Olá!
Segue nosso estudo de sexta-feira às 20 hs.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.XXVIII
Coletânea de preces espíritas - itens 67 a 70
Leitura inicial:
164
O diabo
“Respondeu- lhe Jesus: Não vos escolhi a vós, os doze? E um de vós é diabo.”
(João, 6:70)
Quando a teologia se reporta ao diabo, o crente imagina, de imediato, o
senhor absoluto do mal, dominando num inferno sem fim. Na concepção do aprendiz, a região amaldiçoada localiza-se em esfera
distante, no seio de tormentosas trevas... Sim, as zonas purgatoriais são inúmeras e sombrias, terríveis e dolorosas, entretanto, consoante a afirmativa do próprio Jesus, o diabo partilhava os serviços
apostólicos, permanecia junto dos aprendizes e um deles se constituíra em
representação do próprio gênio infernal. Basta isto para que nos informemos de que
o termo “diabo” não indicava, no conceito do Mestre, um gigante de perversidade, poderoso e eterno, no espaço e no tempo. Designa o próprio homem, quando
algemado às torpitudes do sentimento inferior.
Daí concluirmos que cada criatura humana apresenta certa percentagem de
expressão diabólica na parte inferior da personalidade. Satanás simbolizará então a força contrária ao bem. Quando o homem o descobre, no vasto mundo de si mesmo, compreende o
mal, dá-lhe combate, evita o inferno íntimo e desenvolve as qualidades divinas que o
elevam à espiritualidade superior.
Grandes multidões mergulham em desesperanças seculares, porque não
conseguiram ainda identificar semelhante verdade. E, comentando esta passagem de João, somos compelidos a ponderar:
– “Se, entre os doze apóstolos, um havia que se convertera em diabo, não obstante a
missão divina do círculo que se destinava à transformação do mundo, quantos
existirão em cada grupo de homens comuns na Terra?”
Trecho do estudo:
Por um inimigo que morreu
67. Prefácio. A caridade para com os nossos inimigos deve acompanhá-los ao além-túmulo. Precisamos ponderar que o mal que eles nos
fizeram foi para nós uma prova, que há de ter sido propícia ao nosso adiantamento, se a soubemos aproveitar. Pode ter-nos sido, mesmo, de maior
proveito do que as aflições puramente materiais, pelo fato de nos haver
facultado juntar, à coragem e à resignação, a caridade e o esquecimento das
ofensas. (Cap. X, item 6; cap. XII, itens 5 e 6.)
68. Prece. – Senhor, foi do teu agrado chamar, antes da minha, a
alma de N... Perdoo-lhe o mal que me fez e as más intenções que nutriu com referência a mim. Possa ele ter pesar disso, agora que já não alimenta
as ilusões deste mundo.
Que a tua misericórdia, meu Deus, desça sobre ele e afaste de mim a
ideia de me alegrar com a sua morte. Se incorri em faltas para com ele, que
mas perdoe, como eu esqueço as que cometeu para comigo.
Por um criminoso
69. Prefácio. Se a eficácia das preces fosse proporcional à extensão
delas, as mais longas deveriam ficar reservadas para os mais culpados, porque mais lhes são elas necessárias do que àqueles que santamente viveram.
Recusá-las aos criminosos é faltar com a caridade e desconhecer a misericórdia de Deus; julgá-las inúteis, quando um homem haja praticado tal ou
tal erro, fora prejulgar a Justiça do Altíssimo. (Cap. XI, item 14.)
70. Prece. – Senhor, Deus de misericórdia, não repilas esse criminoso que acaba de deixar a Terra. A justiça dos homens o castigou, mas não o
isentou da tua, se o remorso não lhe penetrou o coração.
Tira-lhe dos olhos a venda que lhe oculta a gravidade de suas faltas.
Possa o seu arrependimento merecer de ti acolhimento benévolo e abrandar os sofrimentos de sua alma! Possam também as nossas preces e a intercessão dos bons Espíritos levar-lhe esperança e consolação; inspirar-lhe o
desejo de reparar suas ações más numa nova existência e dar-lhe forças para
não sucumbir nas novas lutas em que se empenhar!
Senhor, tem piedade dele!