Olá!
Segue nosso estudo de quarta-feira às 20 h.
O Livro dos Espíritos
Q.939 e 940 - Uniões Antipáticas
Leitura inicial:
Rimas da esperança
Auta de Souza
Embora desiludida,
Alma cansada e sincera,
Por muito te doa a vida,
Não desanimes!... Espera.
Fonte: Do livro “Auta de Souza”, psicografia de Francisco Cândido Xavier – IDE – 9ª edição - 2001
Trecho do estudo:
Uniões antipáticas
939. Uma vez que os Espíritos simpáticos são
induzidos a unir-se, como é que, entre os encarnados, frequentemente só de um
lado há afeição e que o mais sincero amor se vê acolhido com indiferença e até
com repulsão? Como é, além disso, que a mais viva afeição de dois seres pode
mudar-se em antipatia e mesmo em ódio?
“Não
compreendes então que isso constitui uma punição, se bem que passageira?
Depois, quantos não são os que acreditam amar perdidamente, porque apenas
julgam pelas aparências, e que, obrigados a viver com as pessoas amadas, não
tardam a reconhecer que só experimentaram um encantamento material! Não basta
uma pessoa estar enamorada de outra que lhe agrada e em quem supõe belas
qualidades. Vivendo realmente com ela é que poderá apreciá-la. Tanto assim que,
em muitas uniões, que a princípio parecem destinadas a nunca ser simpáticas,
acabam os que as constituíram, depois de se haverem estudado bem e de bem se
conhecerem, por votar-se, reciprocamente, duradouro e terno amor, porque
assente na estima! Cumpre não se esqueça de que é o Espírito quem ama e não o
corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade.
Duas espécies há de
afeição: a do corpo e a da alma, acontecendo com frequência tomar-se uma pela
outra. Quando pura e simpática, a afeição da alma é duradoura; efêmera a do
corpo. Daí vem que, muitas vezes, os que julgavam amar-se com eterno amor passam
a odiar-se, desde que a ilusão se desfaça”.
940. Não constitui igualmente fonte de
dissabores, tanto mais amargos quanto envenenam toda a existência, a falta de
simpatia entre seres destinados a viver juntos?
“Amaríssimos, com
efeito. Essa, porém, é uma das infelicidades de que sois, as mais das vezes, a
causa principal. Em primeiro lugar, o erro é das vossas leis. Julgas,
porventura, que Deus te constranja a permanecer junto dos que te desagradam?
Depois, nessas uniões, ordinariamente buscais a satisfação do orgulho e da
ambição, mis do que a ventura de uma afeição mútua. Sofreis então as consequências
dos vossos prejuízos”.
a) Mas,
nesse caso, não há quase sempre uma vítima inocente?
“Há e para ela é uma
dura expiação, mas a responsabilidade da sua desgraça recairá sobre os que lhe
tiverem sido os causadores.
Se a luz da verdade já
lhe houver penetrado a alma, em sua fé no futuro haurirá consolação. Todavia, à
medida que os preconceitos se enfraquecerem, as causas dessas desgraças íntimas
também desaparecerão”.