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Segue nosso estudo de quarta-feira às 19hs.
Livro Cristianismo e Espiritismo
Capítulo XI - Renovação
Leitura inicial:
Vida Feliz
150
Porque as pessoas se te
apresentem más e egoístas, ou porque te aflijam e desconsiderem, não planejes o
revide.
Há quem ainda se
compraz no mal, quem perturba e se ufana disso.
São seres mal saídos do
primarismo, adquirindo a luz da razão e a sensibilidade da emoção.
Não é justo que desças
e a elas te niveles, sofrendo mais, quando podes ascender e elevá-las,
alterando a paisagem moral do mundo para melhor.
Seja tua a ação de
engrandecimento e compreensão das falhas e limites do teu próximo.
Jamais te arrependerás,
agindo assim.
Joanna de Ângelis
Fonte: Livro Vida Feliz, psicografia de Divaldo P. Franco – LEAL – 16ª edição - 2012
Cristianismo e
Espiritismo
Léon Denis
XI - Renovação
...
A existência terrestre
não é mais que uma página do grande livro da vida, uma breve passagem que liga
duas imensidades – a do passado e a do futuro. O globo que habitais é apenas um
ponto no espaço, uma estância inferior, um lugar de educação, de preparação
para mais altos destinos. Não julgueis, pois; não meçais a obra divina com o
exíguo estalão e no círculo restrito do presente. Compreendei que a justiça
eterna não é a justiça dos homens; ela não pode ser apreciada senão em suas
relações no conjunto das nossas existências e a universalidade dos mundos.
Confiai-vos à Suprema Sabedoria; desempenhai a tarefa que ela vos distribui e
que, livremente, antes de nascerdes, haveis aceitado. Trabalhai com intrepidez
e consciência em melhorar a vossa sorte e a dos vossos semelhantes; esclarecei
a inteligência, desenvolvei a razão. Quanto mais árdua vos for a tarefa, mais
rápido será o vosso adiantamento. A fortuna e o prazer não são mais que
embaraços para quem deseja elevar-se. Deste mundo não se levam bens nem honras,
mas, unicamente, as aptidões adquiridas e os aperfeiçoamentos realizados; nisso
consistem as riquezas imperecíveis, contra as quais a morte nada pode.
Erguei o olhar acima da
Terra. Com a proteção dos invisíveis, dos vossos guias espirituais cujos
socorros não vos faltarão se os invocardes com fervor, avançai resolutamente no
caminho da vida. Amai vossos irmãos; praticai com todos a caridade e a justiça.
Lembrai-vos de que constituís, todos, uma grande família oriunda de Deus, e que
vos sonegar a vossos irmãos é sonegar a eterna bondade de Deus, que é pai
comum; é vos sonegardes a vós mesmos, que não fazeis com eles mais que um só,
no pensamento criador d'Aquele a quem tudo devemos.
Porque a única
felicidade, a única harmonia possível neste mundo não é realizável senão pela
união com os nossos semelhantes, união pelo pensamento e pelo coração, enquanto
da divisão procedem todos os males: a desordem, a confusão, a perda de tudo o
que constitui a força e a grandeza das sociedades.
Suscita-se
frequentemente esta questão: o moderno espiritualismo é uma ciência, ou uma
religião?
Até agora esses dois
sulcos traçados pelo espírito humano em sua secular pesquisa da verdade
conduziram a opostos resultados, indício manifesto do estado de inferioridade
do pensamento, comprimido, escravizado, limitado em seu campo de ação.
Prosseguindo, porém, a sua marcha, um dia forçosamente chegará – e esse dia vem
próximo – em que o espírito humano atingirá um domínio comum a essas duas
formas da ideia; aí se hão de elas fusionar, unificar-se em uma síntese, em uma
concepção da vida e do Universo que há de abranger o presente e o futuro e
fixar as leis eternas do destino.
O moderno
espiritualismo, ou espiritualismo integral, será o terreno em que se há de
efetuar essa aproximação. Nenhuma outra doutrina pode fornecer à Humanidade
essa concepção geral que, do mais íntimo da vida inferior, eleva o pensamento
às culminâncias da Criação, até Deus, e liga todos os seres numa intermita
cadeia.
Quando essa concepção
tiver penetrado nas almas, quando se houver constituído o princípio de
educação, o alimento intelectual, o pão de vida de todos os filhos dos homens,
já não haverá possibilidade de separar a Ciência da Religião e, ainda menos, de
combater uma em nome da outra, porque a Ciência, até agora encerrada no círculo
da vida terrestre e do mundo material, terá reconhecido o invisível e levantado
o véu que oculta a vida fluídica; terá sondado o Além, para lhe determinar as
formas e precisar as leis. E a existência futura, a ascensão da alma em seus
inumeráveis domicílios, já não será uma hipótese, uma especulação destituída de
provas, senão a realidade viva e palpitante.
Não será possível
combater a Religião em nome da Ciência, porque a Religião não será mais o dogma
acanhado e exclusivo, o culto material que houvermos conhecido; será o remate
triunfal de todas as conquistas, de todas as aspirações do espírito humano;
será o surto do pensamento que se apoia na certeza experimental, na comprovada
evidência do mundo invisível, na cognitiva apreensão de suas leis, e, firme
nessa base sólida, se eleva para a Causa das causas, para a soberana
Inteligência que preside à ordem do Universo, para abençoá-la, por lhe haver
concedido a possibilidade de penetrar suas obras e associar-se a elas.
Então, cada qual
compreenderá que ciência e religião não eram mais que palavras, necessárias
para designar as flutuações do pensamento em seus primeiros ensaios infantis,
estado transitório do Espírito em sua evolução para a verdade. E esse estado
terá desaparecido com as sombras da ignorância e da superstição, para ceder o
lugar ao Conhecimento, ao conhecimento real da alma e do seu futuro, do
Universo e de suas leis; com esse conhecimento, virão a luz e as energias que
permitirão, finalmente, à alma humana ocupar o lugar que lhe pertence e
desempenhar o seu verdadeiro papel na obra da Criação.
Sempre a Ciência se
desvaneceu com as suas conquistas e o seu orgulho é bem legítimo. Incompleta e
variável, entretanto, a Ciência não é mais que o conjunto das concepções de um
século, que a Ciência do século seguinte ultrapassa e submerge. A despeito das
suas cegas negações e acanhada obstinação, dia a dia são as opiniões dos sábios
desmentidas nalgum ponto. Desmoronam-se teorias penosamente arquitetadas, para
cederem o lugar a outras teorias. Através da sucessão dos tempos, o pensamento
se desdobra e avança, mas, em sua marcha, quantas hesitações, quantos períodos
de eclipse e mesmo de recuo!
Considerando os
preconceitos e a rotina da Ciência foi que se levantaram veementes, contra ela,
certos escritores e a acusaram de incapacidade e de falência. Era uma acusação
injusta. Como o demonstramos, a “bancarrota” não atingiu senão os sistemas
materialistas e positivistas. No sentido oposto, a teologia e a escolástica,
impelindo os espíritos para o misticismo, haviam provocado inevitável reação.
O misticismo e o
materialismo fizeram sua época. O futuro pertence à nova ciência, à ciência
psíquica, que estuda todos os fenômenos e lhes pesquisa as causas, reconhece a
existência de um mundo invisível e, com todas as análises que possui, formulará
uma síntese magnífica da vida e do Universo, para difundir o seu conhecimento
por toda a Humanidade.
Ela destruirá a noção
do sobrenatural, mas franqueará às investigações humanas ignorados domínios da
Natureza, que encerram inesgotáveis riquezas.
É sob a influência do
Espiritismo experimental que essa evolução científica já se vai efetuando. É a
ele, digam o que disserem, que a nova ciência deve a vida, porque, sem o
impulso que ele imprimiu ao pensamento, essa ciência estaria ainda por nascer.
O Espiritismo traz a
cada ciência os elementos de uma verdadeira renovação. Pela comprovação dos
fenômenos, conduz a Física à descoberta das formas sutilíssimas da Matéria. Esclarece
todos os problemas da Fisiologia pelo conhecimento do corpo fluídico. Sem a
existência deste, seria impossível explicar a aglomeração, na forma orgânica e
sobre um plano determinado, das inúmeras moléculas que constituem o nosso
invólucro terrestre, do mesmo modo que a conservação da individualidade e da
memória, através das constantes mutações do corpo humano.
Graças ao Espiritismo,
a Psicologia já se não sente embaraçada por tantas questões obscuras e,
particularmente, pela das personalidades múltiplas, que se sucedem sem se
conhecerem, no mesmo indivíduo. As experiências espíritas fornecem à Patologia
os meios de curar a obsessão e os inúmeros casos de loucura e alucinação que
com ela se relacionam. A prática do magnetismo, a utilização dos fluidos
curativos, revolucionam e transformam a Terapêutica.
O espiritualismo
integral nos faz melhor compreender a evolução da vida, mostrando-nos o seu
princípio nos progressos psíquicos do ser, que constrói e aperfeiçoa, por si
mesmo, as suas formas através dos tempos.
Essa evolução, em que
as nossas vidas terrestres não representam mais que uma fase transitória,
simples paradas em nossa grande jornada ascensional através dos mundos, vem
confirmar os testemunhos da Astronomia, que mostra a exígua importância do
nosso planeta no conjunto do Universo, e conclui pela habitabilidade das outras
terras do espaço.
É assim que o
Espiritismo vem enriquecer e fecundar os mais diversos domínios do pensamento e
da Ciência. Esta se havia limitado ao estudo do mundo sensível, do mundo
inferior da matéria. O Espiritismo, demonstrando a existência de um mundo
fluídico que é o complemento, o prolongamento daquele, lhe descerra ilimitados
horizontes, facultando-lhe maior impulso e desenvolvimento. E, como esses dois
mundos se ligam e reagem constantemente um sobre o outro, sendo incompleto o
conhecimento de um sem o conhecimento do outro, o Espiritismo, aproximando-os,
unindo-os, vem tornar possíveis a explicação dos fenômenos da vida e a solução
dos múltiplos problemas em cuja presença permanecera a Ciência impotente e muda
até agora. Vem finalmente libertar a Humanidade dos sistemas restritivos, da
rotina obstinada, para fazê-la participar da vida ampla, infinita.
A obra é imponente e
grandiosa. O novo espiritualismo convida a se lhe associarem todas as
inteligências, todas as almas generosas, todos os espíritos ávidos de luz e de
ideal. O campo de ação que lhes faculta, as riquezas que lhes oferece, não têm
limites. Sábios, poetas, pensadores e artistas, todos quantos se sentem
apaixonados de ciência profunda, beleza ideal, harmonia divina, hão de nele
encontrar uma fonte inesgotável de inspirações.
A doutrina das
transmigrações, a magnífica epopeia da vida imortal que se desdobra na
superfície dos mundos, oferecerá tema à produção de obras-primas, que excederão
em magnitude as geniais concepções de outrora.
Essa ação renovadora
far-se-á igualmente sentir nas religiões, posto que muito mais lenta e
dificilmente. Dentre todas as instituições humanas, são estas, com efeito, as
mais refratárias a qualquer reforma, a qualquer impulso para frente; todavia,
estão, como todas as coisas, sujeitas à lei divina do progresso.
No plano superior de
evolução, cada símbolo, cada forma religiosa deve ceder o lugar a concepções
mais altas e mais puras. O Cristianismo não pode desaparecer, porque os seus
princípios contêm o germe de renascimentos infinitos; deve, porém, despir as
diferentes formas revestidas no curso das idades, regenerar-se nas fontes da
nova revelação, apoiar-se na ciência dos fatos e voltar a ser um manancial de
fé viva.
Nenhuma concepção
religiosa, nenhuma forma cultural é imutável. Dia virá em que os dogmas e
cultos atuais irão reunir-se aos destroços dos antigos cultos; o ideal
religioso, porém, não há de perecer; os preceitos do Evangelho dominarão sempre
as consciências, como a grande figura do Crucificado dominará o fluxo dos
séculos.
As crenças, as
diferentes religiões, tomadas em sua ordem sucessiva, poderiam, numa certa
medida, ser consideradas os degraus que o pensamento galga em ascensão para
concepções cada vez mais vastas da vida futura e do ideal divino. Sob este
prisma, têm sua razão de ser; mas chega sempre um tempo em que as mais
perfeitas se tornam insuficientes, um momento em que o espírito humano, em suas
aspirações e impulsos, eleva-se acima do círculo das crenças usuais, para
buscar mais completa forma do conhecimento.
Então ele percebe o
encadeamento que prende todas essas religiões. Compreende que todas se ligam
por uma base de princípios comuns, que são as imperecíveis verdades, ao passo
que todo o resto – formas, ritos e símbolos, são coisas transitórias,
passageiros acidentes da história humana.
Sua atenção,
desviando-se dessas formas, dessas expressões religiosas, volta-se para o futuro.
Aí vê elevar-se acima de todos os templos, de todas as religiões exclusivistas,
uma religião mais vasta que a todos abrangerá, que já não terá ritos nem
dogmas, nem barreiras, mas dará testemunho dos fatos e das verdades universais
– uma Igreja que, por sobre todas as seitas e todas as igrejas, estenderá as
vigorosas mãos para proteger e abençoar. Vê erigir-se um templo em que toda a
Humanidade, recolhida e prosternada, unirá os pensamentos e as crenças numa
idêntica comunhão de fé, que se resumirá nestas palavras: Pai nosso que estais
nos céus!
Tal será a religião do
futuro, a religião universal. Não será uma instituição fechada, uma ortodoxia
regida por estreitas normas, senão uma fusão dos corações e dos espíritos.
O moderno
espiritualismo, com o movimento de ideias que provoca, prepara o seu advento.
Sua ação crescente arrancará as atuais igrejas à imobilidade que as detém e as
obrigará a voltarem-se para a luz que se espraia no horizonte.
É verdade que, em
presença dessa luz, à vista das profundezas que vem iluminar, muitas almas
aferradas ao passado tremem ainda e sentem-se tomadas de vertigem. Temem pela
sua fé, pelo seu ideal envelhecido e vacilante; deslumbra-as essa luz demasiado
viva. Não é Satanás, dizem elas, quem faz brilhar aos olhos dos homens uma
enganadora miragem? Não será isso obra do Espírito do mal?
Tranquilizai-vos,
pobres almas, não há outro Espírito do mal senão a ignorância. Essa radiação é
o chamamento de Deus que quer dele vos aproximeis, que abandoneis as obscuras
regiões, a fim de pairardes nas esferas luminosas.
As igrejas cristãs não
têm razão de se alarmarem com esse movimento. A nova revelação não as vem
destruir, mas esclarecê-las, regenerá-las, fecundá-las. Se a souberem
compreender e aceitar, nela encontrarão inesperado auxílio contra o
materialismo que incessantemente lhes açoita as bases com suas ondas rugidoras;
nela hão de encontrar um novo potencial de vida.
Já reparastes nessas
grutas guarnecidas de estalactites e de alvíssimos cristais e nas galerias
subterrâneas das minas de diamantes? Todas as suas riquezas se acham imersas na
sombra. Nada revela o esplendor que ali se oculta. Penetre, porém, a luz no seu
interior, tudo imediatamente se ilumina; cintilam os cristais e o precioso
mineral; as abóbadas, as paredes, tudo, em chispas deslumbrantes, resplandece.
Essa luz é a que o novo
espiritualismo traz às igrejas. Sob os seus raios, todas as riquezas ocultas do
Evangelho, todas as gemas da doutrina secreta do cristianismo, sepultadas sob a
densidade do dogma, todas as verdades veladas saem da noite dos séculos e
reaparecem com todo o esplendor. Eis o que a nova revelação vem oferecer às
religiões. É um socorro do céu, uma ressurreição das coisas mortas e
esquecidas, que elas encerram em seu seio. É uma nova floração do pensamento do
Mestre, aformoseada, enriquecida, restituída à plena luz pelos cuidados dos
Espíritos celestes.
Compreendê-lo-ão as
igrejas? Sentirão elas o poder da verdade que se manifesta e a grandeza do
papel que lhes cumpre desempenhar, ainda, se o souberem reconhecer e assimilar?
Não o sabemos. Mas o que é certo é que em vão tentariam combatê-la,
embaraçar-lhe a marcha ou lhe detendo o surto: “Nisso está à vontade de Deus –
dizem as vozes do espaço! – os que contra ela se levantarem serão despedaçados
e dispersos. Nenhuma força humana, nenhum dogma, nenhuma perseguição seria
capaz de impedir a nova doação, complemento necessário do ensino do Cristo, por
ele anunciada e dirigida”.
Dito foi: “Quando
chegarem os tempos, eu derramarei o meu espírito sobre toda a carne; vossos
filhos e vossas filhas profetizarão; os mancebos terão visões e os velhos
sonharão sonhos”.
É chegada essa época. A
evolução física e o desenvolvimento intelectual da Humanidade fornecem aos
Espíritos superiores bem destros instrumentos, organismos bem aperfeiçoados
para lhes permitirem que manifestem sua presença e espalhem suas instruções.
Tal o sentido dessas palavras.
As potências do espaço
estão em atividade, por toda parte sua ação se faz sentir. Mas,
perguntar-nos-ão, quais são essas potências?
Membros e
representantes das igrejas do mundo, ouvi e gravai em vossa memória:
Lá, muito acima da
Terra, nos campos vastíssimos do espaço vive, pensa, trabalha uma Igreja
invisível, que vela pela Humanidade.
Ela se compõe dos
apóstolos, dos discípulos do Cristo e de todos os gênios dos tempos cristãos.
Perto deles encontrareis também os elevados Espíritos de todas as raças que
viveram neste mundo em conformidade com a lei de amor e caridade.
Porque os julgamentos
do céu não são os julgamentos da Terra. Nos etéreos espaços não se pedem contas
às almas dos homens, nem de sua raça, nem de sua religião, mas de suas obras e
do bem que praticaram.
E a Igreja universal;
não é restrita como as igrejas convencionais da Terra; abrange os Espíritos de
todos os que sofreram pela verdade.
São as suas decisões,
inspiradas por Deus, que regem o mundo; é a sua vontade que subleva, nos
momentos escolhidos, as grandes vagas da ideia e impele a Humanidade para o
abrigado porto, através dos temporais e dos escolhos. É ela que dirige a marcha
do moderno espiritualismo e patrocina o seu desenvolvimento. Por ela combatem
os Espíritos que a constituem: uns, do seio dos espaços, influindo sobre os
seus defensores – porque não há distâncias para o Espírito, cujo pensamento
vibra através do infinito; – outros, baixando à Terra, onde, às vezes
revestidos, eles próprios, de um corpo de carne, renascem entre os homens para
desempenhar ainda o papel de missionários divinos.
Deus guarda em reserva
outras forças ocultas, outras almas de escol para a hora da renovação. Essa
hora será anunciada por grandes crises e sucessos dolorosos. É necessário que
as sociedades sofram; é preciso que o homem seja ferido para cair em si, para
sentir o pouco que é e abrir o coração às influências do Alto.
A Terra há de
presenciar dias tenebrosos, dias de luto; tempestades se hão de desencadear.
Para que germine o grão, são necessárias as nevadas e a triste incubação do
Inverno. Violentos sopros virão dissipar as névoas da ignorância e os miasmas
da corrupção.
Mas passarão as
tempestades; o céu reaparecerá em sua limpidez. A obra divina se expandirá em
um novo surto. A fé renascerá nas almas e novamente irradiará, mais fulgurante,
sobre o mundo regenerado, o pensamento de Jesus.
Do livro “Cristianismo e
Espiritismo” de Léon Denis – FEB – 6ª edição – 1971
Estudo apresentado em 24.06.2020
às 19 horas no Grupo Espírita Auta de Souza