01/01/2021

 Olá amigos!

Segue abaixo o estudo do livro O Espírito da Verdade

Mediunidade e Jesus





Leitura inicial:

169 NO QUADRO REAL

 “Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os aborreceu, porque não são do mundo, assim como eu do mundo não sou.” — Jesus. (JOÃO, capítulo 17, versículo 14.) 

Aprendizes do Evangelho, à espera de facilidades humanas, constituirão sempre assembléias do engano voluntário. 

O Senhor não prometeu aos companheiros senão continuado esforço contra as sombras até à vitória final do bem. 

O cristão não é flor de ornamento para igrejas isoladas. 

É “sal da Terra”, força de preservação dos princípios divinos no santuário do mundo inteiro. 

A palavra de Jesus, nesse particular, não padece qualquer dúvida: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Amai vossos inimigos. 

Orai pelos que vos perseguem e caluniam. Bendizei os que vos maldizem. 

Emprestai sem nada esperardes. Não julgueis para não serdes julgados. Entre vós, o maior seja servo de todos. 

Buscai a porta estreita. Eis que vos envio como ovelhas ao meio dos lobos. 

No mundo, tereis tribulações.” Mediante afirmativas tão claras, é impossível aguardar em Cristo um doador de vida fácil. Ninguém se aproxime dEle sem o desejo sincero de aprender a melhorar-se. 

Se Cristianismo é esperança sublime, amor celeste e fé restauradora, é também trabalho, sacrifício, aperfeiçoamento incessante. 

Comprovando suas lições divinas, o Mestre Supremo viveu servindo e morreu na cruz.


Trecho do estudo:

67 

Mediunidade e Jesus 

Cap. VI – Item 7 

Quem hoje ironiza a mediunidade, em nome do cristo, esquece-se, naturalmente, de que Jesus foi quem mais a honrou neste mundo, erguendo-a ao mais alto nível de aprimoramento e revelação, para alicerçar a sua eterna doutrina entre os homens. 

É assim que começa o apostolado divino, santificando-lhe os valores na clariaudiência e na clarividência entre Maria e Isabel, José e Zacarias, Ana e Simeão, no estabelecimento da Boa Nova. 

E segue adiante, enaltecendo-a na inspiração junto aos doutores do Templo; exaltando-a nos fenômenos de efeitos físicos, ao transformar a água em vinho, nas bodas de Caná; honorificando-a, nas atividades de cura, em transmitindo passes de socorro aos cegos e paralíticos, desalentados e aflitos, reconstituindo-lhes a saúde; ilustrando-a na levitação, quando caminha sobre as águas; dignificando-a nas tarefas de desobsessão, ao instruir e consolar os desencarnados sofredores por intermédio dos alienados mentais que lhe surgem à frente; glorificando-a na materialização, em se transfigurando ao lado de Espíritos radiantes, no cimo do Tabor, e elevando-a sempre, no magnetismo sublimado, seja aliviando os enfermos com a simples presença, revitalizando corpos cadaverizados, multiplicando pães e peixes para a turba faminta ou apaziguando as forças da natureza. 

E, confirmando o intercâmbio entre os vivos da Terra e os vivos da Eternidade, reaparece, Ele mesmo, ante os discípulos espantados, traçando planos de redenção que culminam no dia de Pentecostes – o momento inesquecível do Evangelho –, quando os seus mensageiros convertem os Apóstolos em médiuns falantes, na praça pública, para esclarecimento do povo necessitado de luz. 

Como é fácil de observar, a mediunidade, como recurso espiritual de sintonia, não se confunde com a Doutrina Espírita que expressa atualmente o Cristianismo Redivivo, mas, sempre que enobrecida pela honestidade e pela fé, pela educação e pela virtude, é o veículo respeitável da convicção na sobrevivência. 

Assim, pois, não nos agastemos contra aqueles que a perseguem, através do achincalhe – tristes negadores da realidade cristã, ainda mesmo quando se escondam sob os veneráveis distintivos da autoridade humana –, porquanto os talentos medianímicos estiveram, incessantemente, nas mãos de Jesus, o nosso divino mestre, que deve ser considerado, por todos nós, como sendo o excelso médium de Deus. 

Eurípedes Barsanulfo