Olá!
Segue nosso estudo do sábado fraterno às 16:30 hs
Tema livre
Leitura inicial:
Medita
Não vale revidar a ofensa recebida.
Ressentir-se é tornar as sombras do agressor.
Vingar-se propriamente, é cortar-se em si mesmo.
Se alguém te insulta ou fere, perdoa, esquece e passa.
Ninguém apaga um mal, criando um mal maior.
Ora, serve e caminha.
Deus tudo sabe e vê.
Fonte: Livro: Ação e Caminho / Emmanuel & Francisco Cândido Xavier
Leitura complementar:
O que é
importante no Espiritismo
Revista Reformador - Janeiro 2019
Mário Frigéri / mariofrigeri@uol.com.br
Mário Frigéri / mariofrigeri@uol.com.br
"É
importante mantermos o foco em nosso trabalho na seara espírita".
1. É importante vivermos os princípios morais ensinados pelo
Espiritismo e as virtudes exemplificadas pelo Cristo, renovando-nos
espiritualmente a cada bom ato praticado, a fim de vencermos nossas limitações
e avançarmos para um novo tempo de iluminação moral e espiritual.
[...] Que importa crer na existência dos Espíritos, se essa
crença não faz que aquele que a tem se torne melhor, mais benigno e indulgente
para com os seus semelhantes, mais humilde e paciente na adversidade? De que
serve ao avarento ser espírita, se continua avarento; ao orgulhoso, se se
conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece dominado pela inveja? Assim,
poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos Espíritos e a
Humanidade ficar estacionária. [...] - Allan Kardec (O Livro dos Médiuns, cap. 29,
Rivalidades entre as Sociedades, it. 350).
2. É importante assimilarmos o caráter assectário da Doutrina
Espírita, transformando-nos em um ponto de entendimento fraterno entre todas as
criaturas, certos de que a posse de uma consciência cristalina é superior à
ostentação de uma crença religiosa.
[...] O Espiritismo é uma doutrina moral que fortalece os
sentimentos religiosos em geral e se aplica a todas as religiões; é de todas, e
não pertence a nenhuma em particular. Por isso não aconselha a ninguém que mude
de religião. Deixa a cada um a liberdade de adorar Deus à sua maneira e de
observar as práticas ditadas pela sua consciência, pois Deus leva mais em conta
a intenção que o fato. Ide, pois, cada um, ao templo do vosso culto, e assim
provareis que vos caluniam, quando vos acusarem de impiedade. - Allan Kardec (Revista
Espírita, Votos de boas-festas, it. Resposta dirigida aos espíritas
lioneses por ocasião do Ano-Novo, fev. 1862).
3. É importante abrirmos os braços fraternalmente aos adeptos de
todas as religiões, aos indiferentes e até mesmo aos contrários a elas, na
certeza de que a Doutrina que adotamos, assim como o Sol, veio para irradiar
sua luz sobre todas as criaturas, e não somente para iluminar aqueles que já
têm condições de usufruir dos seus benefícios.
[...] Assim, [o Espiritismo] oferece o espetáculo, único na
história de uma doutrina que, em alguns anos, implantou-se em todos os pontos
do globo e cresce sem cessar; que liga todas as crenças religiosas, ao passo
que as outras são exclusivas e permanecem fechadas num círculo circunscrito de
adeptos. - Allan Kardec (Revista Espírita, Necrológio, it. Morte
do Sr. Bruneau, dez. 1864).
4. É importante agirmos dentro dos princípios da caridade cristã
para com todos, sem querer impor nossa opinião a quem quer que seja, porque,
aquilo que não for conquistado pelo emprego sereno da razão, muito menos o será
pelo da coação.
[...] Aquele que, numa reunião, se afastasse das conveniências,
não só provaria uma falta de civilidade e de urbanidade, mas uma falta de
caridade; aquele que se melindrasse com a contradição e pretendesse impor a sua
pessoa ou as suas ideias, daria prova de orgulho.
Ora, nem um nem outro estariam no caminho do verdadeiro
Espiritismo cristão. Aquele que pensa ter uma opinião mais justa fará que os
outros a aceitem melhor pela persuasão e pela doçura; o azedume, de sua parte,
seria um péssimo negócio. - Allan Kardec (Revista Espírita, Organização do
Espiritismo, it. 11, dez. 1861).
5. É importante confiarmos na Doutrina a que nos devotamos e
divulgá-la com serenidade, sem antagonizar os que a repelem ou se mostram
indiferentes, sabendo que ela prospera sempre e em silêncio, sob o orvalho
benfazejo que desce das Esferas Superiores.
[...] O Espiritismo não se impõe: aceita-se; dá as suas razões e
não acha mau que as combatam, desde que sejam com armas leais, confiando no bom
senso do público para decidir. Se repousar na verdade, triunfará a despeito de
tudo; se seus argumentos forem falsos, a violência não os tornará melhores. O
Espiritismo não quer ser acreditado sob palavra; quer o livre-exame; sua
propaganda se faz dizendo: vede os prós e os contras; julgai o que melhor
satisfaz o vosso julgamento, o que responde melhor às vossas esperanças e
aspirações, o que mais vos toca o coração, e decidi-vos com conhecimento de
causa. - Allan Kardec (Revista Espírita, Variedades, it. Resumo
da pastoral do Sr. bispo de Estrasburgo, mar. 1864).
6. É importante nos afastarmos das ideias materialistas e
abraçarmos as espíritas e espiritualistas, iluminando a consciência com as
luzes da fé alicerçada na razão.
[...] A gente é espírita desde o momento em que se entra nesta
ordem de ideias, ainda mesmo quando não se admitissem todos os pontos da
Doutrina em sua integridade ou em todas as suas consequências. Por não ser
espírita completo não se é menos espírita, o que faz que por vezes se o seja
sem saber, algumas vezes sem o querer confessar e que, entre os sectários das
diferentes religiões, muitos são espíritas de fato, quando não de nome. - Emile
Barrault (Revista Espírita, Nota bibliográfica, jun. 1868).
7. É importante adotarmos uma doutrina como o Espiritismo, que é
mais ampla, completa e abrangente que o Espiritualismo, estando ambas nos
antípodas dos sistemas materialistas. [...] É espiritualista aquele que
acredita que em nós nem tudo é matéria, o que de modo algum implica a crença
nas manifestações dos Espíritos. Todo espírita é necessariamente
espiritualista; mas pode-se ser espiritualista sem se ser espírita; o
materialista não é uma nem outra coisa. [...] - Allan Kardec (O
Livro dos Médiuns, cap. 32 - Vocabulário espírita, verbete: Espiritualista).
8. É importante não nos deixarmos envolver por ideias
novidadeiras ou extravagantes, submetendo tudo ao crivo silencioso da razão e
descartando sem alarde o que não se coaduna com os requintados ditames da
Doutrina que nos ilumina o coração.
[...] Quando um fato se apresenta não nos contentamos com uma
única observação; queremos vê-lo sob todos os ângulos, sob todas as faces e,
antes de aceitar uma teoria, imaginamos se ela corresponde a todas as circunstâncias,
se nenhum fato desconhecido virá contradizê-la; numa palavra, se resolve todas
as questões. [...] - Allan Kardec (Revista Espírita, O músculo estalante,
jun. 1859).
9. É importante professarmos e praticarmos o Espiritismo,
ensinando o que aprendemos e vivendo o que ensinamos, com a naturalidade do
semeador que semeia em silêncio e a dedicação do trabalhador já consciente de
sua responsabilidade.
[...] Há uma grande diferença em professar e praticar. Muita
gente professa uma doutrina, que não pratica; pois bem, eu praticava e não
professava. Assim como cristão é todo homem que segue as leis do Cristo, mesmo
sem conhecê-las, assim também podemos ser espíritas, acreditando na
imortalidade da alma, nas reencarnações, no progresso incessante, nas provações
terrenas - abluções necessárias ao melhoramento. [...] Compreendi tudo isso, e,
sem professar, continuei a praticar. - Jean Reynaud (O céu e o inferno, cap. 2 - Espíritos felizes, it. Jean Reynaud).
10. É importante que trabalhemos espiritualmente de mãos dadas
dentro do Ideal que nos acolhe, harmonizando nossos pensamentos e ações, a fim
de que a obra em construção reflita o nível de fraternidade íntima que já
conquistamos.
[...] No momento nós nos limitamos a dizer: sem homogeneidade,
não há união simpática entre os membros, não há relações afetuosas; sem união,
não há estabilidade; sem estabilidade, não há calma; sem calma, não há
trabalhos sérios. De onde concluímos que a homogeneidade é o princípio vital de
toda sociedade ou reunião espírita. [...] - Allan Kardec (Revista Espírita, Princípio
vital das Sociedades Espíritas, jun. 1862).
11. É importante mantermos o foco em nosso trabalho na seara
espírita.
[...] Procurai, no Espiritismo, aquilo que vos pode melhorar;
eis o essencial. [...] - Allan Kardec
(Revista Espírita, Votos de boas-festas, it. Resposta dirigida aos
espíritas lioneses por ocasião do Ano-Novo, fev. 1862).
12. É importante desfrutarmos moralmente do tríplice aspecto do
Espiritismo - filosófico, científico e religioso -, empregando essa bagagem
imensa em prol de nós mesmos, de nossa família, de nossa pátria e de toda a
Humanidade.
[...] Porque, segundo o que tenho lido, calculo que é impossível
ser espírita sem ser homem de bem e bom cidadão.
Conheço poucas religiões das quais se possa dizer o mesmo. -
G.-H. Love (Revista Espírita, Notas bibliográficas, it. O Espiritismo racional,
out. 1863).
13. É importante termos consciência da relevância da Terceira
Revelação e estudá-la em profundidade, com perseverança, assiduidade e calma, percebendo
e valorizando as nuanças de seu avanço em relação ao conhecimento comum.
Em todos os tempos a filosofia é ligada à procura da alma, sua
natureza, suas faculdades, sua origem e seu destino. Inúmeras teorias foram
feitas a propósito, e a questão sempre ficou na incerteza. Por quê?
Aparentemente porque nenhuma encontrou o nó do problema e não o resolveu de
maneira bastante satisfatória para convencer a todos. O Espiritismo vem, por
sua vez, dar a sua teoria. Apoia-se na Psicologia experimental; estuda a alma,
não só durante a vida, mas após a morte; observa-a em estado de isolamento; ele
a vê agir em liberdade, enquanto a Filosofia ordinária só a vê em sua união com
o corpo, submetida aos entraves da matéria, razão por que muitas vezes confunde
a causa com o efeito. [...] - Allan Kardec (Revista Espírita, Vida de
Jesus, pelo Sr. Renan, it. À alma pura de minha irmã Henriette, mai. 1864;
grifo nosso).
14. É importante submetermos tudo ao crivo da razão, inclusive
as previsões proféticas a respeito do futuro da Humanidade, sem desprezar as
simbologias que ainda não entendemos, certos de que o Deus de Amor que nos
criou provê sempre o melhor para seus filhos, ainda que tenha de disciplinar os
mais rebeldes por meio de inúmeros sofrimentos e provações.
Amigos, o fim do mundo está próximo e vos convido vivamente a
tomar boa nota desta previsão; ele está tanto mais próximo quanto já se
trabalha para o reconstruir. A sábia previdência daquele a quem nada escapa,
quer que tudo se construa, antes que tudo seja destruído; e quando o edifício
novo for concluído, quando a cumeeira estiver coberta, então é que desabará o
antigo; cairá por si mesmo, de sorte que entre o mundo novo e o velho não
haverá solução de continuidade. - Jobard (Revista Espírita, O fim do mundo em
1911, abr. 1868; grifo nosso).
15. É importante nos conscientizarmos de que o Espiritismo não é
manipulável nem será o que dele fizerem os homens: é ideia que desceu do Alto,
com destino pré-traçado e protegida pelos Imortais, em cujo seio somos apenas
operários que, por Misericórdia Divina, recebemos a mordomia de laborarmos para
alcançar a própria redenção.
[...] Não foram os homens que fizeram do Espiritismo o que ele
é, nem que farão o que será mais tarde; são os Espíritos por seus ensinos. Os
homens apenas o põem em ação e coordenam os materiais que lhes são fornecidos.
[...] - Allan Kardec (Revista Espírita, Partida de um
adversário do Espiritismo para o mundo dos Espíritos, out. 1865; grifo nosso).
16. É importante compreendermos que nenhum de nós está livre de
suscitar inimigos em decorrência de nossa profissão de fé, mas, se acontecer,
que sejam inimigos gratuitos, não gerados por atitudes malsãs de nossa parte,
porque se nossos atos se fundarem na doçura da caridade, ainda que colhamos
alguns espinhos, eles terão para nós a textura das rosas.
Um dos resultados do Espiritismo bem compreendido - chamamos a
atenção para a expressão: bem
compreendido - é desenvolver o sentimento de caridade.
Mas, como se sabe, a própria caridade tem uma acepção muito
ampla, desde a simples esmola até o amor aos inimigos, que é o suprassumo da
caridade. Pode-se dizer que ela resume todos os nobres impulsos da alma para
com o próximo. O verdadeiro espírita, como o verdadeiro cristão, pode ter
inimigos - não os teve o Cristo? - mas não é inimigo de ninguém, pois está
sempre disposto a perdoar e a pagar o mal com o bem. [...] - Allan Kardec (Revista
Espírita, Reconciliação pelo Espiritismo, set. 1862).
17. É importante estarmos cientes de que, quando abraçamos uma
ideia luminosa como a espírita, acabamos por iluminar-nos, e, nessa condição,
devemos nos prover de uma grande dose de equilíbrio interior, para respondermos
sempre com espírito de paz aos que vierem a nos confrontar por se encontrarem
num diverso nível de entendimento espiritual.
Senhores, pessoalmente eu desfrutaria de um privilégio
inconcebível se tivesse ficado ao abrigo da crítica. Não nos pomos em evidência
sem nos expormos aos dardos daqueles que não pensam como nós. Mas há duas
espécies de crítica: uma que é malévola, acerba, envenenada, onde a inveja se
trai em cada palavra; a outra, que visa à sincera pesquisa da verdade, tem
características completamente diversas. A primeira não merece senão o desdém;
jamais com ela me incomodei. Somente a segunda é discutível. - Allan Kardec (Revista
Espírita, Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, jul. 1859).
18. É importante, por fim, nos dedicarmos de forma responsável e
leal à obra do bem, sem o desejo oculto de sermos melhor que o próximo, pois a
obra do bem pertence acima de tudo ao Cristo, e quem está lealmente a serviço
d'Ele, ainda que esteja materialmente no último lugar, estará sempre
espiritualmente no primeiro.
De mais a mais, temos um meio infalível para não temer nenhuma
rivalidade. É São Luís que no-lo oferece:
[...] Que entre vós haja compreensão e amor - disse-nos ele.
Trabalhemos, pois, para nos compreendermos; lutemos com os outros, mas lutemos
com caridade e abnegação. Que o amor do próximo esteja inscrito em nossa
bandeira e seja a nossa divisa. Com isso afrontaremos a zombaria e a influência
dos Espíritos maus. Nesse terreno, tanto melhor que se nos igualem, pois serão
irmãos que chegam; depende apenas de nós, no entanto, jamais sermos
ultrapassados. - Allan Kardec (Revista Espírita, Sociedade Parisiense
de Estudos Espíritas, jul. 1859).
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REFERÊNCIAS:
N.A.: Todas as citações deste artigo foram transcritas das edições da FEB Editora, traduzidas por Evandro Noleto Bezerra, com exceção de O livro dos médiuns, traduzido por Guillon Ribeiro, e O céu e o inferno, por Manuel Justiniano Quintão
N.A.: Todas as citações deste artigo foram transcritas das edições da FEB Editora, traduzidas por Evandro Noleto Bezerra, com exceção de O livro dos médiuns, traduzido por Guillon Ribeiro, e O céu e o inferno, por Manuel Justiniano Quintão
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