Olá!
Segue nosso estudo de segunda-feira às 15 hs.
O Livro dos Espíritos
Sorte das crianças depois da morte - q.197 a 199
Leitura inicial:
XXXII
Levantarás magnificentes construções terrestres, mas enquanto não ergueres em ti próprio o templo da paz, alcançado no dever nobremente cumprido, não encontrarás em teu benefício o pouso interior da genuína tranqüilidade.
Fonte: Livro O Ligeirinho, Francisco Candido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
Trecho do estudo:
SORTE DAS CRIANÇAS DEPOIS DA MORTE
197. Poderá ser tão adiantado quanto o de um adulto o
Espírito de uma criança que morreu em tenra idade?
“Algumas vezes o é muito mais, porquanto pode dar-se
que muito mais já tenha vivido e adquirido maior soma de
experiência, sobretudo se progrediu.”
a) — Pode então o Espírito de uma criança ser mais
adiantado que o de seu pai?
“Isso é muito freqüente. Não o vedes vós mesmos tão
amiudadas vezes na Terra?”
198. Não tendo podido praticar o mal, o Espírito de uma
criança que morreu em tenra idade pertence a alguma
das categorias superiores?
“Se não fez o mal, igualmente não fez o bem e Deus
não o isenta das provas que tenha de padecer. Se for um Espírito puro, não o é pelo fato de ter animado apenas uma
criança, mas porque já progredira até à pureza.”
199. Por que tão freqüentemente a vida se interrompe na
infância?
“A curta duração da vida da criança pode representar,
para o Espírito que a animava, o complemento de existência precedentemente interrompida antes do momento em
que devera terminar, e sua morte, também não raro,
constitui provação ou expiação para os pais.”
a) — Que sucede ao Espírito de uma criança que morre
pequenina?
“Recomeça outra existência.”
Se uma única existência tivesse o homem e se, extinguindo-
-se-lhe ela, sua sorte ficasse decidida para a eternidade, qual
seria o mérito de metade do gênero humano, da que morre na
infância, para gozar, sem esforços, da felicidade eterna e com que
direito se acharia isenta das condições, às vezes tão duras, a que
se vê submetida a outra metade? Semelhante ordem de coisas
não corresponderia à justiça de Deus. Com a reencarnação, a
igualdade é real para todos. O futuro a todos toca sem exceção e
sem favor para quem quer que seja. Os retardatários só de si
mesmos se podem queixar. Forçoso é que o homem tenha o merecimento de seus atos, como tem deles a responsabilidade.
Aliás, não é racional considerar-se a infância como um estado normal de inocência. Não se vêem crianças dotadas dos piores instintos, numa idade em que ainda nenhuma influência pode
ter tido a educação? Algumas não há que parecem trazer do berço
a astúcia, a felonia, a perfídia, até pendor para o roubo e para o
assassínio, não obstante os bons exemplos que de todos os lados
se lhes dão? A lei civil as absolve de seus crimes, porque, diz ela, obraram sem discernimento. Tem razão a lei, porque, de fato,
elas obram mais por instinto do que intencionalmente. Donde,
porém, provirão instintos tão diversos em crianças da mesma idade, educadas em condições idênticas e sujeitas às mesmas influências? Donde a precoce perversidade, senão da inferioridade
do Espírito, uma vez que a educação em nada contribuiu para
isso? As que se revelam viciosas, é porque seus Espíritos muito
pouco hão progredido. Sofrem então, por efeito dessa falta de progresso, as conseqüências, não dos atos que praticam na infância,
mas dos de suas existências anteriores. Assim é que a lei é uma
só para todos e que todos são atingidos pela justiça de Deus.