação, nela investe todos os recursos morais e intelectuais a fim de aprimorar-se, limando as arestas que representam as viciações e defeitos que contribuíram para a sua queda na desdita.
Dá-se conta de que, em cada momento bem utilizado, pode remover obstáculos que permanecem dificultando-lhe a marcha, ao mesmo tempo auxiliando as demais pessoas à sua volta, sejam aquelas que o crivam de aflições, ou aqueloutras que o impelem para o fracasso; ou, ainda, as que cooperam fraternalmente em favor do seu reequilíbrio, a todas oferecendo a luz da fé libertadora e o calor da amizade pura.
Neste sentido, o da ascensão, a mediunidade se lhe apresenta como excelente instrumento de elevação pelos benefícios que pode proporcionar, já que tem como objetivo a demonstração da sobrevivência da alma, e, por consequência, é porta de ação caridosa, tendo-se em vista o crescente número de sofredores que pululam em toda parte.
Aqui, no entanto, reside o ponto de alta responsabilidade mediúnica, que reflete a conduta do intermediário. Conforme seja esta, apresentar-se-á aquela.
A Lei de Afinidades e de Semelhanças funciona com automatismo, atraindo para a órbita da ação do medianeiro os Espíritos que lhe são equivalentes em propósitos e aspirações, comportamentos e interesses.
Verdadeiros fantasmas, todavia, rondam o médium, em forma de companhias que, por sua invigilância, terminam por dominá-lo, levando a mediunidade a lamentáveis desconcertos.
A presunção, que se deriva do orgulho, é um dos inimigos mais vigorosos, por sugerir ao médium certa invulnerabilidade às forças negativas, tornando-o, desde então, vítima da burla e das mistificações dos Espíritos ociosos e perversos.
Além dessa imperfeição, a conduta reprochável envolve-o em vibrações vis que o intoxicam, desarticulando os delicados mecanismos psíquicos encarregados dos registros superiores, sintonizados conforme então se encontram com as faixas mais grosseiras da esfera inferior.
O complexo mecanismo da mediunidade exige um tratamento cuidadoso que o sensitivo deve administrar com zelo e carinho especiais, de forma a estar em harmonia constante, porquanto a função mediúnica é permanente, não se restringindo a espaços adrede estabelecidos.
A vida mental enriquecida de imagens otimistas e de ressonâncias superiores, que se derivam da oração e da vivência saudável, funciona como lubrificante oportuno e indispensável na aparelhagem sensível e muito sofisticada da sua paranormalidade.
O ácido da revolta cultivada, a ferrugem do constante mau humor, o salitre da ambição e os venenos emanados pela exorbitância das paixões servis tornam-se corrosão nos implementos que constituem os equipamentos nobres, que se destinam a fins libertadores.
Em face do mau uso, quando se apresentam os desconcertos mediúnicos, sejam por indução obsessiva ou decorram da indisciplina moral do intermediário, a marcha na direção do abismo é lamentável e quase sempre irreversível.
Médiuns, pois, que vivem em situações psíquicas de altibaixos, no exercício do ministério a que se aprestam, destrambelham a faculdade abençoada que deveriam dignificar, porque, sem exceção, pediram-na antes do renascimento por saberem que o seu uso correto lhes concederia a palma da vitória, num retorno à Pátria em paz, o que, em face da leviandade e da loucura de que se deixam possuir, não se dará, impondo-lhes futuras experiências no corpo sob o açodar de dores inomináveis, que agora poderiam evitar.
Olá amigos!
Ouçam abaixo o estudo do livro
Dimensões da Verdade - Capítulo 10 - Auxílio Agora
Leitura inicial:
128
É porque ignoram
“E isto vos farão, porque não conhecem ao Pai nem a mim.” Jesus. (João, 16:3)
Dolorosas perplexidades não raro assaltam os discípulos, inspirando-lhes interrogações.
Por que a desarmonia, em torno do esforço fraterno?
A jornada do bem encontra barreiras sombrias.
Tenta-se o estabelecimento da luz, mas a treva penetra as estradas.
Formulam-se projetos simples para a caridade que a má-fé procura perturbar ao primeiro impulso de realização.
Quase sempre, a demonstração destrutiva parte de homens assinalados pela posição de evidência, indicados pela força das circunstâncias para exercer a função de orientadores do pensamento geral.
São esses que, na maioria das ocasiões, se arvoram em expositores de imposições e exigências descabidas.
O aprendiz sincero de Jesus, todavia, não deve perder tempo com interrogações e ansiedades que se não justificam.
O Mestre Divino esclareceu esse grande problema por antecipação.
A ignorância é a fonte comum do desequilíbrio.
E se esse ou aquele grupo de criaturas busca impedir as manifestações do bem, é que desconhece, por enquanto, as bênçãos do Céu.
Nada mais que isto.
É necessário, pois, esquecer as sombras que ainda dominam a maior parte dos setores terrestres, vivendo cada discípulo na luz que palpita no serviço do Senhor.
Fonte: Livro Pão Nosso, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
Viste muitos deles, possivelmente, enquanto se encontravam mergulhados nas roupagens carnais, experimentando rudes provas, e não os distinguiste com uma palavra sequer de misericórdia.
Agora te apiadas e sofres por eles.
Encontraste-os nos dias que se foram, perdidos na névoa das paixões, em sofrimentos atrozes; no entanto, receaste falar com eles a respeito da vida verdadeira.
Hoje, dominado por forte compaixão, exoras ao Senhor em favor deles.
Defrontaste-os, enquanto se demoravam no corpo denso, carregados de aflições; todavia, temeste que eles não te respeitassem os ideais, desconsiderando as tuas intenções.
Atualmente solicitas auxílio aos Numes Tutelares para que eles se recuperem e tenham paz.
Transitavam lado a lado contigo no caminho humano, dominado pela ignorância, mas pensaste que não te competia despertá-los do sono quimérico no qual vitalizavam ilusões.
Neste momento compreendes quanto eles sofrem, e oras, emocionado, guardando a certeza de que a tua vibração os atingirá.
O que puderes fazer por eles, os nossos irmãos desencarnados em sofrimento, faze-o.
Unge-te de contrição e amor e derrama do cálice dos teus sentimentos as vibrações puras que, em os alcançando, abrandarão as suas ansiedades, lenirão suas feridas, diminuirão suas dores...
Oferece ao intercâmbio socorrista as tuas possibilidades medianímicas a fim de que sejam assistidos e medicados.
Ora por eles.
Pensa neles com carinho, considerando também o imperativo do teu retorno ao Mundo Espiritual onde agora se encontram.
*
Não te esqueças, porém, daqueles que estão na Terra reencarnados com necessidades imperiosas.
Uns renteiam contigo no lar, como verdugos da tua paz, obrigando-te a silêncios e renúncias em prol da harmonia doméstica.
Outros se encontram na oficina de trabalho como chefes ou subalternos, exigindo-te valiosos atestados de humildade.
Alguns estão ao lado dos teus amores, tratando-te com escárnio e zombaria, ferindo com estiletes de bem planejada impiedade os teus sentimentos nobres.
Diversos atropelam-te nas ruas, insidiosos e perturbados, malsinando tuas horas.
Vários distendem as mãos na tua direção, mendigando piedade...
Pensa nestes, os irmãos da caminhada física, necessitados do pão do teu exemplo e da lâmpada acesa da tua paciência.
Oferece-lhes a mensagem de esperança e alento com que a fé espírita te sustenta, com abnegação e sincero desejo de que sejam felizes, mesmo que eles não desejem seguir contigo nas linhas renovadoras por onde rumas.
Considera que necessitam de alguém que os ame no estado em que se encontram...
São nossos irmãos de retaguarda, que tiveram horas de amargura por culpa nossa e que o Senhor consentiu recomeçassem a experiência evolutiva ao nosso lado, a benefício nosso e em favor deles próprios.
Não esperes que desencarnem para que os ames ou ores por eles.
Ajuda-os desde já. Possivelmente não te compreenderão nem deves esperar que te compreendam.
Aprendes, nas experiências socorristas mediante o concurso da mediunidade, que os náufragos de hoje no Além-Túmulo já se encontravam perdidos desde antes de seguirem...
*
É verdade que Jesus atendeu os perseguidores do homem de Gadara com amor e severidade; socorreu, benigno, os obsessores do jovem epiléptico e, quanto possível, alongou Sua mensagem aos atormentados que a morte colheu. Todavia, o Seu ministério de amor entre as criaturas da Terra foi exercido principalmente para aqueles considerados irmãos difíceis que terminaram por crucificá-lO, instigados embora por verdugos do Mundo Espiritual. No entanto, mesmo na Cruz, foi para esses, os perseguidores e difíceis, que Ele ofereceu a Sua mensagem de perdão como a ensinar-nos que as tarefas de redenção e amor começam hoje e agora em nós e em torno de nós, no lar e em toda parte, ampliando-as até aqueles que partiram sem que saibamos onde e quando terminarão, porque espera Ele nos transformemos em “cartas vivas” do Seu Evangelho Redentor.
Olá!
Ouçam abaixo o estudo do livro Médiuns e Mediunidades
Capítulo XVI - Obsessão na Mediunidade
Leitura Inicial:
A palavra do Senhor está sempre estruturada em luminosa beleza que não podemos perder de vista.
No capítulo da esmola, a recomendação do Mestre, dentro da narrativa de Lucas, merece apontamentos especiais.
"Dai antes esmola do que tiverdes." Dar o que temos é diferente de dar o que detemos, A caridade é sublime em todos os aspectos sob os quais se nos revele e em circunstância alguma devemos esquecer a abnegação admirável daqueles que distribuem pão e agasalho, remédio e socorro para o corpo, aprendendo a solidariedade e ensinando-a.
É justo, porém, salientar que a fortuna ou a autoridade são bens que detemos provisoriamente na marcha comum e que, nos fundamentos substanciais da vida, não nos pertencem.
O Dono de todo o poder e de toda a riqueza no Universo é Deus, nosso Criador e Pai, que empresta recursos aos homens, segundo os méritos ou as necessidades de cada um.
Não olvidemos, assim, as doações de nossa esfera íntima e perguntemos a nós mesmos:
Que temos de nós próprios para dar?
Que espécie de emoção estamos comunicando aos outros?
Que reações provocamos no próximo?
Que distribuímos com os nossos companheiros de luta diária?
Qual é o estoque de nossos sentimentos?
Que tipo de vibrações espalhamos?
Para difundir a bondade, ninguém precisa cultivar riso estridente ou sorrisos baratos, mas, para não darmos pedras de indiferença aos corações famintos de pão da fraternidade, é indispensável amealhar em nosso espírito as reservas da boa compreensão, emitindo o tesouro de amizade e entendimento que o Mestre nos confiou em serviço ao bem de quantos nos rodeiam, perto ou longe.
É sempre reduzida a caridade que alimenta o estômago, mas que não esquece a ofensa, que não se dispõe a servir diretamente ou que não acende luz para a ignorância.
O aviso do Instrutor Divino nas anotações de Lucas significa: — daí esmola de vossa vida íntima, ajudai por vós mesmos, espalhai alegria e bom ânimo, oportunidade de crescimento e elevação com os vossos semelhantes, sede irmãos dedicados ao próximo, porque, em verdade, o amor que se irradia em bênçãos de felicidade e trabalho, paz e confiança, é sempre a dádiva maior de todas.
Trecho do estudo:
Escolho à educação e ao exercício da mediunidade, mediunidade, a obsessão é vérmina a corroer o organismo emocional e físico da criatura humana.
Somente ocorre a parasitose obsessiva quando existe o devedor que se lhe torna maleável, na área da consciência culpada, que sente necessidade de recuperação.
Conservando a matriz da inferioridade moral no cerne do ser, o Espírito devedor faculta a vinculação psíquica da sua antiga vítima, que se lhe torna, então, cruel cobrador, passando à posição de verdugo alucinado.
Estabelecida a sintonia, o vingador ensandecido passa a administrar, por usurpação, as energias que absorve e lhe sustentam o campo vibratório no qual se movimenta.
A obsessão é obstáculo à correta educação da mediunidade e ao seu exercício edificante, em face da instabilidade e insegurança de que se faz portadora.
A síndrome obsessiva, no entanto, revela a presença da faculdade mediúnica naquele que sofre o constrangimento espiritual dos maus Espíritos, pois estes somente a exercem como expressão da ignorância e loucura de que se fazem objeto, infelizes que também o são nos propósitos que alimentam e nas ações que executam.
A desorientação mediúnica, em razão de uma prática irregular, faculta obsessões por fascinação e subjugação em longo prazo, de recuperação difícil, quando não irreversível...
Nesse sentido, a parasitose obsessiva pode, após demorado curso, dar lugar à distonia nervosa, o que facilita a instalação da loucura em suas variadas manifestações.
No princípio, a obsessão pode ser confundida com alguma dessas manifestações psicopatológicas, tais a neurose, a psicose, e, às vezes, a esquizofrenia...
É necessário muito cuidado para uma diagnose exata nessa área, pois que a fronteira entre uma dessas perturbações mentais e a interferência espiritual deletéria é muito sutil. Não é, porém, a mediunidade que responde pela eclosão do fenômeno obsessivo.
Aliás, por meio do cultivo correto das faculdades mediúnicas é que se dispõe de um dos antídotos eficazes para esse flagelo, porquanto por meio delas se manifestam os perseguidores desencarnados, que se desvelam e vêm esgrimir as falsas razões nas quais se apoiam, buscando justificar a insânia.
Será, todavia, a transformação pessoal e moral do paciente que lhe concederá a recuperação da saúde mental, libertando-o do cobrador desnaturado.
O processo de reequilíbrio, porém, é lento, exigindo altas doses de paciência e de amor por parte do enfermo, como daqueles que lhe compartilham a experiência afetiva, social, familiar.
Sujeita a recidivas, como é compreensível, gera desconforto e desânimo, levando, desse modo, os que nela se encontram incursos, ao abandono da terapia refazente, à desistência da luta, entregando-se, sem qualquer resistência, e deixando-se consumir.
Não se manifesta, entretanto, a alienação por obsessão exclusivamente no exercício da mediunidade, sendo comum a sua ocorrência em pessoas totalmente desinformadas e desconhecedoras dos mecanismos da sensibilidade psíquica... Iniciando-se o processo com sutileza ou irrompendo com violência, torna-se o indivíduo, depois de corrigida a desarmonia, portador de faculdades mediúnicas que jaziam em latência, graças às quais aquela se pôde manifestar.
Seja, porém, qual for o processo por meio de cujo mecanismo se apresente, a obsessão resulta da identificação moral de litigantes que se encontram na mesma faixa vibratória, necessitados de reeducação, amor e elevação.
A mediunidade constitui abençoado meio para evitar, corrigir e sanar os processos obsessivos, quando exercida religiosamente, isto é, com unção, com espírito de caridade, voltada para a edificação do “Reino de Deus” nas mentes e nos corações.
Nenhum médium, todavia, ou melhor dizendo, pessoa alguma está indene a padecer de agressões obsessivas, cabendo a todos a manutenção dos hábitos salutares, da vigilância moral e da oração mediante as ações enobrecidas, graças aos quais se adquirem resistências e defesas para o enfrentamento com as mentes doentias e perversas que pululam na erraticidade inferior e se opõem ao progresso do homem, portanto, da Humanidade.
Esse comércio psíquico pernicioso, o da obsessão, é muito mais expressivo entre os homens e os Espíritos desencarnados doentes do que se supõe, merecendo o estudo e a atenção daqueles que se interessam por equacionar os graves problemas que perturbam a economia emocional e moral da sociedade.
A obsessão, no exercício da mediunidade, é alerta que não pode ser desconhecido, constituindo chamamento à responsabilidade e ao dever.
Mesmo Jesus, o Médium Superior e Irretocável, viu-se a braços com obsessores, obsidiados e tentações promovidas por mentes perversas do Além-túmulo, para os quais a Sua foi sempre a atitude de amor, energia e caridade, encaminhando-os ao Pai, de Quem procedem todas as mercês e dádivas.
Olá amigos!
Ouçam abaixo o estudo do livro Dimensões da Verdade
Capítulo 9 - Cansaço
Leitura inicial:
Confiando Sempre
Peçamos ao Senhor que nos sustente as forças na desincumbência dos compromissos assumidos e que prossigamos adiante no campo de nossas abençoadas lutas, com a certeza de que o Divino Benfeitor jamais nos abandona.
Fonte : Livro Migalha, Francisco Cândido Xavier , pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
Estás fatigado. O cansaço, qual fluido deletério, vence tuas resistências, assenhoreando-se do aparelho físico e mental que acionas com dificuldade. Tantas têm sido as aflições, as lutas que, desencorajado, te entregas à indiferença quanto ao futuro sob tormentos que te dominaram a capacidade de lutar. Tens a impressão de que o entusiasmo calou a voz da sua emoção no teu sentimento encarcerado na dor, e sentes o coração como se fosse um diamante bruto a esfacelar-se dentro do peito, golpeado por vigorosas tenazes que o despedaçam...
Tudo se te afigura sombrio e a luz, que se emboscava na gota d’água aprisionada diante dos teus olhos, agora a vês transformada em lama, no pó, qual a tua antemanhã de sonhos convertida em noite tempestuosa de pavor.
Lutaste, é certo.
Reuniste as energias, qual comandante afervorado a batalhas violentas, colocando-as em defensivas até a exaustão. Mas tantas foram as agressões e tão continuado o cerco que desejarias bater em retirada, deixando livre o campo para que se multiplicassem os maus.
No íntimo conservas um travo de fel que o sofrimento deixou e como miasma em crescimento sentes o espírito envenenado, com a amargura em todas as horas.
Uns companheiros fitam teu sorriso e creem que o caráter não é um dos teus dotes mais representativos.
Outros contemplam tua tristeza e comentam que é débil a tua fé.
Alguns falam contigo e identificam expressões que deprimem teus sentimentos.
Amigos discretamente afirmam que foste vencido por forças negativas do Mundo Espiritual.
Confrades rigorosos negam-te o concurso da amizade deles.
Irmãos acendem a chama da idiossincrasia e separam aqueles que o teu esforço infatigável reuniu.
Colaboradores fendem as bases do serviço que desdobras, abnegado, desejando amesquinhar-te.
Assim crês, assim vês, assim é... Porque estás cansado.
*
Quem observa dificuldades somente encontra obstáculos. Aquele que se prepara para um dia de calor tem pretexto para a canícula inexistente. Olhos acostumados aos detalhes negativos descobrem insignificâncias que enfeiam qualquer paisagem feliz. As estrelas que fulgem além da névoa são ignoradas por quantos se contentam com sombras. As mãos que preferem espinhos perdem a sensibilidade para as débeis violetas. No entanto, além do que registras, há beleza, harmonia, vida.
O veneno que o ofídio injeta e com o qual mata, o homem consegue transformar em medicamento salvador. A ofensa de que se utilizam os infelizes para ultrajar ajuda na ascensão aos que sabem transformar vinditas em bênçãos. A pedra que fere também adorna. O lodo pestilento devidamente atendido converte-se em perfume delicado na intimidade da flor. Transforma cansaço e tristeza em seiva de vida eterna. Renasceste, na Terra, para elaborar a felicidade própria e intransferível. Rogaste a dádiva do resgate com as moedas do testemunho e do silêncio. Esquece-te, desse modo, de ti mesmo e persevera.
Perdoa, enquanto podes.
O perdão é luz que arremessas na direção da vida e que voltará à fonte donde procede.
O conceito que os outros fazem a teu respeito vale o que valorizas.
As dificuldades que te impõem obstaculam quanto supões.
O sarcasmo e a perseguição representam o que consideras.
A dor é o que se deseja que valha.
Levanta o espírito e combate.
Não deixes que os braços das sombras apaguem com mãos de trevas os painéis da tela das tuas aspirações.
Aprofunda a mente na pesquisa da verdade e detém-te a examinar a história dos homens fortes. Não nasceram fortes: fortificaram-se na luta.
O vento enrija a fibra da sequoia e a tormenta lhe dá vigor.
A chuva que chafurda o regato aumenta-lhe o volume d’água.
Deixa-te conduzir pelos testemunhos naturais da experiência carnal e experimenta perseverar, insistir, continuar...
*
A grandeza de Jesus afirmada no atroz sacrifício da cruz teve seu início na escolha de singelo berço para continuar nas aparentes mil nonadas da carpintaria humilde, dos contatos com as gentes simples e pouco esclarecidas, com os enfermos exigentes, os amigos ingratos, os legisladores e religiosos desonestos, para culminar na cobardia de alguns discípulos obsidiados com intermitências que O atraiçoaram, esquecendo o Seu amor para fugirem.
No entanto, uma vez única sequer deixou-se Ele vencer pelo cansaço e, por isso, não reclamou, não desistiu, não censurou, não se deteve a examinar o lado infeliz de ninguém, dedicando-se incansavelmente à construção do bem excelso em favor de todos, a todos amando e perdoando, apesar de tudo.
Olá!
Olá!