08/03/2020




Ainda sobre autores e estudiosos do Espiritismo:

Camille Flammarion



  Nicolas Camille Flammarion nasceu em Montigny-le-Roi, Haute-Marne, França, à uma hora do dia 26 de fevereiro de 1842.
  A notoriedade de Camille Flammarion se deu com a obra “La Pluralité des Mondes Habités” (“A Pluralidade dos Mundos Habitados”), que escreveu em 1862, após deixar o Observatório de Paris, onde muito sofreu com as impertinências e perseguições do diretor Levèrrier, que não podia conceber a ideia de um rapazote acompanhá-lo em estudos de ordem tão transcendental.
  Tornando-se espírita convicto, Camille Flammarion foi amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec, tendo sido o orador designado para proferir as últimas palavras à beira do túmulo do Codificador do Espiritismo.
  As obras de Camille Flammarion foram traduzidas para grande número de idiomas: inglês, espanhol, sueco, dinamarquês, italiano, húngaro, checo, holandês, romeno, russo, alemão, português; e são referidas na “Revue Spirite” (“Revista Espírita”), que também publica seus artigos.
  Suas obras, de uma forma geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados e são as seguintes: “Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais”, “As Maravilhas Celestes”, “Deus na Natureza”, “Contemplações Científicas”, “Estudos e Leitura sobre Astronomia”, “Atmosfera”, “Astronomia Popular”, “Descrição Geral do Céu”, “O Mundo antes da Criação do Homem”, “Os Cometas”, “As Casas Mal-Assombradas”, “Narrações do Infinito”, “Sonhos Estelares”, “Urânia”, “Estela”, “O Desconhecido”, “A Morte e seus Mistérios”, “Problemas Psíquicos”, “O Fim do Mundo”, entre outras.
  Ele é visto pelos astrônomos contemporâneos como um astrônomo amador que realizou um trabalho de vulgarização da astronomia (no seu sentido de divulgação, e não no pejorativo de banalização).   Esta qualificação possivelmente se deve ao fato de ele não fazer parte de nenhuma academia ou centro de pesquisa oficial, mas, certamente, não se pode qualificá-lo de amador por não publicar seus trabalhos regularmente em periódicos científicos.
  Segundo Gabriel Delanne, Camille Flammarion foi um filósofo enxertado e sábio, possuindo a arte da ciência e a ciência da arte. Flammarion “poeta dos Céus”, como o denominava Michelet, tornou-se baluarte do Espiritismo, pois, sempre coerente com suas convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e inovador. 

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