Olá!
Segue nosso estudo de segunda-feira às 15 hs.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.XXVIII
Coletânea de preces espíritas - item 1 - Preâmbulo
Leitura inicial:
18
PURIFICAÇÃO ÍNTIMA
“Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.”
— (TIAGO, capítulo 4, versículo 8.)
Cada homem tem a vida exterior, conhecida e analisada pelos que o
rodeiam, e a vida íntima da qual somente ele próprio poderá fornecer o testemunho.
O mundo interior é a fonte de todos os princípios bons ou maus e todas as
expressões exteriores guardam aí os seus fundamentos.
Em regra geral, todos somos portadores de graves deficiências íntimas,
necessitadas de retificação.
Mas o trabalho de purificar não é tão simples quanto parece.
Será muito fácil ao homem confessar a aceitação de verdades religiosas,
operar a adesão verbal a ideologias edificantes... Outra coisa, porém, é realizar
a obra da elevação de si mesmo, valendo-se da auto-disciplina, da
compreensão fraternal e do espírito de sacrifício.
O apóstolo Tiago entendia perfeitamente a gravidade do assunto e
aconselhava aos discípulos alimpassem as mãos, isto é, retificassem as
atividades do plano exterior, renovassem suas ações ao olhar de todos,
apelando para que se efetuasse, igualmente, a purificação do sentimento, no
recinto sagrado da consciência, apenas conhecido pelo aprendiz, na soledade
indevassável de seus pensamentos. O companheiro valoroso do Cristo,
contudo, não se esqueceu de afirmar que isso é trabalho para os de duplo
ânimo, porque semelhante renovação jamais se fará tão-somente à custa de
palavras brilhantes.
Fonte: Livro Caminho, Verdade e Vida, Cap. 18, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
Coletânea de preces espíritas
Preâmbulo
1. Os Espíritos hão dito sempre: “A forma nada vale, o pensamento é
tudo. Ore, pois, cada um segundo suas convicções e da maneira que mais o
toque. Um bom pensamento vale mais do que grande número de palavras
com as quais nada tenha o coração.”
Os Espíritos jamais prescreveram qualquer fórmula absoluta de preces. Quando dão alguma, é apenas para fixar as ideias e, sobretudo, para
chamar a atenção sobre certos princípios da Doutrina Espírita. Fazem-no
também com o fim de auxiliar os que sentem embaraço para externar suas
ideias, pois alguns há que não acreditariam ter orado realmente, desde que
não formulassem seus pensamentos.
A coletânea de preces, que este capítulo encerra, representa uma escolha feita entre muitas que os Espíritos ditaram em várias circunstâncias.
Eles, sem dúvida, podem ter ditado outras e em termos diversos, apropriadas a certas ideias ou a casos especiais; mas pouco importa a forma, se o
pensamento é essencialmente o mesmo. O objetivo da prece consiste em
elevar nossa alma a Deus; a diversidade das fórmulas nenhuma diferença
deve criar entre os que nele creem, nem, ainda menos, entre os adeptos do
Espiritismo, porquanto Deus as aceita todas quando sinceras.
Não há, pois, considerar esta coletânea como um formulário absoluto e único, mas apenas uma variedade no conjunto das instruções que os
Espíritos ministram. É uma aplicação dos princípios da moral evangélica
desenvolvidos neste livro, um complemento aos ditados deles, relativos aos
deveres para com Deus e o próximo, complemento em que são lembrados
todos os princípios da Doutrina.
O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos,
quando ditas de coração, e não de lábios somente. Nenhuma impõe,
nem reprova nenhuma. Deus, segundo ele, é sumamente grande para
repelir a voz que lhe suplica ou lhe entoa louvores, porque o faz de um
modo, e não de outro. Quem quer que lance anátema às preces que não
estejam no seu formulário provará que desconhece a grandeza de Deus.
Crer que Deus se atenha a uma fórmula é emprestar-lhe a pequenez e as
paixões da Humanidade.
Condição essencial à prece, segundo Paulo (cap. XXVII, item
16), é que seja inteligível, a fim de que nos possa falar ao espírito. Para
isso, não basta seja dita numa língua que aquele que ora compreenda. Há preces em língua vulgar que não dizem ao pensamento muito
mais do que se fossem proferidas em língua estrangeira, e que, por isso
mesmo, não chegam ao coração. As raras ideias que elas contêm ficam,
as mais das vezes, abafadas pela superabundância das palavras e pelo
misticismo da linguagem.
A qualidade principal da prece é ser clara, simples e concisa, sem
fraseologia inútil, nem luxo de epítetos, que são meros adornos de lentejoulas. Cada palavra deve ter alcance próprio, despertar uma ideia, pôr
em vibração uma fibra da alma. Numa palavra: deve fazer refletir. Somente
sob essa condição pode a prece alcançar o seu objetivo; de outro modo,
não passa de ruído. Entretanto, notai com que ar distraído e com que volubilidade elas são ditas na maioria dos casos. Veem-se lábios a mover-se;
mas, pela expressão da fisionomia, pelo som mesmo da voz, verifica-se que
ali apenas há um ato maquinal, puramente exterior, ao qual se conserva
indiferente a alma.
Estão divididas em cinco categorias as preces constantes nesta
coletânea; 1a
) Preces gerais; 2a
) Preces por aquele mesmo que ora; 3a
)
Preces pelos vivos; 4a
) Preces pelos mortos; 5a
) Preces especiais pelos
enfermos e pelos obsidiados.
Com o propósito de chamar, de maneira especial, a atenção sobre
o objeto de cada prece e de lhe tornar mais compreensível o alcance,
vão todas precedidas de uma instrução preliminar, de uma espécie de
exposição de motivos, sob o título de prefácio.