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Segue nosso estudo de sexta-feira às 20 hs.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.XXVIII
Coletânea de Preces espíritas - itens 42 a 58
Preces por outrem
Leitura inicial:
IV
A paciência é a virtude que te
auxiliará na conquista dos bens do
corpo, da alma e da sociedade.
Ela ensina a técnica de como se
deve aguardar, quando não se pode ter imediatamente o que se deseja.
Jamais te irrites.
A paciência te auxiliará a tudo
vencer
Fonte: Livro Vida feliz, Divaldo Franco pelo Espírito Joana de Angelis
Trecho do estudo:
III – Preces por outrem
Por alguém que esteja em aflição
42. Prefácio. Se é do interesse do aflito que a sua prova prossiga, ela
não será abreviada a nosso pedido; mas fora ato de impiedade desanimarmos por não ter sido satisfeita a nossa súplica. Aliás, em falta de cessação
da prova, podemos esperar alguma outra consolação que lhe mitigue o
amargor. O que de mais necessário há para aquele que se acha aflito, são
a resignação e a coragem, sem as quais não lhe será possível sofrê-la com
proveito para si, porque terá de recomeçá-la. É, pois, para esse objetivo que
nos cumpre, sobretudo, orientar os nossos esforços, quer pedindo lhe venham em auxílio os bons Espíritos, quer levantando-lhe o moral por meio
de conselhos e encorajamentos, quer, enfim, assistindo-o materialmente, se
for possível. A prece, neste caso, pode também ter efeito direto, dirigindo,
sobre a pessoa por quem é feita, uma corrente fluídica com o intento de lhe
fortalecer o moral. (Cap. V, itens 5 e 27; cap. XXVII, itens 6 e 10.)
43. Prece. – Deus de infinita bondade, digna-te de suavizar o amargor da posição em que se encontra N..., se assim for a tua vontade.
Bons Espíritos, em nome de Deus Todo-Poderoso, eu vos suplico
que o assistais nas suas aflições. Se, no seu interesse, elas lhe não puderem
ser poupadas, fazei [que N...] compreenda que são necessárias ao seu progresso. Dai-lhe confiança em Deus e no futuro que lhas tornará menos
acerbas. Dai-lhe também forças para não sucumbir ao desespero, que lhe
faria perder o fruto de seus sofrimentos e lhe tornaria ainda mais penosa no
futuro a situação. Encaminhai para ele o meu pensamento, a fim de que o
ajude a manter-se corajoso.
Ação de graças por um benefício concedido a outrem
44. Prefácio. Quem não se acha dominado pelo egoísmo rejubila-se
com o bem que acontece ao seu próximo, ainda mesmo que o não haja
solicitado por meio da prece.
45. Prece. – Meu Deus, sê bendito pela felicidade que adveio a N...
Bons Espíritos, fazei que nisso ele veja um efeito da bondade de
Deus. Se o bem que lhe aconteceu é uma prova, inspirai-lhe a lembrança
Capítulo XXVIII
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de fazer bom uso dele e de se não envaidecer, a fim de que esse bem não
redunde, de futuro, em prejuízo seu.
A ti, bom gênio que me proteges e desejas a minha felicidade, peço
afastes do meu coração todo sentimento de inveja ou de ciúme.
Pelos nossos inimigos e pelos que nos querem mal
46. Prefácio. Disse Jesus: Amai os vossos inimigos. Esta máxima é o sublime da caridade cristã; mas, enunciando-a, não pretendeu Jesus preceituar
que devamos ter para com os nossos inimigos o carinho que dispensamos
aos amigos. Por aquelas palavras, Ele nos recomenda que lhes esqueçamos as
ofensas, que lhes perdoemos o mal que nos façam, que lhes paguemos com
o bem esse mal. Além do merecimento que, aos olhos de Deus, resulta de
semelhante proceder, Ele equivale a mostrar aos homens o em que consiste a
verdadeira superioridade. (Cap. XII, itens 3 e 4.)
47. Prece. – Meu Deus, perdoo a N... o mal que me fez e o que me
quis fazer, como desejo me perdoes e também ele me perdoe as faltas que
eu haja cometido. Se o colocaste no meu caminho, como prova para mim,
faça-se a tua vontade.
Livra-me, ó meu Deus, da ideia de o maldizer e de todo desejo malévolo contra ele. Faze que jamais me alegre com as desgraças que lhe cheguem, nem me desgoste com os bens que lhe poderão ser concedidos, a
fim de não macular minha alma por pensamentos indignos de um cristão.
Possa a tua bondade, Senhor, estendendo-se sobre ele, induzi-lo a
alimentar melhores sentimentos para comigo!
Bons Espíritos, inspirai-me o esquecimento do mal e a lembrança
do bem. Que nem o ódio, nem o rancor, nem o desejo de lhe retribuir o
mal com outro mal me entrem no coração, porquanto o ódio e a vingança
só são próprios dos Espíritos maus, encarnados e desencarnados! Pronto
esteja eu, ao contrário, a lhe estender mão fraterna, a lhe pagar com o bem
o mal e a auxiliá-lo, se estiver ao meu alcance.
Desejo, para experimentar a sinceridade do que digo, que ocasião se
me apresente de lhe ser útil; mas, sobretudo, ó meu Deus, preserva-me de
fazê-lo por orgulho ou ostentação, abatendo-o com uma generosidade humilhante, o que me acarretaria a perda do fruto da minha ação, pois, nesse
caso, eu mereceria me fossem aplicadas estas palavras do Cristo: Já recebeste
a tua recompensa. (Cap. XIII, itens 1 e seguintes.)
Ação de graças pelo bem concedido aos nossos inimigos
48. Prefácio. Não desejar mal aos seus inimigos é ser apenas meio
caridoso. A verdadeira caridade quer que lhes almejemos o bem e que nos
sintamos felizes com o bem que lhes advenha. (Cap. XII, itens 7 e 8.)
49. Prece. – Meu Deus, entendeste em tua justiça encher de júbilo
o coração de N... Agradeço-te por ele, sem embargo do mal que me fez
ou que tem procurado fazer-me. Se desse bem ele se aproveitasse para me
humilhar, eu receberia isso como uma prova para a minha caridade.
Bons Espíritos que me protegeis, não permitais que me sinta pesaroso por isso. Isentai-me da inveja e do ciúme que rebaixam. Inspirai-me,
ao contrário, a generosidade que eleva. A humilhação está no mal, e não
no bem; e sabemos que, cedo ou tarde, justiça será feita a cada um, segundo suas obras.
Pelos inimigos do Espiritismo
50. Bem-aventurados os famintos de justiça, porque serão saciados. Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o Reino
dos Céus.
Ditosos sereis, quando os homens vos carregarem de maldições, vos perseguirem
e falsamente disserem contra vós toda espécie de mal, por minha causa. Rejubilai-vos, então, porque grande recompensa vos está reservada nos céus, pois assim
perseguiram eles os profetas enviados antes de vós. (Mateus, 5:6 e 10 a 12.)
Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode perder alma e corpo no inferno. (Mateus, 10:28.)
51. Prefácio. De todas as liberdades, a mais inviolável é a de pensar,
que abrange a de consciência. Lançar alguém anátema sobre os que não
pensam como ele é reclamar para si essa liberdade e negá-la aos outros, é
violar o primeiro mandamento de Jesus: a caridade e o amor ao próximo.
Perseguir os outros, por motivos de suas crenças, é atentar contra o mais
sagrado direito que tem todo homem, o de crer no que lhe convém e de
adorar a Deus como o entenda. Constrangê-los a atos exteriores semelhantes aos nossos é mostrarmos que damos mais valor à forma do que ao fundo, mais às aparências do que à convicção. Nunca a abjuração forçada deu
a quem quer que fosse a fé; apenas pode fazer hipócritas. É um abuso da força material, que não prova a verdade. A verdade é senhora de si: convence
e não persegue, porque não precisa perseguir.
O Espiritismo é uma opinião, uma crença; fosse até uma religião,
por que se não teria a liberdade de se dizer espírita, como se tem a de se
dizer católico, protestante, ou judeu, adepto de tal ou qual doutrina filosófica, de tal ou qual sistema econômico? Essa crença é falsa ou é verdadeira.
Se é falsa, cairá por si mesma, visto que o erro não pode prevalecer contra
a verdade, quando se faz luz nas inteligências. Se é verdadeira, não haverá
perseguição que a torne falsa.
A perseguição é o batismo de toda ideia nova, grande e justa e cresce
com a magnitude e a importância da ideia. O furor e o desabrimento dos
seus inimigos são proporcionais ao temor que ela lhes inspira. Tal a razão
por que o Cristianismo foi perseguido outrora e por que o Espiritismo o é
hoje, com a diferença, todavia, de que aquele o foi pelos pagãos, enquanto
o segundo o foi por cristãos. Passou o tempo das perseguições sangrentas, é
exato; contudo, se já não matam o corpo, torturam a alma, atacam-na até
nos seus mais íntimos sentimentos, nas suas mais caras afeições. Lança-se
a desunião nas famílias, excita-se a mãe contra a filha, a mulher contra o
marido; investe-se mesmo contra o corpo, agravando-se-lhe as necessidades materiais, tirando-se-lhe o ganha-pão, para reduzir pela fome o crente.
(Cap. XXIII, itens 9 e seguintes.)
Espíritas, não vos aflijais com os golpes que vos desfiram, pois eles
provam que estais com a verdade. Se assim não fosse, deixar-vos-iam
tranquilos e não vos procurariam ferir. Constitui uma prova para a vossa
fé, porquanto é pela vossa coragem, pela vossa resignação e pela vossa
paciência que Deus vos reconhecerá entre os seus servidores fiéis, a cuja
contagem Ele hoje procede, para dar a cada um a parte que lhe toca,
segundo suas obras.
A exemplo dos primeiros cristãos, carregai com altivez a vossa cruz.
Crede na palavra do Cristo, que disse: “Bem-aventurados os que sofrem
perseguição por amor da justiça, que deles é o Reino dos Céus. Não temais
os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma.” Ele também
disse: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos fazem mal e orai
26 N.E.: Ver Reformador de 1946, p. 253; Revue spirite, dez. de 1868; Allan Kardec, o educador e e codificador, de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, v. II, Pt. 4, cap. II, it. 2. “O Credo, a Religião do Espiritismo”.
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pelos que vos perseguem.” Mostrai que sois seus verdadeiros discípulos e
que a vossa doutrina é boa, fazendo o que Ele disse e fez.
A perseguição pouco durará. Aguardai com paciência o romper
da aurora, pois que já rutila no horizonte a estrela-d’alva. (Cap. XXIV,
itens 13 e seguintes.)
52. Prece. – Senhor, Tu nos disseste pela boca de Jesus, o teu Messias: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça;
perdoai aos vossos inimigos; orai pelos que vos persigam.” E Ele próprio
nos deu o exemplo, orando pelos seus algozes.
Seguindo esse exemplo, meu Deus, imploramos a tua misericórdia
para os que desprezam os teus sacratíssimos preceitos, únicos capazes de
facultar a paz neste mundo e no outro. Como o Cristo, também nós te
dizemos: “Perdoa-lhes, Pai, que eles não sabem o que fazem.”
Dá-nos forças para suportar com paciência e resignação, como
provas para a nossa fé e a nossa humildade, seus escárnios, injúrias,
calúnias e perseguições; isenta-nos de toda ideia de represálias, visto que
para todos soará a hora da tua justiça, hora que esperamos submissos à
tua vontade santa.
Por uma criança que acaba de nascer
53. Prefácio. Somente depois de terem passado pelas provas da vida
corpórea, chegam à perfeição os Espíritos. Os que se encontram na erraticidade aguardam que Deus lhes permita volver a uma existência que lhes
proporcione meios de progredir, quer pela expiação de suas faltas passadas,
mediante as vicissitudes a que fiquem sujeitos, quer desempenhando uma
missão proveitosa para a Humanidade. O seu adiantamento e a sua felicidade futura serão proporcionados à maneira por que empreguem o tempo
que hajam de estar na Terra. O encargo de lhes guiar os primeiros passos
e de os encaminhar para o bem cabe a seus pais, que responderão perante
Deus pelo desempenho que derem a esse mandato. Para lhos facilitar, foi
que Deus fez do amor paterno e do amor filial uma Lei da Natureza, lei
que jamais se transgride impunemente.
54. Prece. (Para ser dita pelos pais.) – Espírito que encarnaste no
corpo do nosso filho, sê bem-vindo. Sê bendito, ó Deus Onipotente, que
no-lo mandaste.
É um depósito que nos foi confiado e do qual teremos um dia
de prestar contas. Se ele pertence à nova geração de Espíritos bons que
hão de povoar a Terra, obrigado, ó meu Deus, por essa graça! Se é uma
alma imperfeita, corre-nos o dever de ajudá-lo a progredir na senda do
bem, pelos nossos conselhos e bons exemplos. Se cair no mal, por culpa nossa, responderemos por isso, visto que, então, teremos falido em
nossa missão junto dele.
Senhor, ampara-nos em nossa tarefa e dá-nos a força e a vontade de
cumpri-la. Se este filho nos vem como provação para os nossos Espíritos,
faça-se a tua vontade!
Bons Espíritos que presidistes ao seu nascimento e que tendes de
acompanhá-lo no curso de sua existência, não o abandoneis. Afastai dele
os maus Espíritos que tentem orientá-lo para o mal. Dai-lhe forças para
lhes resistir às sugestões e coragem para sofrer com paciência e resignação
as provas que o esperam na Terra. (Cap. XIV, item 9.)
55. (Outra) – Meu Deus, confiaste-me a sorte de um dos teus Espíritos; faze, Senhor, que eu seja digno do encargo que me impuseste. Concede-me a tua proteção. Ilumina a minha inteligência, a fim de que eu
possa perceber desde cedo as tendências daquele que me compete preparar
para ascender à tua paz.
56. (Outra) – Deus de bondade, pois que te aprouve permitir que
o Espírito desta criança viesse de novo sofrer as provas terrenas, destinadas
a fazê-lo progredir, dá-lhe luz, a fim de que aprenda a conhecer-te, amar-te
e adorar-te. Faze, pela tua onipotência, que esta alma se regenere na fonte
das tuas sábias instruções; que, sob a égide do seu anjo guardião, a sua inteligência se desenvolva e amplie e o leve a ter por aspiração aproximar-se
cada vez mais de ti; que a ciência do Espiritismo seja a luz brilhante que o
ilumine através dos escolhos da vida; que ele, enfim, saiba apreciar toda a
extensão do teu amor, que nos põe em prova, para purificar-nos.
Senhor, lança paterno olhar sobre a família a que confiaste esta alma,
para que ela compreenda a importância da sua missão e faça que germinem
nesta criança as boas sementes, até o dia em que ela possa, por suas próprias aspirações, elevar-se sozinha para ti.
Digna-te, ó meu Deus, de atender a esta humilde prece, em nome
e pelos merecimentos daquele que disse: “Deixai venham a mim as criancinhas, porquanto o Reino dos Céus é para os que se lhes assemelham.”
Por um agonizante
57. Prefácio. A agonia é o prelúdio da separação da alma e do
corpo. Pode dizer-se que, nesse momento, o homem tem um pé neste
mundo e um no outro. É penosa às vezes essa passagem, para os que
muito apegados se acham à matéria e viveram mais para os bens deste
mundo do que para os do outro, ou cuja consciência se encontra agitada
pelos pesares e remorsos. Para aqueles cujos pensamentos, ao contrário,
buscaram o Infinito e se desprenderam da matéria, menos difíceis de romper-se são os laços que os prendem à Terra e nada têm de dolorosos os seus
últimos momentos. Apenas um fio liga, então, a alma ao corpo, enquanto
no outro caso profundas raízes a conservam presa ao corpo. Em todos os
casos, a prece exerce ação poderosa sobre o trabalho de separação. (Ver,
adiante, “Preces pelos doentes”; também O céu e o inferno, 2a
Parte, cap.
I – O Passamento.)
58. Prece. – Deus onipotente e misericordioso, aqui está uma alma
prestes a deixar o seu envoltório terreno para volver ao mundo dos Espíritos, sua verdadeira pátria. Dado lhe seja fazê-lo em paz e que sobre ela se
estenda a tua misericórdia.
Bons Espíritos que a acompanhastes na Terra, não a abandoneis neste
momento supremo. Dai-lhe forças para suportar os últimos sofrimentos por
que lhe cumpre passar neste mundo, a bem do seu progresso futuro. Inspirai-a, para que consagre ao arrependimento de suas faltas os últimos clarões
de inteligência que lhe restem, ou que momentaneamente lhe advenham.
Dirigi o meu pensamento, a fim de que atue de modo a tornar menos penoso para ela o trabalho da separação e a fim de que leve consigo, ao
abandonar a Terra, as consolações da esperança.