Ainda sobre autores e estudiosos do Espiritismo:
Camille Flammarion
Nicolas Camille
Flammarion nasceu em Montigny-le-Roi, Haute-Marne, França, à uma hora do dia 26
de fevereiro de 1842.
A notoriedade de Camille
Flammarion se deu com a obra “La Pluralité des Mondes Habités” (“A
Pluralidade dos Mundos Habitados”), que escreveu em 1862, após deixar o
Observatório de Paris, onde muito sofreu com as impertinências e perseguições
do diretor Levèrrier, que não podia conceber a ideia de um rapazote
acompanhá-lo em estudos de ordem tão transcendental.
Tornando-se espírita
convicto, Camille Flammarion foi amigo pessoal e dedicado de Allan Kardec,
tendo sido o orador designado para proferir as últimas palavras à beira do
túmulo do Codificador do Espiritismo.
As obras de Camille
Flammarion foram traduzidas para grande número de idiomas: inglês, espanhol,
sueco, dinamarquês, italiano, húngaro, checo, holandês, romeno, russo, alemão,
português; e são referidas na “Revue Spirite” (“Revista Espírita”), que também publica seus artigos.
Suas obras, de uma forma
geral, giram em torno do postulado espírita da pluralidade dos mundos habitados
e são as seguintes: “Os Mundos Imaginários e os Mundos Reais”, “As
Maravilhas Celestes”, “Deus na Natureza”, “Contemplações Científicas”, “Estudos
e Leitura sobre Astronomia”, “Atmosfera”, “Astronomia Popular”, “Descrição
Geral do Céu”, “O Mundo antes da Criação do Homem”, “Os Cometas”, “As Casas
Mal-Assombradas”, “Narrações do Infinito”, “Sonhos Estelares”, “Urânia”,
“Estela”, “O Desconhecido”, “A Morte e seus Mistérios”, “Problemas Psíquicos”,
“O Fim do Mundo”, entre outras.
Ele é visto pelos
astrônomos contemporâneos como um astrônomo amador que realizou um trabalho de
vulgarização da astronomia (no seu sentido de divulgação, e não no pejorativo
de banalização). Esta qualificação possivelmente se deve ao fato de ele não
fazer parte de nenhuma academia ou centro de pesquisa oficial, mas, certamente,
não se pode qualificá-lo de amador por não publicar seus trabalhos regularmente
em periódicos científicos.
Segundo Gabriel Delanne,
Camille Flammarion foi um filósofo enxertado e sábio, possuindo a arte da
ciência e a ciência da arte. Flammarion “poeta dos Céus”, como o denominava
Michelet, tornou-se baluarte do Espiritismo, pois, sempre coerente com suas
convicções inabaláveis, foi um verdadeiro idealista e inovador.
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