Olá!
Segue nosso estudo de quarta-feira às 20 hs.
O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XVI - item 9 e 10
A verdadeira propriedade
Leitura inicial:
Vida
Feliz
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Joanna
de Ângelis
O que possas concluir
agora, não te seja motivo de agastamento.
Faze o possível em
esforço e dedicação; no entanto, evita o aborrecimento que o aparente fracasso
produz.
Quando alguma ação
ultrapassa a tua capacidade de executá-la, ou a circunstância não permite
fazê-la, cabe-te o dever da serenidade.
Quem faz o que lhe está
ao alcance realiza o máximo.
(...) E o que não
possas concluir agora, terminarás amanhã, se porfiares fiel ao compromisso.
Do livro “Vida Feliz”,
psicografia de Divaldo P. Franco – LEAL – 16ª edição - 2012
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Trecho do estudo:
O Evangelho segundo o
Espiritismo
Capítulo XVI
Não se pode servir a Deus
e a Mamon
A verdadeira propriedade
9. O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado
levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele
enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso,
não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto.
Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que
é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais.
Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o
que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que
tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém
vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do
mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de
que lá vos possais servir.
Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o
pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede
ao homem à sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o
pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição
ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes
que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de
ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui
não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a
moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo
se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas
as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado
de acordo com os teus haveres. – Pascal. (Genebra, 1860.)
10. Os bens da Terra pertencem a Deus, que os distribui a seu grado,
não sendo o homem senão o usufrutuário, o administrador mais ou menos
íntegro e inteligente desses bens. Tanto eles não constituem propriedade
individual do homem, que Deus frequentemente anula todas as previsões
e a riqueza foge àquele que se julga com os melhores títulos para possuí-la.
Direis, porventura, que isso se compreende no tocante aos bens hereditários, porém, não relativamente aos que são adquiridos pelo trabalho. Sem
dúvida alguma, se há riquezas legítimas, são estas últimas, quando honestamente conseguidas, porquanto uma propriedade só é legitimamente adquirida
quando, da sua aquisição, não resulta dano para ninguém. Contas serão pedidas até mesmo de um único ceitil mal ganho, isto é, com prejuízo de outrem.
O fato, porém, de um homem dever a si próprio a riqueza que possua, seguir-se-á que, ao morrer, alguma vantagem lhe advenha desse fato? Não são
amiúde inúteis as precauções que ele toma para transmiti-la a seus descendentes? Decerto, porquanto, se Deus não quiser que ela lhes vá ter às mãos,
nada prevalecerá contra a sua vontade. Poderá o homem usar e abusar de seus
haveres durante a vida, sem ter de prestar contas? Não. Permitindo-lhe que
a adquirisse, é possível haja Deus tido em vista recompensar-lhe, no curso
da existência atual, os esforços, a coragem, a perseverança. Se, porém, ele
somente os utilizou na satisfação dos seus sentidos ou do seu orgulho; se tais
haveres se lhe tornaram causa de falência, melhor fora não os ter possuído,
visto que perde de um lado o que ganhou do outro, anulando o mérito de
seu trabalho. Quando deixar a Terra, Deus lhe dirá que já recebeu a sua recompensa. – M., Espírito protetor. (Bruxelas, 1861.)