Olá!
Segue nosso estudo de segunda-feira às 15 h.
O Livro dos Espíritos
Q. 234 a 236 - Mundos transitórios
Leitura inicial:
28
Segundo os mensageiros da Espiritualidade Maior, nós, as criaturas terrestres de todas as idades,
superaremos as crises atuais e dizem que as transformações aflitivas do Mundo moderno se verificam para
o bem geral.
Fonte: Livro Palavras de Chico Xavier, Chico Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
234. Há, de fato, como já foi dito, mundos que servem de
estações ou pontos de repouso aos Espíritos errantes?
“Sim, há mundos particularmente destinados aos seres errantes, mundos que lhes podem servir de habitação
temporária, espécies de bivaques, de campos onde descansem de uma demasiado longa erraticidade, estado este sempre um tanto penoso. São, entre os outros mundos, posições intermédias, graduadas de acordo com a natureza dos
Espíritos que a elas podem ter acesso e onde eles gozam de
maior ou menor bem-estar.”
a) — Os Espíritos que habitam esses mundos podem
deixá-los livremente?
“Sim, os Espíritos que se encontram nesses mundos
podem deixá-los, a fim de irem para onde devam ir. Figurai-os
como bandos de aves que pousam numa ilha, para aí aguardarem que se lhes refaçam as forças, a fim de seguirem seu
destino.”
235. Enquanto permanecem nos mundos transitórios, os
Espíritos progridem?
“Certamente. Os que vão a tais mundos levam o objetivo de se instruírem e de poderem mais facilmente obter
permissão para passar a outros lugares melhores e chegar
à perfeição que os eleitos atingem.”
236. Pela sua natureza especial, os mundos transitórios se
conservam perpetuamente destinados aos Espíritos
errantes?
“Não, a condição deles é meramente temporária.”
a) — Esses mundos são ao mesmo tempo habitados por
seres corpóreos?
“Não; estéril é neles a superfície. Os que os habitam de
nada precisam.”
b) — É permanente essa esterilidade e decorre da natureza especial que apresentam?
“Não; são estéreis transitoriamente.”
c) — Os mundos dessa categoria carecem então de
belezas naturais?
“A Natureza reflete as belezas da imensidade, que não
são menos admiráveis do que aquilo a que dais o nome de
belezas naturais.”
d) — Sendo transitório o estado de semelhantes
mundos, a Terra pertencerá algum dia ao número deles?
“Já pertenceu.”
e) — Em que época?
“Durante a sua formação.”
Nada é inútil em a Natureza; tudo tem um fim, uma destinação. Em lugar algum há o vazio; tudo é habitado, há vida em toda
parte. Assim, durante a dilatada sucessão dos séculos que passaram antes do aparecimento do homem na Terra, durante os
lentos períodos de transição que as camadas geológicas atestam,
antes mesmo da formação dos primeiros seres orgânicos, naquela massa informe, naquele árido caos, onde os elementos se achavam em confusão, não havia ausência de vida. Seres isentos das
nossas necessidades, das nossas sensações físicas, lá encontravam refúgio. Quis Deus que, mesmo assim, ainda imperfeita, a
Terra servisse para alguma coisa. Quem ousaria afirmar que, entre
os milhares de mundos que giram na imensidade, um só, um dos
menores, perdido no seio da multidão infinita deles, goza do privilégio exclusivo de ser povoado? Qual então a utilidade dos demais? Tê-los-ia Deus feito unicamente para nos recrearem a vista? Suposição absurda, incompatível com a sabedoria que esplende
em todas as suas obras e inadmissível desde que ponderemos na
existência de todos os que não podemos perceber. Ninguém contestará que, nesta ideia da existência de mundos ainda impróprios para a vida material e, não obstante, já povoados de seres
vivos apropriados a tal meio, há qualquer coisa de grande e
sublime, em que talvez se encontre a solução de mais de um
problema.