15/05/2020

Olá!

Segue nosso estudo de sexta-feira às 20 hs.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.XXVIII
Coletânea de preces espíritas - itens 67 a 70





Leitura inicial:

164 
O diabo 

 “Respondeu- ­lhe Jesus: Não vos escolhi a vós, os doze?  E um de vós é diabo.”
 (João, 6:70) 

 Quando a teologia se reporta ao diabo, o crente imagina, de imediato, o  senhor absoluto do mal, dominando num inferno sem fim. Na concepção do aprendiz, a região amaldiçoada localiza­-se em esfera distante, no seio de tormentosas trevas... Sim, as zonas purgatoriais são inúmeras e sombrias, terríveis e dolorosas, entretanto, consoante a afirmativa do próprio Jesus, o diabo partilhava os serviços apostólicos, permanecia junto dos aprendizes e um deles se constituíra em representação do próprio gênio infernal. Basta isto para que nos informemos de que o termo “diabo” não indicava, no conceito do Mestre, um gigante de perversidade, poderoso e eterno, no espaço e no tempo. Designa o  próprio homem, quando  algemado às torpitudes do sentimento inferior. Daí concluirmos que cada criatura humana apresenta certa percentagem de expressão diabólica na parte inferior da personalidade. Satanás simbolizará então a força contrária ao bem. Quando o homem o descobre, no vasto mundo de si mesmo, compreende o  mal, dá­-lhe combate, evita o inferno íntimo e desenvolve as qualidades divinas que o  elevam à espiritualidade superior. Grandes multidões mergulham em desesperanças seculares, porque não  conseguiram ainda identificar semelhante verdade. E, comentando esta passagem de João, somos compelidos a ponderar: 
–  “Se, entre os doze apóstolos, um havia que se convertera em diabo, não obstante a missão divina do círculo que se destinava à transformação do mundo, quantos existirão em cada grupo de homens comuns na Terra?”


Trecho do estudo:

Por um inimigo que morreu 

67. Prefácio. A caridade para com os nossos inimigos deve acompanhá-los ao além-túmulo. Precisamos ponderar que o mal que eles nos fizeram foi para nós uma prova, que há de ter sido propícia ao nosso adiantamento, se a soubemos aproveitar. Pode ter-nos sido, mesmo, de maior proveito do que as aflições puramente materiais, pelo fato de nos haver facultado juntar, à coragem e à resignação, a caridade e o esquecimento das ofensas. (Cap. X, item 6; cap. XII, itens 5 e 6.) 

68. Prece. – Senhor, foi do teu agrado chamar, antes da minha, a alma de N... Perdoo-lhe o mal que me fez e as más intenções que nutriu  com referência a mim. Possa ele ter pesar disso, agora que já não alimenta as ilusões deste mundo. Que a tua misericórdia, meu Deus, desça sobre ele e afaste de mim a ideia de me alegrar com a sua morte. Se incorri em faltas para com ele, que mas perdoe, como eu esqueço as que cometeu para comigo. 

Por um criminoso 

69. Prefácio. Se a eficácia das preces fosse proporcional à extensão delas, as mais longas deveriam ficar reservadas para os mais culpados, porque mais lhes são elas necessárias do que àqueles que santamente viveram. Recusá-las aos criminosos é faltar com a caridade e desconhecer a misericórdia de Deus; julgá-las inúteis, quando um homem haja praticado tal ou tal erro, fora prejulgar a Justiça do Altíssimo. (Cap. XI, item 14.) 

70. Prece. – Senhor, Deus de misericórdia, não repilas esse criminoso que acaba de deixar a Terra. A justiça dos homens o castigou, mas não o isentou da tua, se o remorso não lhe penetrou o coração. Tira-lhe dos olhos a venda que lhe oculta a gravidade de suas faltas. Possa o seu arrependimento merecer de ti acolhimento benévolo e abrandar os sofrimentos de sua alma! Possam também as nossas preces e a intercessão dos bons Espíritos levar-lhe esperança e consolação; inspirar-lhe o desejo de reparar suas ações más numa nova existência e dar-lhe forças para não sucumbir nas novas lutas em que se empenhar! Senhor, tem piedade dele!