Olá!
Segue nosso estudo de quarta-feira, às 19hs.
Livro Cristianismo e Espiritismo
Conclusão
Conclusão
Leitura inicial:
Caminho Iluminado
Emmanuel
15
Recorda que toda conversação está carregada de poder criativo.
Usa o verbo para o bem e faze com ele a felicidade de quantos te compartilham a vida.
Nada sucede à revelia da providência Divina.
Não abandones o instrumento de trabalho que os mensageiros do Senhor te colocaram nas mãos.
Capacita-te de que, se nos achamos todos nós – os espíritos encarnados e desencarnados, em ligação com o trabalho evolutivo da Terra – numa época extremamente conturbada por renovações e desajustes de variada espécie, é que estamos chamados para servir ao Bem, dentro dela.
Se nós outros, os que aspiramos ao título de servidores, estivermos atentos na execução do dever que nos cabe, estejamos convencidos de que o Senhor sustentará a felicidade geral sem problemas.
A árvore não cresceu de improviso.
A cidade em que renasceste não se levantou de repente...
Tudo se desenvolve, minuto a minuto...
A vida impõe-te “agora” as consequências do “antes”.
Somos hoje, no espaço e no tempo, a projeção do que fomos...
Cumpramos agora, os nossos iluminados deveres à face da lei. Convertamos nossa experiencia pessoal em serviço a todos, transformando as horas, que Deus nos empresta, em bênçãos de utilidade, beleza, graça e harmonia e o futuro constituir-se-á para nossa alma em abençoado e celeste caminho de ascensão.
Fonte: Do livro “Caminho iluminado”, psicografia de Francisco Cândido Xavier – CEU – 1ª edição - 1998
Trecho do estudo:
Cristianismo e Espiritismo
Léon
Denis
Conclusão
A observação dos fenômenos espíritas por
um lado, os ensinos dos Espíritos por outro, nos patentearam as profundas
verdades que constituem a base do cristianismo primitivo e de todas as grandes
religiões do passado. Fez a luz sobre atos da vida do Cristo até agora envoltos
em mistério. Ao mesmo tempo, revelou-se integralmente o pensamento de Jesus, a
grandeza de sua obra foi posta em evidência.
Jesus não é um instituidor de dogmas, um
criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião
do amor. Outros assentaram a crença sobre a ideia da justiça. A justiça não
basta; são precisos o amor dos homens, a caridade, a paciência, a simplicidade
e a mansidão. É por essas coisas que o Cristianismo é superior e imperecível, e
que todos os que amam a Humanidade podem dizer-se cristãos, mesmo quando se
achem divorciados da tradição de todas as igrejas.
A religião de Jesus não é exclusivista:
une todas as almas crentes num vínculo comum; prende todos os seres que pensam,
sentem, amam e sofrem num mesmo amplexo e uma só comunhão de amor. É a forma
simples e sublime que vai direta ao coração, comove e engrandece o homem,
franqueia-lhe as infinitas sendas do ideal. Esse ideal de amor e de fraternidade
foram precisos dezenove séculos para ser compreendido, para que pudesse
penetrar na consciência da Humanidade. Aí entrou ele pouco a pouco, sob os
germes de todas as transformações sociais.
Assegurando a todos o direito de
participar do “reino de Deus”, isto é, da luz e da verdade, Jesus preparou a
regeneração da Humanidade; colocou os marcos da revelação futura. Fez entrever
ao homem a extensão dos seus destinos, a possibilidade de se elevar até às
esferas divinas, pelos caminhos da provação e da dor, pelas vias da fé e do
trabalho.
Fez mais ainda o Cristo. Pelas
manifestações de que era o centro e que continuaram depois de sua morte, ele
havia aproximado as duas humanidades, a invisível e a visível, humanidades que
se penetram, se vivificam, se completam mutuamente. A Igreja novamente as
separou; despedaçou o vínculo que prendia os mortos aos vivos. Reduzida às suas
próprias inspirações, abandonada a correntes de opiniões opostas, a todos os
sopros das paixões, não mais soube discernir e interpretar a verdade. O
pensamento de Jesus ficou velado; as trevas envolveram o mundo, trevas espessas
como as da Idade Média, cuja influência ainda pesa sobre nós.
Mas, depois de séculos de silêncio, o
mundo invisível se descerra; ilumina-se, agita-se até às suas maiores
profundezas. As legiões do Cristo e o próprio Cristo estão em atividade. Soou a
hora da nova dispensação.
Essa dispensação é o moderno
espiritualismo. Ei-lo que se levanta com o feixe de suas descobertas, com a
multidão dos seus testemunhos, com o ensino dos Espíritos. As colunas do templo
que erige ao pensamento sobem pouco a pouco e erguem-se alterosas. Há trinta
anos não passava de bem mesquinha construção. E – vêde! – já é um edifício
moral, sob cujas abóbadas milhões de almas têm encontrado asilo, no meio das
procelas da existência. A multidão dos que gemem e sofrem volta para ele os
seus olhares. Todos aqueles para quem a vida se tornou molesta, todos os que
são assediados por sombrios desassossegos ou presas da desesperança, nele hão
de encontrar consolação e amparo; aprenderão a lutar com bravura, a desdenhar a
morte, a conquistar melhor futuro.
Os pensadores, os generosos Espíritos
que trabalham pela Humanidade, nele encontrarão os meios de realizar o seu
ideal de paz e de harmonia. Porque só uma fé viva, uma crença forte,
consorciadora das almas, será capaz de preparar a harmonia universal. Pode já
se prever que é o moderno espiritualismo que há de realizá-la. Ele fez mais
para isso em cinquenta anos do que o Catolicismo em muitos séculos. Na hora
atual, acha-se ele disseminado por todos os pontos do globo. Seus adeptos, cujo
número se tornou incalculável, saúdam-se todos pelo nome de irmãos. Uma
literatura considerável, centenas de jornais, federações, sociedades, são
manifestações de sua crescente vitalidade.
Sólido por seu passado remotíssimo, que
é o da Humanidade, certo do seu futuro, o Espiritismo se ergue em face das
doutrinas sem bases e do cepticismo vacilante. Avança resolutamente pela
estrada aberta, a despeito dos obstáculos e das oposições interesseiras, seguro
da vitória final, porque tem por si a Ciência e a Verdade!
É um ato solene do drama da evolução
humana que começa; é uma revelação que ilumina ao mesmo tempo as profundezas do
passado e as do futuro; que faz surgirem da poeira dos séculos as crenças em
letargo, anima-as com uma nova chama e as faz, completando-as, reviver.
É um sopro vigoroso que desce dos
espaços e corre sobre o mundo; ao seu influxo todas as grandes verdades se
restabelecem. Majestosas, emergem da obscuridade dos tempos, para desempenhar a
tarefa que o pensamento divino lhes assina. As grandes coisas se fortalecem no
recolhimento e no silêncio: no olvido aparente dos séculos haurem elas, novas
energias. Recolhem-se em si mesmas e se preparam para as tarefas do futuro.
Por sobre as ruínas dos templos, das
civilizações extintas e dos impérios derrocados, por sobre o fluxo e refluxo
das marés humanas, uma grande voz se eleva; e essa voz conclama: São vindos os
tempos; os tempos são chegados!
Das profundezas estreladas baixam à
Terra legiões de Espíritos para empenhar o combate da luz contra as trevas. Já
não são os homens, já não são os sábios, os filósofos que lançam uma nova
doutrina. São os gênios do espaço que vêm até nós e nos sopram ao pensamento os
ensinos destinados a regenerar o mundo. São os Espíritos de Deus! Todos os que
possuem o dom da clarividência os percebem pairando sobre nós, associando-se
aos nossos trabalhos, lutando ao nosso lado pelo resgate e ascensão da alma
humana.
Grandes coisas se preparam. Que os
trabalhadores do pensamento estejam a postos, se querem tomar parte na missão
que Deus oferece a todos os que amam e servem a Verdade.