14/06/2020

Olá!

Segue nosso estudo de segunda-feira às 15 hs.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.XXVIII
itens 4 a 7 - Reuniões Espíritas



Leitura inicial:

10 - DOENTES EM CASA

 "E a paz de Deus domina em vossos corações para a qual também fostes chamados em um corpo, e sede agradecidos”.- PAULO (Colossenses, 3:15.). 

 Se abordasses agora o Plano Espiritual, para lá da morte física, e aí encontrasses criaturas queridas em dificuldades, que farias? Aqui, talvez surpreendesses um coração paterno em frustração, mais além abraçarias um companheiro ou um associado, um filho ou um irmão, carregando o resultado infeliz de certas ações vividas na terra... Que comportamento adotarias se as Leis Divinas te outorgassem livre passaporte para as Esferas Superiores facultando-te, porém, a possibilidade de permanecer com os seres inesquecíveis, em tarefas de amor? Decerto, estarias a decidir-te pela opção insopitável. Não desejarias compartilhar os Céus com a dor de haver abandonado corações inolvidáveis à sombra transitória a que se empenham com os próprios erros. Reconhecê-los-ias por doentes reclamando proteção. Demorar-te-ias junto deles, na prestação do auxílio necessário. Referimo-nos à imagem para considerar que os parentes enfermos ou difíceis são criaturas, às quais, antes do berço em que te refizeste no Plano Físico, prometeste amparo e dedicação. Nascem no grupo familiar, realmente convidados por ti mesmo ao teu convívio, para que possas assisti-los no devido refazimento. Entendemos no assunto que existem casos para os quais a segregação hospitalar demorada e distante é a medida que não se pode evitar, mas se tens contigo alguém a quem ames, ergues-se por teste permanente de compreensão e paciência, no instituto doméstico, não afastes esse alguém do clima afetivo em que te encontres, sob o pretexto de asserenar a família ou beneficiá-la. Guarda em tua própria casa, tanto quanto puderes, os parentes portadores de provações e não lhes decretes o exílio, ainda mesmo a preço de ouro. Apóia-os, qual se mostrem as necessidades e lutas que lhes marcam a existência, na certeza de que todos eles são tesouros de Deus, em tarefas sob a tua responsabilidade, ante a assistência e a supervisão dos Mensageiros de Deus. 

Fonte: Livro Ceifa de Luz,  Cap. 10 - Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel.

Trecho do estudo:

Reuniões espíritas 

4. Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, Eu com elas estarei. (Mateus, 18:20.) 

5. Prefácio. Estarem reunidas, em nome de Jesus, duas, três ou mais pessoas, não quer dizer que basta se achem materialmente juntas. É preciso que o estejam espiritualmente, em comunhão de intentos e de ideias, para o bem. Jesus, então, ou os Espíritos puros, que o representam, se encontrarão na assembleia. O Espiritismo nos faz compreender como podem os Espíritos achar-se entre nós. Comparecem com seu corpo fluídico ou espiritual e sob a aparência que nos levaria a reconhecê-los, se se tornassem visíveis. Quanto mais elevados são na hierarquia espiritual, tanto maior é neles o poder de irradiação. É assim que possuem o dom da ubiquidade e que podem estar simultaneamente em muitos lugares, bastando para isso que enviem a cada um desses lugares um raio de suas mentes. Dizendo as palavras acima transcritas, quis Jesus revelar o efeito da união e da fraternidade. O que o atrai não é o maior ou menor número de pessoas que se reúnam, pois, em vez de duas ou três, houvera Ele podido Coletânea de preces espíritas dizer dez ou vinte, mas o sentimento de caridade que reciprocamente as anime. Ora, para isso, basta que elas sejam duas. Contudo, se essas duas pessoas oram cada uma por seu lado, embora dirijam-se ambas a Jesus, não há entre elas comunhão de pensamentos, sobretudo se ali não estão sob o influxo de um sentimento de mútua benevolência. Se se olham com prevenção, com ódio, inveja ou ciúme, as correntes fluídicas de seus pensamentos, longe de se conjugarem por um comum impulso de simpatia, repelem-se. Nesse caso, não estarão reunidas em nome de Jesus, que, então, não passa de pretexto para a reunião, não o tendo esta por verdadeiro motivo. (Cap. XXVII, item 9.) 

Isso não significa que Ele se mostre surdo ao que lhe diga uma única pessoa; e se Ele não disse: “Atenderei a todo aquele que me chamar”, é que, antes de tudo, exige o amor do próximo; e desse amor mais provas podem dar-se quando são muitos os que exoram, com exclusão de todo sentimento pessoal, e não um apenas. Segue-se que, se, numa assembleia numerosa, somente duas ou três pessoas se unem de coração, pelo sentimento de verdadeira caridade, enquanto as outras se isolam e se concentram em pensamentos egoísticos ou mundanos, Ele estará com as primeiras, e não com as outras. Não é, pois, a simultaneidade das palavras, dos cânticos ou dos atos exteriores que constitui a reunião em nome de Jesus, mas a comunhão de pensamentos, em concordância com o espírito de caridade que Ele personifica. (Cap. X, itens 7 e 8; cap. XXVII, itens 2 a 4.) 
Tal o caráter de que devem revestir-se as reuniões espíritas sérias, aquelas em que sinceramente se deseja o concurso dos bons Espíritos. 

6. Prece. (Para o começo da reunião.) – Ao Senhor Deus onipotente suplicamos que envie, para nos assistirem, Espíritos bons; que afaste os que nos possam induzir em erro e nos conceda a luz necessária para distinguirmos da impostura a verdade. 
Afasta, igualmente, Senhor, os Espíritos malfazejos, encarnados e desencarnados, que tentem lançar entre nós a discórdia e desviar-nos da caridade e do amor ao próximo. Se procurarem alguns deles introduzir-se aqui, faze não achem acesso no coração de nenhum de nós. 
Bons Espíritos que vos dignais de vir instruir-nos, tornai-nos dóceis aos vossos conselhos; preservai-nos de toda ideia de egoísmo, orgulho, inveja e ciúme; inspirai-nos indulgência e benevolência para com os nossos semelhantes, presentes e ausentes, amigos ou inimigos; fazei, em suma,  que, pelos sentimentos de que nos achemos animados, reconheçamos a vossa influência salutar. 
Dai aos médiuns que escolherdes para transmissores dos vossos ensinamentos, consciência do mandato que lhes é conferido e da gravidade do ato que vão praticar, a fim de que o façam com o fervor e o recolhimento precisos. 
Se, em nossa reunião, estiverem pessoas que tenham vindo impelidas por sentimentos outros que não os do bem, abri-lhes os olhos à luz e perdoai-lhes, como nós lhes perdoamos, se trouxerem malévolas intenções. 
Pedimos, especialmente, ao Espírito N..., nosso guia espiritual, que nos assista e por nós vele. 

7. (Para o fim da reunião.) – Agradecemos aos bons Espíritos que se dignaram de comunicar-se conosco e lhes rogamos que nos ajudem a pôr em prática as instruções que nos deram e façam que, ao sair daqui, cada um de nós se sinta fortalecido para a prática do bem e do amor ao próximo. 
Também desejamos que as suas instruções aproveitem aos Espíritos sofredores, ignorantes ou viciosos, que tenham participado da nossa reunião e para os quais imploramos a misericórdia de Deus.