Olá amigos!
Segue abaixo nosso estudo de sexta feira
O Pensamento de Emmanuel
tema caridade e pobreza
Leitura inicial:
Reserva algum período do teu tempo ao serviço sem remuneração à caridade fraternal, à ação em favor da comunidade.A "hora vazia" é sempre espaço mental perigoso.
Oferece-a ao teu próximo, a alguma Sociedade ou Agremiação que se dedique à benemerência, à construção de vidas.
Pequenas ajudas produzem os milagres das grandes realizações.
Jamais te escuses a este mister de ajuda desinteressada, não retribuída.
Fonte: Livro Vida Feliz - 35
Trecho do Estudo:
LE - Questão 166: Como pode a alma, que não alcançou a
perfeição durante a vida corpórea, acabar de depurar-se?
R. - Sofrendo a prova de uma nova
existência.
Tendo
nascido na palha, para doar-nos a glória da vida simples, expirou numa cruz
pelo bem de todos, a fim de mostrar-nos o trilho da eterna ressurreição.
EMMANUEL
* * *
Os
hindus denominam-na "roda dos
nascimentos".
Os espíritas dão-lhe o nome
de "reencarnação".
Emmanuel, em linguagem
expressiva e bela, aponta-a por "benção
do recomeço".
Com este ou aquele nome, a
volta ao corpo constitui, evidentemente, oportunidade para que o Espírito
eterno corrija o passado, pelo bom proceder no presente, edificando, assim, para
o futuro, a felicidade e a iluminação.
As provas terrenas são
necessárias para que a alma, depurando-se no cadinho terrestre, alcance seu
glorioso destino: resgatar débitos e construir a vida melhor, no Reino da Luz
Imortal.
Não sendo limitado o número das
existências corporais, o Espírito virá ao plano físico quantas vezes se fizerem
necessárias, dando, de cada vez, "um passo para diante na senda do
progresso".
Uma das provas mais difíceis
é a da pobreza, quanto o é a
da riqueza.
Na primeira, pode sofrer o
Espírito a tentação da revolta.
Na segunda, a do abuso dos
bens da vida, deturpando-lhe os augustos objetivos.
Podemos
dizer que três seriam as causas gerais que levam o homem ao estado de pobreza,
aqui na Terra:
a) - Prova espontaneamente solicitada.
b) - Resgates expiatórios.
c) - Efeitos do próprio livre-arbítrio, após a reencarnação.
Espíritos realmente
evoluídos, ou simplesmente esclarecidos sobre a Lei de Causa e Efeito, podem
solicitar a prova da pobreza, como oportunidade para o acrisolamento de
qualidades ou a realização de tarefas.
Algumas vezes, o mau uso da
riqueza, em precedente existência, leva o Espírito a pedir condição oposta, com
o que espera ressarcir abusos cometidos e pôr-se a salvo de novas tentações,
para as quais não se sinta convenientemente forte.
As provas solicitadas
resultam de méritos do Espírito, que pode, inclusive, escolher ambiente social
e grupo familiar para neles realizar a experiência de que se julga necessitado.
Quando não há, de sua parte,
qualquer mérito, a lei dos resgates compulsórios funciona, levando-o à expiação
de faltas que ficaram no Livro da Vida, as quais lhe acompanham o quadro de
necessidades.
O livre-arbítrio do homem
pode levá-lo à pobreza, sem que se avoquem, precedentes espirituais, causas
ligadas ao pretérito.
Falta de estímulo para as
lutas humanas pode conduzi-lo à miséria.
Preguiça ou
irresponsabilidade são fatores que, fatalmente, o conduzirão à dificuldade
material.
Desapreço aos bens da
Natureza, que florescem, exuberantes, por toda parte, pode ser o responsável
pelos insucessos humanos.
Estudadas, assim, as causas
gerais da pobreza, que a podem converter em miséria, pelo mau uso do
livre-arbítrio, analisemos, agora, as conseqüências, não da miséria, mas da
pobreza digna.
Aquele que, em provação ou
resgate, reencarna em condições penosas, sob o ponto de vista material, deve
suportá-las resignadamente, atento aos frutos espirituais que colherá no
porvir.
Um dos grandes benefícios que
o homem obterá, na vivência modesta e organizada, será o fortalecimento do
caráter, uma vez que uma existência laboriosa não deixa, via de regra, tempo
para que desrespeite os dons da vida.
A obrigatoriedade do
trabalho, mantendo-o, incessantemente, ligado a compromissos irreversíveis, na
esfera profissional, sedimentar-lhe-á as boas qualidades.
Suportando, resignada e
confiantemente, a pobreza honrada, conquista o homem a meta prevista antes da
reencarnação: acrisolamento de qualidades, realização de tarefas ou resgate de
débitos.
Mais livre, pessoalmente, é o
homem pobre.
Não responde por vastos
patrimônios econômico-financeiros, que lhe exigiriam mais tempo, mais lutas,
mais preocupações.
Suas responsabilidades
limitam-se ao trabalho que realiza em determinado espaço de tempo.
Terminado o dia de labor, é
homem livre para ir aonde deseja.
Essa idéia de liberdade
pessoal dá-lhe, também, maior felicidade interior.
Com as naturais exceções de
regra, o homem que luta e sofre, obtendo, ao preço de copioso suor, o sustento
diário, tem maior visão de Deus e de Seu Amor, da amizade sincera e das coisas.
O pobre tem, geralmente, sob
o ponto de vista das próprias necessidades e aspirações, uma vida mais simples,
se a resignação - não a acomodação - é-lhe uma constante espiritual.
Daí ter afirmado Emmanuel, a
respeito de Jesus: "Tendo nascido na
palha, para doar-nos a glória da vida simples, expirou numa cruz pelo bem de
todos, a fim de mostrar-nos o trilho da eterna ressurreição".
Bons são os resultados da
pobreza "resignadamente suportada".
Maus, quando "suportada sob revolta".
A revolta na pobreza é,
sempre, um desastre para a alma, eis que impõe a necessidade de repetição da
experiência, acrescida de responsabilidades.
Como se vê, a compreensão
doutrinária, à luz do Evangelho, do problema da pobreza, é de grande valia para
que o homem triunfe e alcance, vitoriosamente, a meta espiritual a que se
destina, ou renove a experiência.
Se bem suportada, sem
revolta, nem queixas, nem desestímulos, terá o homem vencido, em função da Vida
Mais Alta.
* * *
LEITURA COMPLEMENTAR
Livro dos Espíritos:
V – Provas da Riqueza e da Miséria
814. Por que Deus concedeu a uns a riqueza e o poder e a outros, a miséria?
— Para provar a cada um de uma maneira diferente. Aliás, vós o sabeis essas provas são escolhidas pelos próprios Espíritos, que muitas vezes sucumbem ao realizá-las.
815. Qual dessas duas provas é a mais perigosa para o homem: a da desgraça ou a da riqueza?
— Tanto uma como a outra. A miséria provoca a lamentação contra a Providência; a riqueza leva a todos os excessos.
816. Se o rico sofre mais tentações, não dispõe também de mais meios para fazer o bem?
— E justamente o que nem sempre faz; torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável; suas necessidades aumentam com a fortuna e julga não ter o bastante para si mesmo.