Olá!
Vida
Feliz
A grandeza de um homem
pode ser medida pela sua capacidade de serviço ao próximo, de humildade e de
amor.
Os homens grandes
chamam a atenção e projetam sombra, mas os grandes homens, onde quer que se
encontrem, tornam-se claridade inapagável, apontando rumos libertadores.
Os verdadeiros heróis
se ignoram, preocupados que vivem em ajudar mais do que fazer a propaganda dos
próprios atos.
Torna-te um deles, no
silêncio das tuas realizações e na grandeza da tua pequenez.
237. Uma vez de volta ao mundo dos
Espíritos, conserva a alma as percepções que tinha quando na Terra?
“Sim, além de outras de
que aí não dispunha, porque o corpo, qual véu sobre elas lançado, as
obscurecia. A inteligência é um atributo, que tanto mais livremente se
manifesta no Espírito, quanto menos entraves tenha que vencer”.
“Quanto mais se
aproximam da perfeição, tanto mais sabem. Se são Espíritos superiores, sabem
muito. Os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes acerca de tudo”.
“Conforme a elevação e
a pureza que hajam atingido. Os de ordem inferior não sabem mais do que os
homens”.
“Não e daí vem que nem
sempre nos compreendeis, quando se trata de determinar datas ou épocas”.
Os Espíritos vivem fora
do tempo como o compreendemos. A duração, para eles, deixa, por assim dizer, de
existir. Os séculos, para nós tão longos, não passam, aos olhos deles, de
instantes que se movem na eternidade, do mesmo modo que os relevos do solo se
apagam e desaparecem para quem se eleva no espaço.
“Do mesmo modo que
aquele, que vê bem, faz mais exata ideia das coisas do que o cego. Os Espíritos
veem o que não vedes. Tudo apreciam, pois, diversamente do modo por que o
fazeis, mas também isso depende da elevação deles”.
“O
passado, quando com ele nos ocupamos, é presente. Verifica-se então,
precisamente, o que se passa contigo quando recordas qualquer coisa que te
impressionou no curso do teu exílio. Simplesmente, como já nenhum véu material
nos tolda a inteligência, lembramo-nos mesmo daquilo que se te apagou da memória.
Nem tudo os Espíritos sabem, porém, a começar pela sua própria criação”.
“Ainda isto depende da
elevação que tenham conquistado. Muitas vezes, apenas o entreveem, porém, nem
sempre lhes é permitido revelá-lo. Quando o veem, parece-lhes presente. À
medida que se aproxima de Deus, tanto mais claramente o Espírito descortina o
futuro. Depois da morte, a alma vê e apreende num golpe de vista suas passadas
migrações, mas não pode ver o que Deus lhe reserva. Para que tal aconteça,
preciso é que, ao cabo de múltiplas existências, se haja integrado nele”.
a) Os Espíritos que alcançaram a
perfeição absoluta têm conhecimento completo do futuro?
“Completo não se pode
dizer, por isso que só Deus é soberano Senhor e ninguém o pode igualar”.
“Só os Espíritos
superiores o veem e compreendem. Os inferiores o sentem e adivinham”.
a) Quando um Espírito inferior diz que
Deus lhe proíbe ou permite uma coisa, como sabe que isso lhe vem dele?
“Ele não vê a Deus, mas
sente a sua soberania e, quando não deva ser feita alguma coisa ou dita uma
palavra, percebe, como por intuição, a proibição de fazê-la ou dizê-la. Não
tendes vós mesmos pressentimentos, que se vos afiguram avisos secretos, para
fazerdes, ou não, isto ou aquilo? O mesmo nos acontece, se bem que em grau mais
alto, pois compreendes que, sendo mais sutil do que as vossas a essência dos
Espíritos, podem estes receber melhor as advertências divinas”.
b) Deus transmite diretamente a ordem
ao Espírito, ou por intermédio de outros Espíritos?
“Ela não lhe vem direta
de Deus. Para se comunicar com Deus, é-lhe necessário ser digno disso. Deus lhe
transmite suas ordens por intermédio dos Espíritos imediatamente superiores em
perfeição e instrução”.
“Não, ela reside em
todo ele”.
“Veem por si mesmos,
sem precisarem de luz exterior. Para os Espíritos, não há trevas, salvo as em
que podem achar-se por expiação”.
“Como o Espírito se
transporta aonde queira, com a rapidez do pensamento, pode-se dizer que vê em
toda parte ao mesmo tempo. Seu pensamento é suscetível de irradiar,
dirigindo-se a um tempo para muitos pontos diferentes, mas esta faculdade
depende da sua pureza. Quanto menos puro é o Espírito, tanto mais limitada tem
a visão. Só os Espíritos superiores podem com a vista abranger um conjunto”.
No Espírito, a
faculdade de ver é uma propriedade inerente à sua natureza e que reside em todo
o seu ser, como a luz reside em todas as partes de um corpo luminoso. É uma
espécie de lucidez universal que se estende a tudo, que abrange simultaneamente
o espaço, os tempos e as coisas, lucidez para a qual não há trevas, nem
obstáculos materiais. Compreende-se que deva ser assim. No homem, a visão se dá
pelo funcionamento de um órgão que a luz impressiona. Daí se segue que, não
havendo luz, o homem fica na obscuridade. No Espírito, como a faculdade de ver
constitui um atributo seu, abstração feita de qualquer agente exterior, a visão
independe da luz. (Veja-se:
“Ubiquidade”, questão 92)
“Mais distintamente,
pois que sua vista penetra onde a vossa não pode penetrar. Nada a obscurece”.
“Sim, percebe mesmo
sons imperceptíveis para os vossos sentidos obtusos”.
a) No Espírito, a faculdade de ouvir
está em todo ele, como a de ver?
“Todas as percepções
constituem atributos do Espírito e lhe são inerentes ao ser. Quando o reveste
um corpo material, elas só lhe chegam pelo conduto dos órgãos. Deixam, porém,
de estar localizadas, em se achando ele na condição de Espírito livre”.
“O Espírito unicamente
vê e ouve o que quer. Dizemos isto de um ponto de vista geral e, em particular,
com referência aos Espíritos elevados, porquanto os imperfeitos muitas vezes
ouvem e veem, a seu mau grado, o que lhes possa ser útil ao aperfeiçoamento”.
“Aludes à música
terrena? Que é ela comparada à música celeste? a esta harmonia de que nada na
Terra vos pode dar ideia? Uma está para a outra como o canto do selvagem para
uma doce melodia. Não obstante, Espíritos vulgares podem experimentar certo
prazer em ouvir a vossa música, por lhes não ser dado ainda compreenderem outra
mais sublime. A música possui infinitos encantos para os Espíritos, por terem
eles muito desenvolvidas as qualidades sensitivas. Refiro-me à música celeste, que
é tudo o que de mais belo e delicado pode a imaginação espiritual conceber”.
“Tão diferentes são as
belezas naturais dos mundos, que longe estamos de as conhecer. Sim, os
Espíritos são sensíveis a essas belezas, de acordo com as aptidões que tenham
para as apreciar e compreender. Para os Espíritos elevados, há belezas de
conjunto que, por assim dizer, apagam as das particularidades”.
“Eles os conhecem,
porque os sofreram, não os experimentam, porém, materialmente, com vós outros:
são Espíritos”.
“Não podem sentir a
fadiga, como a entendeis; conseguintemente, não precisam de descanso corporal,
como vós, pois que não possuem órgãos cujas forças devam ser reparadas. O
Espírito, entretanto, repousa, no sentido de não estar em constante atividade. Ele
não atua materialmente. Sua ação é toda intelectual e inteiramente moral o seu
repouso. Quer isto dizer que momentos há em que o seu pensamento deixa de ser
tão ativo quanto de ordinário e não se fixa em qualquer objeto determinado. É
um verdadeiro repouso, mas de nenhum modo comparável ao do corpo. A espécie de
fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a
inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de
repousar”.
“Angústias morais, que
o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos”.
“É reminiscência do que
padecem durante a vida, reminiscência não raro tão aflitiva quanto a realidade.
Muitas vezes, no que eles assim dizem apenas há uma comparação mediante a qual,
em falta de coisa melhor, procuram exprimir a situação em que se acham. Quando
se lembram do corpo que revestiram, têm impressão semelhante à de uma pessoa
que, havendo tirado o manto que a envolvia, julga, passado algum tempo, que
ainda o traz sobre os ombros”.