Olá!
Segue nosso estudo de sábado às 10 h
Não ditos e não feitos
Leitura inicial:
Cultivar a Disciplina
Controla a vontade, gerando um clima de disciplina para os teus hábitos e evitarás o desregramento, os conflitos comportamentais, os desajustes.
Quem não acredita em disciplina, pode ser comparado a uma pessoa que dirige um veículo sem freio, numa descida... Candidata-se ao desastre.
O que vitalizas pelo pensamento, converte-se em realidade no mundo das formas.
Sabendo discernir e lutar pelo que te convém e te será melhor, aprenderás a conduzir-te com o equilíbrio que te poupará inúmeros dissabores.
A vontade bem canalizada consegue realizações gigantescas.
Conduze-a, pois, com sabedoria e nunca te arrependerás.
* * *
Livro: Vida Feliz - 171 / Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco
Trecho do estudo:
Não ditos e não feitos
Livro: Dimensões da Verdade - 2
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco
Estudiosos afeiçoados aos “ditos
do Senhor” mergulharam, em todos os tempos, o pensamento nas fontes
evangélicas em busca de consolo e diretrizes, encontrando na clara mensagem da
Boa-nova o clima de paz e amor necessários a uma vida feliz.
Narrativas comoventes relatam
os encontros do Rabi Amoroso com os corações constrangidos pela dor e com os
espíritos atribulados, a todos ensejando, pelo verbo luminoso e sublime, os
roteiros libertadores.
Páginas de beleza inefável
têm sido elaboradas sobre os efeitos e as palavras do Enviado de Deus,
favorecendo o pensamento humano com antevisões do porvir e sugerindo
retrospectos das inolvidáveis emoções que viveram os que participaram das
jornadas d’Ele...
Infelizes e enfermos de
variada classificação, obsidiados e dementes de muitas alienações foram
reconduzidos à serenidade e à paz através da mensagem de esperança que Ele nos
dá, desde então, como pábulo que nos mantém alimentados, conduzindo-nos para
frente e o amanhã.
* * *
Muito mais poderia ter dito e
feito o Senhor. Não o disse, porém, nem o fez. E o que não disse, o que não
fez, são tão grandiosos que atestam a excelente procedência d’Ele.
Recusado por uma aldeia do interior
de ser ali agasalhado, nada disse, e instado pelos discípulos para que ateasse
o fogo do céu sobre o lugarejo ímpio, não o fez. Retirou-se em silêncio,
plácido e triste, seguindo adiante...
Impossibilitado de falar ao
povo de Gadara, após a recuperação psíquica do gadareno, não disse uma sentença
condenatória, não teve um gesto de revolta. Imperturbável, retornou ao mar e à
Galileia...
Acusado por comensais dos
interesses imediatos de açular as massas infelizes que O seguiam esperançadas,
não disse um revide, não expôs uma defesa, não reagiu com irritação, não fez
uso dos seus poderes...
Conclamado por aqueles que o
desejavam triunfador na Terra não apresentou explicações, não debateu o
assunto, retirou-se a sós...
Diante de Pilatos, quase nada
disse, nada fazendo e, no entanto, poderia tudo dizer e tudo fazer.
Na cruz, resignou-se a não
dizer senão o indispensável para o tributo de amor, submetendo-se,
incomparável, à Vontade do Pai.
E mesmo depois de ressurgido
não disse nem fez o que muitos esperavam.
Afirmou a imortalidade
atestando-a, realentou os companheiros com o seu amor de compreensão e, ao
ascender aos cimos, despachou-os para as tarefas do “dizer” e do “fazer” como
Ele mesmo disse e fez.
* * *
Medita sobre os não ditos e
não feitos do Senhor.
Se a dificuldade e a
incompreensão de quem amas, quando a serviço d’Ele, te amesquinham, não te
amofines.
Se a luta recrudesce e o
combate acirra, não desesperes.
Se a enfermidade avança e te
vence, não desanimes.
Se todos os males de fora e
de dentro de ti mesmo ameaçam conduzir-te à desencarnação, não recalcitres.
Não te defendas, se
injuriado.
Não te justifiques, se
perseguido.
Não te exponhas, se
angustiado.
Nada digas, nada faças, mesmo
que tenhas o que dizer e disponhas de recursos para fazer.
Teus ditos e teus feitos já
falaram por ti.
Se não se fizeram ouvir,
porfia confiante, de fé robusta.
Mais vale ser vítima da
impiedade quando se está com a consciência tranquila, do que perseguidor entre
ovações, carregando uma consciência em brasa.
E se a vida solicitar ao teu
Espírito o pesado tributo da tua doação total pela causa de amor que abraças,
na Seara de Luz do Evangelho e do Espiritismo, não te negues, não recuses, nada
digas, nada faças, entregando a vida e aspiração às mãos d’Ele, pois que, mesmo
morrendo na liça, incompreendido e ralado, ascenderás tranquilo aos páramos do
amor para voltares a fim de ajudar, mais tarde, os que te perseguiram e
injuriaram vitoriosamente, ficando, porém, nas linhas sombrias e tristes da
retaguarda, esperando pelo teu socorro.
* * *
Texto Complementar:
Aldeia que não recebeu Jesus (Lucas 9:51-56)
E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção,
manifestou o firme propósito de ir a Jerusalém.
E mandou mensageiros adiante de si; e, indo eles, entraram
numa aldeia de samaritanos, para lhe prepararem pousada,
Mas não o receberam, porque o seu aspecto era como de quem
ia a Jerusalém.
E os seus discípulos, Tiago e João, vendo isto, disseram:
Senhor, queres que digamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias
também fez?
Voltando-se, porém, repreendeu-os, e disse: Vós não sabeis
de que espírito sois.
Porque o Filho do homem não veio para destruir as almas
dos homens, mas para salvá-las. E foram para outra aldeia.
Cura do Gadareno
(Marcos 5:1-19)
E chegaram ao outro lado do mar, à província dos gadarenos.
E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos
sepulcros, um homem com espírito imundo;
O qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com
cadeias o podia alguém prender;
Porque, tendo sido muitas vezes preso com grilhões e
cadeias, as cadeias foram por ele feitas em pedaços, e os grilhões em migalhas,
e ninguém o podia amansar.
E andava sempre, de dia e de noite, clamando pelos montes, e
pelos sepulcros, e ferindo-se com pedras.
E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o.
E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo,
Jesus, Filho do Deus Altíssimo? conjuro-te por Deus que não me atormentes.
(Porque lhe dizia: Sai deste homem, espírito imundo.)
E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? E lhe respondeu,
dizendo: Legião é o meu nome, porque somos muitos.
E rogava-lhe muito que os não enviasse para fora daquela
província.
E andava ali pastando no monte uma grande manada de porcos.
E todos aqueles demônios lhe rogaram, dizendo: Manda-nos
para aqueles porcos, para que entremos neles.
E Jesus logo lho permitiu. E, saindo aqueles espíritos
imundos, entraram nos porcos; e a manada se precipitou por um despenhadeiro no
mar (eram quase dois mil), e afogaram-se no mar.
E os que apascentavam os porcos fugiram, e o anunciaram na
cidade e nos campos; e saíram muitos a ver o que era aquilo que tinha
acontecido.
E foram ter com Jesus, e viram o endemoninhado, o que tivera
a legião, assentado, vestido e em perfeito juízo, e temeram.
E os que aquilo tinham visto contaram-lhes o que acontecera
ao endemoninhado, e acerca dos porcos.
E começaram a rogar-lhe que saísse dos seus territórios.
E, entrando ele no barco, rogava-lhe o que fora
endemoninhado que o deixasse estar com ele.
Jesus, porém, não lho permitiu, mas disse-lhe: Vai para tua
casa, para os teus, e anuncia-lhes quão grandes coisas o Senhor te fez, e como
teve misericórdia de ti.
Jesus acusado de
açular as massas (Lucas 6:1-11)
E aconteceu que, no segundo sábado após o primeiro, passou
pelas searas, e os seus discípulos iam arrancando espigas e, esfregando-as com
as mãos, as comiam.
E alguns dos fariseus lhes disseram: Por que fazeis o que
não é lícito fazer nos sábados?
E Jesus, respondendo-lhes, disse: Nunca lestes o que fez
Davi quando teve fome, ele e os que com ele estavam?
Como entrou na casa de Deus, e tomou os pães da
proposição, e os comeu, e deu também aos que estavam com ele, os quais não é
lícito comer senão só aos sacerdotes?
E dizia-lhes: O Filho do homem é Senhor até do sábado.
E aconteceu também noutro sábado, que entrou na sinagoga, e
estava ensinando; e havia ali um homem que tinha a mão direita mirrada.
E os escribas e fariseus observavam-no, se o curaria no
sábado, para acharem de que o acusar.
Mas ele bem conhecia os seus pensamentos; e disse ao homem
que tinha a mão mirrada: Levanta-te, e fica em pé no meio. E,
levantando-se ele, ficou em pé.
Então Jesus lhes disse: Uma coisa vos hei de perguntar: É
lícito nos sábados fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar?
E, olhando para todos em redor, disse ao homem: Estende a
tua mão. E ele assim o fez, e a mão lhe foi restituída sã como a outra.
E ficaram cheios de furor, e uns com os outros
conferenciavam sobre o que fariam a Jesus.
Algum tempo após esta conferência aconteceu o célebre
episódio do "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus".
Aqueles que desejavam Jesus triunfador sobre a Terra
Foi logo após o episódio da entrada triunfal de Jesus em
Jerusalém, na semana que Ele seria sacrificado.
O clamor da multidão que o saudava apontava para sua posição
messiânica. De fato aquelas pessoas tinham reconhecido em Jesus o seu Messias.
Porém, o povo tinha entendido errado a natureza do ministério messiânico de
Cristo. A multidão pensava que Jesus era um Messias que lhes conduziria à
vitória terrena.
Desta forma, os judeus falharam em reconhecer o verdadeiro
caráter do Messias Jesus. Seu clamor era superficial. Eles desejavam um rei
terreno e rejeitaram o Rei celestial. Então enquanto a multidão se alegrava pelos
motivos errados, Jesus chorava pelos motivos certos. Por onde quer que Ele
olhasse, Ele só poderia ver o pecado daquela cidade e de seu povo. Ali, diante
dos olhos santos de Jesus, só havia motivos para chorar. (Mateus 20
e Lucas 19).
Jesus perante Pilatos (João
18:28-40)
Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E
era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem, mas
poderem comer a páscoa.
Então Pilatos saiu fora e disse-lhes: Que acusação
trazeis contra este homem?
Responderam, e disseram-lhe: Se este não fosse malfeitor,
não to entregaríamos.
Disse-lhes, pois, Pilatos: Levai-o vós, e julgai-o
segundo a vossa lei. Disseram-lhe então os judeus: A nós não nos é
lícito matar pessoa alguma.
(Para que se cumprisse a palavra que Jesus tinha dito,
significando de que morte havia de morrer).
Tornou, pois, a entrar Pilatos na audiência, e chamou a
Jesus, e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?
Respondeu-lhe Jesus: Tu dizes isso de ti mesmo, ou
disseram-to outros de mim?
Pilatos respondeu: Porventura sou eu judeu? A tua nação e
os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu
reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse
entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus
respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao
mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a
minha voz.
Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto,
tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes: Não acho nele crime algum.
Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela
páscoa. Quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?
Então todos tornaram a clamar, dizendo: Este não, mas
Barrabás. E Barrabás era um salteador.
Jesus na cruz
(23:33-47)
E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o
crucificaram, e aos malfeitores, um à direita e outro à esquerda.
E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram sortes.
E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam
dele, dizendo: Aos outros salvou, salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o
escolhido de Deus.
E também os soldados o escarneciam, chegando-se a ele, e
apresentando-lhe vinagre.
E dizendo: Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti
mesmo.
E também por cima dele, estava um título, escrito em letras
gregas, romanas, e hebraicas: ESTE É O REI DOS JUDEUS.
E um dos malfeitores que estavam pendurados blasfemava dele,
dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti mesmo, e a nós.
Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu
nem ainda temes a Deus, estando na mesma condenação?
E nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o que os
nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal fez.
E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando
entrares no teu reino.
E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás
comigo no Paraíso.
E era já quase a hora sexta, e houve trevas em toda a terra
até à hora nona, escurecendo-se o sol;
E rasgou-se ao meio o véu do templo.
E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas
mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.
E o centurião, vendo o que tinha acontecido, deu glória a
Deus, dizendo: Na verdade, este homem era justo.