08/04/2020


Olá!

Segue nosso estudo de quarta-feira às 20 hs.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XV
item 10 - Fora da caridade não há salvação






Leitura inicial:

166
Cura do ódio 

 “Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá­-lhe de comer;  se tiver sede, dá­lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás  brasas de fogo sobre a sua cabeça.” Paulo (Romanos, 12:20)  

O homem, geralmente, quando decidido ao serviço do bem, encontra fileiras de adversários gratuitos por onde passe, qual ocorre à claridade invariavelmente assediada pelo antagonismo das sombras. Às vezes, porém, seja por equívocos do passado ou por incompreensões do  presente, é defrontado por inimigos mais fortes que se transformam em constante ameaça à sua tranqüilidade. Contar com inimigo desse jaez é padecer dolorosa enfermidade no íntimo, quando a criatura ainda não se afeiçoou a experiências vivas no Evangelho. Quase sempre, o aprendiz de boa­-vontade desenvolve o máximo  das próprias forças a favor da reconciliação; no entanto, o mais amplo esforço parece baldado. A impenetrabilidade caracteriza o coração do outro e os melhores gestos de amor passam por ele despercebidos. Contra essa situação, todavia, o Livro Divino oferece receita salutar. Não  convém agravar atritos, desenvolver discussões e muito menos desfazer-­se a criatura bem­intencionada em gestos bajulatórios. Espere­-se pela oportunidade de manifestar  o bem. Desde o minuto em que o ofendido esquece a dissensão e volta ao amor, o  serviço de Jesus é reatado; entretanto, a visão do ofensor é mais tardia e, em muitas ocasiões, somente compreende a nova luz, quando essa se lhe converte em vantagem ao círculo pessoal. Um discípulo sincero do Cristo liberta­-se facilmente dos laços inferiores, mas o antagonista de ontem pode persistir muito  tempo, no endurecimento do  coração. Eis o motivo pelo qual dar­-lhe todo o bem, no momento oportuno, é amontoar o fogo renovador  sobre a sua cabeça, curando-­lhe o ódio, cheio de expressões infernais.

Fonte: Livro Pão Nosso, Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel


Trecho do Estudo:

Fora da caridade não há salvação 
10. 

Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, Fora da caridade não há salvação 213 encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: “Passai à direita, benditos de meu Pai.” Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as consequências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação. 
Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. – Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)