Livro O Espírito da Verdade
Capítulo 2 – Excesso e Você
Leitura Inicial:
Caridade
Caridade é , sobretudo, amizade.
Para o faminto - é o prato de sopa.
Para o triste - é a palavra consoladora.
Para o mau - é a paciência com que nos compete auxiliá-lo
Para o desesperado - é o auxílio do coração.
Para o ignorante - é o ensino despretensioso.
Para o ingrato - é o esquecimento.
Para o enfermo - é a visita pessoal.
Para o estudante - é o
concurso no aprendizado.
Para a criança - é a proteção construtiva.
Para o velho - é o braço irmão.
Para o inimigo - é o silêncio.
Para o amigo - é o estímulo.
Para o transviado - é o entendimento.
Para o orgulhoso - é a humildade.
Para o colérico - é a calma.
Para o preguiçoso - é o trabalho.
Para o impulsivo - é a serenidade.
Para o leviano - é a tolerância.
Para o deserdado da Terra - é a expressão de carinho.
CARIDADE é o AMOR, em manifestação incessante e crescente. É o sol de mil faces, brilhando para todos, e o gênio de mil mãos, amparando, indistintamente, na obra do bem, onde quer que se encontre, entre justos e injustos, bons e maus, felizes e infelizes, porque, onde estiver o Espírito do Senhor aí se derrama a claridade constante dela, a benefício do mundo inteiro.
* * *
2
Excesso e você
Cap. XIII – Item 10
Amigo, Espiritismo é caridade em movimento.
Não
converta o próprio lar em museu.
Utensílio
inútil em casa será utilidade na casa alheia.
O
desapego começa das pequeninas coisas, e o objeto conservado, sem aplicação no
recesso da moradia, explora os sentimentos do morador.
A
verdadeira morte começa na estagnação.
Quem
faz circular os empréstimos de Deus, renova o próprio caminho.
Transfigure
os apetrechos, que lhes sejam inúteis, em forças vivas do bem.
Retirem
da despensa os gêneros alimentícios, que descansam esquecidos, para a
distribuição fraterna aos companheiros de estômago atormentado.
Reviste
o guarda-roupa, libertando os cabides das vestes que você não usa,
conduzindo-as aos viajores desnudos da estrada.
Estenda
os pares de sapatos, que lhes sobram, aos pés descalços que transitam em
derredor.
Elimine
do mobiliário as peças excedentes, aumentando a alegria das habitações menos
felizes.
Revolva
os guardados em gavetas ou porões, dando aplicação aos objetos parados de seu
uso pessoal.
Transforme
em patrimônio alheio os livros empoeirados que você não consulta,
endereçando-os ao leitor sem recursos.
Examine
a bolsa, dando um pouco mais que os simples compromissos da fraternidade,
mostrando gratidão pelos acréscimos da Divina Misericórdia que você recebe.
Ofereça
ao irmão comum alguma relíquia ou lembrança afetiva de parentes e amigos, ora
na Pátria Espiritual, enviando aos que partiram maior contentamento com tal
gesto.
Renovemos
a vida constantemente, cada ano, cada mês, cada dia...]
Previna-se
hoje contra o remorso de amanhã.
O
excesso de nossa vida cria a necessidade do semelhante.
Ajude
a casa de assistência coletiva.
Divulgue
o livro nobre.
Medique
os enfermos.
Aplaque
a fome alheia.
Enxugue
lágrimas.
Socorra
feridas.
Quando
buscamos a intimidade do Senhor, os valores mumificados em nossas mãos
ressurgem nas mãos dos outros, em exaltação de amor e luz para todas as
criaturas de Deus.
Espírito André Luiz