Olá!
Segue nosso estudo de segunda-feira às 15 hs.
O Livro dos Espíritos - Q 207 a 217
Parecenças físicas e morais
Leitura inicial:
Tua experiência é um valor que logras através do tempo, vivendo as lições da vida, no teu processo de evolução.
Estrada percorrida, caminho conhecido.
Face a tal conquista, descobres que há uma grande distância entre a teoria e a prática.
Medita mais, antes de agires, tomando decisões tranquilas e alentadoras.
Quando ages por impulso, estás sujeito a erros graves.
Há acontecimentos que sucedem no momento próprio, no entanto, é o homem sábio quem estabelece a hora para as realizações superiores.
Fonte: Livro Vida Feliz - 62 / Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco
Trecho do estudo:
PARECENÇAS FÍSICAS E MORAIS
207. Freqüentemente, os pais transmitem aos filhos a parecença
física. Transmitirão também alguma parecença moral?
“Não, que diferentes são as almas ou Espíritos de uns
e outros. O corpo deriva do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito. Entre os descendentes das raças apenas
há consangüinidade.”
a) — Donde se originam as parecenças morais que
costuma haver entre pais e filhos?
“É que uns e outros são Espíritos simpáticos, que reciprocamente se atraíram pela analogia dos pendores.”
208. Nenhuma influência exercem os Espíritos dos pais
sobre o filho depois do nascimento deste?
“Ao contrário: bem grande influência exercem. Conforme já dissemos, os Espíritos têm que contribuir para o
progresso uns dos outros. Pois bem, os Espíritos dos pais
têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho.”
209. Por que é que de pais bons e virtuosos nascem filhos
de natureza perversa? Por outra: por que é que as boas
qualidades dos pais nem sempre atraem, por simpatia, um bom Espírito para lhes animar o filho?
“Não é raro que um mau Espírito peça lhe sejam dados
bons pais, na esperança de que seus conselhos o encaminhem por melhor senda e muitas vezes Deus lhe concede o
que deseja.”
210. Pelos seus pensamentos e preces podem os pais atrair
para o corpo, em formação, do filho um bom Espírito,
de preferência a um inferior?
“Não, mas podem melhorar o Espírito do filho que lhes
nasceu e está confiado. Esse o dever deles. Os maus filhos
são uma provação para os pais.”
211. Donde deriva a semelhança de caráter que muitas
vezes existe entre dois irmãos, mormente se gêmeos?
“São Espíritos simpáticos que se aproximam por analogia de sentimentos e se sentem felizes por estar juntos.”
212. Há dois Espíritos, ou, por outra, duas almas, nas crianças cujos corpos nascem ligados, tendo comuns alguns
órgãos?
“Sim, mas a semelhança entre elas é tal que faz vos
pareçam, em muitos casos, uma só.”
213. Pois que nos gêmeos os Espíritos encarnam por
simpatia, donde provém a aversão que às vezes se
nota entre eles?
“Não é de regra que sejam simpáticos os Espíritos dos
gêmeos. Acontece também que Espíritos maus entendam
de lutar juntos no palco da vida.”
214. Que se deve pensar dessas histórias de crianças que
lutam no seio materno?
“Lendas! Para significarem quão inveterado era o ódio
que reciprocamente se votavam, figuram-no a se fazer sentir antes do nascimento delas. Em geral, não levais muito
em conta as imagens poéticas.”
215. Que é o que dá origem ao caráter distintivo que se nota
em cada povo?
“Também os Espíritos se grupam em famílias, formando-as pela analogia de seus pendores mais ou menos puros, conforme a elevação que tenham alcançado. Pois bem!
um povo é uma grande família formada pela reunião de
Espíritos simpáticos. Na tendência que apresentam os membros dessas famílias, para se unirem, é que está a origem
da semelhança que, existindo entre os indivíduos, constitui o caráter distintivo de cada povo. Julgas que Espíritos
bons e humanitários procurem, para nele encarnar, um povo
rude e grosseiro? Não. Os Espíritos simpatizam com as coletividades, como simpatizam com os indivíduos. Naquelas
em cujo seio se encontrem, eles se acham no meio que lhes
é próprio.”
216. Em suas novas existências conservará o Espírito traços do caráter moral de suas existências anteriores?
“Isso pode dar-se. Mas, melhorando-se, ele muda. Pode
também acontecer que sua posição social venha a ser outra. Se de senhor passa a escravo, inteiramente diversos
serão os seus gostos e dificilmente o reconheceríeis. Sendo
o Espírito sempre o mesmo nas diversas encarnações, podem
existir certas analogias entre as suas manifestações, se bem
que modificadas pelos hábitos da posição que ocupe, até que
um aperfeiçoamento notável lhe haja mudado completamente o caráter, porquanto, de orgulhoso e mau, pode
tornar-se humilde e bondoso, se se arrependeu.”
217. E do caráter físico de suas existências pretéritas conserva o Espírito traços nas suas existências posteriores?
“O novo corpo que ele toma nenhuma relação tem com
o que foi anteriormente destruído. Entretanto, o Espírito se
reflete no corpo. Sem dúvida que este é unicamente matéria, porém, nada obstante, se modela pelas capacidades do
Espírito, que lhe imprime certo cunho, sobretudo ao rosto,
pelo que é verdadeiro dizer-se que os olhos são o espelho
da alma, isto é, que o semblante do indivíduo lhe reflete de
modo particular a alma. Assim é que uma pessoa excessivamente feia, quando nela habita um Espírito bom,
criterioso, humanitário, tem qualquer coisa que agrada, ao
passo que há rostos belíssimos que nenhuma impressão te
causam, que até chegam a inspirar-te repulsão. Poderias
supor que somente corpos bem moldados servem de
envoltório aos mais perfeitos Espíritos, quando o certo é
que todos os dias deparas com homens de bem, sob um
exterior disforme. Sem que haja pronunciada parecença, a
semelhança dos gostos e das inclinações pode, portanto,
dar lugar ao que se chama ‘um ar de família’.”
Nenhuma relação essencial guardando o corpo que a alma
toma numa encarnação com o de que se revestiu em encarnação
anterior, visto que aquele lhe pode vir de procedência muito diversa da deste, fora absurdo pretender-se que, numa série de
existências, haja uma semelhança que é inteiramente fortuita.
Todavia, as qualidades do Espírito freqüentemente modificam os
órgãos que lhe servem para as manifestações e lhe imprimem ao
semblante físico e até ao conjunto de suas maneiras um cunho
especial. É assim que, sob um envoltório corporal da mais humilde aparência, se pode deparar a expressão da grandeza e da dignidade, enquanto sob um envoltório de aspecto senhoril se percebe freqüentemente a da baixeza e da ignomínia. Não é pouco
freqüente observar-se que certas pessoas, elevando-se da mais
ínfima posição, tomam sem esforços os hábitos e as maneiras da
alta sociedade. Parece que elas aí vêm a achar-se de novo no seu elemento. Outras, contrariamente, apesar do nascimento e da
educação, se mostram sempre deslocadas em tal meio. De que
modo se há de explicar esse fato, senão como reflexo daquilo
que o Espírito foi antes?