29/04/2020

Olá! 
Segue nosso estudo de quarta-feira às 19hs.
Livro Cristianismo e Espiritismo 
Capítulo IX


Leitura inicial:

152
Controlar a Ansiedade

Acalma as ânsias do teu coração.
O que ainda não alcançaste, está a caminho.
Não sofras de véspera, entregando-te a estados deprimentes, por ausências que certamente não fazem falta.
A carência pode proporcionar recurso de valorização das pessoas e coisas.
Quem desfruta de benefícios, com facilidade subestima o que possui.
Aprende a conviver com a escassez, a solidão, e saberás evitar a embriaguez dos sentidos, a volúpia da luxúria, a exacerbação da posse.
És o que tu realizas e não o que tens ou com quem te encontras. 

Fonte: Livro: Vida Feliz , Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco

Trecho do estudo:

...
De nossa explanação resulta que atingimos uma hora decisiva na história da Ciência. 
A ciência experimental franqueou o limite que separa dois mundos, o visível e o invisível. Ela se encontra em presença de um infinito vivo. Era o que dizia o professor Charles Richet, da Academia de Medicina de Paris, em seu relatório sobre as sessões espíritas de Milão: É um mundo novo que se nos descerra. 
De meio século para cá, lentamente, mas com segurança, encaminha-se a Ciência, de descoberta em descoberta, para o conhecimento da vida fluídica, invisível, de perfeita conformidade com o ensino do moderno espiritualismo. Dessa concordância vai resultar a mais firme certeza, que jamais o homem possuiu, da sobrevivência da alma e da sua indestrutibilidade. 
Atualmente, essa questão, acompanhada de perto durante anos, resolvida por grande número de sábios que a têm estudado, ainda o não foi pela ciência oficial, que hesita ainda: mas seu veredicto não pode tardar. 
Acima das questões de interesse, das rivalidades, superior aos sofismas, às sutilezas, às contradições, o problema se apresenta imperativo ao tribunal do pensamento. Em presença dos fatos espíritas, da sua persistência, da sua incessante renovação e prodigiosa variedade, é forçoso pronunciar-se e dizer se a morte é o nada, ou se há, de fato, um destino para o homem. 

Este um debate verdadeiramente grave e solene. Todas as negações e todas as esperanças estão em causa. Todas as escolas têm interesse na solução do problema, em saber se há, como o estabelecemos, uma prova objetiva da sobrevivência do ser, escoimada de todo caráter místico. 
As escolas materialistas de um lado, as igrejas do outro, se inquietam e se agitam, porque nisso descobrem um motivo de decadência e enfraquecimento para elas, ao passo que seria, realmente, essa comprovação da sobrevivência, um meio de aproximação e conciliação. 
Daí, também, todas as objurgatórias, todos os protestos que se levantam. Quaisquer que sejam, porém, a indecisão da Ciência, a oposição das escolas, a obstinação com que são combatidas a nova idéia e as descobertas que a originaram, as potências invisíveis que operam no mundo não empregarão menos tenacidade e energia em as defender e propagar, porque, mais alto que o interesse das escolas, que as teorias e sistemas, há uma coisa que deve triunfar e impor-se: é a verdade. 
Há muito recalcado em suas profundezas, quer pelo materialismo que lhe negava a existência, quer pela Igreja que, a pretexto de feitiçaria, lhe condenava as manifestações, o mundo invisível se retraíra. 
Agora, entra novamente em ação. As manifestações ocultas se produzem sob todas as formas, desde as mais banais às mais transcendentes, conforme o grau de elevação das Inteligências que intervêm. Elas se desdobram de conformidade com um plano majestoso, cujo intuito claramente se revela e outro não é senão mostrar ao homem que ele não é apenas matéria perecível, mas que tem dentro de si uma essência que sobrevive ao corpo e pode entrar em comunicação com outros seres humanos, depois da morte, uma individualidade chamada a desenvolver-se livremente através do infinito do tempo e da imensidade dos espaços. 

O invisível faz, pouco a pouco, irrupção no mundo visível e, a despeito dos sarcasmos, hostilidades e resistências, é evidente que a sua ação se vai estender e multiplicar, cada vez mais, até que o homem chegue, finalmente, a melhor conhecer-se, a discernir a lei da vida e dos seus destinos. 
Há, pois, na observação desses fatos o germe de uma revolução que abrangerá progressivamente todo o domínio dos conhecimentos humanos. 
Antes de tudo, no ponto de vista científico, esses fatos nos descerram todo um mundo de forças, de influências, de formas de vida em que estávamos mergulhados sem lhe suspeitar a existência; um mundo cuja grandeza, tesouros e energias em depósito desafiam todo o cálculo e previsão. Eles ensinam também a ver no homem a sede de faculdades, de capacidades ocultas, cuja utilização e desenvolvimento podem conduzir-nos a alturas grandiosas. 
A vida aparece-nos agora sob um duplo aspecto: simultaneamente corporal e fluídica. A existência do homem é alternativamente terrestre e extraterrestre e se efetua ora na carne, sobre a Terra, ora na atmosfera ou no espaço, sempre sob a forma humana, mas imponderável e impalpável. Esses dois modos de vida se revezam e se sucedem num ritmo harmônico, como o dia sucede à noite, a vigília ao sono, ao Verão o Inverno. 
No ponto de vista moral e filosófico, as conseqüências do fenômeno espírita não são menos importantes. 
Há mais de cinqüenta anos têm sido os fatos comprovados ( lembrar que o livro foi escrito no início do século XX ); quando, desses fatos quiseram remontar às causas que os produzem, quando, do conjunto dos fenômenos quiseram deduzir a lei que os rege, foi reconhecida a evidência de uma ordem de coisas que implica forçosamente uma nova concepção da vida e do Universo. Não somente foram obrigados a reconhecer a existência de seres invisíveis, que são os espíritos dos mortos, mas também que esses seres se acham ligados pelos vínculos de estreita solidariedade e evolvem para um objetivo comum, para estados sempre e cada vez mais elevados. 

Com essa concepção, todas as idéias de lei e todas as noções de progresso, justiça e dever iluminam-se de uma nova claridade. Aumenta o sentimento das responsabilidades morais. Aí se entrevê o esperado remédio, o remédio possível para os males, os desfalecimentos e as misérias que afligem e debilitam a Humanidade. 

Porque, coisa notável, essa revelação chega na hora precisa em que todas as doutrinas desmoronam ao peso do tempo, à hora em que se esboroam os sistemas religiosos, em que o homem parecia reduzido a procurar o rumo no meio das trevas. Chega na hora em que a sociedade se vê trabalhada por imensas forças destruidoras, em que, da profundeza das massas se eleva ao céu um grito de sofrimento e desespero. É nessa hora que nos chegam as mensagens de paz, amor e esperança, que as potências do espaço, os Espíritos de luz, vêm trazer à pobre Humanidade conturbada.